sábado, 26 de novembro de 2011

De escândalo em escândalo vamos navegando em mares de corrupção

Qual foi o montante que envolveu, segundo a imprensa, o maior escândalo na política brasileira conhecido como mensalão? Não se sabe ao certo. Sabe-se que os envolvidos sempre levaram algum com o esquema, que a princípio envolvia a compra de apoio político no Congresso e formação de Caixa 2. Ocorre que mais uma fraude envolvendo políticos veio à tona pela Operação Sinal Fechado, deflagrada na manhã desta Quinta-feira (24), pelo Ministério Público Estadual do Rio Grande do Norte, com apoio da Polícia Militar. Há pedido de prisão para 14 pessoas. Dentre elas, importantes membros do partido do DEM.


O grupo criminoso, formado por empresários, advogados, políticos e diretores de orgãos públicos, pretendia faturar R$ 1 bilhão ao longo de 20 anos com exploração de uma concessão pública. Dentre os integrantes deste grupo estavam, o suplente do senador e presidente do DEM, José Agripino (RN), João Faustino (PSDB). João Faustino, preso na operação, chegou a exercer o mandato de senador ano passado como suplente de Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), é apontado como um "lobista" pelos investigadores. Faustino, é um velho conhecido dos tucanos. Foi secretário de Assuntos Federativos da Presidência da República no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e subchefe da Casa Civil do então governador de São Paulo, José Serra (PSDB), por dois anos e meio. Dois ex-governadores, Iberê Ferreira (PSB) e Wilma de Faria (PSB), são considerados suspeitos, por acobertarem os esquemas operados entre 2008 e 2010. (Leia a notícia completa aqui).


Fica difícil para nós, simples mortais e cidadãos comuns, concluir com exatidão sobre as cifras que envolvem esses escândalos. Mas pelo visto, a grana que a quadrilha pretendia levantar, somada ao que foi desviado no caso do mensalão de Brasília, comandado pelo ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), que chegou a ser preso pela Polícia Federal, representa um montante infinitamente maior àquele do famoso mensalão do pessoal que estava à frente do PT, então integrantes do governo naquela época. 

Quanto a repercussão e dimensão desses escabrosos casos de corrupção perante a opinião pública, sempre cabe à mídia, nem sempre imparcial. É ela que vem determinando a sentença de quais cabeças irão rolar dentro da política. Antecipando-se aos vereditos. Isto não quer dizer que não tenha contribuído para o levantamento do fatos. Há que se considerar o seu dever de esclarecer e o direito de denunciar. Mas, igualmente importante é manter a imparcialidade, e contribuir efetivamente para que a verdade prevaleça doa a quem doer.             

Não pretendo aqui desfraldar a bandeira do partido da estrelinha vermelha e sair bravateando por aí que o atual partido que governa o país há 9 anos, seja tão incorruptível ao ponto de estar imune aos efeitos da corrupção. Sabe-se com certeza, que andaram pisando no tomate (no seu e no meu), quando sabemos que chegaram ao poder impunhando o estandarte da moral e a da ética na política. A impressão que fica, é que todos passam de um momento pra outro, a se comportar indecorosamente, com a certeza da impunidade. Independente das cores partidárias de cada um. 

É interessante notar, que durante todo esse tempo, o partido da atual presidente, sofreu um policiamento implavável da midia. Que desce-lhe o cacete sem piedade. Por outro lado, adota a política do morde e assopra em relação aos partidos de oposição. Lembram do Arruda? Ninguém mais fala dele. Repito. O único inimigo do país é a corrupção. Esta sim tem que ser atacada permanentemente, mesmo diante da impossibilidade de extirpá-la para todo sempre. A batalha, obrigatoriamente tem que ser apartidária.




Com informações de: mfl-movimentofichalimpa.
Imagem: Sistemacaico.
RSS/Feed: Receba automaticamente todas os artigos deste blog.
Clique aqui para assinar nosso feed. O serviço é totalmente gratuito.

1 Comentário:

Anderson disse...

Lamentável que pessoas bem informadas, como deveriam ser os profissionais da área jurídica, demonstrem tamanha leviandade. A presunção da inocência não é o primeiro mandamento do Direito? Pois saibam os fariseus de plantão que até hoje - passados dois anos do início das investigações pela Polícia Federal e Ministério Público - não foi apresentada denúncia contra o ex-governador Arruda. Por que isso? Pela simples razão de que as imagens dele recebendo dinheiro do delator Durval Barbosa são de 2005, época em que sequer cogitava ser candidato a governador, e que o citado dinheiro foi devidamente declarado à justiça eleitoral. Onde o crime? Só na cabeça de pessoas desinformadas ou de má fé... Quanto à decisão do Tribunal de Justiça do DF, é cristalina e repõe a verdade dos fatos: à época em que Jaqueline Roriz recebeu dinheiro de Durval Barbosa, o governador era Joaquim Roriz, seu pai, e Durval pertencente ao primeiro escalão do mesmo governo. Jaqueline e Roriz eram adversários de Arruda e apoiavam a candidata adversária deste, Maria de Lourdes Abadia, conforme qualquer menino dos subúrbios da capital pode atestar. Como, então, dizer que essa operação foi feita a mando de Arruda (acusação que originou o bloqueio de seus bens)? Parece que os tentáculos do PT chegaram, mesmo, ao mundo jurídico!

Postar um comentário

Seu comentário é muito importante para agregar valor à matéria. Obrigado.

Arquivos

Site Meter

  ©Blog do Guara | Licença Creative Commons 3.0 | Template exclusivo Dicas Blogger