A deprimente guerra dos generais. Por Fernando Brito
Pois, afinal, é isso o que está em jogo na "disputa" entre os generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto pela vaga de vice na chapa bolsonarista.
O primeiro, acena com seu "bolsonarismo-raiz" e sua linguagem cavalar para obter o apoio das hordas fanáticas da extrema direita; o segundo, no sua "força na tropa", isto é, na sua capacidade de usar a máquina bélica do Estado brasileiro para "sustentar" a imposição de resultados antagônicos à vontade popular.
E, por trás desta disputa, o poder que representa ser o "sócio" do "Bolso Farda", o extenso programa de poder de oferecer cargos aos oficiais que ocupam postos de final de carreira militar que ficam sob a tentação de by-passar os seus comandos hierárquicos em nome de uma proximidade com os que podem lhes prover o futuro.
Espremido entre a subordinação a dois ministros - Defesa e Segurança Institucional - os integrantes do Alto Comando do Exército (em menor grau, o da Marinha e da Aeronáutica - vivem um clima complicado, onde nem mesmo discutir a convivência de manter-se um militar na vice-presidência, depois da experiência terrível que se viveu com o general Mourão.
Sergio Moro seguiu a mesma seara, transformando o general Santos Cruz em autodesignado porta-voz militar de sua candidatura, canoa furada onde Lula não podia nem quis embarcar.
Imagem: reprodução/Foto: Pedro Ladeira/FolhaPress

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