terça-feira, 9 de setembro de 2014

Delação premiada, notícias na imprensa e Nota oficial da PF esquentam a campanha presidencial

Em Nota à imprensa neste fim de semana, a Polícia Federal (PF) informou que foi instaurado inquérito em Curitiba-PR, para apurar suposto vazamento de informações protegidas por segredo de justiça. Essas informações, diz a Nota, estão contidas no depoimento do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
Preso na Operação Lava Jato desencadeada pela PF da capital paranaense, por suspeitas de envolvimento com esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propinas em contratos da estatal com diversas empresas, Costa optou pelo benefício da "Delação premiada". E, de acordo com uma reportagem da última edição da revista "Veja", o ex-diretor revelou vários nomes de parlamentares, além de ministro, ex-ministro, governadores, que estariam envolvidos no esquema de corrupção instalado na Petrobras.

Segundo a revista, Paulo Roberto Costa cita também o nome ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em um acidente aéreo quando em campanha para presidente. E como todos sabem, depois da tragédia assumiu a candidatura a candidata do PSB vice na sua chapa, Marina Silva.

Todavia, segundo a Nota da PF, as investigações da citada operação prosseguem normalmente na superintendência da PF no Paraná. Certamente com mais amplitude diante de novas denúncias a serem devidamente comprovadas. Agora, fato é que as afirmações de Paulo Roberto Costa lançando mão da tal "Delação premiada", descritas na revista, afeta diretamente a campanha dos candidatos à presidente da República. Principalmente para Dilma e Marina.

Porém, esta nova realidade com a qual o candidato Aécio Neves (PSDB) julga tirar proveito na campanha, para reverter sua posição perdida para Marina Silva, pode não acontecer. Certo é que as revelações do ex-diretor da Petrobras publicadas na referida reportagem, já estão mexendo nas estratégias de campanhas dos três candidatos. Deverão surgir os depoimentos dos acusados mudando o norte da campanha. Candidatos presidenciáveis deverão reavaliar constantemente suas estratégias daqui pra frente. Todo esse emaranhado irá confundir, mais do que esclarecer a opinião pública.

Por exemplo, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que renuncia ao cargo se for comprovada sua vinculação com Costa e o doleiro Alberto Youseef, ambos presos na Operação Lava Jato. "A forma como foi vazada a delação tem caráter político muito forte. Se tem vários nomes e só falam alguns, tem alguma coisa errada" diz o senador, de acordo com matéria publicada na IstoÉ.

A  presidente candidata à reeleição, Dilma Roussef, em entrevista ao Estadão afirmou que seus adversários "não podem esquecer seus telhados". Referindo-se ao que aconteceu no passado, com o acidente da plataforma P-36 da Petrobras causando um prejuízo enorme ao Estado. Assunto que caiu no esquecimento e ninguém foi punido.

Até que surjam novos fatos, as revelações de Costa devem esquentar os debates e acusações mutuas entre os candidatos. Mesmo que ainda não comprovadas. Segundo informações da EBC, o ministro da justiça, José Eduardo Cardozo, promete investigar vazamento de delação premiada na revista Veja

Clique aqui para ver a íntegra da Nota da Polícia federal, e aqui para ler a opinião do colunista da Folha, Janio de Freitas sobre Delação premiada.

Imagem: reprodução/Foto: Steferson Faria/Petrobras/divulgação

RSS/Feed: Receba automaticamente todas os artigos deste blog.
Clique aqui para assinar nosso feed. O serviço é totalmente gratuito.

0 comments:

Postar um comentário

Seu comentário é muito importante para agregar valor à matéria. Obrigado.

Arquivos

Site Meter

  ©Blog do Guara | Licença Creative Commons 3.0 | Template exclusivo Dicas Blogger