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sábado, 24 de agosto de 2024

Vazamento contra Moraes busca derrubar investigações bolsonaristas, indica PGR

Por Patrícia Faermann, no GGN: O vazamento das mensagens de assessores de Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e consecutivos ataques ao ministro tiveram "o nítido propósito de tentar colocar em dúvida a legitimidade e a lisura de importantes investigações" no STF. A conclusão é da Procuradoria-Geral da República (PGR).

www.seuguara.com.br/Alexandre de Moraes/STF/TSE/vazamentos/

A PGR emitiu a manifestação no STF, em meio ao pedido de apreensão do celular do ex-servidor do gabinete de Moraes, Mauro Tagliaferro, e a investigação de que os vazamentos são tentativa de obstrução de investigações na Corte.

Na peça, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, expôs os riscos do vazamento de informações seletivas ao Jornal Folha de S.Paulo, que divulgou as informações como se Moraes tivesse cometido irregularidades e/ou crimes.

Apesar da manifestação de diversos juristas e ministros da Suprema Corte, de que são protocolares e dentro dos termos legais os atos de Moraes ao fazer pedidos a assessores diretos do TSE e do STF, Alexandre de Moraes está sendo alvo de ataques e acusado de supostas irregularidades. 


"O vazamento seletivo de informações protegidas por sigilo constitucional, recentemente publicizado por meio de veículos de comunicação, teve nítido propósito de tentar colocar em dúvida a legitimidade e a lisura de importantes investigações que seguem em curso no Supremo Tribunal Federal", escreveu Gonet.

Segundo o PGR, ainda, o vazamento temo como objetivo "incitar a prática de atos antidemocráticos e tentar desestabilizar as instituições republicanas".


Desde que as informações foram divulgadas, bolsonaristas têm se organizado para realizar atos contra o ministro e por seu impeachment, ao mesmo tempo que buscam engavetar os processos contra Jair Bolsonaro e aliados.

O procurador manifestou-se pela necessidade de "identificar os autores dos vazamentos criminosos praticados e cessar as práticas delitivas", defendendo a apreensão do celular de Tagliaferro.


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sábado, 17 de agosto de 2024

A guerra contra o STF continua por outros meios

Por Georges Abboud*, no Conjur: O grande estrategista militar Carl von Clausewitz anotou que a guerra é "apenas a continuação da politica por outro meios". No caso do ministro Alexandre de Moraes, as informações divulgadas, até o momento, pela Folha de S.Paulo, parecem-nos apenas uma tentativa, ainda que involuntária, de guerra midiática por parte de mídias especializadas que se unem a setores extremados da sociedade para tentar produzir algo bombástico.

www.seuguara.com.br/Alexandre de Moraes/STF/guerra/mídia/

Exatamente nesse ponto reside a falsa equivalência entre a atuação do ministro e o modus operandi da "lava jato". essa última, como se sabe hoje de forma inequívoca e a partir de farto material periciado, foi construída sobre ilegalidades, burla dos canais oficiais de comunicação e controle, devassa da intimidade alheia, cerceamento do direito de defesa e atuação coordenada com o setor privado e com atores internacionais, tudo com finalidades explicitamente políticas.


Até o momento não há qualquer indício de que o ministro tenha agido de forma dolosa, sistemática ou à margem da PGR (Procuradoria Geral da República); parece-nos que o ministro Alexandre de Moraes tão somente solicitou a organização em um relatório de dados públicos (v.g. publicações em redes sociais) para uso em inquérito por ele presidido. Ao que tudo indica a atuação se deu no âmbito do inquérito mediante manejo de informações públicas e não em caráter jurisdicional decidindo condenações ou temas correlatos.


Outrossim, não podemos esquecer que decorre da própria Constituição (artigo 119, I, "a") a eleição, para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), de três ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Isso significa que a Corte Eleitoral terá sempre em sua composição ministros que sejam, simultaneamente, ministros do STF; ainda que a pessoa do ministro seja uma só, os cargos que ele exerce são diferentes e podem, eventualmente, se relacionar no que diz respeito às diligências necessárias, especialmente se considerarmos que também existe um inquérito em tramitação no TSE que tem como objetivo a apuração de atos de desinformação. 


