Um vídeo publicado nas redes sociais reinterpretou em tom bem-humorado o episódio envolvendo o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e a deputada Camila Jara (PT-MS), que ganhou repercussão após a confusão durante sessão tensa na Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira (06).
Em sessão tumultuada, marcada por ocupação da Mesa Diretora por parlamentares bolsonaristas, Nikolas disse ter sido agredido por Camila Jara, alegando que ela teria o atingido intencionalmente em área íntima. Camila nega a agressão. O episódio está em análise institucional, com o desfecho ainda indefinido. Imagens publicadas nas redes sociais demonstram que Nikolas mentiu.
Uma sátira, com análise irônica do episódio, foi divulgada nas redes com a legenda: "Nikolas é pego pelo VAR em lance polêmico do jogo da última quarta-feira pelo congresso Brasileirão." O conteúdo demonstra que a história contada por Nikolas é mentirosa.
A legenda complementa: "VAR é a sigla para Vídeo Assistant Referee (Árbitro Assistente de Vídeo). O VAR usa imagens de vídeo para revisar aquelas jogadas que deixam a galera na dúvida. O objetivo principal é reduzir os erros e garantir que o jogo seja o mais justo possível."
O tal "VAR do Congresso" virou meme. Internautas destacaram a criatividade da legenda, que transforma a polêmica política em uma "revisão esportiva", usando humor para questionar a versão de Nikolas sobre suposta agressão e mostrar que o deputado inventou a agressão.
Nas redes sociais, a deputada Camila Jara se manifestou dizendo que "a engrenagem que sustenta os extremistas é a mentira e a desinformação".
"Circula um vídeo em que a imagem mostra o deputado Nikolas me acertando com o cotovelo, começando um empurra-empurra e caindo com a cadeira depois de impedir os trabalhos na Câmara dos Deputados e barrar projetos importantes, como a isenção do Imposto de Renda. Nas redes, ele cria uma narrativa, afirma que levou um soco nas partes íntimas, inflama sua horda de apoiadores e espalha mentiras virtuais com consequências bem reais.
Hoje, recebei milhares de mensagens de ódio, com ameaças à minha vida e à integridade física das pessoas ao meu redor. A estratégia dos extremistas é calar, a todo custo, quem pensa diferente.
Essa máquina de ódio e mentiras tem que acabar", escreveu.
Situação entre Nikolas e Camila Jara
Nikolas publicou um vídeo para reforçar sua narrativa: no trecho, Camila teria dito "vamos bater no coleguinha?" e rido em seguida, além de mencionar que tinha dado algo usando um braço dolorido - frases que Nikolas usou como "confissão" da agressão.
A deputada, por meio de nota, negou a agressão. Segundo ela, o vídeo em questão foi gravado no dia 7 de agosto, durante um evento do Plano Nacional de Educação em Campo Grande, fora do plenário.
No momento, ela falava sobres conselhos da mãe na infância - especialmente "não bater nos coleguinhas" - e usou uma fala descontraída sobre sua saúde afetada pelo tratamento contra câncer para explicar a expressão "meu braço doído".
O PL registrou uma representação na Corregedoria da Câmara contra Camila Jara, por suposta quebra de decoro parlamentar, buscando sua suspensão cautelar e envio ao Conselho de Ética.
***