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domingo, 9 de outubro de 2022

Felipe Neto: Fábrica bolsonarista de fake news é "o maior crime eleitoral da história"

Publicado por Fernando Miller, no DCM: O youtuber e empresário Felipe Neto publicou uma sequência de tuítes em seu perfil na rede de microblogs e fez um importante alerta sobre a quantidade de fake news que está sendo gerada pelas hostes bolsonaristas na reta final da eleição. Acompanhe:

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segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Política: Depois de uma "escolha difícil", Estadão chama PT de diabo

www.seuguara.com.br/Editorial/Estadão/Lula/Dilma/
Por Carolina Fortes, no Fórum: O bom desempenho do ex-presidente Lula nas pesquisas para a Presidência de 2022 começa a incomodar uma parte da mídia. Três anos depois de publicar "Uma escolha muito difícil", editorial que comparava Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (Sem partido), o jornal "O Estado de S. Paulo" divulgou um artigo de opinião em que chama o PT de "diabo" e diz que o partido "não se desculpa pelos seus erros".

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sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Política: 'Vera Magalhães bomba nas redes ao sair em defesa de Ciro após ataques a Dilma, Lula e ao PT'

Não se pode negar que Vera Magalhães tem um mérito: junto com colegas como Miriam Leitão, Eliane Cantanhêde, Augusto Nunes, Merval Pereira, entre muitos e muitos outros, forma o time que desnudou a falsa imparcialidade por tanto tempo defendida como sinônimo de bom jornalismo pela imprensa corporativa.

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segunda-feira, 25 de março de 2019

'Temer fracassou e Bolsonaro tende a fracassar na Reforma da Previdência'

Por Alberto Carlos de Almeida*, no Facebook - FH reformou a previdência estabelecendo o fator previdenciário. Lula reformou o RPPS. Dilma reformou a previdência ao estabelecer o Funpresp. Temer fracassou e Bolsonaro tende a fracassar. O que separa o sucesso do fracasso é a Lava Jato.
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terça-feira, 6 de junho de 2017

Um depoimento histórico sobre a política brasileira

Fernando Haddad, ex-prefeito da cidade de São Paulo e Ministro da Educação dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, publicou um depoimento histórico na revista Piauí relatando suas experiências com o poder político. Hadddad, que é formando em Direito e Doutor em filosofia pela USP, fala dos problemas enfrentados pela ex-presidente Dilma, do papel deletério da mídia, e vários outros assuntos.

Haddad, aponta um promotor suspeito de receber propina, e que passou a persegui-lo. Mostra que o senador (ex-chanceler) José Serra, foi o principal mentor do golpe do impeachment que afastou Dilma Rousseff da presidência do país. E trás á luz várias questões e experiências vividas, enquanto Ministro da Educação e também no exercício do cargo de prefeito da maior cidade brasileira.

Tudo está perfeitamente explicado e reportado na matéria publicada por Luis Nassif, no jornal GGN: Fernando Haddad disseca o arco do atraso em depoimento histórico

Para quem quer absorver um pouco mais de conhecimento sobre os labirintos e meandros da política brasileira, é de imprescindível leitura o depoimento de Fernando Haddad no artigo sob o título:

Vivi na pele o que aprendi nos livros.

Sobre este assunto, no Jornal do Brasil foi publicado o seguinte:

Haddad: Dilma e Lula foram alertados por Putin e Erdogan sobre os protestos de 2013

O ex-prefeito Fernando Haddad afirmou, em uma longa análise da conjuntura política publicada na edição de junho da revista piauí, que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff dificilmente teria ocorrido se não fossem as manifestações de 2013, que ficaram conhecidas como "Jornadas de Junho".

Haddad revelou que, à época, tanto Dilma quanto o ex-presidente Lula foram alertados pelos presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Turquia, Recep Erdogan, sobre a grande possibilidade de que os protestos estivessem sendo patrocinados por grandes corporações que sequer estavam no Brasil.

"Já naquela ocasião vi um estudo gráfico mostrando uma série de nós na teia de comunicação virtual, representativos de centros nervosos emissores de convocações para os atos. O que se percebia era uma movimentação na rede social com um padrão e um alcance que por geração espontânea dificilmente teria tido o êxito obtido. Bem mais tarde, eu soube que Putin e Erdogan haviam telefonado pessoalmente para Dilma e Lula com o propósito de alertá-los sobre essa possibilidade", lembrou o petista, que é professor de Ciência Política na USP.

Segundo Haddad, já durante os protestos a percepção de alguns estudiosos da rede social era de que as ações virtuais poderiam estar sendo patrocinadas. "Não se falava ainda da Cambridge Analytica, empresa que, segundo relatos, atuou na eleição de Donald Trump, na votação da Brexit, entre outras, usando sofisticados modelos de data miningdata analysis".

Haddad conta que, frente à pressão do Movimento Passe Livre pela redução da tarifa do "transporte" público e diante de informações sobre possíveis patrocinadores infiltrados nos protestos, ele, então prefeito de São Paulo, estava decidido a manter posição, apesar das pressões. Haddad conta que recebeu ligação de Eduardo Paes, então prefeito do Rio, dizendo que era melhor ceder. '"Não vou segurar, você vai ficar sozinho", me disse o prefeito do Rio".

Posteriormente, Haddad conta ter antecipado, em conversa com o governador Geraldo Alckmin, a crise institucional que atinge o país desde então, com a eleição de Dilma Rousseff para seu segundo mandato e seu adversário Aécio Neves (PSDB), que não aceitou o resultado, a deflagração da Operação Lava Jato, o impeachment da presidente, a ascensão de Temer e o desprestígio da classe política.

"A pressão interna sobre nós já atingia patamares insuportáveis e o telefonema era a gota d’água. Foi então que resolvi ir ao Palácio dos Bandeirantes e propor ao governador Alckmin que fizéssemos juntos o anúncio da revogação do aumento. Contrariado, certo de que aquilo nada tinha a ver com tarifa de ônibus, tentei com o gesto despartidarizar a questão e iniciar um processo de construção de uma política tarifária metropolitana. (...) Na chegada, quando apertamos as mãos, pouco antes da coletiva em que faríamos o anúncio, eu disse ao governador o que pressentia: 'Podemos estar às vésperas de uma crise institucional'".

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domingo, 21 de maio de 2017

Notícia é um produto

Em tempos de atribulações na política, delações premiadas, grampos, gravações "clandestinas" e sobretudo de golpes, é de fundamental importância o uso do bom senso com o maior critério possível diante dessa realidade. Jornais (nacionais), revistas, a mídia em geral, vendem notícias como um produto a ser consumido. Cabe a cada um de nós definir o valor intrínseco desse produto e se ele atende plenamente nossa necessidade de conhecimento da verdade.

Depois da divulgação de uma notícia aos quatro ventos, não verdadeiramente comprovada como um fato real, fica muto difícil concertar o estrago que foi feito. Imprecisão também é um erro.  

JN admite que não há conta de Lula e Dilma, só alegação de Joesley. Assista


Fernando Britto, no Tijolaço

"Depois de martelar anteontem, minutos a fio, que o delator Joesley Batista havia dito que havia contas de Lula e Dilma no exterior, somando US$ 150 milhões de dólares, o Jornal Nacional se “corrigiu” ontem em alguns segundos.

