Varre, varre vassourinha
Antes da viagem à Cuba, na Segunda (30), a presidente Dilma Roussef acertou com a direção do PP a saída do ministro da Cidades, Mário Negromonte. Este é o nono ministro a deixar o Governo. Dos nove que saíram, seis foram por denúncias de irregularidades. Antonio Palocci, Alfredo Nascimento, Wagner Rossi, Pedro Novais, Carlos Luppi e Orlando Silva. Dilma Rousseff, parece ter absorvido o estigma do ex-presidente, Jânio Quadros, eleito em 1961, que teve em sua campanha um jingle que se tornou muito popular, que o ajudou a se eleger.
Negromonte assumiu o Ministério das Cidades em janeiro de 2011, por imposição de seu partido, o PP, e já está varrido do Governo . Até Sexta-feira, quando a presidente chega do Haiti, deverá apresentar sua carta de demissão.
Fonte: Portal Terra, com informações do Estadão
Imagem: CBN/MIltonJung.
Até hoje a musiquinha, varre,varre vassourinha, é lembrada. A vassourinha virou símbolo de limpeza da imoralidade e corrupção que naqueles tempos já permeava os poderes públicos. Jânio, não chegou a utilizá-la adequadamente. Não fez nada que prometera. Obrigado a aliar-se a partidos e setores que antes atacara. Desagradou o povo. O controverso presidente, que utilizava em seus pronunciamentos uma sintaxe à parte, (fi-lo, porque qui-lo; bebo porque é líquido, se fosse sólido, bebe-lo-ia; são frases a ele atribuídas), não durou mais que sete meses no comando do país. Renunciou por não suportar a pressão, segundo ele, de “forças ocultas” terríveis.
Hoje, Dilma Roussef, segue brandindo solitária, a vassoura que Jânio prometera usar. O inconsciente coletivo volta a manifestar-se conclamando o povo para a necessidade de retomar àquela intenção desprezada pelo ex-presidente.
Recentemente, protestos contra a corrupção política lançaram mão do antigo símbolo, “plantando” vassouras nas imediações do Congresso Nacional. Na praia de Copacabana, uma ONG colocou 594 vassouras na areia, representando os deputados e senadores, simbolizando a limpeza que a sociedade deseja que se faça com urgência, nos diversos setores dos poderes públicos.
Há alguns dias, Dilma teria iniciado a faxina nos escalões inferiores do ministério das Cidades. Cássio Peixoto, chefe de gabinete do ministro, e João Ubaldo Coelho Dantas, chefe de acessoria parlamentar, foram afastados por envolvimento com lobistas.
O desgaste do ministro Mário Negromonte, considerado de desempenho fraco, e sem apoio do seu próprio partido, começou quando o jornal O Estado de S. Paulo publicou um documento “supostamente forjado pela diretora da Mobilidade Urbana do ministério, Luiza Gomide, em que teria sido adulterado um parecer técnico que vetava a mudança de um projeto de mobilidade em Cuiabá”. A suposta adulteração teria elevado os custos da obra em R$ 700 milhões.
Dentre as denúncias, aparece o nome do tesoureiro do Partido Progressista (PP), Leodegar Tiscosk, e outros integrantes da legenda, que liberavam recursos para empreiteiras com obras consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Negromonte assumiu o Ministério das Cidades em janeiro de 2011, por imposição de seu partido, o PP, e já está varrido do Governo . Até Sexta-feira, quando a presidente chega do Haiti, deverá apresentar sua carta de demissão.
Fonte: Portal Terra, com informações do Estadão
Imagem: CBN/MIltonJung.
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