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segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Efeito Bolsonaro, Milei, Trump, chega ao futebol. Por Percival Maricato

Por Percival Maricato, no GGN: O Corinthians era um dos pouquíssimos times e futebol com diretoria progressista. Neste sábado teve eleições no clube e a oposição liderada pelo empresário Augusto Melo, seria admirador de Geisel, ganhou por 2.771 votos contra 1.413 e pôs fim ao domínio da situação, liderada por Adrés Sanches, simpático ao PT. Na véspera o time profissional sofreu uma goleada do Bahia, 5 x 1 em pleno Itaquerão, que somada a má campanha no Brasileirão e a dívida do clube, R$ 900 milhões, pode ter contribuído para o placar arrasador. Repetiu-se o efeito Milei, alguém votaria num ministro da economia que permitiu a inflação a chegar a 140%? Pois é. Que lição exemplar de política para populistas e voluntaristas.

www.seuguara.com.br/Brasileirão 2023/Percival Maricato/GGN/

5 x 1? do Bahia? No Itaquerão? E aí Mano Menezes?

O Timão não vinha bem no campeonato, mas o Bahia estava muito pior, figurava entre os quatro clubes da zona do rebaixamento. E mal chegara aos 15 minutos do primeiro tempo e já estava 2 x 0 para os baianos. No trigésimo minuto: 3 x 0, quando a Fiel perdeu a paciência, começou a vaiar, era demais.


Democracia forte, mas a massa não suporta desaforos

De positivo sobrou a força da democracia corintiana que levou mais de 4 mil sócios para votar. Mas tal como aconteceu na Argentina e já aconteceu no Brasil, e agora no Corinthians, se quem está no poder não demonstra competência, uma hora ou outra vai perder, ainda que seja para Augusto Melo. Sobra ainda como positivo a militante Gaviões da Fiel, torcida imensa e progressista. Mas não acontecerá o mesmo? Que continue progressista e no pé do presidente eleito, para ele não esquecer que o Timão é time do povo.


Milei terá que consertar a Argentina e Augusto o timão, a curto prazo, e veremos se milagres acontecem. Milei tem a vantagem de ter a alma penada de um cachorro como conselheiro mor. Agora insiste que Lula vá em sua posse. Tudo bem, boa parte de seus eleitores não dão a mínima para a coerência. Veja no momento a oposição no Brasil pedindo Estado Democrático de Direito e Direitos Humanos para os presos na invasão da Praça dos Três Poderes. Há pouco tempo diziam que eram todos petistas que queriam provocar a baderna e propiciar fortalecimento do Lula. Com o tempo, nos discursos de deputados do PL se tornaram baderneiros. Agora voltaram a ser heróis.


Brasileirão continua emocionante

Com a vitória do Flamengo sobre o frágil América MG e empate do Palmeiras e do Botafogo, o campeonato continua com emoção à beça. E também para ver quem vai ser rebaixado. Os estádios lotando, os clubes lucrando, muitos brasileiros voltando a gostar e discutir futebol, novos craques se destacando. Quem sabe isso se reflita na melhoria da selecinha brasileira. (...)

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segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Bolsonaristas enviaram e-mails para Trump, EUA e Rússia no 8 de janeiro: "Brasil above all"

Por Caroline Saiter: no DCM: Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviaram inúmeros e-mails para autoridades russas e norte-americanas durante os atos golpistas de 8 de janeiro. E-mails também foram encaminhados para o Tribunal de Haia, para Donald Trump e Melania Trump. Além disso, o Ministério da Defesa e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) também foi alvo dos bolsonaristas. As mensagens forma enviadas enquanto os invasores eram presos por depredarem as sedes dos Três Poderes.

www.seuguara.com.br/Trump/Bolsonaro/EUA/e-mails/bolsonaristas/

Os e-mails constam dos materiais em análise obtidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, através da conta de assessores de Bolsonaro.

www.seuguara.com.br/bolsonaristas/presos/8 de janeiro/atos golpistas/

Em um deles, um capitão d Marinha enviou um texto em inglês e português dizendo que o Exército está acovardado. Na mensagem, o militar ainda pediu ajuda para evitar que comunistas venham ao país. 


