Ministério Público aponta 71 do Paraná suspeitos por atos golpistas
Ao todo, o órgão afirma ter recebido por e-mail, telefone e pelo site, 140 denúncias relativas a possíveis participações nesses atos. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados porque as investigações correm sob segredo de Justiça.
Como algumas denúncias foram repetidas e ainda que houve mais de uma denúncia sobre algumas pessoas, foram analisadas 108 situações individualizadas. Destas, 37 não tinham consistências suficiente, restando 71 pessoas com indícios de atuação ilegal, afirma o MP. Entre os casos encaminhados a Brasília, 24 foram possíveis participantes ou executores de atos ilegais - especialmente as ações de vandalismo ocorridas em 8 de janeiro, quando foram invadidas e depredadas as sedes dos Três Poderes - Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal.
Também foram apontados 17 supostos financiadores, 29 que teriam instigado ou incitado essas ilegalidades e uma autoridade do estado do Rio de Janeiro que teria se omitido de suas funções durante as ações ilícitas.
Os dados repassados pelo MP paranaense devem engrossar o trabalho do grupo criado no último dia 11 para coordenar as ações e o trabalho de investigação dos crimes tanto junto ao STF quanto ao MPF. O grupo é coordenado pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos.
Desde então, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já denunciou 98 pessoas crimes (sic) ligadas à ofensiva bolsonarista do dia 8. Primeiro, foram denunciadas 39 pessoas envolvidas na invasão e depredação de parte das dependências do Senado. Depois, a PGR acusou cinco radicais que arrasaram o Plenário do Supremo Tribunal Federal.
Na segunda-feira, foram denunciados 54 presos no acampamento montado em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. A Procuradoria atribui aos acusados delitos de incitação ao crime equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais e associação criminosa.
Por enquanto, os 54 acusados também estão presos preventivamente - ou seja, não tem data para deixar a prisão. Após a realização de mais de 1,4 mil audiências de custódia de pessoas detidas em flagrante por crimes ligados aos atos golpistas, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, impôs regime preventivo a 942 radicais. Outros 464 investigados obtiveram liberdade provisória, mas terão de seguir uma série de medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica.
Imagem: reprodução/Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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