quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Internet: Conheça os golpes e saiba como se proteger no WhatsApp


Em quase todas as semanas o Olhar Digital informa que um novo golpe está assustando os usuários de um dos principais aplicativos de conversação da atualidade: o WhatsApp. Para que você não fique perdido no meio de tantas ameaças, preparamos este guia que explica como os golpes funcionam e como você pode se proteger.


Em geral, os mal-intencionados se aproveitam da mesma vulnerabilidade para tentar fazer vítimas: a falta de informação dos usuários. Os golpes pouco se diferenciam uns dos outros e prometem recursos surpreendentes, pacotes de emojis e até cupons de desconto. Tudo o que usuário vai ganhar é uma dor de cabeça bem grande.

Com alguma proposta tentadora, a vítima clica no link recebido e, então, é incentivada a compartilhá-lo com uma certa quantidade de amigos e, às vezes, até mesmo em grupos. Depois disso, o usuário é encorajado a preencher um cadastro com informações como nome e número de celular. Ao invés de liberar o tal recurso ou o pacote de emojis, o formulário preenchido cadastra o usuário em serviços pagos de SMS.

Esses serviços geralmente não são baratos e costumam acabar com os créditos de linhas pré-pagas em poucos dias. Pior para os internautas com planos pós-pagos, que têm uma surpresa nada agradável na fatura seguinte.

Esses golpes, no entanto, são mais simples de serem identificados e menos prejudiciais do que alguns ataques. Recentemente, por exemplo, arquivos de Excel com vírus estavam sendo compartilhados no aplicativo. Ao abrir as supostas planilhas, o usuário acabava sendo infectado por um malware que roubava dados pessoais e bancários do usuário, senhas e até o código PIN do telefone.

Cinco dicas para você não ser a próxima vítima:
  • Pacotes de emojis:
É impossível instalar pacotes adicionais de emojis no WhatsApp. Não existem emojis secretos. Novos emojis são disponibilizados apenas em atualizações do WhatsApp que são baixadas pela App Store, Play Store e Windows Store. Cuidado com os golpes desse tipo!
  • Novos recursos:
Novamente, as atualizações do WhatsApp acontecem somente pelas lojas oficiais do sistema operacional do seu smartphone. Não é possível instalar qualquer recurso manualmente.


  • Mensagens com links:
Fique esperto se você receber alguma mensagem com um link prometendo algo se você clicar nele. Na grande maioria das vezes é golpe e você pode ser cadastrado em serviços pagos e também ter dados pessoais contidos na memória do seu smartphone roubados.
  • Cupons de desconto:
Essa é outra modalidade do mesmo golpe. Ela oferece cupons de desconto em redes de alimentação e nas mais diversas lojas caso o usuário preencha algum cadastro. Existe também uma variação do golpe com passagens aéreas de empresas como a LATAM, por exemplo.
  • Mensagens de desconhecidos:
Você recebeu a mensagem de um número que não conhece e nela contém algum link? Não clique! Muito provavelmente se trata de algum golpe que foi compartilhado usando técnicas de spam. É possível que seu número de telefone esteja cadastrado em alguma lista adquirida pelos criminosos.
Caí no golpe. E agora?
Você tomou todas as precauções necessárias, mas mesmo assim acabou sendo cadastrado em algum serviço de mensagens pagas ou teve seu smartphone infectado por algum malware? Calma, há solução para esses problemas.
  • Alerte seus contatos:
A primeira coisa a fazer é alertar toda a sua lista de contatos sobre o golpe, principalmente os contatos com quem você compartilhou a mensagem mal-intencionada. Faça isso o quanto antes para evitar que eles também se tornem vítimas da emboscada.
  • Cancele os serviços:
Depois disso, é hora de cancelar os serviços nos quais o seu número foi cadastrado. Você pode fazer isso ligando diretamente para a sua operadora e relatando o que aconteceu. As empresas de telefonia têm a obrigação de revelar os serviços em que o cliente está cadastrado. Lembre-se de anotar os números de protocolo das ligações para que você possa cobrar as operadoras caso venha a ter algum problema.
  • Instale ou atualize seu antivírus móvel:
É melhor prevenir do que remediar. Instale um antivírus em seu smartphone e certifique-se de que ele esteja sempre atualizado. Caso não saiba qual programa instalar, nós montamos uma lista com os melhores antivírus para Android. Para iPhones, as melhores opções atualmente são o Avast e o Avira.

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Por Rodrigo Loureiro, no http://olhardigital.uol.com.br/

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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

O culto fascista da violência


Por Luiz Ruffato, no El País - Em fevereiro de 1909, o poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti lançava o Manifesto Futurista, onde, entre outras sandices, pregava: “Queremos glorificar a guerra – única higiene do mundo -, o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos anarquistas, as belas ideias pelas quais se morre e o desprezo da mulher”. Cinco anos depois, estourava a I Guerra Mundial e, após um interregno de apenas 21 anos, o mundo inteiro se envolveria na II Guerra Mundial, que deixaram, juntas, um saldo de 34 milhões de soldados, 65 milhões de civis mortos e 56 milhões de feridos. Marinetti ofereceu à política as bases estéticas e à arte as bases ideológicas do fascismo, que, nascido na Itália, se espraiaria pelos cinco continentes alcançando até os dias de hoje.


