Interferência online afeta eleições em todo o mundo
Estudo realizado por uma agência de monitoramento da democracia, chamada Freedom House, revela que governos e elementos locais [políticos e empresários] utilizaram a internet para influenciar 26 de 30 eleições nacionais em todo o mundo, incluindo a situação no Brasil.
Financiada em parte pelo governo dos Estados Unidos, a Agência afirmou que a interferência eleitoral online se tornou uma "estratégia essencial" para aqueles que querem perturbar a democracia. Clique aqui para ver a pesquisa (em inglês).
Financiada em parte pelo governo dos Estados Unidos, a Agência afirmou que a interferência eleitoral online se tornou uma "estratégia essencial" para aqueles que querem perturbar a democracia. Clique aqui para ver a pesquisa (em inglês).
O grupo de estudos disse em seu relatório anual, que a desinformação e a propaganda foram as ferramentas mais populares usadas. E que "Estados e elementos partidários usaram redes sociais para disseminar teorias conspiratórias e memes enganosos, muitas vezes trabalhando em paralelo com personalidades midiáticas e figuras do empresariado simpatizantes do governo.
O presidente da Freedom House, Mike Abramowitz, explicou que "muitos governos estão descobrindo que, nas redes sociais, a propaganda funciona melhor do que a censura". "Autoritários e populistas de todo o Globo estão explorando tanto a natureza humana quanto algoritmos de computador para conquistarem as urnas, tripudiando regras concebidas para garantir eleições livres e justas", disse Abramowitz.
Alguns daqueles que tentam manipular eleições desenvolveram táticas para driblar os esforços das empresas de tecnologia para combater notícias falsas e enganosas, revelou o relatório. No Brasil, por exemplo, o relatório afirma que o então "candidato populista de direita Jair Bolsonaro capturou a presidência de pois de um período eleitoral conturbado marcado por campanhas de desinformação e violência política".
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A Freedom House também descobriu um aumento no número de governos usando bots e contas falsas para moldar sorrateiramente as opiniões na internet e assediar oponentes - tal comportamento foi visto em 38 dos 65 países analisados no relatório. As redes sociais também estão sendo cada vez mais usadas para a vigilância em massa, já que autoridades de ao menos 40 países instituíram programas avançados de monitoramento destas plataformas.
Imagem: reprodução/Foto: Jason Howle/Flickr/domínio público

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