As aventuras de ZUG
Certa ocasião, foi apresentado o cartum abaixo (de Jaguar) a um grupo de estudantes adolescentes para que eles desenvolvessem um texto.

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Por razões óbvias, achei-o bastante criativo e reflexivo também. Tanto naquela ocasião como agora. Encontrei-o "garimpando" em meu próprio (córrego) baú, pois quando a gente está em fase de mudança revira-se em coisas antigas que uma vez em nossas mãos, ou diante de nossos olhos, estas se tornam onipresentes trazendo de volta boas e emotivas lembranças, como se estivessem acontecendo agora!
A interpretação me fez lembrar da frase: "O homem é o lobo de si próprio" (li não sei onde), se não li, ouvi por aí, conquanto não sei quem é o autor nem quem falou.
De qualquer forma foi muito bom re-ler (acho que esse hífen não caiu), e sem lisonja, um jovem de 15 anos escrevendo assim... é pra reforçar a esperança que se tinha, outrora em nossos adolescentes e se tem hoje em nossos audazes (criativos) e corajosos jovens.
Segue o texto original:
Evoluindo para a destruição
"ZUG era sem dúvida o melhor da tribo no manejo das pedras, e todos o temiam. Justamente por isso ele era o chefe da nossa comunidade. Nós não tínhamos Lar fixo, e viajávamos muito. Entre nossa viagens a gente às vezes encontrava povos hostis, e ZUG sempre estava lá para nos proteger. Acabava com todos num piscar de olhos, apenas atirando suas pedras.
Porém, o mundo começava a evoluir e a gente não acompanhava essa evolução. Os outros integrantes da tribo eram mais fracos e todos acabaram morrendo. Só sobrara eu e o ZUG.
Continuamos a nossa caminhada pelo mundo, e a cada década surgiam coisas cada vez mais estranhas.
Certa vez nos deparamos com dois povos guerreando, mas eles não utilizavam pedras, nem flechas e sim uns instrumentos estranhos que faziam muito barulho. Por todo o lado, havia veículos estranhos. Parecia que todos os povos daquele mundo "evoluído" estavam em guerra.
ZUG e eu escutamos um fortíssimo estrondo e de repente estávamos sós, num mundo totalmente estranho.
O que nós não aceitamos foi que o homem "evoluído" pudesse destruir seu próprio lar.
(By Maycoln Primo-15 anos-out/1994).