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quinta-feira, 21 de março de 2024

Política: Braga Netto mandou Mauro Cid pedir dinheiro ao PL para financiar Kids pretos

Por Ana Gabriela Sales, no GGN: O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, afirmou à Polícia Federa (PF) que ele recorreu a Braga Netto, então ministro da Casa Civil, para conseguir um montante que teria financiado a ida dos Kids pretos às manifestações bolsonaristas, em Brasília, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Poderes, em 8 de janeiro de 2023.

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/depoimento/Polícia Federal/

Segundo informações de Malu Gaspar, no Globo, Cid esclareceu aos investigados - em seu último depoimento - o contexto de um diálogo, encontrado em seu celular, em que ele oferece ao major Rafael Martins de Oliveira o auxílio de R$ 100 mil para ajudar a bancar a ida de um "pessoal" a Brasília. 


As próprias mensagens indicam que o tal "pessoal" era um grupo de Kids pretos, como são chamados os integrantes da tropa de elite do Exército. A PF acredita que esses oficiais, formados nas forças especiais, orientaram a ação dos invasores.

Cid disse à PF que ele recorre a Braga Netto para conseguir os R$ 100 mil e o general mandou quwe procurassem o PL, o partido de Bolsonaro, para pedir recursos.


Ainda, segundo a reportagem, fontes ligadas à apuração disseram que imagens das câmeras de segurança da Esplanada dos Ministérios e depoimentos dos vândalos presos pela invasão indicam que havia Kids pretos em em vários pontos estratégicos da Praça dos Três Poderes.


Leia também:

(clique na imagem) 

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/depoimento/urnas eletrônicas/

https://jornalggn.com.br/justica/bolsonaro-e-indiciado-por-falsificar-cartao-vacina-de-covid-19/

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sábado, 9 de março de 2024

STF condena mais 15 denunciados pelo 8 de janeiro

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos nesta sexta-feira (8) para condenar mais 15 acusados pela participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

www.seuguara.com.br/STF/condenados/8 de janeiro/

Por maioria de votos, os ministros aplicaram penas que variam entre 14 a 17 anos de prisão aos acusados, que respondem pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.


O julgamento é realizado na modalidade virtual, na qual não há deliberação presencial, e os ministros inserem os votos no sistema eletrônico até as 23h59.

Desde o início dos julgamentos dos envolvidos no 8 de janeiro, o Supremo já condenou 130 denunciados.


Edição: Fernando Fraga

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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Xandão quebra sigilo e revela detalhes do plano golpista de Bolsonaro

Redação: O Cafezinho: O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), removeu o sigilo das decisões que autorizaram a Policia Federal a realizar operações nesta quinta-feira, 8, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e figuras-chave de seu círculo, incluindo os ex-ministros Augusto Heleno e Braga Netto. As ações policiais são parte das investigações dos eventos de 8 de janeiro.

www.seuguara.com.br/Alexandre de Moraes/quebra de sigilo/8 de janeiro/atos golpistas/

De acordo com Daniela Lima, repórter da GloboNews, todas as solicitações da Polícia Federal a Moraes receberam apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR).

A decisão de Moraes revela informações sobre um rascunho com propostas autoritárias encontrado na residência do ex-ministro Anderson Torres.


Esse documento, entregue a Bolsonaro por Filipe Martins, seus assessor na época, sugeriu a detenção dos ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, bem como do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Por sua vez, Bolsonaro solicitou modificações no documento, que foi alterado pra incluir apenas a prisão de Moraes e a convocação de novas eleições.

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terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

STF condena mais 29 réus pelos atos golpistas de 8 de janeiro

Por Carolina Pimentel, repórter da Agência Brasil: O Supremo Tribunal Federal (STF) já tem maioria para condenação de mais 29 réus pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas, em Brasília. O relator, ministro Alexandre de Moraes, votou pela aplicação de penas que variam de 14 a 17 anos de prisão.

www.seuguara.com.br/STF/condenação/réus/atos golpistas/8 de janeiro/

Ele foi acompanhado pelos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

Os ministros Cristiano Zanin e Edson Fachin votaram pela condenação, mas com ressalvas quanto as penas dos réus.

Já os ministros Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, André Mendonça e Nunes Marques divergiram do relator. A votação ocorre no plenário virtual, no qual os ministros têm um período para votar remotamente, sem deliberação presencial.


Os ministros tinham até as 23h59 desta segunda-feira (5) para informar o voto. A sessão foi iniciada em 15 de dezembro de 2023. 

Cada processo é julgado individualmente, ou seja, as penas serão conhecidas apenas ao final do processo em razão das divergências entre os ministros.


Todos os réus foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de associação criminosa armada, dano qualificado, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e deterioração de patrimônio tombado.

Até o momento, esse é o maior conjunto de ações penais julgadas simultaneamente.


Na última sexta-feira (2), a Corte iniciou o julgamento, também virtual, de 12 réus pelos mesmos crimes. O relator Alexandre de Moraes. A sessão termina no dia 9 de fevereiro.


Edição: Marcelo Brandão


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terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Nos bastidores, o clima é de "apaziguamento" com os militares golpistas, diz Julia Duailibi ao GGN

Por Camila Bezerra, no GGN: A jornalista Julia Duailibi, apresentadora da GloboNews, disse em entrevista exclusiva ao jornalista Luís Nassif, do GGN, que não acredita que haverá punição para militares envolvidos no atentado à democracia que ocorreu no dia 8 de janeiro de 2023.

www.seuguara.com.br/Julia Duailibi/entrevista/atos terroristas/militares/golpistas/documentário/8 de janeiro/A democracia resista/

Segundo Julia, as instituições estão inclinadas ao "apaziguamento" com as Forças Armadas. Por outro lado, na visão da jornalista, há um "empenho" em encontrar os financiadores e mentores por trás da tentativa de golpe de Estado.