Não é demais lembrar que o artigo 41, §2º da Lei 9.504/1997 prevê que o juiz eleitoral dispõe de poder de polícia voltado às "providencias necessárias para inibir práticas ilegais", o que significa que o ministro pode, como de fato fez, compartilhar conteúdos de que tenha se apossado no exercício do poder de polícia, o que significa exercício de competência administrativa, e não propriamente jurisdicional que é perfeitamente compatível com o desenho da Justiça Eleitoral. Ademais, trata-se de comunicações entre servidores do Poder Judiciário, e não, como ocorreu na lava-jato, de comunicações informais sistemáticas entre juiz e acusação.

É até possível criticarmos o poder de polícia eleitoral, contudo, o debate precisa ser feito para mudança legislativa e não mediante oportunismo moralista para se tentar descredibilizar o ministro. 


Enfim, não qualquer evidência de que os elementos produzidos tenham sido forjados ou manipulados de qualquer forma, tampouco que a elas tiveram acesso pessoas estranhas às atividades do ministro, ou que sua atuação tenha sido puramente oficiosa, algo que mesmo assim encontraria respaldo no artigo 156, I do Código de Processo Penal, que faculta ao juiz de oficio "ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes".

O que nos parece evidente é que se trata de mais uma tentativa de descredibilização institucional do STF mediante ataques a um de seus ministros. Ou seja, a guerra contra o Supremo Tribunal Federal continua por outros meios.


*George Abboud é advogado, consultor jurídico, livre-docente pela PUC-SP e professor da PUC-SP e do IDP.

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[Moraes: o que é legal e o que não é nas mensagens vazadas? - "Uma série de reportagens da Folha de S.Paulo revelou trocas de mensagens via WhatsApp entre assessores do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tratavam de investigações contra bolsonaristas. O jornal classificou as comunicações como "informais", "não oficiais" e "fora do rito". Mas, afinal, a condução dessas investigações pode ser considerada ilegal?


Especialistas ouvidos pela DW não viram ilegalidades na atuação do ministro e de seus subordinados com base no que foi publicado até agora - de acordo com o jornal, outras reportagens serão publicadas com base em seis gigabytes de mensagens e arquivos trocados entre os assessores. Também consideram difícil que as partes envolvidas consigam anular alguma investigação, como a dos inquéritos das fake news ou a das milícias digitais. 


Isso não significa, no entanto, que não haja impactos políticos e nas cortes constitucional e eleitoral. "A situação colocou o STF e o TSE na defensiva no embate político e perante seus críticos. E isso não é positivo em um contexto em que há movimentos, por exemplo, que gostariam de passar uma anistia [em relação ao 8 de janeiro] ou coisa desse tipo. Esses movimentos ficam fortalecidos no espectro político", avaliou Thomaz Pereira, professor de Direito Constitucional.

(...)

Além de grande repercussão nas redes sociais e no congresso, a oposição começou a recolher assinaturas para um pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, ideia recorrente entre muitos bolsonaristas. Até o momento parece pouco provável que a iniciativa avance. Por outro lado, ministros do STF saíram em defesa do colega da corte." 

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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Os jornalões entre os ataques ao desenvolvimento do país e o flerte com o bolsonarismo. Por Pepe Damasco

Por Pepe Damasco, em seu blog: Um ano depois de Lula ter subido a rampa do Planalto, já é possível enxergar a linha adotada pelos jornalões da mídia corporativa em relação ao governo. No que se refere ao oposicionismo da cobertura e a editorialização das notícias, verifica-se, como era mais do que esperado, um flagrante mais do mesmo na comparação entre o Lula 3 atual e o Lula 1 e Lula 2. Mas algumas nuances e fatos novos merecem registro.

www.seuguara.com.br/Jornais/ataques/desenvolvimento do país/imprensa/

Grupo Globo - Mantém o apoio às ações do governo voltadas para a defesa da democracia, bom como os avanços dos inquéritos e processos do Supremo Tribunal Federal, comandados pelo ministro Alexandre de Moraes, para enquadrar e punir exemplarmente os responsáveis pela tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. A transmissão ao vivo, na íntegra, do ato dos Poderes da República para marcar um ano da intentona golpista dá bem uma medida desta linha editorial.


Por outro lado, o conglomerado da família Marinho, na condição de porta-voz do setor financeiro e das grandes corporações capitalistas, segue virando bicho e se pintando para a guerra diante de todas as medidas do governo para impulsionar o desenvolvimento econômico do país e ampliar a soberania nacional, como nos casos da refinaria Abreu e Lima e do ambicioso projeto de reindustrialização anunciado nesta segunda (22). 