Segundo a coluna de Lauro Jardim, de O Globo, ao final da mensagem, ele encerra com o bordão de Bolsonaro em inglês. "Brazil above all. God above all [Brasil acima de tudo, Deus acima de todos]".

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quinta-feira, 3 de agosto de 2023

A mentira como negócio

Por Bruno Boghossian, na Folha de S. Paulo - Via: Valério Sobral: - Ex-presidente escondeu gravidade da pandemia, posou de vítima e foi premiado com Pix - Depois de perder a eleição, Donald Trump arrecadou US$ 255 milhões em oito semanas. O presidente derrotado pedia doações enquanto espalhava alegações de fraude e prometia usar o dinheiro para contestar o resultado das urnas.

www.seuguara.com.br/Jair Bolsonaro/Donald Trump/vaquinha/PIX/mentira/
A vaquinha enganava os eleitores duas vezes. A primeira lorota era a finalidade das doações. Nem 4% do dinheiro foi gasto com a tentativa de virada de mesa. Uma parte foi usada em propaganda e o resto (cerca de US$ 175 milhões) ficou guardado para uma nova campanha de Trump.

A outra falcatrua era o discurso da eleição roubada. Na última semana, Rudy Giuliani admitiu que, como advogado de Trump, fez acusações falsas de fraude na contagem de votos.

A mentira é uma arma poderosa na política, mas também pode ser um negócio lucrativo. Uma história falsa e cheia de excitação é sempre um produto mais interessante que uma realidade entediante ou dolorosa. Um eleitor apaixonado e dedicado a uma causa é o consumidor ideal.

Uma fabulação com baixo grau de veracidade ajudou a movimentar a conta bancária de Jair Bolsonaro. Um relatório do Coaf mostrou que o ex-presidente recebeu R$ 17,2 milhões numa campanha informal para ajudá-lo a pagar multas judiciais.

O eixo central da fantasia é a ideia de que Bolsonaro foi punido porque é vítima de uma conspiração. As multas, portanto, não seriam meras consequências de seus atos.

Um elemento do engodo foi a convocação de eleitores para ajudar o ex-presidente a pagar multas por não usar máscaras durante a pandemia. A enganação é dupla porque Bolsonaro escolheu desafiar recomendações das autoridades de saúde, mas também porque seu governo conhecia e preferiu esconder informações sobre a gravidade da Covid.

O senador Flávio Bolsonaro ainda acrescentou uma mentira extra ao tentar defender o pai, afirmando que o ex-presidente foi punido "por estar na linha de frente na pandemia salvando vidas e empregos". Jair Bolsonaro foi multado em comícios e passeios de moto.

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terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Estão entre nós? - charge do Amarildo

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sexta-feira, 9 de setembro de 2022

The Economist diz que Bolsonaro é uma ameaça à democracia brasileira e prepara sua grande mentira à la Trump

No site, VioMundo: A revista britânica The Economist traz na edição publicada nesta quinta-feira, 08-09, artigo sobre o presidente Jair Bolsonaro, com chamada de capa. Na manchete, O homem que seria Trump. Logo abaixo, como subtítulo: Bolsonaro prepara a sua grande mentira no Brasil.
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Steve Bannon, aliado de Trump, se entrega às autoridades de Nova York

Publicado por Victor Dias, no DCM: Steve Bannon, o ex-estrategista-chefe da Casa Branca e aliado de Donald Trump, chegou ao escritório da promotoria de Manhattan nesta quinta-feira (8) e se entregou às autoridades. Ele está sendo indiciado por lavagem de dinheiro, conspiração e esquema de fraude.

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quarta-feira, 8 de junho de 2022

Embaixada dos EUA reage a Bolsonaro e diz que eleições no país são 'livres, justas e confiáveis'

Menos de 24 horas após Jair Bolsonaro afirmar que tinha um "pé atrás" com o resultado das eleições que deram a vitória ao democrata Joe Biden, a embaixada dos Estados Unidos no Brasil emitiu uma nota afirmando que "as eleições são a expressão mais visível de uma democracia, e os Estados Unidos têm orgulho da longa história de eleições livres, justas e confiáveis que passam por um processo minucioso e resistem ao desfio do tempo".
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terça-feira, 3 de novembro de 2020