O apresentador William Waack reconheceu que não há conta dos ex-presidentes, mas apenas a alegação do dono da JBS de que teria mantido contas com finalidade de fazer frentes a gastos políticos.

Depois de espalhada a mentira, é “moleza” dizer que “não era bem assim”.

Assista vídeo do minuto em que o desmentido é feito."



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terça-feira, 21 de março de 2017

Globo, Lula, Temer, Aécio e Dilma: somos todos Friboi

Por Helena Borges, no Intercept Brasil – As gigantes do setor alimentício JBS e BRF, alvos centrais da Operação Carne Fraca, já ativaram suas defesas. Estão cobrando a conta de seus dois maiores investimentos: as publicidades em redes televisivas e as doações a partidos políticos. 
 
A operação investiga 22 empresas do ramo alimentício envolvidas em um esquema corrupção para liberação de frigoríficos irregulares. A Justiça Federal do Paraná determinou o bloqueio de R$ 1 bilhão nas contas da JBS e da BRF. Segundo a Polícia Federal, esta é a maior operação já realizada em toda sua história.

Os agentes também relataram uma lista das substâncias misturadas nas carnes e embutidos que deixou o brasileiro assustado com o que põe à mesa: cabeça de porco, ácido ascórbico, papelão e carne podre ou infectada com salmonella. A lista, no entanto, tem sido relativizada por especialistas. Depois da operação, ações das empresas despencaram e as importações foram suspensas.

Maior doadora na campanha de 2014, a JBS distribuiu R$ 61,2 milhões para 21 dos 28 partidos representados na Câmara dos Deputados. Para não demonstrar favoritismo na disputa pela Presidência da República, a empresa — que também foi a maior doadora das duas chapas do segundo turno — deu o mesmo valor para Dilma/Temer e Aécio/Aloysio: R$5 milhões para cada.

Logo após a polêmica aberta com a operação da Polícia Federal, Michel Temer foi a público colocar panos quentes: disse que apenas três dos 4.850 frigoríficos brasileiros foram interditados pela ação. O presidente ainda levou 40 embaixadores de países que importam carne brasileira para uma churrascaria em Brasília, na noite de domingo (19). Só esqueceu que o lugar não serve carne brasileira. “A gente não trabalha com carne brasileira, só europeia, australiana e uruguaia”, disse o gerente do local, de acordo com informações do jornal O Estado de São Paulo. Em resposta, a assessoria de imprensa do planalto disse que todas as carnes servidas ao presidente e seus convidados eram de origem brasileira.

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi — que figurou na lista de bilionários brasileiros da revista Forbes em 2014 por investimentos em agronegócio —, também defendeu as empresas. Chamou de “fantasias” e de “idiotice” acreditar haver papelão na fórmula de embutidos. É da pasta de Maggi que vem o “Grande Chefe” Daniel Gonçalves Filho, superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná entre 2007 e 2016. O apelido é usado pelo ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR), em ligação grampeada pela PF. As investigações da Operação Carne Fraca apontam Gonçalves Filho como mandante da organização de fiscais que recebiam propina dos grandes frigoríficos do país para fazer vista grossa em suas visitas.

A expansão da JBS, o maior frigorífico do mundo e que hoje conta com 200 mil funcionários em 350 unidades, começou no governo Lula, quando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se tornou sócio da empresa e ajudou na compra de empresas estrangeiras. Depois disso, a companhia — que começou como abastecedora dos refeitórios das empresas construtoras de Brasília — recebeu R$ 5 bilhões do banco entre 2007 e 2010, dando fôlego para sua expansão internacional. A BRF também contou com o apoio do banco público para ser criada: R$ 400 milhões foram injetados por meio de um financiamento.

Com tanto dinheiro, as duas entraram na lista dos 30 maiores anunciantes do país. A BRF se encontra em 21º lugar e dispôs de R$ 817 milhões em propagandas veiculadas em todos os tipos de mídia em 2015. Já a Seara, do grupo JBS, ficou em 15º lugar e gastou R$ 860 milhões no mesmo ano.

Entre os investimentos em publicidade feitos recentemente pelas duas gigantes alimentícias estão os cachês dos globais Fátima Bernardes, Tony Ramos, Ana Maria Braga e do casal Angélica e Luciano Huck. Também conta com um especial publicitário no canal GShow e a campanha “Academia da Carne por Friboi”, que inseriu merchandising nos programas “Mais você”, “Encontro”, “Malhação” e “É de casa”.

Agora que a polêmica se instaurou, gerando críticas às empresas e àqueles que recebiam dinheiro delas — sejam políticos, sejam celebridades — a estratégia está sendo limpar a imagem geral. Na Globo, foi usado o espaço da propaganda entre blocos da novela das 21h, veiculado depois em outras redes de TV aberta, para as empresas começarem a divulgar seus comunicados institucionais em resposta à operação. Textos também foram divulgados em veículos impressos.

Na política, a defesa contou com figuras do governo, como Temer e Maggi, dizendo que a operação não pode sujar a imagem do agronegócio brasileiro. Argumento similar foi visto em sites identificados com a esquerda e com o PT, que acusaram a Polícia Federal de tentar destruir o mercado.

De fato, a operação abala um dos bastiões da economia brasileira. Contudo, se este mercado está abalado, a culpa não é dos agentes.

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domingo, 19 de março de 2017

TVT transmite inauguração popular da transposição do rio São Francisco


Por Redação RBA - A TV dos Trabalhadores (TVT) transmite neste domingo (19), a partir das 16h, diretamente do município de Monteiro, no interior da Paraíba, o ato político de inauguração popular da transposição das águas do rio São Francisco.

O ato contará com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que será acompanhado pela presidenta deposta Dilma Rousseff,  o ex-ministro Ciro Gomes  e  os governadores da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), do Ceará, Camilo Santana (PT), da Bahia, Rui Costa (PT), e do Piauí, Wellington Dias (PT), entre outros políticos e autoridades.

O Nordeste está entrando no sexto ano de a inauguração da transposição tem grande retorno politico. É a obra hídrica de maior porte realizada no nordeste desde aos ano 50. As obras adiantadas do trecho leste foram visitadas até pelo presidenciável governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), que chegou a emprestar bombas do sistema Cantareira para que as águas desse trecho cheguem à Paraíba.

No último dia 10, o presidente Michel Temer (PMDB) foi inaugurar a transposição das águas. Durante o ato, no entanto, Lula é que foi homenageado por populares, que cantaram "olê, olê, olê, olá, Lulá, Lulá".

Para todo Brasil pelo site :  www.tvt.org.br. Para sintonizar a TVT: Canal 8.1 HD na região metropolitana de São Paulo, na internet, no site e no YouTube. Quem for assinante de sinal a cabo na capital e na região do ABC, deve sintonizar o canal 12 NET.

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quinta-feira, 17 de março de 2016

Lava Jato: ‘Gravação de conversa foi feita depois que Moro mandou parar interceptação’

Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - "A ligação telefônica entre a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divulgada hoje (16), pelo juiz Sérgio Moro, foi gravada após a decisão do juiz de determinar a paralisação das escutas pela Polícia Federal.
Os aparelhos de Lula e de pessoas próximas a ele foram interceptados pela Polícia Federal (PF) com autorização do juiz, que atendeu pedido do Ministério Público Federal (MPF), órgão responsável pelas investigações da Lava Jato.