Quando a Globo trata o investimento no crescimento e na área social como gastança de dinheiro público deixa claro que ainda sonha com a viabilidade política de uma terceira via, a direita tradicional, que é radicalmente neoliberal. Os comentaristas Carlos Alberto Sardenberg e Demétrio Magnoli vêm se destacando como cães de guarda dos interesses políticos e econômicos da Globo.


Folha de São Paulo - No que se refere ao debate econômico, adota linha semelhante às Organizações Globo, mas já se percebe uma certa relativização acerca da gravidade da investida golpista do bosonarismo. Isso fica claro no espaço aberto pelo Grupo Folha para políticos e personalidades da direita e da extrema-direita, que criticam os métodos do ministro Moraes e o acusam de concentrar poder e defender penas excessivamente duras aos golpistas. Nesta toada, estampa manchetes para discursos e ações de notórios inimigos da democracia com a maior naturalidade, sem senso crítico, como se eles fossem comprometidos com a causa democrática. O antipetismo segue como uma característica marcante da Folha.


O Estado de São Paulo - "Cruzou o Rubicão" e já não se envergonha de flertar com teses bolsonaristas, como a anistia aos golpistas. Exemplo: em editorial, chegou a alertar o ministro Moraes, de que "O Brasil de hoje não é o mesmo de janeiro de 2023", encampando a causa da impunidade para os que tentaram destruir o regime democrático. Tudo que emana do governo Lula é alvo de ataques do Estadão, que não poupa nem mesmo a vida pessoal do presidente e de sua esposa Janja. 

É um direito do jornal fazer oposição sem tréguas ao governo. Mas o veículo vai além e não hesita em baixar o nível de seu jornalismo, como na acusação que fez à Polícia Federal de estar instrumentalizando politicamente o caso Marielle Franco, quando é de domínio público que, ao contrário, as investigações só começaram a andar depois que a PF, já sob Lula, entrou nas investigações. 


PS: O portal de notícias "Poder360" vem se esmerando em pinçar falas de próceres do bolsonarismo, muitas das quais absurdamente mentirosas, transformando-as em chamadas de destaque. Está a caminho de ser visto como um instrumento de mídia da extrema-direita brasileira.

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sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Bolsonaro tenta lacrar com derrota do governo no Congresso, mas se esquece de um pequeno detalhe

Por Raphael Sanz, no Fórum: Horas depois do Congresso Nacional derrubar o veto do presidente Lula (PT) sobre a lei de desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia brasileira, o ex-presidente inelegível, Jair Bolsonaro (PL), tentou lacrar nas redes sociais em cima da derrota do governo.

www.seuguara.com.br/Jair Bolsonaro/desoneração folha/veto/Congresso nacional/

"Com a derrubada do veto da Lei de Desoneração da Folha ganham os trabalhadores e os empregadores. Após sua promulgação volta a valer a Lei aprovada no Governo Bolsonaro, evitando-se demissões. Caso o veto de Lula fosse mantido mais de 1 milhão de trabalhadores perderiam seus empregos", escreveu Bolsonaro no X, antigo Twitter.   



Mas a memória do inelegível parece não estar funcionando bem. ou talvez funcione seletivamente de acordo com a necessidade de se fazer proselitismo político e eleitoral.

Em 2029, ano de seu primeiro mandato, já existia o mecanismo que permite que as empresas paguem alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta ao invés dos 20% sobre as folhas de pagamento. Na verdade, a normativa já está em vigor desde 2011, quando aprovada pelo Congresso com o intuito de reduzir custos trabalhistas  e incentivar a criação e manutenção de empregos. 


Além disso, é importante lembrar que em 2020 o próprio Bolsonaro tentou vetar o prolongamento da lei, que era colocado pelos parlamentares até o final de 2021. o veto havia sido imposto por Bolsonaro devido à perda de arrecadação causada pela desoneração. Segundo a equipe econômica, a extensão do benefício até o final de 2021 custaria cerca de R$ 10 bilhões aos cofres públicos.


Mas assim como o presente veto de Lula, o veto passado de Bolsonaro também seria derrubado pelo Congresso em abril de 2020. Na Câmara dos Deputados, foram 430 votos a 33 a favor da derrubada. No Senado, forma 64 votos a 2.