"A minha impressão - e eu posso estar errada - mas as conversas que tive e tenho até hoje me mostram que há uma tentativa e apaziguamento. O que eu sinto é que está todo mundo meio 'não vamos mexer nisso, não' [é o que dizem] em off. 'Vamos esperar um pouco, foi muito estresse. As instituições passaram por momento muito crítico, vamos esperar'. Agora, sinto que há um empenho muito grande na questão dos financiadores e mentores. Se vai andar a investigação para além dos executores que já estão presos, acho que vai ser na direção dos financiadores e mentores."


Julia concedeu entrevista exclusiva ao programa TVGGN 20 Horas, da canal TVGGN [assista abaixo] na noite de segunda (8), para comentar a estreia na GloboNews do documentário "8/1 - A democracia resiste". 

A produção, que tem Julia Duailibi e Rafael Norton na direção, conta os bastidores da reação do poder civil na tarde do domingo, 8 de janeiro de 2023, quando uma horda bolsonarista invadiu os prédios dos Três Poderes, em Brasília, pedindo intervenção militar contra a posse de Lula, e deixando um rastro de destruição sem precedentes.

Para compor o documentário, Julia teve acesso a mais de 500 horas de gravação de imagens de câmeras de segurança, que foram casadas com entrevistas exclusivas. O documentário "8/1 - A democracia resiste" será exibido na próxima quarta-feira (10), na Rede Globo (canal aberto), após o programa Big Brother Brasil - BBB24.


Bastidores da crise

Uma das histórias resgatadas no documentário de Duailibi foi o papel de protagonista do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, que mesmo sendo um civil assumiu o comando da tropa que guardava a segurança da sede do MJ, de onde trabalhavam os ministros Flavio Dino, Gonçalves Dias (exonerado meses após o atentado) e José Múcio, em meio à crise. o documentário também mostra como e por que Capelli foi nomeado interventor federal na segurança do Distrito Federal naquela mesma noite.


A produção mostra ainda a curiosa história de dois funcionários da equipe de segurança do governo Lula, que tomaram as medidas necessárias para impedir que o gabinete presidencial fosse invadido pelos bolsonaristas. No documentário, um deles explica que seu objetivo era impedir que um golpista sentasse na cadeira hoje ocupada por Lula, pois seria uma imagem chocante para a opinião pública. Por isso, tiveram essa preocupação de resguardar o gabinete a qualquer custo. 


Ganhando tempo 

Na análise de Julia Duailibi, o golpe não teve êxito por uma série de fatores combinados, desde o papel dúbio de Jair Bolsonaro - que deixou o País em 31 de dezembro de 2022, antes da posse de Lula - como também pela falta de consenso entre as Forças Armadas sobre a ruptura democrática.


"Há militares que reconhecem que se o golpe fosse bem sucedido, o Brasil ficaria isolado no cenário internacional, havia essa reflexão. [Entre os militares] Há conservadores que são legalistas. Houve falta de organização e comando do Bolsonaro, que foi embora. Tudo isso levou a, de fato, não ter um apoio majoritário para que virassem o jogo", pontuou Duailibi. 


Ainda sobre os militares, Julia comentou na entrevista ao canal TVGGN sobre a resistência que o comando militar impôs à entrada da polícia no acampamento dos bolsonaristas na capital federal. Os militares alegaram que se os policiais entrassem para cumprir a ordem de desmobilizar o acampamento e prender os golpistas, haveria risco de violência e morte. Com isso, Lula aceitou a ideia de cercar o acampamento e prender todos os manifestantes na manhã do dia seguinte.


Apesar da hipótese de violência ter sido a justificativa oficial dos militares para resistir à entrada da polícia no acampamento no dia 8/1, há informações de bastidor dando conta de que, na verdade, o que os militares queriam era "ganhar tempo" para remover seus familiares do acampamento e impedir que fossem presos.


"Está na cara que eles ganharam tempo para sair. Tinha familiar de gente importante que ia, frequentava [esse acampamento]. O presidente chegou a mencionar em uma das entrevistas que a mulher ou filha do Villas Boas frequentava acampamentos [golpistas]. Então, eram parentes de gente de importância e relevância das Forças Armadas [ali dentro]. É uma teoria que se tem , mas não temos as imagens para comprovar."


Assista a entrevista completa abaixo:



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segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Vídeo: "Poderes permanecem vigilantes contra 'traidores da pátria'", diz Pacheco em ato do 8 de janeiro

Por Caroline Saiter, no DCM: O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse na tarde desta segunda-feira (8) que os Poderes "permanecem vigilantes contra os 'traidores da Pátria'". A declaração ocorreu durante discurso no evento que marca o primeiro ano dos atos golpistas de 8 de janeiro.

www.seuguara.com.br/Rodrigo Pacheco/Senado/evento/cerimônia/8 de janeiro/

"Estaremos sempre abertos ao debate, ao pluralismo e ao dissenso, mas nunca toleraremos a violência, o golpismo e o desrespeito à vontade do povo brasileiro", afirmou.