No Brasil contemporâneo, o pensamento fascista prolifera em terreno fértil. Os recentes massacres nas penitenciárias de Manaus (AM) e Boa Vista (RR) possibilitaram vir à tona comentários nas redes sociais que demonstram o fascínio do homem comum pela “violência arrebatadora” que inspirou Marinetti. O secretário nacional da Juventude, Bruno Júlio, declarou: “Eu sou meio coxinha sobre isso. Tinha que matar mais. Tinha que fazer uma chacina por semana”. Bruno Júlio, filho do ex-deputado federal e atual deputado estadual por Minas Gerais, Cabo Júlio (PMDB), perdeu o emprego pelo comentário absurdo. O pai, cabo da Polícia Militar, condenado em segunda instância por improbidade administrativa a 10 anos de inelegibilidade, é conhecido pelos rompantes, o mais recente por ter chamado a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) de “vaca” em sessão plenária.

Outro que fez questão de proferir sua opinião foi o deputado federal Major Olímpio (SD-SP), que no Facebook desafiou os presos do Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio de Janeiro, a cometer massacres que superassem os do Amazonas e Roraima. O deputado, major da Polícia Militar, escreveu: “Placar dos presídios: Manaus 56 x 30 Roraima. Vamos lá, Bangu! Vocês podem fazer melhor!” Em qualquer país sério do mundo, Major Olímpio perderia seu mandato por quebra do decoro parlamentar e ainda seria processado por incitação ao ódio e à violência - mas não aqui neste canto acanhado do mundo.

O Major Olímpio segue a tradição do pensamento de ultradireita que vem prevalecendo no Congresso Nacional. Em 17 de abril do ano passado, ao declarar seu voto favorável à admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o deputado federal e ex-capitão do Exército, Jair Bolsonaro, homenageou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, notório torturador da época da ditadura militar. Apesar de a tortura ser considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como crime contra a humanidade, somente em junho, dois meses depois do episódio, e após pressão da sociedade, a Câmara dos Deputados resolveu abrir processo no Conselho de Ética contra Bolsonaro, e até hoje o caso se arrasta. Em maio de 1999, o deputado, em entrevista à televisão, já havia dito claramente ser favorável à tortura e à guerra civil como única solução para os problemas do Brasil.

Major Olímpio, dono de 179 mil votos, justificou seu ponto de vista no Facebook afirmando que seu papel de legislador é “manifestar o pensamento da sociedade”: “Antes eles se matem sozinhos do que matem a população”. A grande tragédia é que o Major Olímpio está certo. Ele, Bruno Júlio e Bolsonaro, o deputado mais votado do Rio de Janeiro com 464 mil votos, realmente representam o pensamento médio da população. Uma pesquisa, realizada em outubro de 2011 pelo Ibope para a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), mostrava que 46% dos brasileiros era favorável à pena de morte, 79% defendiam penas mais rigorosas para os criminosos e 86% pediam a diminuição da idade penal. Em outra pesquisa, no ano passado, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a Datafolha revela que 57% dos entrevistados concorda com a frase “bandido bom é bandido morto”.

O Brasil vem se tornando dia a dia mais e mais um país fascista. Ao invés de lutarmos pela construção de prédios escolares decentes, reivindicamos presídios; no lugar de exigirmos um sistema educacional de qualidade, pedimos mais policiamento; ao invés de ruas seguras, aspiramos condomínios invioláveis. Mas, vale a pena lembrar, pelas palavras do poeta Affonso Romano de Sant’Anna: “Uma coisa é um país / outra um ajuntamento. // Uma coisa é um país / outra um regimento. // Uma coisa é um país / outra o confinamento”.

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Facções - charge do Duke

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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Cristiano Ronaldo é eleito o melhor do mundo pela quarta vez

Em evento tradicional realizado nesta segunda-feira (09) pela FIFA, em Zurique, na Suíça, Cristiano Ronaldo recebeu o prêmio "The Best" como melhor jogador de futebol do ano de 2016. O atacante do Real Madrid concorria com Lionel Messi, do Barcelona, e Antoine Grizmann, do Atlético de Madrid, e levou o troféu pela quarta vez em sua carreira. Assista logo abaixo, alguns golaços selecionados dentre os 55 marcados na impecável temporada realizada pelo craque português.
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Prêmio Puskás: Marlone do Corinthians perde para jogador malaio

O resultado da eleição para o Prêmio Puskás promovida pela FIFA revelou nesta segunda-feira (09), o jogador malaio Mohd Faiz Subri como o grande vencedor do gol mais bonito do ano de 2016. Mohd superou Marlone do Corinthians, que gerou grande expectativa como candidato a levar o troféu concorrendo com o golaço que marcou contra o Cobresal pela Copa Libertadores.
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segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Cinema e TV: os vencedores do Globo de Ouro 2017