Na manhã de desta quarta, às 11h12, Moro, que comanda o julgamento dos processos da Operação Lava Jato, determinou que a PF parasse de realizar as escutas, por entender que as diligências autorizadas por ele tinham sido cumpridas e não havia mais necessidade de continuar com o grampo.

"Tendo sido deflagradas diligências ostensivas de busca e apreensão no processo 5006617-29.2016.4.04.7000, não vislumbro mais razão para a continuidade da interceptação. Assim, determino a sua interrupção. Ciência à autoridade policial com urgência, inclusive por telefone", decidiu o juiz.

Em seguida, às 11h44, Flávia Blanco, funcionária da 13ª Vara Federal, chefiada por Moro, entrou em contato com o delegado da PF Luciano Flores de Lima, responsável pela investigação, e comunicou a decisão do juiz. "Certifico que intimei por telefone o delegado de Polícia Federal, dr. Luciano Flores de Lima, a respeito da decisão proferida no evento 112", comunicou a servidora.

A conversa telefônica entre o ex-presidente e Dilma foi gravada às 13h32. Nela, a presidenta telefona para Lula e diz a ele que enviará a ele o papel do termo de posse.

Em nota à imprensa, a PF informou que a interrupção das interceptações foi feita pelas operadoras de telefone. Segundo a PF, até o cumprimento da decisão, algumas ligações foram interceptadas.

"A interrupção de interceptações telefônicas é realizada pelas próprias empresas de telefonia móvel. Após o recebimento de notificação da decisão judicial, a PF imediatamente comunicou a companhia telefônica. Até o cumprimento da decisão judicial pela empresa de telefonia, foram interceptadas algumas ligações. Encerrado efetivamente o sinal pela companhia, foi elaborado o respectivo relatório e encaminhado ao juízo competente, a quem cabe decidir sobre a sua utilização no processo", diz nota da PF.

Após a divulgação da inteceptação, Cristiano Zanin, um dos advogados de Lula, classificou de "arbitrária" a divulgação de grampos telefônicos. “Foi uma arbitrariedade muito grande. Um grampo envolvendo uma presidenta da República é um fato muito grave, nós entendemos que esse ato está estimulando uma convulsão social, e isso não é papel do Poder Judiciário”, disse o advogado.

Resposta da Presidência

O Palácio do Planalto divulgou hoje (16) nota em que explica o teor da conversa telefônica entre a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula. Segundo a nota, divulgada pela Secretaria de Comunicação da Presidência, a conversa teve "teor republicano". A Presidência repudiou "com veemência" a divulgação e disse que vai adotar medidas para reparar o que classificou como "flagrante violação" da lei e da Constituição Federal.

De acordo com a Presidência, o termo de posse de Lula como novo ministro-chefe da Casa Civil foi encaminhado para que ele assinasse caso não pudesse comparecer à cerimônia, marcada para esta quinta-feira (17). Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência, a cerimônia de posse do novo ministro está marcada para amanhã, às 10h, no Palácio do Planalto. "Uma vez que o novo ministro, Luiz Inácio Lula da Silva, não sabia ainda se compareceria à cerimônia de posse coletiva, a Presidenta da República encaminhou para sua assinatura o devido termo de posse. Este só seria utilizado caso confirmada a ausência do ministro", diz o comunicado.

"Assim, em que pese o teor republicano da conversa, repudia com veemência sua divulgação que afronta direitos e garantias da Presidência da República. Todas as medidas judiciais e administrativas cabíveis serão adotadas para a reparação da flagrante violação da lei e da Constituição da República, cometida pelo juiz autor do vazamento", completou o Planalto na nota.

Leia a íntegra de uma das interceptações telefônicas:
 
MORAES: MORAES!
MARIA ALICE: MORAES, boa tarde, é MARIA ALICE, aqui do gabinete da PRESIDENTA DILMA.
MORAES: Boa tarde...ô, senhora MARIA, pois não!
MARIA ALICE: Ela quer falar com o PRESIDENTE LULA.
MORAES: Eu tô levando o telefone pra ELE então. Só um minuto, vou ver e te passo, tá? Por favor.
MARIA ALICE: Muito obrigada.
MORAES: Tá bom, de nada.
(pequeno intervalo)
MORAES: Só um minuto, senhora MARIA ALICE.
MARIA ALICE: Tá "ok"
LILS (Lula): Alô!
MARIA ALICE: Alô, só um momento PRESIDENTE.
(intervalo - música de ramal)
DILMA: Alô.
LILS: Alô.
DILMA: LULA, deixa eu te falar uma coisa.
LILS: Fala querida. "Ahn"
DILMA: Seguinte, eu tô mandando o "BESSIAS" junto com o PAPEL pra gente ter ele, e só usa em caso de necessidade, que é o TERMO DE POSSE, tá?!
LILS: "Uhum". Tá bom, tá bom.
DILMA: Só isso, você espera aí que ele tá indo aí.
LILS: Tá bom, eu tô aqui, eu fico aguardando.
DILMA: Tá?!
LILS: Tá bom.
DILMA: Tchau
LILS: Tchau, querida"

Edição: Lana Cristina

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Que mídia é essa?

Por Marcus Lanoni (*) - O que a grande mídia, porta-voz e holofote da coalizão conservadora oposta ao social-desenvolvimentismo, vem fazendo com o PT, Dilma e, recentemente, com Lula é uma ação política organizada e destrutiva de grande envergadura. Essa ação fornece base empírica para responder à pergunta do título nos seguintes termos: a mídia brasileira é altamente concentrada, não plural e partidarizada. Tal estrutura do sistema de mídia prejudica o desenvolvimento da democracia no que ela tem de mais essencial, a igualdade de condições.


Para mencionar apenas um exemplo, entre tantos outros que têm inundado quase que diariamente a radiodifusão e a imprensa desde as eleições de 2014, a ombudsman da Folha de S. Paulo, Vera Guimarães Martins, avaliou em sua coluna, no último dia 7, que o jornal não deu o merecido destaque à menção, no depoimento do delator Fernando Moura à Justiça Federal, na Operação Lava Jato, de que, ao menos desde 2002, Aécio Neves e o PSDB estariam envolvidos em um esquema de corrupção, na Furnas Centrais Elétricas, semelhante ao existente na Petrobras, tendo como mediador o diretor Dimas Toledo. Referindo-se ao rateio tucano da propina do esquema, Fernando Moura afirmou: "um terço São Paulo, um terço nacional e um terço Aécio".

Formalmente, corporações de mídia são empresas, e não partidos políticos. No entanto, devido à natureza de sua atividade, a informação e a comunicação, que abrange a opinião e o noticiário políticos, essas empresas são peças-chave na comunicação política e na formação da opinião pública. Além disso, quando extrapolam o campo meramente opinativo e partem para a ação, tornam-se partidos políticos no sentido amplo do termo. Havendo oligopólio na estrutura de mídia, a posse desigual de recursos de informação, comunicação, opinião e ação desequilibra a competição político-democrática cotidiana e compromete a diversidade opinativa.

