quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Dilma e Lula reagem às denúncias de Marcos Valério. Lula, por ora continua sendo o principal alvo político da oposição

O jornal O Estado de São Paulo publicou em uma série de artigos, novas acusações que incriminam o ex-presidente Lula em relação ao caso do mensalão. Eles são pautados no depoimento prestado pelo "empresário mineiro" Marcos Valério Fernandes de Souza à Procuradoria-Geral da República em 24 de setembro. Valério, um dos principais réus condenados no processo do STF a 40 anos de cadeia, tenta com isso reduzir a sua pena. Contando o que não disse no primeiro depoimento quando estourou o grande escândalo de corrupção.
A dúvida é: porque no momento em que veio à tona o escândalo, denunciado por um dos personagens que fazia parte desta embromação toda, o então deputado Roberto Jefferson, não enquadraram e intimaram o ex-presidente Lula, tido como o "cabeça" de todo o esquema? A delação de Valério poderia ter levado Lula ao impeachment em 2005 e a réu em 2012, considerando que já havia rumores, indícios e "provas" suficientes para tanto. Como foi no caso do ex-presidente Collor de Melllo, hoje tudo estaria resolvido poupando-se tempo e dinheiro.
A princípio, Lula disse que não sabia de nada. Deu motivo para que surgissem as mais diversas opiniões e versões sobre o caso, que repercutiram fortemente na mídia e nas redes sociais. Até um livro foi publicado atestando que ele era o chefe maior de todo o esquema. O ex-presidente reconheceu o mau feito dos seus correligionários envolvidos, que foram condenados pelo STF. Pediu desculpas à nação em rede nacional já no início, quando toda a trama foi revelada. Mas continuou sendo o principal alvo na disputa pelo poder político até o presente momento.

Talvez haja uma mudança. Por ora, o principal objetivo da oposição é de abater politicamente seu maior inimigo. Satisfeito seu desejo obsessivo e raivoso, ficaria mais fácil retornar ao poder com a ajuda flagrante da mídia conservadora. O próximo alvo será a própria presidente Dilma Rousseff, não obstante sua aprovação popular e sua surpreendente capacidade em governar o país. Não tenhamos dúvida disso.




Enquanto estivermos convivendo com esta paranoia de denúncias e pressão para julgamentos parciais, puramente políticos em vez de técnicos, o combate à corrupção continuará sendo ineficaz. Se pararmos para uma analise mais crítica da situação política no país, poderemos concluir que é o verdadeiro inimigo permanecerá sem ser molestado. A corrupção não é exclusividade deste ou daquele partido político. Já tivemos prova disso em outros governos. Ela permeia em todos os sistemas, público ou privado. E atinge os três poderes da República por igual há muito tempo. Tanto o sistema judiciário quanto o sistema político brasileiro estão com suas estruturas abaladas.

Enquanto isso, o jogo político pelo poder segue acirrado em um vale tudo inconsequente, na quase certeza da impunidade. E setores da mídia corporativa em clara evidência de sua opção partidária, de denúncia em denúncia vem nadando de braçada. Escandalizando os fatos para confundir a opinião pública.
             
 
Informação: pintousujeira
Imagem: reprodução/internet





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