sexta-feira, 22 de julho de 2022

Vídeo: Presidente da Funai deixa evento internacional após ser chamado de assassino

Reportagem de Caio Matos, no Congresso em Foco: O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, foi expulso da 16ª Assembleia Geral do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e o Caribe (Filac). Aos gritos, um ex-servidor da Funai acusou Xavier de ser miliciano e o responsável pelas mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips.

www.seuguara.com.br/Marcelo Xavier/Funai/vídeo/protesto/

Confira o vídeo: 




"Esse homem não pertence aqui", gritou Ricardo Rao, exonerado da Funai em 2020. O ex-servidor vive na Europa em um autoexílio após sofrer uma série de ameaças durante o seu trabalho de fiscalização na fundação. "Esse homem é um assassino, esse homem é um miliciano", completou.

"Ele é responsável pela morte de Bruno (Pereira) e Dom Phillips. Você é um miliciano, bandido", destacou Rao. O indigenista e o jornalista foram assassinados no dia 5 de junho, no Vale do Javari (AM).


Após a morte dos dois, servidores da Funai anunciaram uma greve e pediram a saída imediata de Marcelo Xavier. Segundo nota divulgada pela Indigenistas Associados (INA), o presidente "vem promovendo uma gestão anti-indigenista na instituição".

Juntamente com o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), a INA divulgou um dossiê de mais de 200 páginas sobre como a fundação está alinhada em atender os interesse dos ruralistas em detrimento dos direitos indígenas.


Xavier é apontado pelo dossiê como o principal executor da política anti-indigenista na Funai. 
Com sua posse em 2019, a fundação passou a implementar uma política interna de "perseguição e constrangimento" aos servidores concursados, impondo obstáculos para impedir a atuação pró-indígena.

O Congresso em Foco entrou em contato com a Funai sobre o caso. O posicionamento foi incluído no final da matéria. 


Mais protestos

A entidade Survival International está organizando um protesto para esta quinta-feira (21) às 19h (14h no horário de Brasília) na Praça da Província, no centro de Madri. "Venha hoje para a concentração contra o genocídio de povoco indígenas no Brasil, aproveitando a visita do presidente antidigenista da Funai, Marcelo Xavier Augusto da Silva à capital", convidou a entidade. 

 

Em nota, a Funai repudiou os ataques verbais, afirmando que "tais atitudes são irresponsáveis, violentas e antidemocráticas, inviabilizando, assim, qualquer tipo de diálogo sadio e producente, que deve ser sempre pautado no respeito entre as partes".

Segundo a fundação, Marcelo Xavier "optou por sair voluntariamente do local do evento" e os ataques serão objeto de ação judicial por "crime contra a honra e ação de indenização por danos morais". 

Confira a íntegra da nota da Funai.


Imagem: reprodução/Foto: Valter Campanato/Agência Brasil


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