Sergio Moro é acusado de caixa 2 para se eleger ao Senado
Mas o partido de Bolsonaro, que perdeu a vaga ao Senado do candidato Paulo Martins para Moro, que saiu a frente nos votos do Paraná, alega que o ex-juiz se beneficiou da prática ilícita e cometeu, também, abuso de poder econômico.
"O que se inicia como uma imputação de arrecadação de doações eleitorais estimáveis não contabilizadas, passa pelo abuso de poder econômico e termina com a demonstração da existência de fortes indícios de corrupção eleitoral", diz o PL.
A ação tramitava em segredo de Justiça, desde novembro do ano passado, e o caso foi aberto ao público a partir do dia 17 de janeiro, pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, divulgado em reportagem do Uol nesta terça.
Outro dado levantado pelo PL foi a mesma alegação de outra ação, ingressada pela coligação do PT, a Federação Brasil Esperança, que inclui o PCdoB e o PV, é que Sergio Moro se beneficiou da pré-disputa eleitoral pelo Podemos, antes de migrar ao União Brasil.
Para o PL, o uso das verbas do Podemos, no início das articulações eleitorais, para divulgação de seu nome junto ao eleitorado, foi uma "estratagema perniciosa" que permitiu ao ex-juiz driblar a legislação e gastar mais recursos, acima do limite permitido pela legislação eleitoral.
"O conjunto das ações foi orquestrado de forma a, dentre outras irregularidades, usufruir de estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade e teto de gastos vinte vezes menor, carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente."
Moro condenou Caixa 2 durante Lava Jato
Ao final da peça, os advogados do PL ainda falam em "ironia" o fato de que a ação busca atender a bandeiras do próprio Sergio Moro de "combater a corrupção em todas as suas esferas, inclusive eleitoral".
Enquanto juiz da Lava Jato, Moro chamou o caixa 2 de "trapaça', "crime contra a democracia" e "pior do que enriquecimento ilícito".
"A corrupção para fins de financiamento de campanha é pior que o enriquecimento ilícito. Se eu utilizo para ganhar eleição, para trapacear uma eleição, isso para mim é terrível (...) Caixa 2 durante uma palestra em Harvard, em 2017.
Imagem: reprodução/Foto: marcos Brandão/Senado Federal

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