"Para a oposição, a derrubada do veto é uma derrota do governo. É a opinião do deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), líder da minoria do Congresso Nacional. Diante da pressão, os congressistas do governo passaram a acetar um acordo para a derrubada do veto", diz trecho de matéria publicada à época pela Revista Fórum.


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quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

A lógica bolsonarista e o editorialista da Folha, por Luís Nassif

Por Luís Nassif, no GGN: Há duas maneiras de enfrentar um tema polêmico. A primeira, é estudando, entendendo a lógica do tema e desenvolvendo argumentos consistentes para rebatê-lo. Se não tiver condições, crie um espantalho, uma caricatura do argumento, e espanque à vontade: espantalhos não reagem.

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É o que faz o inacreditável editorialista da Folha no editorial "Delírios petistas". Parece feito por um marciano que acabou de baixar na terra, sem nenhuma noção das grandes discussões econômicas que estão ocorrendo no mundo.


Hoje em dia, temas como políticas de austeridade dominam a discussão econômica mundial, através de autores do Nobel Joseph Stiglitz à jovem Clara Mattei. A lógica da política, visando beneficiar exclusivamente o grande capital e abortando qualquer tentativa de desenvolvimento é objeto de discussão geral. Atribui-se a ela a perda de dinamismo da economia norte-americana, o sentimento de orfandade da população em geral, em relação ao Estado, e, em última instância, o avanço da ultradireita mundial. Não é pouca coisa.


Os contra-argumentos levantados é que o equilíbrio macroeconômico aumenta a confiança do capital que volta ao país. Aí haveria outro argumento mostrando que esse capita financeiro não aumenta a capacidade produtiva do país: limita-se a operações de arbitragem. 

Enfim, há uma discussão rica e interminável, disponível para economistas de bom nível.

Sem nível para entrar nesses meandros teóricos, o que faz o editorialista da Folha? Recorre a uma caricatura das críticas, para poder responder com uma caricatura de argumentos. E o leitor? Cada jornal conhece o leitor que merece. 


Diz ele: 

"Na fantasia do PT, apenas interesses perversos e forças malignas o impedem de solucionar todas as carências do país - em renda, educação, saúde, saneamento, infraestrutura - por meio do aumento contínuo do gasto público". 

Uma bobagem sem tamanho! Meio ponto da taxa Selic equivale a quase 0,5% do superávit primário. Ao mencionar "interesses perversos e forças malignas", assim entre aspas, o articulista visa apenas trazer a discussão para o nível de conversa de bar, como se ganhos do mercado com s os ganhos do mercado com tal política não passassem de superstição - e isto em um jornal que já foi dos mais relevantes do país. 


Ele cria a caricatura e rebate com a presunção vazia dos sofismadores:

"Por caricatural que pareça, o delírio se repete, em formulações variadas, nas manifestações de seus quadros e nos inúmeros documentos divulgados ao longo dos mais de 40 anos de vida do partido. No mais recente, datado de sexta-feira (8), a legenda arremete contra "a ditadura do Banco Central 'independente' e do austericídio fical".


"O tal austericídio, sabe-se, é a meta apresentada pelo próprio governo petista de equilibrar as receitas e despesas do Tesouro nacional no próximo ano, eliminando o déficit. Esse propósito seria uma imposição de um BC atrelado ao mercado financeiro, de rentistas e, claro, seus porta-vozes na mídia".

É óbvio! Não existe nada mais ostensivo e óbvio que a ideologia de mercado propagada essencialmente pela mídia. E nenuma interferência mais direta do mercado do que o Banco Central independente.


Só a mídia brasileira para permitir um editorial com tal grau de superficialidade, naquele que, nos anos 90, era considerado o mais influente jornal nacional. Hoje, conversa com seus leitores com a mesma sem-cerimônia de um influenciador bolsonarista com seu gado.

