“Caciques” em pé de guerra no Congresso Nacional
Desde que que foi alçado ao cargo de presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tem demonstrado seu perfil polêmico, ao tratar de assuntos relevantes naquela Casa de leis. Também é clarividente certa animosidade entre Cunha e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A partir do momento que foram aprovados na Câmara pontos importantes do Projeto de Lei que trata da Terceirização, veio à tona divergências existentes entre os dois “caciques” do Congresso Nacional.
É bom lembrar às pessoas que acham que tudo o que acontece de ruim no governo e nos altos escalões do poder central é culpa da presidente da República e do seu Partido, o PT, que as decisões no Congresso Nacional que afetam toda a sociedade, não dependem exclusivamente ao Poder Executivo.
Importante salientar, que a linha de raciocínio e os interesses dos deputados, podem não coincidir com o que estão pensando os senadores da República sobre o assunto que é colocado em pauta. Por exemplo, para votação do PL 4330 da Terceirização e emendas, foi requerido o regime de urgência, com todo o apoio de Eduardo Cunha, presidente da Casa. Esta votação a toque de caixa, causa certa estranheza. Sendo este um assunto de alta relevância para a sociedade em geral e de interesse exclusivo à grande massa de trabalhadores do país, seria conveniente promover uma discussão mais aprofundada sobre o assunto. Incluindo aí, a participação popular. Por que não?
E o curioso, é que Calheiros e Cunha, pertencem ao mesmo Partido. Como sabemos, o poderoso PMDB é quem na verdade dá as cartas no Congresso Nacional, há muito tempo. Em que pese ser o PMDB o partido do vice-presidente da República, Michel Temer, também presidente da agremiação, outros partidos que compõem a base aliada do governo, incluindo parte do PT, não possuem voz ativa suficiente para suplantar a influência do PMDB, tanto na Câmara quanto no Senado. E o Poder Executivo, atualmente anda a reboque do Poder Legislativo. Com se dizia antigamente, a coisa tá russa!
Porém, em virtude da grande importância do Projeto de Lei da Terceirização, sob o aspecto político e social que representa, a questão colocou o presidente da Câmara dos deputados e o presidente do Senado em pé de guerra. Sabe-se lá o que realmente representa esta demanda entre os dois maiores “caciques” do poder público. Se interesses corporativos, poder político, ou verdadeiramente o bem comum da nação brasileira. É muito difícil concluir sobre os reais objetivos das duas mais importantes personalidades do Poder Legislativo.
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Renan Calheiros e Eduardo Cunha conversam durante a campanha que pede mais mulheres na política - reprodução/Marlene Bergamo-26/03/2015/FolhaPress |
No Estadão: “Em queda de braço com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDBRJ), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDBAL), disse a interlocutores que avalia "engavetar" o projeto que trata da regulamentação da terceirização no País. Renan não concorda com o texto abrangente aprovado na quarta-feira, 22, pelos deputados e, diante da ameaça de Cunha de que se o Senado alterar o projeto ele será restabelecido pela Câmara, a alternativa é segurar a votação no plenário ao menos durante a sua gestão em janeiro de 2017”. Leia matéria completa.
Na Folha de S. Paulo: “O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse à Folha nesta quinta-feira (23) que, caso seu par no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), atrase a votação do projeto que regulamenta a terceirização, propostas de senadores também podem ter o mesmo tratamento na Câmara dos Deputados.
"A convalidação na Câmara vai andar no mesmo ritmo que a terceirização no Senado", provoca Cunha”. Siga para a íntegra da matéria.
Imagem: reprodução/Marlene Bergamo/FolhaPress

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