A concentração da propriedade da mídia tem sido uma das principais portas de entrada dos interesses econômicos na esfera política. O ideal neoliberal da primazia do mercado sobre o Estado, portanto, sobre a política, tem na ação da grande mídia concentrada, que desempenha papel estruturante na comunicação política, sua principal vanguarda material de efetivação. A macroeconomia neoliberal, para citar um exemplo especial, embora seja apenas uma visão entre outras, é propalada na grande mídia como se fosse o elixir da longa vida. Atacar a política, considerando-a unilateralmente como ineficiente e corrupta, é a principal plataforma dos ideólogos do partido neoliberal, agremiação sociopolítica na qual a grande mídia se insere como liderança, pelos recursos de poder que possui e mobiliza.

No que diz respeito ao suposto combate à corrupção, tem sido mais do que visível a política de dois pesos e duas medidas da grande mídia, que vem se tornando, com intensidade crescente, desde as eleições presidenciais de 1989, passando pelas de 1994, 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014, um partido antipetista. Além disso, esse partido conservador, vem, também nos períodos não eleitorais, cada vez mais revelando sua seletividade, conforme verifica-se na sua postura tolerante em relação a casos como a compra de votos parlamentares para a aprovação da emenda constitucional da reeleição, o Mensalão e “Tremsalão” tucanos, o aeroporto de Claudio etc. Por outro lado, não há notícia alguma de jornalismo investigativo, mesmo que de média envergadura, sobre o esquema de propina em Furnas, supramencionado. 

Para um lado, tolerância e favores, para o outro, intolerância e lei. Essa polarização ideológica é o principal propulsor da onda autoritária e até de comportamentos sociopolíticos protofascistas em setores do eleitorado, tendo à frente estratos sociais mais abastados, desde a conjuntura aberta pelos protestos de rua, em 2013. O andamento da cena política induz a imaginarmos o que acontecerá com a liberdade de expressão se a oposição neoliberal vencer em 2018.  Não haverá, caricaturalmente, um coeso bloco governamental-midiático, em um contexto no qual as empresas de comunicação, conformando uma estrutura proprietária sem pluralidade, e o Estado a elas associado, inclusive, mas não só, pelo generoso gasto público com publicidade, além de outras capturas, configurarão um regime político semi-totalitário, coveiro da efetiva diversidade de opinião?

A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) tem se preocupado com a liberdade de expressão, que, segundo ela, depende muito da existência “de um sistema midiático livre, plural, independente e diverso”.  O acesso à mídia é tão importante quanto a sua independência. No trabalho “Indicadores de desenvolvimento da mídia: marco para a avaliação do desenvolvimento dos meios de comunicação”, essa organização afirma: “Não é apenas a ausência de restrições na mídia que interessa, mas também saber em que medida todos os setores da sociedade, sobretudo os mais marginalizados, são capazes de ter acesso à mídia para obter informações e fazer com que suas vozes sejam ouvidas”. O trabalho sugere que o desenvolvimento da mídia deve ser avaliado com base em cinco categorias principais: 1) se o sistema regulatório é favorável à liberdade de expressão, ao pluralismo e à diversidade da mídia; 2) o nível de pluralidade e diversidade da mídia, com igualdade de condições no plano econômico e transparência da propriedade; 3) o papel da  mídia como uma plataforma para o discurso democrático; 4) a capacitação profissional e apoio às instituições que embasam a liberdade de expressão, o pluralismo e a diversidade; 5) a (in)suficiente capacidade infraestrutural para sustentar uma mídia independente e pluralista.

O sistema de comunicações no Brasil, altamente concentrado e carente de regulamentação das diretrizes elencadas na Constituição de 1988, não garante adequadamente as cinco características supramencionadas. Uma proposta alternativa foi formulada, a partir de 2012, por organizações democráticas da sociedade civil, resultando no “Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Comunicação Social Eletrônica”, também denominado de Lei da Mídia Democrática. Trata-se de uma iniciativa popular legislativa, encaminhada por um movimento social que coleta assinaturas de adesão à campanha por uma nova regulamentação da comunicação social no Brasil. Nos seus princípios e objetivos, lê-se: “O novo marco regulatório deve garantir o direito à comunicação e a liberdade de expressão de todos os cidadãos e cidadãs, de forma que as diferentes ideias, opiniões e pontos de vista, e os diferentes grupos sociais, culturais, étnico-raciais e políticos possam se manifestar em igualdade de condições no espaço público midiático. Nesse sentido, ele deve reconhecer e afirmar o caráter público de toda a comunicação social e basear todos os processos regulatórios no interesse público”.

Seguem-se 20 diretrizes fundamentais: arquitetura institucional democrática;  participação social; separação de infraestrutura e conteúdo; garantia de redes abertas e neutras;  universalização dos serviços essenciais; adoção de padrões abertos e interoperáveis e apoio à tecnologia nacional; regulamentação da complementaridade dos sistemas e fortalecimento do sistema público de comunicação; fortalecimento das rádios e TVs comunitárias; democracia, transparência e pluralidade nas outorgas; limite à concentração nas comunicações; proibição de outorgas para políticos;  garantia da produção e veiculação de conteúdo nacional e regional e estímulo à programação independente; promoção da diversidade étnico-racial, de gênero, de orientação sexual, de classes sociais e de crença; criação de mecanismos de responsabilização das mídias por violações de direitos humanos;  aprimoramento de mecanismos de proteção às crianças e aos adolescentes; estabelecimento de normas e códigos que objetivem a diversidade de pontos de vista e o tratamento equilibrado do conteúdo jornalístico; regulamentação da publicidade; definição de critérios legais e de mecanismos de transparência para a publicidade oficial; leitura e prática críticas para a mídia; e, por fim, acessibilidade comunicacional. Ou seja, há alternativas.

Nada é mais valioso para alcançar paz, desenvolvimento e justiça social na complexa sociedade moderna que a democracia. Esta, por sua vez, requer igualdade de condições, especialmente na esfera da liberdade de expressão, que depende de meios de concretização material, e não de mera formalização normativa. Uma ordem legal que enuncia a liberdade de expressão sem propiciar o acesso, em mínimas condições de igualdade, à mídia é tão retoricamente vazia nesse quesito fundamental quanto aquela que verbaliza o direito à vida sem garantir, na prática, recursos básicos ao saciamento da fome para milhões de pessoas excluídas ou mal incluídas no mercado.

Se, ao invés de prevalecer a força livre da opinião pública, predominar, sobretudo em algumas conjunturas, como a atual, a pujança da opinião publicada pelo poder econômico midiático ou se, ao invés da liberdade de imprensa, prevalecer a liberdade de empresa dos oligopólios de comunicação, o imenso potencial dos atores sociais, na democracia brasileira, conduzirem a igualdade de condições a degraus mais elevados seguirá represado. A reforma da estrutura de mídia é um imperativo democrático. Assim como há várias possibilidades de política macroeconômica, há diversos meios de regulamentar a comunicação social, conforme mostram a experiência internacional e as investigações da Unesco. Não à toa, os mesmos atores que propagandeiam na esfera pública a ideologia de que só há uma política macroeconômica, a da austeridade fiscal e monetária, propalam também que só há uma estrutura de mídia, essa concentrada, partidarizada e excludente que existe no Brasil.