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sábado, 19 de agosto de 2023

Os recados das Monicas e de Malafaia a Alexandre de Moraes. Por Moisés Mendes

Publicado originalmente por Moisés Mendes, em seu blog: Dois recados a Alexandre de Moraes na Folha e no Estadão, ambos transmitidos por duas Monicas. Este o recado que tem Mônica Bergamo como emissária de alguém do PL ou da ala militar, em sua coluna na Folha: "Alexandre de Moraes não teria coragem de prender Bolsonaro sem julgamento, dizem aliados do ex-presidente".

www.seuguara.com.br/recados/Alexandre de Moraes/Moisés Mendes/

E este é o recado que Monica Gugliano recebeu e passou adiante no Estadão:

"Para militares, operação da PF em Brasília gera insegurança nas Forças Armadas e estaria difícil acalmar oficialato e militares abaixo da linha de comando".

Monica Gugliano credita sua informação a "figuras graduadas do Exército", no melhor estilo do jornalismo amigo dos militares. Figuras graduadas do Exército eram assim citadas no tempo da ditadura.


É o jornalismo das grandes corporações adotando de novo o tom do pré-golpe de 8 de janeiro.

Para tentar assustar Alexandre de Moraes, depois do recuo do advogado de Mauro Cid?


Estão fazendo jogral com Silas Malafaia, que defendeu Bolsonaro e ameaçou Moraes em vídeo divulgado nas redes sociais:

www.seuguara.com.br/Silas Malafaia/ataque/Alexandre de Moraes/

"Ditador Alexandre de Moraes, a sua casa vai cair, ou pela mão de Deus, ou pela Justiça legal que o Senado vai te impor, ou pelo povo, que é o supremo poder, que vai fazer pressão na sociedade. Que vergonha nós estamos assistindo, Deus tenha misericórdia do Brasil". 


Fica ruim para a grande imprensa entrar na gritaria do Malafaia, um dia após a ameaça de Damares Alves ao hacker Walter Delgatti, que segundo ela corre risco de vida.

Mas estão aí os recados das Monicas e do pastor. Não se sabe o que o Cebolinha tem a dizer.

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domingo, 9 de outubro de 2022

A Folha e o 'Bolsobrando', vergonha que a tarja não esconde. Por Fernando Brito

Por Fernando Brito*: A Folha publica hoje, em primeira página, um editorial histórico, no pior sentido, semelhante àquele em que chamou a ditadura brasileira de "ditabranda", não importa que tenha sido um período de perseguições, exílios e assassinatos. O texto de hoje, aliás, bem poderia ter como título um Bolsobrando.

www.seuguara.com.br/Folha de S. Paulo/editorial/Lula/

Diz que "é um acinte (...) que Lula mantenha a opacidade quanto a seus planos e nomes para a gestão da economia", como se o ex-presidente tivesse de comparecer ao escritório da sua sede com a promessa de nomear alguém bem ao gosto da empresa e dando detalhes sobre cada norma e decreto que vá adotar, mesmo que, em economia, antecipar programas com este nível de especificidades seja, na prática, inviabilizá-los.


Aliás, de candidato algum, nem de Bolsonaro, exigiu-se algo semelhante, e é pior ainda que o faça com Lula, de quem tem como testemunho oito anos de governo e, mais ainda desta vez, a orientação moderada que sua campanha tem, a começar pela formação da chapa, a menos que ache que o seu ainda mais conhecido Geraldo Alckmin (16 anos governando o São Paulo da Folha) converteu-se ao maoísmo.


A arrogância, muito além de fugir à mínima racionalidade, acaba por confessar a cumplicidade que assume o jornal, espancado diariamente pelo presidente e testemunha privilegiada da volta do país ao mapa da fome e de uma "recuperação" feita à base de um rombo nas finanças públicas e de uma situação de preços rebaixados pela intervenção brutal nos preços dos combustíveis.

Tido feito, aliás, sob o fedor de uma tentativa de compra de votos no atacado, como nunca na história da República.


O apoio a Bolsonaro, diz, está "longe de se limitar à maioria que partilha de teses autoritárias e delírios conspiratórios", porque "a despeito de dificuldades, o panorama econômico, decisivo em qualquer eleição, não corresponde a um cenário de terra arrasada."

Não?

Pergunte ao Sr. Luís Frias, na linguagem dos "bacanas" publisher da Folha, se o insulfim de seu carro, não repara na multidão de gente atirada nas calçadas, nem lê, em seu próprio jornal, as reportagens sobre os indicadores sócio-econômicos do país regredindo uma década?


Nem O Globo, que também experimenta, em editorial, tentativa de chantagem semelhante, vai tão longe na indulgência com Bolsonaro, mesmo no momento em que ele e seu círculo assumem abertamente que, vencedores, atropelarão as instituições e irão estender ao Judiciário sua dominação autoritária.

