terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Reforma ministerial - muito mais que uma simples dança de cadeiras

Uma missão mais do que espinhosa aguarda o governo da presidente Dilma Rousseff para as próximas semanas. A reforma ministerial, logo em ano eleitoral, se apresenta como muito mais que um simples remanejamento de cabeças. A presidente terá que prestar atenção na ficha corrida dos ministros. Além de não desagradar partidos da base de apoio.
Dentre eles o principal aliado, o PMDB, que reclama por mais espaço dentro do governo. Há segredo quanto a reforma ministerial, mas existem possibilidades de mudanças em pelo menos 9 pastas, que juntas acumulam 61% do total de recursos previstos para investimento em 2012. São R$ 47,3 bilhões que aguçam a disputa partidária, em torno da distribuição de cargos. Este é o ponto fundamental da reforma. 


O PMDB, controla 5 pastas. Atrás somente do PT, com 17 pastas. Mas, a diferença está no controle das verbas, no montante que pode ser aplicado em obras e empreendimentos nos Estados. Por exemplo, o PP com apenas um ministério, o Das Cidades, detém um orçamento que é quase o dobro do orçamento do PMDB, que tem 5 ministérios: Agricultura, Minas e Energia, Previdência, Turismo e Assuntos Estratégicos.     

São 39 ministérios para um orçamento de R$ 77,8 bilhões, a colocar em estado de alerta 7 legendas que tem representatividade no atual Governo. Veja o quadro abaixo.


  Reprodução/GazetadoPovo

Pelos corredores de Brasília, as trocas são tratadas como mera especulação. "Tenho duas palavras para falar sobre a reforma: não sei" - diz o ministro das comunicações, Paulo Bernardo. Provável alvo de mudança, cotado para assumir a Hidrelétrica de Itaipu no lugar de Jorge Samek, que pretende candidatar-se à prefeitura de Foz do Iguaçu. 

O que é praticamente certo, é a saída de Fernando Haddad do ministério da Educação, que irá disputar a prefeitura de São Paulo. Em seu lugar assumiria outro petista, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Outra mudança quase certa é a saída de Irany Lopes (PT) da Secretaria de Políticas para as Mulheres, a fim de disputar a prefeitura de Vitória (ES). Especula-se a saída da ministra da Cultura, com rusgas dentro do PT.

Apesar de toda a movimentação dos partidos, a presidente Dilma Rousseff silencia quanto a reforma ministerial. Tem pela frente uma missão necessariamente difícil, em vistas a agradar a base aliada, correligionários, e ainda corresponder a espectativa da opinião pública, uma vez que a demissão da maioria de seus ministros se deu em virtude de escândalos de corrupção. 



Fonte: Gazeta do Povo
Imagem: DiáriodoCongresso.  
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