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terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Jornalista relata "dia de cão" na posse de Bolsonaro: riram "das precárias condições da cobertura"

A jornalista e colunista Mônica Bergamo relatou na Folha de S.Paulo "um dia de cão" na cobertura do início do governo Bolsonaro. "É uma posse diferenciada e todos têm que entender isso. Com essas palavras, a assessora do Palácio do Planalto que acompanhava jornalistas num ônibus rumo ao Congresso Nacional, na manhã desta terça (1º), procurava acalmar veteranos da profissão (esta colunista entre eles) que não conseguiam, digamos, entender os novos tempos - e o tratamento reservado à imprensa na posse de Jair Bolsonaro na Presidência da República. Foi, de fato, algo jamais visto depois da redemocratização do país, em que a estreia de um novo governo eleito era sempre uma festa acompanhada de perto, e com quase total liberdade de locomoção, pelos profissionais da imprensa. O sufoco começou dias antes, no credenciamento".
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sábado, 6 de maio de 2017

‘Chomsky desmente colunista da Folha e condena, categoricamente, o golpe de Estado e o governo Temer’


Escrito por Miguel do Rosário, no oCafezinho - Nada como um dia atrás do outro. Clovis Rossi andou espalhando, no Brasil, uma versão falseada (um “fake news”) sobre uma entrevista de Chomski ao Democracy Now. O próprio Chomski agora veio a público desmentir o colunista da Folha.


Chomsky criticou, sim, os governos de esquerda da América Latina, como nós o fazemos todos, por não ter feito tudo que deveriam ter feito. Mas elogia veementemente as conquistas sociais obtidas por eles, em especial pelo governo Lula. Menciona, elogiosamente, livro de Celso Amorim e a política externa coordenada por ele durante a era Lula.

E, por fim, condena, categoricamente, o golpe contra Dilma Rousseff (que ele chama por seu nome correto: golpe) e as medidas neoliberais do governo Temer.

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Políticas deploráveis de Temer merecem severa condenação

por Noam Chomsky, na Folha

Dois artigos de Clóvis Rossi publicados pela Folha passaram uma impressão enganosa a respeito de algumas observações sobre o Brasil e a América Latina que fiz numa entrevista ao programa noticioso do site “Democracy Now”.

Comecei por enfatizar que “conquistas reais” foram alcançadas no Brasil e em outras partes da região e prossegui dizendo: “Êxitos reais foram alcançados, e acredito que muitos deles serão mantidos”.

Discuti esses avanços em maior detalhe em outras ocasiões, falando de como as conquistas dos governos de esquerda/centro-esquerda avançaram muito na reversão dos efeitos desastrosos das políticas neoliberais das chamadas “décadas perdidas”, beneficiando grandemente a maioria da população e aprofundando as bases para a participação democrática.

E em outras entrevistas e artigos também tenho comentado com frequência como a política externa do governo Lula -competentemente resenhada no importante livro de Celso Amorim, “Teerã, Ramalá e Doha”- elevou o Brasil a uma posição de liderança no palco mundial, levando-o a tornar-se um dos países mais respeitados do mundo.

Como Rossi relata, também comentei no “Democracy Now” que houve falhas, incluindo a de escapar do modelo extrativista, e o fato de que grande parte da liderança “juntou-se à elite extremamente corrupta, que sempre roubou; tomaram parte no jogo e perderam a credibilidade”.

Também expressei a esperança de que seja possível agora utilizar as grandes conquistas para avançar mais, evitando os fracassos.

Na verdade, merecem severa condenação o “golpe branco” que afastou Dilma Rousseff (PT) da Presidência e as políticas deploráveis e destrutivas que estão sendo implementadas pelo governo Michel Temer (PMDB). Tais medidas, se não forem revertidas em pouco tempo, causarão prejuízos muito sérios e de longo prazo ao Brasil.