(*) Marcus Ianoni é cientista político, professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal Fluminense (UFF), pesquisador das relações entre Política e Economia e VisitingResearcheAssociate da Universidade de Oxford (Latin American Centre). Esta matéria foi publicada originalmente no Jornal do Brasil

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domingo, 1 de novembro de 2015

Nova aposentadoria beneficia homens e mulheres de 50 a 58 anos


Do jornal O DIA, de Brasília – “Com o aumento da progressividade da Fórmula 85/95 no cálculo de aposentadorias do INSS por tempo de contribuição, trabalhadoras entre 50 e 53 anos de idade e homens com 55 a 58 anos serão os maiores beneficiados com a adoção do mecanismo que soma idade com tempo de serviço e garante benefício integral sem incidência do fator previdenciário.

A presidenta Dilma Rousseff tem até a próxima quinta-feira para sancionar ou vetar a MP aprovada pelo Congresso que ampliou a vigência da progressão: a soma 85 para mulheres e 95, para homens, por exemplo, valerá até 30 de dezembro de 2018.

O texto prevê escala mais longa, adicionando um ponto no cálculo da aposentadoria a cada dois anos, até chegar em 2020 no patamar de 90/100 pontos para mulheres e homens, respectivamente.

Novas regras aposentadoria
“As trabalhadoras serão as mais beneficiadas. Elas são as maiores prejudicadas por conta da expectativa de vida superior a dos homens quando o cálculo é feito pelo fator previdenciário”, explica o advogado Luis Felipe Veríssimo, do Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev).

Segundo o especialista, ganhará quem conseguir completar os 85/95 pontos até dezembro de 2018. “Um homem que começou a trabalhar com 20 anos e contribuiu por 35 anos, por exemplo, hoje teria 55 de idade. Somando ao tempo de serviço chegaria a 90 pontos. Para atingir os 95, teria que somar mais cinco pontos.

Isso significa dizer que terá que trabalhar por mais dois anos e meio e estaria na escala dos 95 pontos que vai até o fim de 2018”, exemplifica Veríssimo, ressaltando que um trabalhador com 58 anos e 35 de contribuição teria que contribuir por mais um ano para se aposentar integralmente.

O advogado cita o caso de uma mulher que hoje tem 50 anos de idade, mas começou a trabalhar aos 20 e já contribuiu por 30 anos. Ela teria 80 pontos e precisaria atingir 85. Assim, seria obrigada a trabalhar por mais dois anos e meio para completar o patamar até 2018. Já uma trabalhadora com 53 anos e 30 de serviço teria que trabalhar por mais um ano para receber aposentadoria integral.

O contador Moisés Freire, 57, será beneficiado pela nova fórmula. Ele tem 37 anos de serviço e soma 94 pontos. Terá que trabalhar mais seis meses para atingir 95 pontos"

Desaposentar ainda não


Além da nova fórmula de aposentadoria, a medida aprovada permite a chamada desaposentação, que é a possibilidade de o aposentado que continua trabalhando com carteira assinada pode fazer novo cálculo de benefício. O valor final vai considerar período de contribuição após a concessão do benefício. É preciso que o segurado tenha contribuído por mais cinco anos. Nos bastidores de Brasília, a expectativa é de que Dilma vete a desaposentação mas mantenha a Fórmula 85/95 progressiva."

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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Política: Dilma dá posse a novos ministros e afirma que atendeu à coalizão que a elegeu

Do Jornal do Brasil – "A presidente Dilma Rousseff deu posse nesta segunda-feira (5) a dez ministros e afirmou que a reforma da Esplanada dos Ministérios foi realizada para atender às demandas do partido da base aliada.

"Queremos garantir mais equilíbrio à coalizão que me elegeu e deve governar comigo. É um ato típico de governar rever continuamente a estrutura do Estado", afirmou a presidente.

Dilma voltou a citar a criação da Comissão Permanente de Reforma do Estado que, segundo a presidente, "irá trabalhar de forma sistemática para manter a estrutura do estado sempre mais eficiente", argumentou, informando que a comissão será presidida pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e integrada pelos ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Joaquim Levy (Fazenda).

A presidente afirmou que a comissão visa preparar o Estado "para realizar o reequilíbrio fiscal necessário para a retomada do crescimento econômico".

Aos novos ministros, Dilma pediu que trabalhem mais, "com mais foco e eficiência, buscando fazer mais com menos recursos, dialoguem muito e sempre, com a sociedade, com parlamentares, partidos e com os movimentos sociais".

A presidente também fez um pedido ao novo ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. "Recomendo que seja um parceiro de todos os ministérios". Líderes de partidos da base, sobretudo do PMDB, vinham apontando o ex-titular da Casa Civil Aloizio Mercadante (agora na Educação) como um dos principais problemas do diálogo do governo com o Congresso.

Durante apresentação dos novos ministros, Dilma reclamou da organização do cerimonial, que esqueceu de incluir algumas autoridades que estavam no evento às quais a presidente agradeceu pela presença. "Hoje o pessoal do protocolo está meio esquecido", queixou-se."

>> Conheço o perfil de cada ministro nomeado

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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Veríssimo ataca hipocrisia da mídia e do judiciário


Uma particularidade do Brasil que certamente intrigará os historiadores futuros será a aparente existência no país — inédita em todo o mundo — de dois sistemas de pesos e medidas. O cidadão poderia escolher um sistema como se escolhe uma água mineral, com gás ou sem gás. No caso, pesos e medidas que valiam para todo mundo, até o PSDB, ou pesos e medidas que só valiam para o PT", diz o escritor e cronista Luis Fernando Verissimo. 

"Outra dificuldade para brasilianistas que virão será como diferenciar os escândalos de corrupção, que eram tantos. Por que haveria escândalos que davam manchetes e escândalos que só saíam nas páginas internas dos jornais, qando saíam? Escândalos que acabavam em cadeia ou escândalos que acabavam na gaveta de um procurador camarada?"
 
Do "Brasil 247"


A crônica Conspiração, publicada no domingo pelo escritor Luis Fernando Veríssimo, detona a hipocrisia da mídia e do Poder Judiciário no Brasil. Segundo ele, existem dois pesos e duas medidas no Brasil para avaliar escândalos de corrupção, assim como se vende água com e sem gás.
 
"Uma particularidade do Brasil que certamente intrigará os historiadores futuros será a aparente existência no país — inédita em todo o mundo — de dois sistemas de pesos e medidas. O cidadão poderia escolher um sistema como se escolhe uma água mineral, com gás ou sem gás. No caso, pesos e medidas que valiam para todo mundo, até o PSDB, ou pesos e medidas que só valiam para o PT"", disse ele.
 
"Outra dificuldade para brasilianistas que virão será como diferenciar os escândalos de corrupção, que eram tantos. Por que haveria escândalos que davam manchetes e escândalos que só saíam nas páginas internas dos jornais, quando saíam? Escândalos que acabavam em cadeia ou escândalos que acabavam na gaveta de um procurador camarada?", complementou.
 
"Mas o maior mistério de todos para quem nos estudar de longe será o ódio. Nossa reputação de povo amável talvez sobreviva até 2050. Então, como explicar o ódio destes dias?"
 
Leia, aqui, a íntegra do texto:

Conspiração

hipocrisia-Veríssimo

"O maior mistério de todos para quem nos estudar de longe será o ódio. Nossa reputação de povo amável talvez sobreviva até 2050. Então, como explicar o ódio destes dia?
Coitado de quem, no futuro, tentar entender o que se passava no Brasil, hoje. A perspectiva histórica não ajudará, só complicará mais. Havia uma presidente — Vilma, Dilma, qualquer coisa assim — eleita e reeleita democraticamente por um partido de esquerda, mas criticada pelo seu próprio partido por adotar, no seu segundo mandato, uma política econômica neoliberal, que deveria agradar à oposição neoliberal, que, no entanto, tentava derrubar a presidente —em parte pela sua política econômica!
 
