Uso de máscaras indicava que a ação seria violenta, diz ex-Abin sobre 8 de janeiro
Por Camila Bezerra, no GGN: Após o recesso parlamentar, a CPMI dos Atos Golpistas retomou as atividades nesta terça-feira (1º) com o depoimento de Saulo Moura da Cunha, ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Cunha disse que alertou o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sobre os riscos às sedes dos Três Poderes uma hora antes da invasão dos prédios por bolsonaristas.
O ex-diretor afirmou que a informação sobre a intenção dos vândalos em destruir espaços públicos chegou a ela às 13h e, meia hora depois, foi repassada a Dias. Já as invasões tiveram início às 14h45.
"No momento em que a marcha saiu, eu recebo a ligação de um colega responsável pela segurança - não vou falar o nome dele aqui, mas depois - responsável pela segurança de um dos órgãos dos Três Poderes, muito preocupado, e divido com ele, nesse primeiro momento, as nossas preocupações. E ele, inclusive, me pede para falar com o general G. Dias, e eu passo o contato do general G. Dias. E ligo para o general G. Dias por volta de 13h30", afirmou o depoente.
Movimentações
Cunha comentou ainda que ele e Dias estavam de olho nas movimentações dos golpistas, tendo em vista os 105 ônibus que estavam em Brasília. "Acho que vamos ter problemas", teria afirmado o ex-ministro, pelo WhatsApp.
O fato de, ainda pela manhã, os manifestantes estarem cobrindo os rostos com máscaras já era um indício deque a ação seria violenta.
"Por volta de 13h30, eu falo com o ministro e passo essa minha preocupação aí já havia por parte, pelo menos da Abin, uma certa convicção deque nós poderíamos ter atos extremistas e não seria apenas uma passeata pacífica", afirmou o ex-diretor da Abin.
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