Corrupção: Milionária pede de volta dinheiro de "rachadinha" para tirar férias
A questão é que o patrimônio de R$ 22 milhões da requerente não passou despercebido diante do pedido para restituição de um valor bem menor. Ao analisar o pedido de liminar, o desembargador Jair Soares escreveu: "A apreensão da quantia, de pequena monta comparada ao patrimônio da requerente, certamente não comprometerá as férias da família".
Durante as investigações, a PCDF comparou a localização de telefones com as folhas de ponto assinadas por funcionários lotados no gabinete de um deputado distrital. Segundo o processo judicial, "há fortes indícios de que o marido da médica era um dos servidores fantasmas, remunerados sem prestar serviços à Câmara Legislativa, e que repartiam parte de seus rendimentos com o deputado que os nomeou".
Um dos aparelhos celulares, por exemplo, indicou que o homem estava em Goiânia às 12h07 do dia 19 de junho de 2019, uma quarta-feira. Mas ele assinou a folha de ponto como se estivesse presente na CLDF.
O magistrado disse, na decisão, que os bens encontrados na residência do casal podem pertencer a qualquer um dos cônjuges ou a ambos. O desembargador ainda pontuou que não há perigo na demora para analisar o caso, já que a declaração de rendimentos da médica revela que ela tem patrimônio de R$ 22 milhões. A sentença foi publicada na terça-feira (11/1).
Publicado por Isadora Teixeira, na coluna Grande Angular
Imagem: reprodução/Foto: Rafaela Filicciano

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