Moraes vai no bolso dos bolsonaristas. Por Fernando Brito
Está na lei - e numa lei sancionada por Jair Bolsonaro, no ano passado - que inclui no Código Penal o artigo 359-L:
Art. 359-L. Tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, além da pena correspondente à violência.
Não se apiede achando que se está bloqueando a conta de alguma "tia do Zap" ou de "caminhoneiros"... Os bloqueios são contra empresas, que agiram em desvio de finalidade ao enviar para lá seus caminhões (na maioria comprados com financiamento público) e motoristas.
A minoria de "pessoas físicas" é de famílias que têm os caminhões registrados em seus nomes (duas delas, a Bedin e a Lermer, mandaram quase 20 "tanques" cada), também em indício de possível fraude patrimonial. Afinal, para que serviriam a pessoas físicas terem, cada uma, vários caminhões pesados, com valor de R$ 600 mil cada, em lugar de pertencerem às suas empresas?
Algumas empresas estão mandando retirar seus caminhões, mas os bolsonaristas, abertamente, estão pedindo adesão de outras e sugerindo um novo bloqueio de estradas, no que estão chamando de "greve nacional".
Há áudios terroristas nas redes sugerindo que as pessoas estoquem comida, é patético.
Não vai colar, é claro, porque a maioria dos empresários que está patrocinando o envio de seus "tanques" a Brasília muda de atitude quando se ameaça afastá-los do seu "grande amor": o dinheiro.
Originalmente publicado por Fernando Brito, em seu blog
Imagem: reprodução
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[Moraes manda bloquear contas de 43 empresas por atos antidemocráticos: "(...) Moraes também determinou que, em até 10 dias, a Polícia Federal colha depoimentos de todas as empresas e pessoas listadas, além de indicar as diligências necessárias para apurar o caso.
Na decisão, o ministro citou o bloqueio de rodovias de todo o país por manifestantes insatisfeitos com a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas. Moras também pontuou o deslocamento de 115 caminhões para o QG do Exército, em Brasília, "com objetivo de reforçar atos criminosos".
De acordo com o magistrado, os protestos desrespeitam o direito de reunião pacífica, previsto na Constituição. Moraes pontuou que os grupos querem "propagar o descumprimento e desrespeito ao pleito eleitoral" (...)"]
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