Brasil: 'Xadrez da entrada do país na era da ebulição'. Por Luiz Nassif
Por Luis Nassif, no jornal GGN: Peça 1 - A estagflação - O país já entrou em um terreno movediço experimentado poucas vezes, a última das quais nos anos 80: a estagflação. Trata-se de um período em que convivem, simultaneamente, estagnação econômica e inflação. Os motivos maiores estão nos desastres sucessivos da política econômica de Paulo Guedes.
O primeiro desastre foi no manejo irresponsável do câmbio. Apesar de sentado em reservas cambiais expressivas - herança dos governos petistas - permitiu explosões nas cotações, desarticulando toda a estrutura de preços internos.
Além disso, houve uma explosão nas cotações internacionais de commodities. Países responsáveis impuseram restrições às exportações, justamente para não contaminar os preços e a oferta interna. Guedes deixou o barco solto, sem se preocupar sequer em se armar de estoques reguladores.
No primeiro tempo do jogo, houve alta dos preços dos insumos que foi repassada para os preços dos produtos - especialmente produtos populares, têxtis e alimentos. O IGP (Índice Geral de Preços) captou essa loucura, assim como o Índice de Preços ao Produtor. Os olhos da mídia, no entanto, estavam voltados apenas para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado), no qual esses aumentos se diluíram no meio de outros indicadores, especialmente aqueles que continham maior componente de mão de obra.
Em um primeiro momento, a renda emergencial logrou assimilar os repasses de custos, impedindo uma queda mais aguda da economia.
Com o fim da renda emergencial, o impacto sobre as empresas - especialmente de bens de consumo - será imediato. Muitos setores estão pressionando pela alta de custos e não mais conseguindo repassar para a ponta.
A estagflação já se instalou na economia. E com tal rapidez que só será captada pelos indicadores divulgados em fevereiro e março.
Ontem [14/01], foi anunciado que o país oferecerá abertura total das obras públicas a competidores internacionais. Trata-se de um suicídio reiterado.
Peça 2 - a pandemia chegando na classe média
O segundo ponto de tensão é o Covid-19 chegando na classe média. A segunda onda tem avançado com uma virulência muito superior à primeira. A tragédia de Manaus, com doentes morrendo aos borbotões nos hospitais por falta de oxigênio, é apenas um ensaio do que virá pela frente.
Em São Paulo, os principais hospitais estão com mais de 90% de ocupação das UTIs. Ao lado do Rio de Janeiro, é a capital com maior índice de mortalidade (óbitos/casos), reflexo óbvio da falta de condições de atendimento. A média móvel de novos casos explodiu em quase todos os estados, conforme gráfico abaixo, mostrando as variações em 14 dias.
Impeachment já! No mesmo dia em que faltam cilindros de oxigênio em Manaus, Bolsonaro insiste em desacreditar a vacina contra Covid: “não quer tomar, não tome... afinal... não temos comprovação”. Isso é discurso de chefe de Estado? pic.twitter.com/Mn9ppg9GdN
— gente de mal (@gentedemal) January 14, 2021

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2 comments:
SEU ANTIGO SEGUIDOR.
CONVITE :XÔ BAIXO ASTRAL, SÓ MINISTERIO DISSO DAQUILO E DAQUILO OUTRO, XÔ BRIGA DAS VACINAS, VÃO TODOS PRA CASA DO CACETE.
QUER ALEGRIA, MUSICA , DIVERSÃO,CURTIR UNS BONS MINUTOS DE FELICIDADE E TIRAR SUAS PENSAMENTO DESTE FILME DE TERROR QUE SE TRANSFORMOU O BRASIL? VEM: BLOG "MUSICA É FELICIDADE", NAS RUAS O POVO CANTA E DANÇA AS MAIORES E MAIS BONITAS MANIFESTAÇÕES EM SHOWS POPULARES IMPERDIVEIS!!!
XÔ ASFIXIA.
UM ABRAÇÃO CARIOCA.
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