Os historiadores do futuro serão justificados se desconfiarem de uma conspiração por trás da contradição. Vilma ou Dilma teria optado por uma política econômica contrária a todos os seus princípios para que provocasse uma revolta popular e levasse a uma ditadura de esquerda, liderada pelo seu mentor político, um tal de Gugu, Lulu, Lula, por aí.
 
Como já saberá todo mundo no ano de 2050, políticas econômicas neoliberais só aumentam a desigualdade e levam ao desastre. Vilma ou Dilma teria encarregado seu ministro da Fazenda Joaquim (ou Manoel) Levis de causar um levante social o mais rápido possível, para apressar o desastre. Fariam parte da conspiração duas grandes personalidades nacionais, Eduardo Fuinha e Renan Baleeiro, ou coisas parecidas, com irretocáveis credenciais de esquerda, que teriam voluntariamente se sacrificado, tornando-se antipáticos e reacionários para criar na população um sentimento de nojo da política e dos políticos e também contribuir para a revolta.
 
Outra personalidade que disfarçaria sua candura e simpatia para revoltar a população seria o ministro do Supremo Gilmar Mentes.

Uma particularidade do Brasil que certamente intrigará os historiadores futuros será a aparente existência no país — inédita em todo o mundo — de dois sistemas de pesos e medidas. O cidadão poderia escolher um sistema como se escolhe uma água mineral, com gás ou sem gás. No caso, pesos e medidas que valiam para todo mundo, até o PSDB, ou pesos e medidas que só valiam para o PT.
 
Outra dificuldade para brasilianistas que virão será como diferenciar os escândalos de corrupção, que eram tantos. Por que haveria escândalos que davam manchetes e escândalos que só saíam nas páginas internas dos jornais, quando saíam? Escândalos que acabavam em cadeia ou escândalos que acabavam na gaveta de um procurador camarada?
 
Mas o maior mistério de todos para quem nos estudar de longe será o ódio. Nossa reputação de povo amável talvez sobreviva até 2050. Então, como explicar o ódio destes dias?"

FONTE: artigo de Luis Fernando Verissimo publicado no jornal "O Globo" e transcrito e comentado no portal "Brasil 247"  (http://www.brasil247.com/pt/247/cultura/197639/Ver%C3%ADssimo-ataca-hipocrisia-da-m%C3%ADdia-e-do-Judici%C3%A1rio.htm)  e  (http://noblat.oglobo.globo.com/cronicas/noticia/2015/09/conspiracao-20-09-2015.html).

Postado por Tereza Braga, no blog Democracia&Política

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sábado, 19 de setembro de 2015

Dilma: governo seguirá combatendo o ódio, a intolerância e a violência

Jornal do Brasil – "Em mensagem divulgada pelas redes sociais nesta sexta-feira (18), a presidente Dilma Rousseff manifestou repúdio contra o crescimento do preconceito e da intolerância no País. Segundo ela, o “ódio não é liberdade de expressão”, e para o convívio em sociedade é preciso respeitar as diferenças.

“O ódio não é liberdade de expressão. Uma sociedade que se pretende civilizada deve aprender a conviver muito bem com as diferenças, deve aprender a tolerar as divergências culturais e de pensamento. O Brasil sempre foi um País pacífico, fraterno e tolerante. Se quisermos ser um País cada vez mais civilizado, devemos honrar essa nossa tradição”, diz o comunicado.

Dilma-mensagem-intolerância
No vídeo, a presidente expressa “repúdio a toda forma de ódio contra quem quer ou o que quer que seja”. E acrescenta que o governo seguirá combatendo a “xenofobia e qualquer tipo de intolerância”, bem como “seguirá combatendo o racismo, a homofobia e a violência contra as mulheres”.

Dilma também declarou que o Brasil sempre foi conhecido mundialmente pela alegria e fraternidade de seu povo. “No mundo inteiro, nós, brasileiros, somos bem acolhidos porque enxergam em nós o espírito de paz, de amizade e de confraternização”.


Imagem: reprodução/YouTube

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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Com pacote fiscal, há chance de Dilma voltar ao jogo

Por Luis Nassiff, no GGN – “O governo finalmente apresentou uma proposta de ajuste. Levará alguns dias para se analisar todos seus desdobramentos. Serão encontrados furos, opções melhores, saídas mais adequadas.
Mas, nas condições em que foi montado, o pacote tem méritos.
Rompe com a inércia e trata a crise como tem que ser tratada, com medidas pontuais, sem enveredar por quebras de direitos assegurados na Constituição de 1988 ou por medidas que possam se tornar permanentes, como a elevação de tributos.


Corta na carne e busca apoio no Congresso para que as emendas parlamentares atendam às políticas prioritárias na saúde e educação.

Retira subsídios de outros tempos, selecionando os setores beneficiados pela desvalorização cambial. E propõe um imposto provisório, com prazo de duração definido em lei.

O pacote tem custos mas poderá significar uma pausa nessa guerra interminável que paralisa a economia. Empresários, base aliada, movimentos sociais e parlamentares de boa vontade terão desde agora uma pauta para discussão.

Como se trata de um braço de guerra em torno de expectativas, haverá uma guerra de argumentos visando desqualifica-lo. E a desqualificação consistirá em comparar as circunstâncias do pacote com aquele que poderia ter sido montado em condições ideais de visibilidade e temperatura.

Dirão que Dilma deixou de consultar Lula, movimentos sociais, presidentes da Câmara e Senado. Dirão que o país não suporta mais aumento de carga. Apontarão injustiças nos cortes, compararão setores que perdem com setores que serão poupados.

Antes mesmo de conhecer o pacote, as duas figuras públicas mais polêmicas da República – Eduardo Cunha e Gilmar Mendes – trataram de desqualifica-lo. E os políticos que incorporaram a cara do novo PSDB – Carlos Sampaio, Aécio Neves e outros – anunciaram que queimarão as pontes do pacote fiscal.

É possível que estejam dando um tiro no pé.

O PMDB de Michel Temer e Renan Calheiros não pretende pular fora do barco de Dilma. Precisa apenas de um sinal de vida – que foi dado pelo pacote. O meio empresarial está exausto de pagar a conta dessa guerra política interminável.

Se a reforma ministerial foi relativamente bem-sucedida, é possível que finalmente se tenha um pouco de paz para desenhar o futuro.

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terça-feira, 11 de agosto de 2015

Governo anuncia R$ 186 bilhões em geração e transmissão de energia


Da Agência Brasil (*)- "Com o intuito de dar celeridade aos projetos de ampliação de geração e de transmissão de energia no país, o governo federal lançou hoje (11) o Programa de Investimento em Energia Elétrica (PIEE), que prevê a aplicação de R$ 186 bilhões entre agosto de 2015 e dezembro de 2018. Do total, R$116 bilhões serão investidos em obras de geração e R$ 70 bilhões em linhas de transmissão. 

http://www.ocafezinho.com/2015/08/11/governo-vai-investir-r-186-bilhoes-em-infra-estrutura-eletrica/
Fonte da imagem: http://www.ocafezinho.com/2015/08/11/governo-vai-investir-r-186-bilhoes-em-infra-estrutura-eletrica/

Ao ampliar a oferta de energia, o governo busca ampliar a competitividade do setor, de forma a reduzir o custo da energia no país. Com os novos projetos de geração de energia a serem contratados, serão investidos R$ 42 bilhões até 2018, e outros R$ 74 bilhões após 2018. Essas obras vão aumentar entre 25 mil megawatts (MW) e 31,5 mil MW a energia fornecida ao sistema.