NOAM CHOMSKY é linguista, filósofo e ativista político norte-americano


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quinta-feira, 21 de julho de 2016

A Folha, Greenwald, e o acaso que fez o Tijolaço desmontar a farsa da pesquisa

Por Fernando Brito, no Tijolaço - "Não vou tirar “onda” de “jornalismo investigativo”. Até ontem, os resultados incongruentes do Datafolha, a mim e em muitos, provocavam estranhamento, mas não tínhamos de  onde puxar o fio. Quem “peitou” mesmo os resultados da pesquisa foram o Glenn Greenwald e o Erick Dau, que publicaram, sem meias palavras, que a pesquisa Datafolha estava sendo usada de forma fraudulenta.



E quando um jornalista lê algo corajoso assim deve – ou deveria – ficar com todas as antenas ligadas.

Foi o que aconteceu hoje, quando um amigo enviou-me o link dos questionários do Datafolha, enfim publicados no site do instituto.

Aparentemente, nenhuma novidade, números iguais.

Mas havia a frase perdida: 60% são favoráveis a nova eleição.

E o nome do arquivo, que terminava com um ‘V2.PDF’.

Lógico, segunda versão.

Então, conversando com um colega que havia acessado, mas não percebera a frase solta, a curiosidade, que matou o gato mas salvou o repórter, fez experimentar: V1.PDF; V0.pdf e só vo nome, sem versão.

E pronto, apareceram os parágrafos eliminados, as perguntas abduzidas, as tabelas sonegadas.
Perdoem-me os mais jovens, por terem de ir ao Google descobrir o que isso , não houve nada de Dick Tracy na história.

Sorte, um pouco  de palpite e, sim, mais ainda de “estar ligado” e ainda mais de não aceitar o que não faz sentido.

Quando se denunciou aqui a extensão do vazamento do poço da Chevron, na Bacia de Campos, também foi assim: nenhuma “inside information”, apenas o estranhamento da explicação da multinacional de que havia ocorrido uma “exsudação natural” de petróleo.

Daí em diante, trabalho: descobrir onde exatamente era o poço e ousar escrever para um “doido” que monitora as imagens dos satélites dando as coordenadas do local acidentado e receber de volta a foto da imensa mancha de óleo.

A Folha acabou por borrar-se e dar uma explicação que não convence nem mesmo crianças de cinco anos de idade.

Não há razão para louvor em boca própria que, ensinou Cervantes no D. Quixote, é vitupério, embora seja mentira se eu disser que a pouca vaidade não se excita ao ver El País registrar que o jornalão “pediu penico” sobre a maioria apoiar uma nova eleição admitindo que “a existência desta e de uma outra pergunta, a respeito da percepção popular sobre os procedimentos do impeachment, foram reveladas pelo site Tijolaço“.

Não seria verdadeiro e sincero nega-lo, mas seria igualmente falso não reconhecer que tive nisso a ajuda da Letícia Sallorenzo, que pacientemente listou, ontem, as perguntas “sumidas” do questionário do Datafolha, a Maria, que me avisou da matéria do The Intercept,  do Olímpio Cruz, que me mandou os links , do Fernando Molica, que não podia acreditar no que estava se passando e, sobretudo, a do Glenn Greenwald que “botou a cara” de um Prêmio Pulitzer à mercê dos problemas que enfrenta um jornalista que não se conforma em virar porta-voz dos poderosos.

E chega disso, porque  a gente aprendeu que “jornalista não é notícia”, assim como não é uma criatura especial, apenas outro trabalhador.

Mas é algo extraordinário o que nos permite um blog, uma publicação independente, sem preço de capa e sem patrocínio de quem quer que seja, exceto o chapéu estendido aos anônimos, quando a gente pode dividir cada hora, cada ato, cada acerto e cada erro com quem nos lê.

E reconhecer que o que a gente faz, afinal, pode ter alguma importância para a consciência coletiva."

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