Não há, porém, diagnóstico melhor sobre a elite empresarial brasileira que o que estampa-se, na mesma Folha, no artigo de Janio de Freitas, que escreve sem temor, do alto de sua trajetória, cada vez mais antípoda à do jornal:


A pobreza mental e moral desse empresariado que age na política só por interesse direto, dominado por ganância e egoísmo patológicos, é responsável por grande parte das desgraças que assolam o país. A corrupção grossa começa por aí.

Lula governou por oito anos, encerrados há menos de 12, e saiu com 82% de aprovação ao seu governo. Não saber quais são as ideias e métodos, que o caracterizam como governante e como pessoa, só se explica por asnice insolúvel. 

A exigência do nome já, e que saia da turma obcecada pelos cifrões privados, é só pretexto para apoiar Bolsonaro com o engodo de que o fazem por indefinição de Lula.


Os leitores do jornal, vê-se nas centenas de comentários que seus assinantes fazem, também acham. Ao menos que a Folha faça um "enxugamento" de seu velho slogan publicitário. De um jornal "de rabo preso com o leitor". diga-se apenas "um jornal de rabo preso".


É tão vergonhosa a posição da Folha que, a seu favor, só e pode dizer que há a sadia coincidência de que um encarde de um anúncio "da casa" serve para que, ao ser pendurado nas bancas de jornal, a sua exposição de vergonha saia, ao menos, "tarjada".


*Fernando Brito é jornalista e editor do blog Tijolaço

Imagem: reprodução


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segunda-feira, 27 de junho de 2022

Eleições 2022: 'O foco é Bolsonaro, estúpido. A Globo não é candidata a nada'. Por Paulo José Cunha

Por Paulo José Cunha*: Desde que surgiu a dicotomia direita x esquerda, lá na Revolução Francesa, no Século 18, quando a Assembleia Nacional se dividia entre apoiadores do rei à direita, e os simpatizantes da revolução à esquerda, que existem duas expressões: "a" direita e "as" esquerdas. Pelo simples fato de que a direita, moderada ou radical, sempre está unida em torno de seus interesses, sobretudo os patrimonialistas. Enquanto as esquerdas se digladiam entre suas diversas correntes e dificilmente se unem em torno de um objetivo comum.

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sábado, 18 de junho de 2022

Para culpar Lula, Folha tortura o direito e o jornalismo. Por Mario Vitor Santos

Por Mario Vitor Santos*: A Folha, mais antipetista dos veículos "imparciais" brasileiros, coloca agora também na rua o estribilho a ser tocado pelo bolsonarismo e seus aliados nestas eleições. O movimento envolve a criação de uma nova classe de cidadãos plasmada na medida para servir ao caso do ex-presidente Lula. Trata-se do sujeito "inocente, mas não inocentado".
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quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Comunismo? A Folha segue a pauta dos fascistas? Por Fernando Brito

Por Fernando Brito*: A Folha fez um recorde em sua pesquisa de opinião e agora cobra que a esquerda discuta o "medo do comunismo", algo que é - e nada além - da estratégia mentirosa e terrorista que a extrema direita levanta no Brasil. Será que não está evidente que isso é apenas uma maneira de iludir tolos e incautos e, por se tratar de algo sem qualquer base na realidade equivale às "fake news" tão soberbamente criticadas pelo jornal?
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segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Jornalistas são agredidos em Roma por seguranças de Bolsonaro [vídeo]

DW/Brasil: Jornalistas brasileiros que acompanham a visita de Jair Bolsonaro a Roma foram hostilizados pelo presidente e agredidos na noite deste domingo (31/10) por homens que faziam a segurança do chefe de Estado brasileiro durante caminhada no centro da capital italiana. As agressões foram dirigidas a jornalistas da Globo, Folha de S. Paulo e UOL.
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terça-feira, 9 de março de 2021

Após decisão sobre Lula, Folha de S.Paulo entra em campanha e alerta sobre "Risco PT"