Pacheco ainda chamou os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de "inimigos da democracia". "os inimigos da democracia disseminam ódio para enganar e recrutar uma parcela da sociedade", disse o presidente do Congresso.

"Os inimigos da democracia usam um falso discurso politico para ascender ao poder, para nele se manter de maneira ilegítima e para dissimular suas reais intenções", acrescentou.


O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, também discursou no evento. Segundo o ministro, a paz e união não podem ser confundidas com impunidade.

Moraes também falou em "fortalecimento da democracia". "Não permite confundirmos paz e união com impunidade, apaziguamento ou esquecimento", declarou. 


A cerimônia, intitulada "Democracia Inabalada", foi convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A solenidade reuniu mais de 500 autoridades, incluindo governadores, ministros, membros do Judiciário e parlamentares.

A segurança no entorno do Congresso foi reforçada e a Esplanada dos Ministérios ficou parcialmente fechada.


Veja o vídeo:



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8 de janeiro: "Agentes do caos" ainda estão ativos, diz Lewandowski

Por Caroline Saiter, no DCM: Um ano após os atos golpistas de 8 de janeiro, Ricardo Lewandowski, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), destacou que as ameaças golpistas foram controladas pela reação institucional. No entanto, Lewandowski, segundo a Carta Capital, alertou que um fantasma autoritário ainda paira sobre o país, com "agentes do caos" ainda ativos.

www.seuguara.com.br/Ricardo Lewandowski/agentes do caos/8 de janeiro/

Nesta segunda-feira (8), o Congresso Nacional sediará uma cerimônia denominada "Democracia Inacabada" para marcar o primeiro aniversário dos ataques golpistas.

"Felizmente os mecanismos institucionais de defesa da democracia foram eficazes para debelar as ameaças golpistas", disse Lewandowski. "No entanto, o espectro do autoritarismo continua a nos assombrar, pois os agentes do caos e da discórdia continuam ativos, embora momentaneamente recolhidos, aguardando o momento mais propício para desferirem novos golpes", acrescentou.

Segundo o ministro aposentado, "a lição que fomos forçados a aprender é a de que a proteção contra o arbítrio tem como pressuposto a defesa da ordem constitucional, nela compreendida o escrupuloso respeito aos direitos e garantias dos cidadãos".

www.seuguara.com.br/vãndalos/bolsonaristas/ataques/8 de janeiro/

Confira o que cada ministro do STF disse sobre a marca de um ano dos ataques golpistas:


Luís Roberto Barroso, presidente da Corte:

"O 8 de janeiro mostrou que o desrespeito continuado às instituições, a desinformação e as acusações falsas e irresponsáveis de fraudes eleitorais inexistentes podem levar a comportamentos criminosos gravíssimos. Porém, mostrou a capacidade de as instituições reagirem e fazerem prevalecer o Estado de Direito e a vontade popular. A lição é que atos criminosos como esses trazem consequências e que não é possível minimizar ou relativizar o que aconteceu. As punições estão vindo e cumprindo um dos papéis do Direito Penal, que é dissuadir as pessoas de voltarem a agir assim no futuro. Embora possa parecer paradoxal, a democracia saiu fortalecida do episódio." 


Edson Fachin, vice-presidente do STF:

"Não esqueceremos o que aconteceu nesse dia, mas a melhor resposta está no trabalho permanente deste Tribunal: aos que foram às vias de fato, o processo; aos que mentiram, a verdade; e aos que só veem as próprias razões, o convívio com a diferença. Pelo respeito ao devido processo, o Supremo Tribunal Federal honra o Estado de Direito democrático legado pela Assembleia Constituinte."


Cármen Lúcia:

"8 de janeiro há de ser uma cicatriz a lembrar a ferida provocada pela lesão à democracia, que não há de se permitir que se repita."


Dias Toffoli:

"A brutalidade dos ataques daquele 8 de janeiro não foi capaz de abalar a democracia. O repúdio da sociedade e a rápida resposta das instituições demonstram que me nosso país não há espaço para atos que atentam contra o Estado Democrático de Direito."


Luiz Fux:

"A democracia restou inacabada e fez-se presente na punição exemplar contra aqueles que atentaram contra esse ideário maior da Constituição Federal: o Regime Democrático!"


Gilmar Mendes, decano da Corte:

"Um ano após os atentados do dia 8 de janeiro, podemos celebrar a solidez das nossa instituições. Nós poderíamos estar em algum lugar lamentando a história da nossa derrocada, mas estamos aqui, graças a todo um sistema institucional, contando como a democracia sobreviveu e sobreviveu bem no Brasil."


Alexandre de Moraes:

"As respostas das instituições atacadas mostram a fortaleza institucional do Brasil. A democracia não está em jogo, ela saiu fortalecida. As instituições demonstraram ao longo deste ano que não vão tolerar qualquer agressão à democracia, qualquer agressão ao Estado de Direito. Aqueles que tiverem responsabilidade serão condenados na medida da sua culpabilidade."


Kassio Nunes Marques:

"A reconstrução rápida das sedes dos Três Poderes trouxe simbolismo maior ao lamentável episódio, revelando altivez e prontidão das autoridades para responder a quaisquer atentados contra o Estado de Direito. Mais que isso, serviu para restabelecer a confiança da sociedade, guardar a imagem internacional do país e assegurar a responsabilização dos criminosos. Todo povo carrega, em sua cultura e história, as suas assombrações, mas não se constrói uma sociedade saudável sem o enfretamento adequado daquilo que se quer esquecer".