Na noite deste domingo (08), Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood divulgou os vencedores do 74ª Globo de Ouro, premiação anual que celebra os melhores do Cinema e TV. O musical La La Land, venceu todas as 7 categorias em que concorria, e se tornou o filme que mais ganhou estatuetas em uma única noite na história do Globo de Ouro. Confira abaixo, a lista completa dos vencedores desde ano. 
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domingo, 8 de janeiro de 2017

'Ignorância agressiva já é amplamente dominante na cultura brasileira'


Por Lenio Streck - A cultura dos néscios já é dominante em Pindorama. De há muito! Um néscio é um ser humano tolo, alienado, que nem sabe que não sabe das coisas do mundo. Mas paradoxalmente tem a mais absoluta certeza que sabe de tudo. Ele está em todos os lugares: na academia falando mal dos políticos e dizendo que já não aguenta pagar tanto imposto; nos rádios dando opinião sobre segurança pública, dizendo que tem de matar todo mundo; o néscio sempre é radical; finge-se sempre de ultraliberal; quando pode, diz que no tempo dos militares era melhor.



Enfim, um néscio...é um néscio. Ah: ele também está nos elevadores. O néscio não suporta o silêncio. Tem de falar algo. Cuidado com ele. No direito, o néscio (ou a néscia, se assim quiserem no politicamente correto) tem um discurso pronto: direito é bom senso! Direito é uma coisa simples!

Parem de teorizar! Na prática, a teoria é outra: eis a frase chave do imaginário néscio!

O que os filósofos diriam dos néscios? Como responderiam, por exemplo, à pergunta “por que um néscio somente perde a timidez escondido nas redes sociais (ou redes nesciais”?” Por que a internet é o locus privilegiado dos néscios? Por que o Direito capturou tantos néscios (e néscias)?

Néscio

Vamos às respostas dos filósofos:

Parmênides: tudo permanece (inclusive os néscios); Platão: os néscios fazem parte do mundo sensível. Jamais alcançarão o suprassensível. Por isso, para eles, as sombras são a realidade. Não sairão jamais da caverna.

Gorgias de Leôncio, o sofista mais famoso: um néscio é incognoscível e, se for cognoscível, é impossível contar para o vizinho;

Santo Agostinho: toma [algum livro] e lê (a frase é autoexplicativa).

Guilherme de Ockham: não há néscios universais; apenas néscios singulares;

Maquiavel: atrás de um néscio sempre surge outro. Não deixe nenhum perto de você.

Heidegger: faz parte do modo próprio de ser no mundo o néscio ser assim; há uma pré-compreensão que funciona como um “adiantamento de sentido”: o sentido de quem é néscio sempre chega antes.

Descartes: néscios não possuem cogito, por isso, não existem.

Kant: não existe um néscio em si.

Hegel: Deutschland ist kein Staat mehr (a Alemanha não é mais um Estado, disse Hegel [de verdade] apavorado com o número de néscios na Alemanha).

Wittgenstein (do Tractatus): se os limites da linguagem são os limites do mundo, néscios possuem apenas um “mundinho”.

Marx: néscios são o lúmpen; não falo deles; com eles não há revolução.

Gadamer: sempre sobra algo no ato de interpretar, mas o néscio deixa passar tudo;

Dworkin: a raposa sabe muitas coisas, o ouriço sabe uma grande coisa, mas o néscio não sabe nenhuma coisa.



E há uma frase famosa atribuída a Martin Luther King: não me preocupa o barulho feito pelos néscios; o que me inquieta é o silêncio dos não-néscios (dos anti-néscios).

Contemporaneamente, os néscios vêm assumindo lugar de destaque em outros campos. Estão na música, iluminando-nos com sertanejo universitário (ou algo do gênero ou espécie).

Frequentam demais os programas de debates esportivos. Frases idiotas ou palavras sem sentido são transformados em hits, como “bora” (ou algo tão néscio quanto). Notícias bizarras ocupam o espaço na mente do néscio de forma privilegiada.

Os jargões preferidos dos néscios são: “chega de filosofar”; “o mundo deve ser descomplicado”; “parem com essa discussão inútil: vamos ser práticos”...!

Só que o problema da prática é que ela tem a capacidade de anestesiar, de naturalizar, de embrutecer.
Como diz Heidegger, não há nada mais distante de nós, na cotidianidade, do que nossos óculos.

O néscio fica preso na cotidianidade, no dia a dia, perde o referencial crítico e se torna presa fácil para o reducionismo e a simplificação.

Desde já, advirto que toda solução simples para questões complexas é um engodo. E toda postura de se contentar com respostas prontas e reducionismos revela falta de senso crítico.

Uma existência autêntica é feita de esforço, leitura e abertura. A suspensão dos prejuízos (no sentido gadameriano de conceitos prévios sobre algo) é o que possibilita a ampliação de horizontes.

Viver com autenticidade requer reflexão. Fuja dos néscios. Não seja um deles.

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