O país do futebol... e da violência
Casos de Apedrejamento
Tudo começou na quinta-feira (24), quando torcedores do Bahia jogaram pedras e uma bomba caseira dentro do ônibus da delegação, onde quem teve mais ferimentos foi o Danilo Fernandes. O goleiro foi atingido gravemente perto dos olhos, por pouco não perdeu a visão. O clube atualizou sobre a situação do goleiro e informa que está bem.
Ainda se especula muito sobre quem foram os autores, mas nada descoberto com certeza até o momento. Após o ocorrido, o Bahia entrou em campo e disputou o jogo normalmente.
O Esporte Clube Bahia informa que uma bomba explodiu dentro do ônibus da equipe na chegada à Fonte Nova e atletas ficaram feridos. O caso mais preocupante é do goleiro Danilo Fernandes, atingido por estilhaços no rosto e já encaminhado a um hospital. Grupo discute se terá jogo. pic.twitter.com/qHpRJtmpnf
— Esporte Clube Bahia (@ECBahia) February 24, 2022
Já o segundo caso aconteceu em um ônibus do Grêmio. Neste último sábado (26), a delegação tricolor estava a caminho do estádio Beira-Rio para disputar o 435º GreNal, quando foram atingidos por uma pedra pela torcida rival. O atleta Villasanti foi ferido, também no rosto e próximo aos olhos, mas saiu de maca e teve atendimento após o ato.
O time tricolor, então, resolveu não disputar o jogo no domingo devido ao ocorrido e o mesmo foi adiado para o dia 9 de março.
Os times envolvidos publicaram notas com suas devidas justificativas. O Grêmio, por sua vez, publicou uma nota de agradecimento, demonstrando sua gratidão elo acolhimento de instituições e de torcedores. Já o Internacional, publicou uma nota referente à remarcação do confronto, onde há explicação de que após a identificação das pessoas, os mesmo serão banidos do estádio. O clube também comenta sobre a nova data do jogo, onde ressalta que é desparelho pois o adversário irá ter um dia a mais de descanso.
Ainda não foram identificados os autores.
Diante de agressão covarde e absurda sofrida por nossa delegação, já comunicamos à Federação Gaúcha de Futebol nossa decisão de não disputar o clássico Grenal neste sábado. + pic.twitter.com/ez2QlXXLPA
— Grêmio FBPA (@Gremio) February 26, 2022
O terceiro caso ocorreu no Paraná, com o F.C. Cascavel. Após o jogo do Campeonato Paranaense, contra o Maringá, o time perdeu por 1 a 0. Foi alvo de pedras da torcida rival na saída do estacionamento, onde duas acertaram o vidro traseiro do ônibus da delegação. Felizmente, nenhum jogador se feriu. O clube não emitiu nota, mas fez seu registro com a Polícia Civil local.
Até o momento, também não foram identificados os autores do ocorrido.
Comunicamos que o ônibus com a delegação do nosso time foi atacado quando a equipe deixava o Estádio Willie Davids, em Maringá, após a realização da partida contra o time da casa, pela décima rodada do campeonato paranaense.
— Futebol Clube Cascavel (@fc_cascavel) February 27, 2022
Segue o fio!
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Invasão de campo e selvageria
Também no Paraná, o Paraná Clube teve seu jogo interrompido devido a torcedores do time invadirem o campo após o rebaixamento para a Série B do Campeonato Paranaense. Jogadores e imprensa fugiram dos ataques violentos. Ninguém foi ferido.
O clube emitiu uma nota oficial lamentando a situação atual e repudiando a violência, onde buscam afastar do estádio os responsáveis pelos atos e explicam que estas pessoas não são mais dignas de vestir a camisa do time. O Paraná também salienta a importância do apoio da torcida e de se associar para que o clube não seja abandonado.
Não foram identificados os autores do crime, até o momento.
Nota Oficial: O dia da Vergonha, das Desculpas e da Infâmia. Confira: https://t.co/5ESkfJRd0J pic.twitter.com/oR4MpfKbAe
— Paraná Clube (@ParanaClube) February 27, 2022
O racismo infelizmente ainda se faz presente
Violência não precisa ser necessariamente física. Pode ser verbal também. E o racismo é uma delas. No último sábado (26), no clássico entre Juventude e Caxias, o zagueiro Erick, do time grená, foi vítima de racismo no aquecimento antes dos times entrarem em campo. O Boletim de Ocorrência foi feito no intervalo do jogo.
O Caxias emitiu sua nota oficial no Twitter, onde relatou sobre o ocorrido e repudiou o ato. O torcedor foi identificado pelo atleta e retirado por seguranças do estádio no momento.
A S.E.R. Caxias repudia os atos de racismo praticados por um torcedor do E.C. Juventude desferidos ao zagueiro Erik, no aquecimento, no Estádio Alfredo Jaconi. pic.twitter.com/PY9xphpGyK
— S.E.R. Caxias (@sercaxias) February 27, 2022
Ainda há esperança
Mesmo com todo os atos, todos os relatos, ainda há uma luz no fim do túnel. Diversos times e torcedores demostraram solidariedade aos clubes atingidos e criminalizam aqueles que agem de tal forma. Deve-se entender que o futebol é de todos e para todos. É a forma do torcedor demonstrar sua paixão, mesmo que muitas vezes uma derrota a faça apagar por um momento, mas nunca despejar seu ódio de algo em cima do outro.
Há a necessidade de entender que o time que torcemos, só podemos torcer para ele pois há pessoas que fazem acontecer, e essas pessoas não merecem correr risco de morte apenas por estarem dentro do clube.
Violência e preconceito nunca serão a solução dos problemas, podemos e devemos respeitar a diferença dos outros, agindo humanamente.
Imagem: reprodução/Foto: E.C. Bahia

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