André Mendonça:

"Ao invés de ter ranhuras em função do dia 8 de janeiro, a democracia saiu mais forte. Eventos como esse, independentemente de perspectivas e visões de mundo das mais distintas, não podem ser legitimados e nem devem ser esquecidos. Nós crescemos convivendo com as diferenças, que pressupõem respeito, capacidade de ouvir e de dialogar. Nenhuma divergência justifica o ato de violência."


Cristiano Zanin:

"Após um ano dos ataques vis contra a democracia, tenho plena convicção de que as instituições estão mais fortes e, principalmente, unidas. É preciso sempre revisitar o dia 8 de Janeiro de 2023 para que momentos como aqueles não voltem a manchar a história do Brasil."

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sábado, 6 de janeiro de 2024

Moraes diz que bolsonaristas receberam palestras sobre invasão de Poderes e plano de golpe nos acampamentos

Por Iurick Luz, no DCM: O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que apurações conduzidas pela Polícia Federal (PF) e pela Procuradoria-Geral da República (PGR) identificaram que bolsonaristas acampados em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília passaram por uma espécie de treinamento sobre a invasão das sedes dos Três Poderes e sobre o plano de golpe.

www.seuguara.com.br/Alexandre de Moraes/CNN/bolsonaristas/acampamentos/palestras/plano de golpe/

"As investigações mostraram - e várias testemunhas e réus disseram isso - que nos acampamentos, inclusive no quartel de Brasília, aconteceram palestras [para os acampados], em que se dizia que eles deveriam invadir os prédios [dos Três Poderes] e ficar, principalmente no Congresso Nacional, até que fosse convocada uma GLO [Garantia da Lei e da Ordem] e o Exército chegasse. A partir daí, o movimento seria o de fazer com que as Forças Armadas aderissem àquele golpe", afirmou à CNN Brasil.

O ministro enfatizou ainda que, apesar desses planos, as Forças Armadas como instituição não "flertaram com essa possibilidade".


Vale destacar que no 8 de janeiro, membros do governo federal discutiram a possibilidade de usar a GLO em Brasília, mas a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi limitada à intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, sem acionar a GLO. 

www.seuguara.com.br/bolsonaristas/acampamento/atos terroristas/atos antidemocráticos/

Na última quinta-feira (4), o magistrado também revelou, em entrevista ao jornal O Globo, que simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) planejavam prendê-lo e, posteriormente, enforcá-lo na Praça dos Três Poderes no dia dos ataques.

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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Parlamentares bolsonaristas desafiam Moraes e negam plano para "enforcá-lo": "Factoide"

Por Caroline Saiter, no DCM: Parlamentares bolsonaristas rebatem as declarações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de que teria sido alvo de um plano para assassiná-lo em meio aos atos golpistas de 8 de janeiro

www.seuguara.com.br/Alexandre de Moraes/atos golpistas/atentado/bolsonaristas/

Em entrevista ao Globo, o ministro afirmou que a intenção de parte dos golpistas era "prendê-lo e enforcá-lo" na Praça dos Três Poderes. "Eram três planos. O primeiro previa que as Forças Especiais (do Exército) me prenderiam um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio", disse.


"O terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição. Houve uma tentativa de planejamento".


No X (antigo Twitter), o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da Frente Parlamentar Evangélica, disse que a entrevista de Moraes é "gravíssima" e questionou "onde estão as provas?". "O que a Polícia Federal fez? Prendeu as pessoas que iriam praticar tais atos? Quem são?", perguntou.


Outro correligionário do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a se manifestar foi o senador Carlos Portinho (PL-RJ). Na publicação, o parlamentar classificou o relato do ministro como "factoide". "O Ministro Supremo lança um factoide para chamar atenção e se faz de vítima sem revelar nada além - como lhe compete. Eles estão sempre em busca dos holofotes. Exatamente o contrário do que recomenda a magistratura", escreveu Portinho.

www.seuguara.com.br/Gustavo Gayer/bolsonarista/

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) utilizou um canal no YouTube para comentar as declaração de Moraes. "Pessoas no domingo, desarmadas, pessoas de idade, senhorinhas de idade... Entraram em um prédio público vazio. Esse era o plano para sequestrar o ministro e tirar sua vida? É meio difícil de acreditar", disparou. 


No Instagram, o deputado federal Zé Trovão (PL-SC) compartilhou um trecho da gravação publicada por Gayer e fez menção ao presidente Luiz I~´acio Lula da Silva (PT). "Lula fazendo escola na arte de 'se não temos narrativa... CRIAMOS UMA'. Quem acredita levanta o dedo! Eu NÃO", escreveu.

"Quem planejou matar o ministro e quais são as provas desse plano?", questionou o deputado federal cassado e ex-procurador Deltan Dallagnol. "Se o ministro era a vítima desses crimes, ele não deveria se declarar suspeito de julgar quem queria matá-lo?".


Já o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) compartilhou um vídeo questionando "quem quis matar" o ministro. Segundo o parlamentar, "essa é a pergunta que todos queremos a resposta!".


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quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Um tiro de aviso. Por Cleber Lourenço

Por Cleber Lourenço, em O Cafezinho: Na Manhã desta quinta-feira (04) o noticiário político começou no mínimo "agitado" com uma entrevista do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ao jornal O Globo afirmando que a investigação sobre os atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado revelou um plano para enforcá-lo na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

www.seuguara.com.br/Alexandre de Moraes/STF/atos golpistas/

Para quem conhece e é próximo do ministro, a entrevista tem um objetivo claro: passar um recado de que não há como os mentores e articuladores da escaramuça antidemocrática que culminou no 8 de janeiro escaparem da prisão.