O Brasil a um passo do isolamento social. Por Marcelo Zero

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Publicado originalmente no site Outras Palavras, por Marcelo Zero* - Emerso de brumas medievais, nosso ponderado chanceler declarou, na recente formatura do Instituto Rio Branco, que o Brasil é pária mundial e que deve ostentar essa honrosa condição como uma medalha. Ficamos um tanto surpresos.
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domingo, 1 de novembro de 2020

Possível derrota de Trump é interessante ao Brasil por ao menos dois motivos. Por Antonio Mello

www.seuguara.com.br/Bolsonaro/Trump/

Por Antonio Mello, em seu blog - O primeiro e mais evidente é o enfraquecimento de Bolsonaro e sua turma de fanáticos trumpistas, defensores da terra plana, do movimento antivacina etc. Não é que Biden seja melhor do que Trump. É menos pior, principalmente porque não tem, como Trump lá e Bolsonaro aqui, que jogar para sua horda de direitistas tacanhos, gente que ainda fala em anticomunismo, terraplanismo, etc.
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sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Steve Bannon é visto em Atibaia

www.seuguara.com.br/Steve Bennon, Fabricio Queiroz,Atibaia,Estados Unidos,Donald Trump,
Por Renato Terra, na FSP - Depois de pagar fiança e ser solto, Steve Bannon se mudou para Atibaia. "Ouvi meus conselheiros no Brasil e parece que a aprazível cidade de Atibaia reúne todos os requisitos que me permitem continuar minhas atividades administrativas", celebrou.

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sexta-feira, 19 de junho de 2020

Bolton e Moro na lista dos comunistas. Por Bernardo Mello Franco

Por Bernardo Mello Franco, em O Globo - Em novembro de 2018, um assessor de Donald Trump baixou no condomínio da Barra para visitar um morador ilustre. Ao recebê-lo na porta, o dono da casa 58 prestou continência. Foi o primeiro ato da sua relação de vassalagem com os Estados Unidos.
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quinta-feira, 21 de maio de 2020

Sleeping Giants: movimento que "quebrou" site de Steve Bannon chega ao Brasil, mirando extrema-direita

Jornal GGN - Imagine um movimento no Twitter conseguir convencer grandes marcas a parar o financiamento, via publicidade automática no Google, de sites de estrema-direita que praticamente vivem de fake news. Esse movimento existe, conseguiu "quebrar as pernas" do blog de notícias idealizado por Steve Bannon, e agora chega ao Brasil, mirando os portais que estão ao lado do governo de Jair Bolsonaro.
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segunda-feira, 9 de março de 2020

Governo Bolsonaro: 'Brasil levará décadas para reverter danos da submissão aos EUA', diz analista

No sábado (7), os presidentes de Brasil e Estados Unidos se reuniram para um jantar na Flórida. A Sputnik Brasil conversou neste domingo (8) sobre os desdobramentos do encontro com a pesquisadora Ariane Roder, especialista em Relações Internacionais da UFRJ.
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terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

'Trump retira privilégios comerciais do Brasil'

A Casa Branca publicou nesta segunda-feira (10) uma decisão que retira o Brasil e cerca de 20 outros países da lista de economias que têm certos privilégios por seu status de "país em desenvolvimento". Desta forma Donald Trump ganha margem para impor barreiras comerciais a produtos brasileiros antes protegidos pelo status de "em desenvolvimento" do país.
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quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Paulo Pimenta: 11 razões para o Brasil dizer não à guerra de Trump contra o Irã

Por Paulo Pimenta* - O Brasil possui relações amistosas com o Irã de longa data. Atualmente, o fluxo de comércio entre os dos países é de US$ 2,1 bilhões. 1 - O mundo precisa de paz para que a economia global se recupere. O único setor setor econômico que tem interesse num conflito de grandes proporções é a indústria bélica.
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quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Donald Trump de reuniu com assessores na Casa Branca depois dos ataques do Irã

Do Estadão: A Cúpula de assessores mais próximos ao presidente Donald Trump, que inclui o vice-presidente Mike Pence, e o secretário de Estado, Mike Pompeo, se reuniu na Casa Branca nesta noite, pouco mais de uma hora depois da confirmação de que ao menos 12 mísseis atingiram bases militares no Iraque.
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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Governo Bolsonaro: 'Paulo Guedes prefere acreditar que Trump está blefando sobre a taxa do aço'