Serão leiloados 37,6 mil quilômetros de linhas de transmissão, a um custo previsto de R$ 70 bilhões. Deste total, R$ 39 bilhões serão executados até 2018, e R$ 31 bilhões a partir de 2018.

Entre as obras planejadas, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, destacou a construção das hidrelétricas de Tapajós e Jatobá, ambas no Rio Tapajós. “Nosso objetivo é fazer esses leilões até o final deste ano”, disse Braga.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, entre 2001 e 2014 a geração elétrica cresceu 67%, passando de 80 mil MW para 134 mil MW. Em 2014, foram agregados mais 7,5 mil MW ao Sistema Interligado Nacional. Já na transmissão, o crescimento foi 80% no mesmo período, passando de 70 mil quilômetros de linhas para cerca de 125 mil, sendo que cerca de 9 mil quilômetros foram instalados no ano passado.

A energia eólica tem sido uma das prioridades do governo. Por meio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foram feitos financiamentos para 291 parques eólicos entre 2005 e 2014, agregando mais 7,5 mil MW na capacidade instalada do país. Com isso, a expectativa é que em 2023 as usinas eólicas sejam responsáveis por 11,4% da produção elétrica do país – o que representa uma potência instalada de 22,4 mil MW."

(*) Por Pedro Peduzzi e Paula Laboissière - Edição:Carolina Pimentel Fonte: Agência Brasil

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Dilma lança programa que vai investir R$ 186 bi em energia elétrica até 2018

No Blog do Planalto - “A presidenta Dilma Rousseff, lança nesta terça-feira (11), o Programa de Investimento em Energia Elétrica (PIEE), que prevê R$ 186 bilhões em investimentos para expansão da geração e transmissão elétrica no país, a serem contratados entre agosto de 2015 e dezembro de 2018. A cerimônia ocorre no Palácio do Planalto.

O programa inclui também os projetos que vão ampliar a oferta de energia e fortalecer o sistema de transmissão para garantir mais energia aos brasileiros a preços competitivos com o mercado internacional, mantendo a matriz elétrica brasileira com predominância de fontes limpas e renováveis.

Serão contratados nesse período, por meio de leilões, R$ 116 bilhões em obras de geração e R$ 70 bilhões em linhas de transmissão para fornecer mais energia aos brasileiros a preços competitivos com o mercado internacional, para prover ao país a energia necessária ao seu crescimento econômico, mantendo a matriz elétrica brasileira com predominância de fontes limpas e renováveis.

Geração
 
Dos novos projetos de geração de energia que devem ser contratados, o PIEE prevê que sejam investidos R$ 42 bilhões (até 2018) e outros R$ 74 bilhões (após 2018) para agregar ao sistema elétrico entre 25.000 MW e 31.500 MW. A expansão das energias renováveis – excluindo hidrelétrica e pequenas centrais hidrelétricas – corresponde a quase a metade da potência adicionada, ou entre 10.000 MW e 14.000 MW.

Transmissão
 
Na transmissão, até 2018 deverão ser leiloados 37.600 quilômetros de linhas, com investimentos previstos de R$ 70 bilhões, sendo R$ 39 bilhões a serem executados até 2018 e os R$ 31 bilhões após esse período.

Consolidação
 
No lançamento, foi apresentada ainda a consolidação dos investimentos contratados em anos anteriores que terão etapas a serem executadas nesse quadriênio. São mais R$ 114 bilhões a serem executados no período (R$ 92 bilhões em geração e R$ 22 bilhões em transmissão), ampliando no curto prazo a oferta de energia. Na geração, entre 2015 e 2018 serão concluídos 35.022 MW, sendo quase 12 mil MW de energia eólica, solar e biomassa.
Quando somados os investimentos que terão execução entre 2015 e 2018, parte deles do Programa e parte provenientes dos projetos contratados anteriormente e ainda em execução, constata-se que o setor elétrico brasileiro concretizará investimentos de R$ 195 bilhões neste quadriênio, sendo R$ 134 bilhões em geração e R$ 61 bilhões em transmissão.

O PIEE consolida a base hidrotérmica do setor elétrico brasileiro, com ampliação da presença de gás natural, em substituição a combustíveis mais caros e mais poluentes, e com uma expansão crescente de outras fontes renováveis, além da hidrelétrica. O programa também aprofundará o caminho da diversificação energética, com a ampliação do uso da biomassa, da energia eólica, e da energia solar fotovoltaica.

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sexta-feira, 31 de julho de 2015

O jornalismo espirita invade encontro de Dilma com governadores

Por: Luis Nassif, no Jornal GGN - “No jornalismo existem as reportagens e as análises. As reportagens baseiam-se em fatos; as análises, em raciocínios.

Uma das formas de burlar o leitor é rechear um artigo com meras impressões pessoais - do gênero que os compêndios jornalísticos denominam de gossips – e atribuí-las a fontes, anônimas ou não. É diferente da análise propriamente dita, que exige raciocínio, levantamento de ângulos não percebidos pelo leitor.



O gossip tem sido fartamente utilizado para desqualificar qualquer ato de Dilma, uma declaração solta, uma proposta política. Em vez de se debruçar sobre as implicações da atitude, montam-se análises superficiais baseadas no achismo, mas atribuídas a fontes em off para ganhar alguma verossimilhança.

É o caso do encontro de ontem, de Dilma com 27 governadores.

Comparem a reportagem “Dilma manda a governadores recados que eles não queriam ouvir” (http://migre.me/qZcq4) da colunista Vera Magalhães, da Folha – que não estava no evento – com os relatos dos repórteres que assistiram o evento. Basicamente as reportagens do Estadão “Aos governadores Dilma diz que país tem condições de se recuperar” (http://migre.me/qZcrX) -, de O Globo – “Governadores defendem governabilidade e pedem retomada dos investimentos” (http://migre.me/qZcwe) e “Dilma diz a governadores  que o país passa por transição” (http://migre.me/qZcxW) - e da própria Folha – “Dilma pede a governadores ajuda para sair da crise” (http://migre.me/qZczE).

Do lado esquerdo, as afirmações contidas no artido de Vera; no direito, informações dos repórteres que cobriram o encontro." [clique aqui para acessar a matéria completa]

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sábado, 11 de julho de 2015

Será que Dilma mostrará à direita as contas de sua súbita bondade?

Por Fernando Brito, em seu blog – “Tomara que estejam certos os repórteres Max Leone e Marco Aurélio Reis, de O Dia, que anunciam que Dilma vai propor uma alternativa para viabilizar o aumento de aposentados com os mesmos índices de reajuste dados ao salário mínimo: a taxação de grandes fortunas.

Demorou, como diz a rapaziada aqui no Rio.