Não é de hoje que Moraes afirma para pessoas próximas que o ex-presidente Jair Bolsonaro será responsabilizado. 


A expectativa é de que Bolsonaro e seu núcleo mais próximo encare a justiça este ano e que isso seria algo inadiável. Ainda em dezembro do ano passado esta coluna também revelou que segundo fontes na Polícia Federal, a operação Lesa Pátria, que também investiga atos antidemocráticos, também teria entrado na sua reta final.

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segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Empresário do Paraná é o primeiro denunciado por financiar atos golpistas do 8 de janeiro

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o empresário Pedro Luís Kurunczi, de Londrina (PR), tornando-o o primeiro denunciado sob a acusação de financiar os ataques golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023, quando militantes bolsonaristas e de extrema direita invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

www.seuguara.com.br/ato golpista/8 de janeiro/financiadores/denúncia/

A denúncia corre sob sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF). A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com a reportagem, Kurunczi "é acusado de fretar quatro ônibus que transportaram 108 passageiros a Brasília, parte dos quais  participantes da intentona bolsonarista, além de organizar alguns dos grupos que atacaram as sedes dos três Poderes".


O MPF denunciou o empresário pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado mediante violência ou grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado. As penas somadas, caso ele condenado por todos os crimes, podem ultrapassar 30 anos de reclusão.


Segundo o MPF, Kurunczi teria incitado a sublevação contra o resultado das eleições e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em grupos de aplicativos de mensagens. Ele também teria coordenado a organização do transporte de extremistas para Brasília, buscando garantir arrecadação para despesas, incluindo alimentação, das pessoas que participaram dos atos antidemocráticos.


Ainda conforme a reportagem, o empresário já figurava como réu em ações civis públicas movidas pela Advocacia-Geral da União (AGU) contra financiadores dos ataques de 8 de janeiro. Seu nome também consta no relatório final da CPI do 8/1, elaborado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A denúncia de Kurunczi foi um dos últimos atos do subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, que coordenava o Grupo Estratégico dos Atos Antidemocráticos. Este grupo denunciou 1.413 pessoas envolvidas nos eventos de 8 de janeiro, incluindo incitadores, executores, agentes públicos e financiadores.


Fonte: 247


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sexta-feira, 17 de novembro de 2023

17 anos de prisão: Moraes vota para condenar mais 5 réus pelos atos de 8 de janeiro

Por Yurick Luz, no DCM: O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou, nesta sexta-feira (17), o julgamento de mais cinco réus acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de envolvimento nos atos terroristas promovidos por bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro.

www.seuguara.com.br/Alexandre de Moraes/prisão/réus/bolsonaristas/prisão/atos golpistas/8 de janeiro/

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, sugeriu penas de 17 anos de prisão, em regime inicial fechado, para os cinco réus em questão.

O julgamento está sendo realizado no plenário virtual, onde os ministros inserem seus votos no sistema eletrônico. Os votos poderão ser registrados até o dia 24 de novembro, sendo cada réu avaliado individualmente. 


Até o momento, o STF já condenou 25 réus, com penas variando entre 13 e 17 anos de prisão. Outros réus, acusados por crimes menos graves, buscam acordos com a Justiça para cumprir penas alternativas.

A maioria dos ministros considerou que houve clara intenção por parte de uma multidão em tomar ilegalmente o poder, utilizando meios violentos para derrubar um governo democraticamente eleito.


Além disso, a maioria da Corte afirmou que os ataques se configuraram como o crime de multidão, onde um grupo comete diversos crimes e cada um influencia as ações dos outros, caracterizando um efeito manada. Consequentemente, todos são responsáveis pelos resultados dos delitos.

As defesas negam a participação dos acusados nos atos golpistas e pleiteiam o arquivamento das ações.


Quem são os réus?


Ana Paula Neubaner Rodrigues

www.seuguara.com.br/bolsonarista/8 de janeiro/réu/
Ana Paula Neubaner Rodrigues. Foto: reprodução 

Foi presa no Palácio do Planalto, residente em Ipatinga (MG) e candidata à vereadora pelo Patriotas em 2020, tendo fotos com apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em suas redes sociais.


Angelo Sotero de Lima

www.seuuara.com.br/bolsonaristas/golpista/8 de janeiro/
Angelo Sotero de Lima. Foto: reprodução
Detido no Palácio do Planalto, morador de Blumenau (SC), identificado como músico nas redes sociais, com postagens que incitam a cassação de ministros do STF e clamam por intervenção militar.


Alethea Verusca Soares

www.seuguara.com.br/Bolsonaristas/réus/prisão/8 de janeiro/

Prisão no Palácio do Planalto, residente em São José dos Campos (SP), com registros em vídeos e fotos nos acampamentos bolsonaristas em São José dos Campos, especialmente no DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia da Aeronáutica).

Eduardo Zeferino Englert

www.seuguara.com.br/bolsonaristas/réus/prisão/8 de janeiro/

Detido no Palácio do Planalto, empresário de Santa Maria (RS), com vídeos em seu celular mostrando a invasão de prédios, incluindo um em que pessoas tentavam persuadir soldados do Exército Brasileiro para liberar acesso ao interior do edifício público. Seu perfil genético foi encontrado em uma garrafa deixada no Planalto.


