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sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Está próxima a identificação do cartel do câmbio, por Luís Nassif

Por Luís Nassif, no GGN: Já está nas mãos do presidente da República o mapa para desmascarar o cartel do câmbio, os bancos que jogaram as cotações nas alturas. O PTAX é uma taxa de câmbio oficial divulgada pelo Banco Central do Brasil, que representa uma média das taxas de câmbio praticadas no mercado interbancário. Ele é calculado com base em quatro consultadas realizadas ao longo do dia (manhã e tarde) junto às principais instituições financeiras, refletindo as cotações de compra e venda do dólar americano em relação ao real.

www.seuguara.com.br/Cartel do câmbio/dólar/Luís Nassif/

Ela serve como referência para diversas operações financeiras e comerciais. Vale para contratos futuros e fechamento contábil das empresas.

O grande movimento especulativo deu-se na véspera do anúncio do pacote fiscal do Ministro Fernando Haddad. 

Há sinais evidentes da participação de, ao menos, três grandes instituições bancárias, sendo uma estrangeira, a JP Morgan, um grande banco comercial e um grande banco de investimento. Depois do estouro da boiada, o mercado veio atrás, inclusive com alguns operadores ingênuos divulgando notícias falsas através do X. 


A Advocacia Geral da União (AGU) já oficiou a Polícia Federal para investigar a arraia miúda.

Mas a maneira de identificar o cartel é simples. Bastará a presidência da República, através da AGU (Advocacia Feral da União) oficiar a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e a B3 para levantar os nomes de tidas as instituições que atuaram no no movimento especulativo.

Será simples chegar ao trio.


Um pouco mais complexo será a maneira de abordar a questão. É um caso claro de crime financeiro, mas em um mercado sensível como as manobras do trio.

Por trás das manobras está a nítida intenção de demover o governo da intenção de tributar lucros e dividendos e instituir uma alíquota maior no imposto de renda do 1% mais rico. 


Qual seria o resultado de uma punição severa? Se bem sucedida, eliminaria futuras tentativas de desestabilização e de chantagem. Mas haverá um período de turbulência até que o caso seja devidamente esclarecido para o mercado.

De qualquer modo, o maior ou menor sucesso dessa operação definirá o futuro da política econômica daqui para frente: se a chantagem sendo contida, ou se saindo vitoriosa. 

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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Com pacote fiscal, há chance de Dilma voltar ao jogo

Por Luis Nassiff, no GGN – “O governo finalmente apresentou uma proposta de ajuste. Levará alguns dias para se analisar todos seus desdobramentos. Serão encontrados furos, opções melhores, saídas mais adequadas.
Mas, nas condições em que foi montado, o pacote tem méritos.
Rompe com a inércia e trata a crise como tem que ser tratada, com medidas pontuais, sem enveredar por quebras de direitos assegurados na Constituição de 1988 ou por medidas que possam se tornar permanentes, como a elevação de tributos.


Corta na carne e busca apoio no Congresso para que as emendas parlamentares atendam às políticas prioritárias na saúde e educação.

Retira subsídios de outros tempos, selecionando os setores beneficiados pela desvalorização cambial. E propõe um imposto provisório, com prazo de duração definido em lei.

O pacote tem custos mas poderá significar uma pausa nessa guerra interminável que paralisa a economia. Empresários, base aliada, movimentos sociais e parlamentares de boa vontade terão desde agora uma pauta para discussão.

Como se trata de um braço de guerra em torno de expectativas, haverá uma guerra de argumentos visando desqualifica-lo. E a desqualificação consistirá em comparar as circunstâncias do pacote com aquele que poderia ter sido montado em condições ideais de visibilidade e temperatura.

Dirão que Dilma deixou de consultar Lula, movimentos sociais, presidentes da Câmara e Senado. Dirão que o país não suporta mais aumento de carga. Apontarão injustiças nos cortes, compararão setores que perdem com setores que serão poupados.

Antes mesmo de conhecer o pacote, as duas figuras públicas mais polêmicas da República – Eduardo Cunha e Gilmar Mendes – trataram de desqualifica-lo. E os políticos que incorporaram a cara do novo PSDB – Carlos Sampaio, Aécio Neves e outros – anunciaram que queimarão as pontes do pacote fiscal.

É possível que estejam dando um tiro no pé.

O PMDB de Michel Temer e Renan Calheiros não pretende pular fora do barco de Dilma. Precisa apenas de um sinal de vida – que foi dado pelo pacote. O meio empresarial está exausto de pagar a conta dessa guerra política interminável.

Se a reforma ministerial foi relativamente bem-sucedida, é possível que finalmente se tenha um pouco de paz para desenhar o futuro.

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