Da coluna de Lauro Jardim, via: o Essencial - Paulo Guedes e sua equipe observam com cautela a promessa de Donald Trump de sobretaxar o aço brasileiro. Internamente, lembram que, mais de uma vez, Trump já fez ameaças semelhantes a outros países e não as concretizou.
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terça-feira, 19 de março de 2019

Política externa: 'O que une e separa Trump e Bolsonaro'

A primeira viagem oficial do presidente Jair Bolsonaro provavelmente será também a mais importante. O encontro dele com o presidente dos EUA, Donald Trump, nesta terça-feira (19/03), cerca de cem dias após o início do mandato, marca uma reviravolta na política externa brasileira. Bolsonaro viaja a Washington para se oferecer como apoiador à "grande potência do norte": no governo dele, os EUA deverão ser o principal aliado do Brasil.
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domingo, 1 de janeiro de 2017

7 Fatos que marcaram o ano de 2016

1 - Política em convulsão -  O ano foi visceralmente político, com acontecimentos em ritmo alucinante. Escândalos, impeachment, novo governo também atingido por denúncias e medidas impopulares. O novo ano já começa em crise. O juiz Sérgio Moro, que comanda a Operação Lava Jato, foi novamente personagem destacado do ano. Mas, se despontou como herói nacional em 2014, viu-se questionado como nunca em 2016. Da divulgação de diálogos de investigados às mostras de intimidade com suspeitos.

Sérgio Moro-Operação Lava jato

2 - Sob a marca da tragédia - Quando vivia o melhor momento de sua história, o time de futebol da Chapecoense, de Santa Catarina, protagonizou a maior tragédia da história do futebol brasileiro. O avião que levava a equipe para a disputa da final da Copa Sul-Americana ficou sem combustível e chocou-se contra montanha. Morreram 71 pessoas. Seis sobreviveram. Foi também a maior tragédia da história da imprensa no Brasil: 20 jornalistas morreram. Desastre causou comoção mundial.

menino-comoção-Chapecoense

3 - Mundo em mutação - O magnata, bilionário e apresentador de reality shows Donald Trump venceu a eleição dos Estados Unidos e, neste começo de 2017, vai se tornar o homem mais poderoso do planeta. O sucessor de Barack Obama tem ideias controversas e promete ser duro em relação a imigrantes, aponta para política externa ainda mais agressiva do que é a tradição de Washington. Chega ao poder em momento delicado da geopolítica mundial, após o Reino Unido aprovar em plebiscito a saída da União Europeia.

Donald Trump-presidente-EUA

4 - Justiça à venda - Em escândalo que ecoou pelo Brasil, desembargadores cearenses foram levados para depor na Polícia Federal e afastados das funções, acusados de vender liminares. Francisco Pedrosa, Sérgia Miranda, Valdsen Pereira (aposentado), além de 14 advogados, foram levados a depor sobre o suposto esquema. Sob investigação em outra fase da operação, o desembargador Carlos Feitosa está afastado desde 2015 e foi denunciado este ano pela Procuradoria Geral da República.

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5 - A vida com menos água - O quinto ano consecutivo de seca marcou a chegada do impacto da estiagem para a população de Fortaleza. Até então, os efeitos só eram percebidos no Interior. Desde dezembro de 2015, passou a haver metas de redução de consumo, sob pena de taxação de 120% sobre o excedente. A economia deveria ser de 10% a princípio e depois passou a 20%. O consumo caiu, mas nunca alcançou os 10% da meta original. Se não chover, situação se agravará em 2017.

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6 - Força política emergente - Novos atores e expressões políticas ganharam corpo. As ocupações de escola começaram no fim de 2015, em São Paulo, contra o fechamento de escolas públicas estaduais. Violenta repressão policial deu visibilidade maior ao movimento. Protestos do tipo se espelharam pelo Brasil, em ondas. No Ceará, dezenas de escolas foram ocupadas no primeiro semestre, por melhorias na estrutura, na merenda e transporte escolar. No segundo semestre, mais ocupações, contra a reforma do ensino médio e o ajuste fiscal. Novos atores e formas de mobilização que desafiam a capacidade de diálogo dos governos.