Rosely Pereira Monteiro

www.seuguara.com.br/bolsonaristas/réus/8 de janeiro/prisão/

Prisão no Palácio do Planalto, moradora de Colíder (MT), relatada como participante de acampamento em frente ao Quartel do Exército.

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sábado, 21 de outubro de 2023

Autor do pedido da CPMI - charge do Amarildo

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quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Saiba quais são as provas da CPMI do 08 de janeiro contra Bolsonaro

Publicado por Augusto de Souza, no DCM: O relatório final da CPI do 08 de janeiro, apresentado pela relatora Eliziane Gama (PSD-MA) nesta terça-feira (17), revelou uma série de eventos que sustentam a re4spnsabilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em atos de caráter golpista.


www.seuguara.com.br/CPMI/08 de janeiro/provas/Jair Bolsonaro/

Com mais de 1100 páginas, o documento apresenta um conjunto de provas que constroem um panorama de instrumentalização de órgãos e instituições públicas, além da exploração da vulnerabilidade e esperanças de milhares de pessoas.


Entre as provas apresentadas, destaca-se o relato do encontro de Bolsonaro com o hacker Walter Delgatti Junior, no Palácio do Planalto, no qual teria sido discutida a manipulação de urnas eletrônicas. O hacker também teria sido incentivado a assumir a autoria de um grampo do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. 

Além disso, o relatório aponta para reuniões não registradas oficialmente entre Bolsonaro e comandantes das Forças Armadas, levantando suspeitas sobre suas intenções.


O documento também ressalta o suposto uso da Polícia Rodoviária Federal para interferir no segundo turno da eleição e o silêncio de Bolsonaro diante dos acampamentos que pediam uma intervenção militar.

A minuta de uma suposta tentativa de golpe entregue ao ex-presidente por seu assessor, Filipe Martins, e as frequentes declarações de Bolsonaro em lives contra as urnas eletrônicas também estão entre os pontos destacados no relatório como evidências de suas atividades duvidosas durante o mandato.


Além do ex-presidente, 55 pessoas foram relacionadas no relatório. Desde militares e ex-ministros, como Braga Netto e Augusto Heleno, até parlamentares como a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A lista ainda apresenta uma série de nomes de membros da PRF, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), além de financiadores e influenciadores que motivaram os ataque em janeiro.


[Clique aqui para acessar a íntegra da matéria e conferir a lista completa dos citados no relatório].

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Além de Bolsonaro, relatório da CPMI do 8 de janeiro responsabiliza big techs por atos golpistas

Por Laura Scofield, no Agência Pública: O relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro responsabiliza as big techs pelos atos golpistas que resultaram na invasão e depredação de prédios públicos no início de 2023. O documento elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da comissão, também cita o ex-presidente Jair Bolsonaro e auxiliares dele, a exemplo de Mauro Cid, como responsáveis pelo episódio da invasão dos palácios dos Três Poderes em Brasília.

www.seuguara.com.br/relatório/CPMI/8 de janeiro/Agência Pública/

O texto afirma que a estrutura digital das redes sociais foi “capaz de assegurar a coordenação desses grupos [golpistas] e de radicalizá-los ao conta-gotas de cada clique”. Sem tal estrutura, “dificilmente tais ameaças à democracia fariam sombra à fortaleza das instituições”. Também critica a moderação das redes sociais ao apontar que as notícias falsas circularam “quase livremente” nas plataformas digitais durante e após as últimas eleições. 


“Naturalmente, é preciso também se ocupar de entender e mitigar os danos dos indivíduos que nutrem desprezo pelos valores republicanos. Contudo, não é crível ser ingênuo a ponto de pensar que estes, individualmente, teriam potencial para influenciar mais que um círculo muito estreito e difuso de relações pessoais”, acrescenta. O relatório ressalta ainda que o Brasil é o terceiro país que mais usa redes sociais no mundo, com 131,50 milhões de contas ativas.


Algoritmo "antidemocrático"


O texto também diz que os algoritmos das plataformas digitais estariam manipulando os usuários e amplificando conteúdos apelativos, incluindo de discurso de ódio. “A atual dinâmica da circulação de ideias propicia novos modos de manipulação da opinião pública, e aqueles mais aptos na realização dessas manipulações têm substancial vantagem em pleitos eleitorais”, diz Gama. Ela considera o “funcionamento do ecossistema digital brasileiro” como “um risco ao nosso Estado Democrático de Direito”.


Porém, mesmo que responsabilize as big techs, o relatório final da CPMI não pede mais investigações ou o indiciamento dos responsáveis pelas empresas. Para solucionar o problema, defende a “necessidade de aprimoramentos na regulação do ecossistema digital” e cita projetos de lei que seriam importantes para tal. Entre eles está o PL 2630/2020, conhecido como PL das Fake News, que pede a responsabilização das plataformas pelos conteúdos que nelas circulam; e o PL 2370/2019, que aborda a remuneração de conteúdos jornalísticos pelas redes.

“Sugerimos e clamamos para que a Câmara dos Deputados, e o Parlamento brasileiro como um todo, enderece com a devida urgência necessária a discussão e a deliberação do PL no 2630/20, o apelidado ‘PL das Fake News’”, pede a relatora. 


