sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Política: Cunha admite ter financiado 60 deputados antes de presidir a Câmara e derrubar a Dilma


Folha de S. Paulo e Intercept Brasil publicaram nesta quinta (26) uma reportagem sobre a delação premiada de Eduardo Cunha, que foi rejeitada por um grupo de procuradores da Lava Jato em mais de um Estado. Segundo a matéria, Cunha admitiu em sua proposta de delação que financiou, em 2014, a campanha de 60 deputados federais.
Com isso, [Eduardo Cunha]obteve apoio para presidir a Câmara no segundo mandato de Dilma Rousseff e, depois, levou essa bancada do baixo-clero para a raia de Michel Temer, quando o impeachment da petista entrou em marcha. 

Além dos mais de R$ 140 milhões distribuídos aos 60 deputados, Cunha teria citado outros políticos e um total arrecadado de R$ 270 milhões, entre doações oficiais e caixa 2 (70% da verba). Ele afirmou que o dinheiro vinha de grandes empresas como JBS, bancos privados, Odebrecht, montadoras, empresas de ônibus e outras companhias interessadas na sua influência no Parlamento. 

"Cunha entregou sua proposta de delação a procuradores em meados de 2017, mas seus relatos foram considerados pelos investigadores superficiais demais, e não houve acordo", afirmou Folha. A reportagem, dessa vez, não divulgou diálogos dos procuradores.  

Apenas lembrou que, em mensagem de Sergio Moro para Deltan Dallagnol, o então juiz deixou claro que "era contra" a delação de Cunha e que esperava que as notícias sobre a negociação com o Ministério Público não passavam de "rumores". 

Na delação, Cunha ainda afirmou que cresceu na política quando passou a atuar para o grupo de Garotinho, no Rio de Janeiro. E que conseguiu "crédito ilimitado" com Joesley Batista, da JBS, porque teria convencido Michel Temer a nomear Henrique Meirelles para o Ministério da Fazenda, após o impeachment. 

Os citados na delação afirmam que Cunha mente e implica adversários políticos por ressentimento.  

O grupo de procuradores que rejeitou a delação inclui membros do MP Federal no Paraná, DF, Rio, Rio Grande do Norte e da Procuradoria-Geral da República. 

Cunha está preso e é condenado em ações penais em Curitiba e Brasília. Sua esposa, Cláudia Cruz, foi poupada por Sergio Moro, apesar de ter usado do dinheiro do marido para viagens e compras de luxo no exterior. 

Fonte: Jornal GGN
Imagem: reprodução/Foto: Agência Brasil

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