Publicado por Vinicius Segalla, no DCM - Mas não se preocuparam nem em disfarçar. Primeiro, foi Miriam Leitão. Depois, o portal UOL, do Grupo Folha. Finalmente, ainda no mesmo dia da decisão que tornou Lula elegível em 2022, a Folha de S.Paulo já entrou na campanha contra o ex-presidente. O jornal já alerta, em reportagem de Eduardo Cucolo:
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quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Jornalismo-camelô é o que vende notícia falsa. Por Fernando Brito

www.seuguara.com.br/fake news/notícia falsa/vacina/Folha de S.Paulo/

Por Fernando Brito, no Tijolaço - É inacreditável como um jornal que se pretende sério, como a Folha de S. Paulo, não tem vergonha de publicar uma "reportagem" dizendo que "Camelôs vendem vacina falsa contra Covid-19 por R$ 50 no Rio".
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sábado, 7 de março de 2020

Bolsonaro estimula milícia virtual com novo ataque à jornalista Patrícia Campos Mello da Folha de S.Paulo

Jair Bolsonaro voltou a incitar a milícia virtual contra a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo, autora de reportagens sobre fake news comandada ele durante a campanha eleitoral. Bolsonaro divulgou no Twitter um testo da repórter, publicado em 2014, quando ela diz que o "Brasil marcou um golaço ao financiar Mariel", se referindo à construção do porto em Cuba.
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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

ABI representa contra caluniador. E os Bolsonaros? Por Marcelo Auler

Por Marcelo Auler, em seu blog - Partindo para uma ação concreta além de apenas divulgar notas de repúdios e/ou solidariedades que de pouco servem até por nem sempre chegarem ao conhecimento de quem as provocou, a Associação Brasileira de Imprensa - ABI representou contra Hans River do Rio Nascimento, que na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, no Congresso Nacional, caluniou a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo.
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domingo, 5 de janeiro de 2020

Jair Bolsonaro e Paulo Guedes levaram o Brasil a uma caverna sem luz, diz Jânio de Freitas

O jornalista Jânio de Freitas escreve em sua coluna na Folha de S.Paulo que seria hipocrisia escrever em seus textos mais recentes votos de Natal e Ano Novo, considerando a situação de desastre econômico e social  a que o país foi levado pela dupla Bolsonaro-Guedes.
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sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Política: Cunha admite ter financiado 60 deputados antes de presidir a Câmara e derrubar a Dilma


Folha de S. Paulo e Intercept Brasil publicaram nesta quinta (26) uma reportagem sobre a delação premiada de Eduardo Cunha, que foi rejeitada por um grupo de procuradores da Lava Jato em mais de um Estado. Segundo a matéria, Cunha admitiu em sua proposta de delação que financiou, em 2014, a campanha de 60 deputados federais.
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sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Lava Jato: um retrato do conluio promíscuo entre mídia e "República de Curitiba"

Matéria publicada nesta sexta-feira (20) pela Folha de S. Paulo em parceria com o Intercept Brasil, revela os detalhes da relação promíscua entre alguns jornalistas da grande mídia e os procuradores da Lava Jato em Curitiba. Segundo a matéria, Deltan Dallagnol e Carlos Fernando dos Santos eram os controladores de toda a estratégia midiática da Lava Jato, na chamada "República de Curitiba".
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domingo, 15 de dezembro de 2019

Entrevista de Marcelo Odebrecht isenta Lula, expõe erros da Lava Jato e resguarda BNDES

Lula não privilegiava a Odebrecht em suas viagens internacionais. O pedido para que a empresa entrasse em Cuba era próprio dos interesses geopolíticos e comerciais de um País. A Odebrecht, aliás, mantinha com o petista a mesma relação que teve com FHC, intocado na Lava Jato. E a doação eleitoral que a empresa fez ao PT, em contrapartida a uma linha de crédito em Angola, saiu da margem de seu lucro, não de acertos espúrios.
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sexta-feira, 26 de julho de 2019

Citados como alvos de hacker, políticos e juízes criticam Moro e falam em 'cortina de fumaça'

Do Painel da Folha: Afasta de mim esse cale-se - O vazamento de nomes que também teriam sido hackeados pelo grupo preso pela PF ampliou a desconfiança de políticos e ministros de cortes superiores sobre a atuação de Sergio Moro (Justiça). O ex-juiz é, a um só tempo, protagonista de rumorosa crise, vítima e chefe do órgão que faz a investigação. A maneira como a suposta invasão de outros celulares foi divulgada foi interpretada como tentativa de criar um cinturão de solidariedade a ele e à destruição de mensagens. Surtiu efeito contrário.
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