No início do ano, as plataformas de redes sociais e os parlamentares bolsonaristas organizaram um movimento contrário ao PL 2630. O Google chegou a exibir uma mensagem em que afirmava que o projeto poderia “aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira” em sua página de buscas, o que lhe rendeu uma notificação do Ministério Público Federal (MPF). A Agência Pública revelou que a big tech gastou mais de meio milhão de reais em anúncios contrários ao PL apenas na Meta, proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp. 


Outro projeto citado por Eliziane Gama como importante para a melhoria do ambiente digital é o que visa regulamentar a inteligência artificial, que ela define como “uma modalidade tecnológica que vem para mudar o estágio civilizatório que conhecemos”. O texto cita a Comissão Temporária Interna sobre Inteligência Artificial (CTIA), criada neste ano para debater o assunto no Senado.


A Pública acompanhou a primeira reunião do grupo e mostrou a influência das big techs no debate. “É o momento de patrocinarmos o dever de estabelecimento de padrões de governança algorítmica ética, assegurando, na calibragem dos algoritmos de recomendação, a exposição a uma esfera pública digital com valores pluralistas, mitigando as externalidades da formação de câmaras de eco (media echo chambers). Esse, ao lado da questão ambiental, é o debate da nossa geração. Se nada fizermos sobre isso, outros tantos 8 de janeiro existirão. E, diante das possibilidades estatísticas, algum pode vir a ser bem-sucedido, situação em que não mais estaremos aqui, no Parlamento livre e plural”, argumentou a senadora. 


Indiciamentos


Além de abordar o papel das big techs no 8 de janeiro, considerado pela senadora “uma verdadeira tentativa de ruptura democrática”, o relatório da senadora também pede o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por quatro crimes: associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, e golpe de Estado. O texto aponta Bolsonaro como “o grande autor intelectual dos eventos do 08 de Janeiro”. Outros indiciados são o ex-ministro da Defesa Braga Netto e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. 


A avaliação do documento pelos integrantes da CPMI começou hoje (17) e termina na sessão de amanhã. A expectativa é que o relatório de mais de 1.300 páginas seja aprovado, já que a maioria dos parlamentares é ligada ao governo. Com a aprovação, o texto é encaminhado à Procuradoria Geral da República (PGR), que pode ou não seguir com as denúncias. 


Em contraposição, a oposição bolsonarista apresentou um relatório paralelo em que pede o indiciamento do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o do atual ministro da Justiça, Flávio Dino, insistindo na tese de que o atual governo, vítima dos ataques, não teria agido para impedir a invasão dos golpistas.


Edição: Ed Wanderley

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terça-feira, 12 de setembro de 2023

"Bolsonaristas estavam dispostos a tudo", diz PM agredida no 8 de janeiro

Por Augusto de Sousa, no DCM: A cabo Marcela da Silva Morais Pinno, policial militar do Distrito Federal, que atuou na linha de frente durante as manifestações de 8 de janeiro, prestou depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Investigação (CPMI) que apura os atos golpistas daquele dia e relatou a violência e a organização dos manifestantes bolsonaristas.
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quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Operação Lesa Pátria: PF mira financiadores de atos golpistas no Paraná e outros seis estados

Bem Paraná: A polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (5) no Paraná e outros seis estados a 16ª etapa da Operação Lesa Pátria, que investiga financiadores e fomentadores dos atos golpistas de 8 de janeiro, que deixaram um rastro de destruição na Praça dos Três Poderes, em Brasília. No Paraná foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão na região metropolitana de Curitiba (RMC) e também em Francisco Beltrão (Região Sudoeste). A PF não divulgou o nome dos envolvidos.

www.seuguara.com.br/atos golpistas/8 de janeiro/Operação Lesa Pátria/mandados/busca e apreensão/Polícia Federal/STF/

Ao todo foram 53 mandados cumpridos também em São Paulo (12), Mato Grosso do Sul (2), Santa Catarina (3), Tocantins (2), Ceará (2) e Minas Gerais (26), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).


O ministro determinou o bloqueio de bens, ativos e valores dos investigados, ressaltando que os danos causados ao patrimônio público possam chegar à R$ 40 milhões, segundo as estimativas de investigadores. A Operação Lesa Pátria investiga supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Desde o início da operação, já foram cumpridos 78 mandados de prisão, 277 mandados de busca e apreensão cumpridos e 17 inquéritos instaurados.


Segundo a CNN, nesta terça-feira, entre os alvos da PF estiveram a socialite Marici Junqueira de Andrade Bernade; Rodrigo Augusto Albani Borini, filho do ex-prefeito de Birigui (SP) Wilson Carlos Rodrigues Borini; Rodrigo de Souza Lins, que foi candidato a deputado estadual no Mato Grosso do Sul pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB).

Nas redes sociais, Rodrigo Lins aparece em imagem ao lado do ex-deputado federal cassado Daniel Silveira, condenado a oito anos e nove meses de prisão pelo STF por ataques proferidos aos ministros da Corte.


Constituição

Pelas redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, comentou a nova fase da operação. 

"Sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, Polícia Federal cumpre hoje mais 53 mandados judiciais, com busca e apreensão, além de indisponibilidade de bens. O trabalho continua em defesa da nossa Pátria, em semana tão simbólica. Que nunca mais queiram rasgar a nossa Constituição e destruir o Estado Democrático de Direito", afirmou ele.


"Foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar à cifra de R$ 40 milhões", informou em nota a PF referindo-se "à violência e ao dano generalizado" praticado contra "imóveis, móveis e objetos" do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF.

