sábado, 5 de fevereiro de 2022

Política: 'A extrema direita vai encolher muito este ano'. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) é anunciado como a primeira opção de Bolsonaro como candidato à vaga do Rio. Por que Daniel Silveira, se o deputado foi preso por afrontar o Supremo e ameaçar ministros? Exatamente por isso.
www.seuguara.com.br/extrema direita/Moisés Mendes/

Porque Daniel Silveira fez tudo certinho. O deputado é talvez o militante da extrema direita com o melhor roteiro. 

Partiu com determinação para cima do Supremo, para assim provar fidelidade a Bolsonaro, aos militares e às bases da extrema direita, e conseguiu ser preso duas vezes.


Silveira atuou politicamente no limite e fez força para ser encarcerado por alguns dias.

Fidelizou seu lastro político, como muitos outros tentam fazer.

A receita á atura com radicalidade, mesmo que sob o risco de uma prisão, porque esse é apenas o custo a ser pago.


A recompensa é o fortalecimento da imagem de valente junto ao eleitorado mais fiel do bolsonarismo e o aumento da possibilidade de reeleição.

Silveira é um deputado medíocre. Foi eleito com apenas 31.789 votos, nas constas da votação de Helio Lopes, o Helio Negrão, escolhido por 345.234 eleitores.


A decisão de afrontar o Supremo contou pontos junto a Bolsonaro. A tática da radicalização foi usada inclusive no Rio Grande do Sul, onde o foco no negacionismo foi a primeira atitude dos parlamentares bolsonaristas.


Mas há uma dúvida que deve atormentar essa gente. A faixa do eleitorado da extrema direita, alargada por Bolsonaro em 2018, permitindo a eleição de 52 deputados pelo PSL, além de outros dos demais partidos do reacionarismo, certamente está mais estreita.


A eleição municipal de 2020 provou que associar o nome a Bolsonaro já não significa quase mais nada. Candidatos a prefeito e a vereador que tentaram repetir a tática de 2018 se deram mal.

A grande expectativa da eleição desse ano passa pelas dúvidas de todos sobre o tamanho do encolhimento da bancada do fascismo. A bancada será menor, com certeza.


Damares e Queiroga conseguirão mandatos? Os militares vão mesmo se candidatar e a quê? Será difícil conquistar vagas, mais difícil do que a extrema direita pensa, e fácil perder cadeiras conquistadas.


Os que tombarem perderão mandato e imunidade e estarão expostos a ações no Judiciário. Muitos dos eleitos em 2018 são criminosos formalmente acusados.

Outros tantos são investigados como bandidos. Quantos deles sobrarão no Congresso? Até Bolsonaro sabe que talvez não sobre a metade dos eleitos pelo PSL.


Imagem: reprodução


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