Porque é preciso colocar a direita brasileira, que hoje distribui prodigamente os aumentos salariais e benefício que jamais deram ao povo brasileiro com o claro intuito de inviabilizar as contas do Governo, aquelas que enchem a boca para dizer que têm de ser superavitárias.

Dizem os repórteres que  o reajuste dos benefícios estaria condicional à aprovação “do  PLC 130/2012 (que) prevê alíquotas de 0,5% a 1% que incidiriam sobre fortunas acima de US$ 1 milhão (R$ 3,4 milhões)”.

Isso renderia, segundo as contas do jornal, uma arrecadação extra “de R$6 bi a R$10 bilhões”, proveniente de 200 mil contribuintes. Ou 0,1% dos brasileiros, se tomarmos como base a população.

Já estava na hora de fazer voltar sobre eles a festança parlamentar o discurso que gostam de citar sempre, de que “não há almoço grátis”.

Se é preciso melhorar aposentadorias e  vencimentos de carreiras do funcionalismo – dos salários eles não acham isso, porque o empresário tem de pagar – é preciso melhorar a arrecadação sobre quem tem para dar.

A carga tributária sobre as empresas tem a desvantagem de ir parar sempre sobre quem consome os produtos e serviços que elas fabricam ou prestam. Portanto, sobre o consumidor, não importa se rico, de classe média ou pobre.

Será que alguém vai desistir de ter R$ 5 milhões em títulos que rendem 1,07% num mês porque terá de pagar 0,5% ao ano de imposto?

E olhe lá, porque  provável  é que um Imposto sobre Grandes Fortunas, na difícil  – mas possível – hipótese de ser aprovado vai ter inúmeras deduções e uma espécia de “parcela a deduzir”, calculando-se apenas sobre o excedente a ela…

Além do mais, sem grandes danos à arrecadação, pode-se reduzir o impacto  permitindo que se abata do limite o valor parte de um único imóvel de residência até uma quantia estabelecida, se este não for gerador de renda.

Quem sabe, junto, venha alguma decisão de  fazer os donos de jatinhos e iates pagarem algum imposto sobre seus brinquedos, assim como eu pago sobre a miniatura chinesa  de quatro rodinhas que me carrega?

E um ajustamento para os impostos existentes sobre herança, a maioria hoje em 4%, que são pesados para os pequenos mas, comparados com o restante do mundo, muito pequenos para os grandes herdeiros. Quem quiser entender como é diferente em outros países, veja aqui como é diferenciado (e muito mais pesado) para os maiores herdeiros nos Estados Unidos, o céu do dinheiro.

Vamos ver como suas excelências se comportam na hora de ter de votar sobre como pagar a conta das bondades.


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sexta-feira, 10 de julho de 2015

Lava Jato chega ao TCU e atinge algoz de Dilma

247, em 10/07/15 – “Autor de um relatório em que aponta irregularidades nas contas do governo federal em 2014, inclusive as chamadas 'pedaladas fiscais', e por isso visto com bons olhos pela oposição, o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), teve o nome envolvido em denúncias de propina em obras públicas em documentos apreendidos com executivos da Camargo Corrêa.



De acordo com reportagem da revista Carta Capital, em um dos documentos, é citado um "compromisso" de 500 mil reais de Nardes com o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Luiz Antonio Pagot, e com o PP, o partido do ministro. Ele seria alvo de investigação específica caso a Operação Castelo de Areia não tivesse sido anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por decisão do ministro Luís Roberto Barroso.

O caso do cartel das empreiteiras que prestam serviços à Petrobras, investigado pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, envolveu recentemente o nome do presidente do tribunal, Aroldo Cedraz, tornando ainda mais fragilizada a credibilidade da instituição que investiga Dilma. Em delação premiada, o empresário Ricardo Pessoa, do TCU, revelou à Justiça que pagava R$ 50 mil por mês ao advogado Tiago Cedraz, filho do ministro, para obter informações privilegiadas que dissessem respeito à sua empresa.
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segunda-feira, 11 de maio de 2015

O casamento do Dr Kalil é um retrato perfeito do Brasil

Por: Paulo Nogueira, no DCM 

“Será que Lula e Dilma têm noção do desgaste de imagem que é comparecer a um casamento com tamanha ostentação como foi o do cardiologista Roberto Kalil Filho?

Presumo que sim.

E acho também que eles não faziam ideia de que o casamento atrairia tanta atenção. Era para ter uma cobertura limitada à Caras, não fosse um grupo de paneleiros que irrompeu, para alegria da imprensa.

Noivos e padrinhos
O noivo é evidentemente alguém apaixonado pelo poder. Em seu primeiro casamento, nos anos 1980, os padrinhos foram o general Figueiredo, o último da ditadura, e Maluf, em quem se via então um bom potencial para chegar ao Planalto.

Agora, os padrinhos foram Lula, Dilma e Serra.

Caso haja um terceiro casamento, bastará ver quem estará na presidência.

Minha reflexão número 1, ao ver este tipo de coisa, é: que falta faz um Mujica no Brasil.

Simplicidade, simplicidade e ainda simplicidade. O exato oposto do que se viu ontem no casamento.
E hipocrisia em doses colossais.

O jornalista Ricardo Noblat, presente, postou uma foto em que sua mulher sorri, triunfalmente, ao lado de Dilma, as duas em cintilantes vestidos de noite.

Como tantos articulistas da Globo, Noblat vive de bater em Dilma e em Lula. Foi ele que, pouco tempo atrás, escreveu que Dilma tinha tido uma guerra de cabides com uma empregada.

Noblat escreveu na ocasião: “Uma pessoa que não ama seus semelhantes, ou que não sabe expressar seu amor por eles, não pode ser amada.”

Mas, pelo visto, pode ser bajulada, ou se deixar bajular.

Dilma com Rebeca Noblat
Dilma não teria como fugir de uma foto tão repulsiva pelo cinismo sorridente? Existe, é claro, a possibilidade de que ela não soubesse de quem se tratava.

Fora disso, é incompreensível e, para mim, inaceitável.

Na noitada paulistana, genuínos mesmo em sua estupidez e ignorância desumanas, apenas os paneleiros que foram gritar as bobagens de sempre que lêem na mídia que os imbeciliza e os manipula.

O casamento de Kalil é um retrato da promiscuidade política que tanto atrapalha o avanço social do Brasil.
É muita confraternização e pouco atrito. E sem atrito, sem confronto, você não remove privilégios e mamatas que fizeram do Brasil uma das eternas capitais mundiais da desigualdade.

Jamais entendi o seguinte.

Roberto Marinho foi um dos patronos do golpe, e um dos responsáveis pelos mais de vinte anos de duração de uma ditadura cheia de mortes, torturas e perseguições.

Depois, manipulou um debate que custou a Lula uma eleição.

E o mesmo Lula, ao chegar enfim ao poder, não apenas comparece ao enterro de Marinho e faz um elogio fúnebre inteiramente dissociado da realidade como decreta luto oficial de três dias.

Enquanto isso, no mundo das coisas concretas, o governo do PT continuou, ano após ano, a colocar meio bilhão de reais em publicidade na Globo — um dinheiro que financiaria o exército de Mervais, Jabores, Kamels, Wacks et caterva.

Você entende?

Eu não.

Ah, sim. Faltaram os irmãos Marinhos no casamento de Kalil.

Mas eles estavam representados por Noblat e sua mulher, aquela da foto festiva com Dilma.

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