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segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Bolsonaristas enviaram e-mails para Trump, EUA e Rússia no 8 de janeiro: "Brasil above all"

Por Caroline Saiter: no DCM: Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviaram inúmeros e-mails para autoridades russas e norte-americanas durante os atos golpistas de 8 de janeiro. E-mails também foram encaminhados para o Tribunal de Haia, para Donald Trump e Melania Trump. Além disso, o Ministério da Defesa e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) também foi alvo dos bolsonaristas. As mensagens forma enviadas enquanto os invasores eram presos por depredarem as sedes dos Três Poderes.

www.seuguara.com.br/Trump/Bolsonaro/EUA/e-mails/bolsonaristas/

Os e-mails constam dos materiais em análise obtidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, através da conta de assessores de Bolsonaro.

www.seuguara.com.br/bolsonaristas/presos/8 de janeiro/atos golpistas/

Em um deles, um capitão d Marinha enviou um texto em inglês e português dizendo que o Exército está acovardado. Na mensagem, o militar ainda pediu ajuda para evitar que comunistas venham ao país. 


Segundo a coluna de Lauro Jardim, de O Globo, ao final da mensagem, ele encerra com o bordão de Bolsonaro em inglês. "Brazil above all. God above all [Brasil acima de tudo, Deus acima de todos]".

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sábado, 19 de agosto de 2023

Por contaminação ideológica e omissão no 8 de janeiro, PF prende cúpula da PM-DF

Por Renato Santana, no GGN: O comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Klepter Rosa Gonçalves, foi levado pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (18) como parte do cumprimento de sete mandados de prisão preventiva contra a cúpula da PM/DF por omissões nos atos golpistas de 8 de janeiro.

www.seuguara.com.br/PF/mandados de prisão/PM-DF/

A informação foi divulgada pelo jornalista e colunista do UOL, Aguirre Talento. Além do atual comandante-geral da PM, que era subcomandante da corporação na invasão às sedes dos Três Poderes, foi preso o ex-comandante Fábio Augusto Vieira, que chefiava a PM na ocasião.

Foram levados à carceragem da PF também o coronel Paulo José Ferreira de Souza Bezerra, que em janeiro estava no Departamento de Operações da PM, o coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues e o tenente Rafael Pereira Martins.


Os presos nesta manhã são acusados de crimes contra o estado democrático, dano qualificado e também acusados da violação dos deveres funcionais estabelecidos na Constituição e nas normas da PM do DF. Já se encontravam detidos o coronel Jorge Naime e o tenente Flávio Silvestre Alencar.


Prisões solicitadas pela PGR

As prisões haviam sido solicitadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), após apresentar denúncia contra eles dentro da investigação que apura a omissão de autoridades nos atos golpistas do 8 de janeiro. Os mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes.


À imprensa, a PGR afirmou que apresentou provas da omissão dos envolvidos e constatou que havia "profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da Polícia Militar do DF", como a concordância com "teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas".

A PGR também apontou que os policiais que ocupavam cargos de comando da corporação "receberam, antes de 8 de janeiro de 2023, diversas informações de inteligência que indicavam as intenções golpistas do movimento e o risco iminente da efetiva invasão às sedes dos Três Poderes".

"Os denunciados conheciam previamente os riscos e aderiram de forma dolosa ao resultado criminoso previsível, omitindo-se no cumprimento do dever funcional de agir", diz a PGR.


Ibaneis Rocha e Anderson Torres

O ministro Moraes chegou a afastar do cargo, neste mesmo caso, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), durante dois meses. O ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres ficou três meses preso, mas posteriormente liberado por Moraes.

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quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Atos golpistas: nova fase da "Operação Lesa Pátria" cumpre mandados em 6 estados

Por Victor Nunes, no DCM: Nesta quinta-feira (17), a Polícia Federal (PF) deflagra mais uma fase da "Operação Lesa Pátria". Ao todo, serão cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva em diferentes estados brasileiros. Segundo informações preliminares, há mandados em Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, Bahia e no Distrito Federal. As ações foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

www.seuguara.com.br/Brasília/8 de janeiro/atos golpistas/mandados/Operação Lesa Pátria/

De acordo com a PF, o grupo alvo dos mandados desta quinta é suspeito de ter fomentado o movimento chamado "Festa da Selma", um codinome usado pelos golpistas para se referir aos atos terroristas. 

"O termo 'Festa da Selma' utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos", disse a PF. "Recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído".


Ainda segundo a PF, por volta das 7h10, 5 dos 10 alvos de prisão preventiva já tinham sido detidos. Os nomes dos alvos de prisão preventiva já tinham sido detidos. Os nomes dos alvos, no entanto ainda não foram divulgados.

www.seuguara.com.br/Pastor Dirlei Paiz/ Operação Lesa Pátria/mandado/busca e apreensão/

A Operação Lesa Pátria tem o objetivo de identificar os suspeitos que participaram dos atos terroristas promovidos por bolsonaristas extremistas nas sedes dos Três Poderes em Brasília, no i de janeiro.

Os indivíduos serão investigados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

www.seuguara.com.br/Fernanda Oliver/cantora Gospel/Operação Lesa Pátria/busca e apreensão/

Dois dos presos hoje são o pastor evangélico Dirlei Paiz, conhecido por suas várias postagens nas redes sociais criticando o presidente Lula, e a cantora gospel Fernanda Oliver, que realizou uma transmissão ao vivo nas redes sociais durante a invasão ocorrida em 8 de janeiro.

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