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7 - Ano de epidemias - O Ceará chegou a dezembro com um em cada quatro municípios cearenses em situação de alerta ou risco de surto de dengue, chikungunya e zika. Os casos de dengue tiveram queda em relação a 2015, mas continuaram em níveis elevados. Houve 27 mortes confirmadas por dengue e 18 por chikungunya. Em relação à microcefalia, o surto do fim de 2015 prosseguiu no primeiro semestre, mas perdeu intensidade principalmente a partir de maio. Ações neste fim de ano procuram prevenir epidemia em 2017.

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Fonte: Jornal de Hoje/O Povo online

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sábado, 19 de novembro de 2016

Política - No mundo das novas mídias, "tudo é verdade e nada é verdade", diz Obama

Da Folha - "O presidente dos EUA, Barack Obama, avalia que um dos motivos que levaram à vitória de Trump na eleição presidencial do país foi o fato de que ele "entende o novo ecossistema em que fatos e a verdade não importam. Você atrai a atenção, desperta emoções, e continua. Você pode surfar essas emoções", disse, em entrevista à revista "The New Yorker".
O comentário de Obama se enquadra na acusação de que redes sociais e a proliferação de notícias falsas à véspera da eleição ajudaram a eleger Trump.

Obama-Tramp-reunião-Casa Branca
Segundo um levantamento realizado pelo BuzzFeed News, antes da eleição, os usuários de redes sociais se engajaram mais com notícias falsas sobre o pleito do que com reportagens reais de veículos de comunicação.

Para Obama, esse novo ecossistema da mídia "significa que tudo é verdade e nada é verdade", disse, ecoando o fenômeno chamado de "pós-verdade", termo escolhido pelo dicionário Oxford como a palavra do ano. A palavra faz referência à tendência, apontada por analistas, de emoções terem mais influência sobre a opinião pública do que os fatos.

"A explicação de um físico ganhador do Prêmio Nobel para o aquecimento global no Facebook parece exatamente igual à negação do aquecimento global por alguém que receba dinheiro dos irmãos Koch. E a capacidade de disseminar desinformação, teorias da conspiração, de pintar a oposição de forma totalmente negativa sem nenhuma refutação –isso se acelerou de formas que polarizam fortemente o eleitorado e tornam mais difícil ter uma conversa", disse.

Segundo o presidente, isso mudou completamente a situação política.

"Idealmente, em uma democracia, todo mundo concordaria que o aquecimento global é consequência do comportamento humano, porque isso é o que 99% dos cientistas nos dizem. Então teríamos um debate sobre como consertar isso. (...) Agora não temos mais isso", avaliou.

David Simas, diretor político de Obama, também avaliou o efeito de novas mídias na eleição de Trump. Segundo ele, o governo falhou ao falar apenas para seu próprio público, sem alcançar leitores da direita.

"Até recentemente, instituições religiosas, a academia e a mídia definiam os parâmetros do discurso aceitável", disse. Trump mudou isso, segundo ele, e conseguiu fazer discursos extremos e ser replicado em redes sociais sem ser denunciado de forma eficiente.

"Se Trump tivesse dito o que disse durante a campanha oito anos atrás –sobre banir muçulmanos, sobre mexicanos, sobre deficientes, sobre mulheres–, seus oponentes republicanos, líderes religiosos, acadêmicos teriam denunciado ele e não haveria como contornar essas vozes. Agora, com Facebook e Twitter, pode-se contorná-las. Há permissão social para este tipo de discurso. Ademais, pelas mesmas redes sociais, pode-se achar pessoas que concordam com você e validam esses pensamentos e opiniões. Isso cria toda uma estrutura de permissão, um senso de afirmação social, para aquilo que antes era impensável", explicou.

Apesar do diagnóstico e da preocupação com a situação política do país, a surpreendente eleição Trump "não é o apocalipse", disse Obama ao conversar com sua equipe na Casa Branca após o resultado. "Não acredito no apocalíptico – até que o apocalipse ocorra. Acho que nada é o fim do mundo até o fim do mundo", disse, segundo a "New Yorker"."

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