Política: Maior partido da Câmara, PL apoia tarifaço e ataque de Trump à soberania nacional
O lobby que resultou em intromissão do governo norte-americano em assuntos internos brasileiros e no tarifaço contra produtos brasileiros exportados pra os Estados Unidos é liderado por outro político de destaque no PL, o deputado Eduardo Bolsonaro, que por várias vezes afirmou que não se importa com o país e sim com tentativa de evitar que o pai vá para a cadeia.
"Se houver cenário de terra arrasada, pelo menos estarei vingado", disse Eduardo, em um de seus vídeos ameaçadores.
A família Bolsonaro e o partido apoiam Trump, mesmo que os efeitos sejam especialmente negativos para setores empresariais aliados dos bolsonaristas. O agronegócio e a indústria de defesa ficaram de fora das 566 posições tarifárias isentas descritas no Anexo I do documento da Casa Branca, que reúne produtos considerados de interesse estratégico para a economia e segurança nacional dos EUA.
A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), que representa empresas como a JBS e a Marfrig, estima perdas na ordem de US$ 1 bilhão. O prejuízo para o setor cafeeiro seria de US$ 481 milhões, segundo previsão da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Líder na Câmara apoia Trump contra o Brasil
Apesar dos prejuízos à economia nacional, o ataque de Trump aos interesses brasileiros é apoiado fervorosamente pelo líder do Partido Liberal na Câmara, deputado Sóstenes Rodrigues (PL-RJ), que por v árias vezes tentou obstruir os trabalhos na Casa, até que o projeto de anistia seja votado. Com isso, projetos de grande importância para a vida nacional ficariam paralisados.
Foi de Sóstenes a iniciativa que levou a Comissão de Relações Exteriores a aprovar uma moção de louvor a Trump no mesmo dia em que o presidente dos EUA anunciou que aplicaria tarifas de 50% em produtos brasileiros.
Há várias outras manifestações de submissão aos interesses estrangeiros. Foi um parlamentar do PL do Paraná, o deputado Delegado Caveira, que protagonizou uma cena lamentável na Câmara, ao estender uma enorme faixa com o nome de Trump e o Slogan "Make America great again" (Faça a América grande novamente).
No Senado não é diferente. O líder do PL entre os senadores é Carlos Portinho, do Rio de Janeiro, que coloca os interesses de Jair Bolsonaro e de Trump acima das questões nacionais. Portinho chegou a dizer no plenário que se o projeto de anistia não for aprovado, os ministros Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso "vão presos".
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