sábado, 25 de fevereiro de 2017

Dilma perdeu para um bando de corruptos e malfeitores

Na verdade, erros cometidos na administração do governo Dilma Rousseff tem certa procedência. Mas merecem uma análise mais profunda, posto que os acertos foram muitos e beneficiaram um grande contingente de brasileiros, jovens e adultos. Notadamente àqueles que pertencem à classe dos menos favorecidos e dependem dos serviços públicos e das ações sociais do Estado para sobreviverem.
É inegável o progresso social e a melhora de vida da população em geral, com os programas sociais desenvolvidos durante os governos de Lula e Dilma. Como o Minha Casa Minha Vida, Bolsa-Família, Luz para todos, Prouni, Fies e outros. Classificados pela oposição como ações estratégicas de um governo populismo para conquista de votos, há os que são terminantemente contra. No entanto, esses programas comprovaram ao longo da execução serem instrumentos eficazes para uma distribuição de renda mais justa. Importante no combate a miséria e às desigualdades, tão latentes em nosso país.  
Porém, Dilma Rousseff deixou de atender certos anseios de determinados setores do Poder Privado. E não cedeu nem por um instante, às pressões dos partidos de oposição e até da base aliada. Em dado momento, até Lula, seu criador, se queixou do seu comportamento. Isso lhe custou muito caro. Eleita legitimamente em sufrágio universal, Dilma teve a ousadia de peitar a quadrilha que dominava o Congresso Nacional. Um bando, que depois de ter arquitetado e definido o golpe político, através do seu impeachment, continua na maior desfaçatez a comandar o sistema corrupto existente na política brasileira, há muito tempo. 

O objetivo sempre foi e segue sendo um só: a manutenção do poder, visando exclusivamente o benefício de si próprios e de seus comensais. As gravações em áudio de conversas entre os caciques do PMDB e um ex-diretor da Transpetro, subsidiária da Petrobras, feitas por ele mesmo e trazidas a público no ano passado, são provas robustas de que Dilma Roussef foi vítima de uma grande golpe político. Perpetrado por seus inimigos e opositores, através de um tenebroso, traiçoeiro e Grande Acordo Nacional com a finalidade de se locupletarem do poder, indefinidamente.    

Dilma perdeu para um bando de malfeitores e inimigos do Brasil. A derrota foi também da maioria da população. Afinal, a quadrilha muito bem articulada contava com o apoio de comparsas poderosos. Dentre eles, a própria mídia brasileira que sempre esteve ao lado dos tucanos contra Dilma e constantemente se prestou ao assassinato da reputação do ex-presidente Lula. Sempre partidária, parcial, tendenciosa e gananciosa por grandes lucros, que há muito tempo usufrui do erário público para aplacar sua sede insaciável.

No momento, os principais meios de comunicação do Brasil que funcionam através de uma concessão pública, como a Rede Globo por exemplo, estão devidamente supridos com um percentual de reajuste exorbitante nas verbas públicas para publicidade, concedido generosamente pelo governo golpista. São milhões de reais provenientes dos cofres públicos para que os canais de TV, jornais e revistas possam trabalhar (articular) a favor do governo golpista. E por consequência, contra os anseios da maioria da população. Um poderoso instrumento de bombardeio de desinformação, que convenhamos difícil de conter. 

A parcialidade dos meios de comunicação  e a seletividade da Justiça brasileira no trato dos crimes de corrupção praticados pelos políticos é flagrante. Dedica-se tempo maior às denúncias de determinados partidos em detrimento de outros, igualmente ou ainda mais corruptos. A delação premiada de muitos ex-executivos da empreiteira Odebrecht revelou que, integrantes da cúpula do PSDB, como José Serra e Aécio Neves, este citado dezenas de vezes nas delações, receberam milhões em propinas durante as campanhas políticas do partido. A mesma prática criminosa de outros, porém com bem menos destaque na TV, nas revistas e nos grandes jornais. 

Ultimamente, quem ganhou força no ranking da corrupção foi o PMDB, partido do governo que surrupiou o poder deliberadamente. O ex-presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha, cassado e preso na Operação Lava Jato, até então um peemedebista influente no parlamento sendo o precursor da grande palhaçada que virou a votação do impeachment de Dilma na Câmara dos deputados, decidiu esclarecer um ponto importante sobre o governo interino do qual fez parte. 

O ex-deputado Cunha revelou em seu primeiro depoimento à justiça, que Michel Temer também comandava o esquema de corrupção e distribuição de propinas na estatal Petrobras. Esquema que, segundo os procuradores da Lava Jato, tinha com "grande comandante", o ex-presidente Lula. Sabe-se agora, que isso não passava de uma falácia, simples exercício de retórica enganadora.    

Com novas denúncias vindo à tona envolvendo a cúpula do PMDB, se tem uma noção melhor do tamanho do mar de lama de corrupção criado no governo Temer. Fica evidente, que não aceitariam a ousadia de Dilma Rousseff na sua tentativa de dar um basta nas artimanhas do bando.

Logo que reeleita, a presidente enviou ao Congresso um  projeto de lei anti-corrupção. Ofereceu plebiscito e reforma política. Tudo desconsiderado pela maioria dos parlamentares, que pensavam e pensam somente em levar vantagens em tudo que se relacione e diz respeito ao poder e à política. A desavergonhada postura do governo golpista continua soberba e intocável. Talvez acabe com o pleito eleitoral de 2018, se houver.

A tônica do atual governo se resume em acertos políticos, conluios, falcatruas e pilantragem praticados de forma incontinente sem nenhum escrúpulo, bem na cara da sociedade. Como se nada de anormal estivesse acontecendo na República. Estranho e aterrador é o silêncio dos grupos organizados, que vestidos com camiseta amarela da CBF, batendo panelas, saíram às ruas em ruidosos protestos e manifestações contra a corrupção, aos gritos de "fora Dilma", "fora PT". Como se a corrupção fosse exclusividade de apenas uma agremiação partidária. Foi um ledo engano induzido. 
        
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