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domingo, 29 de maio de 2016

Política - “Temer vai ter de se ajoelhar para Eduardo Cunha”, diz Dilma à Folha

Por Fernando Brito, no Tijolaço, em 28/05/16 -Não vai esperar até amanhã e vão surgir 10 mil declarações de revolta. A verdade dói e gritam quando dói. E Dilma foi – vou ser gentil – na canela de Temer da  entrevista que deu a Monica Bergamo, na Folha. “Podem falar o que quiserem: o Eduardo Cunha é a pessoa central do governo Temer. Isso ficou claríssimo agora, com a indicação do André Moura [deputado ligado a Cunha e líder do governo Temer na Câmara]. Cunha não só manda: ele é o governo Temer. E não há governo possível nos termos do Eduardo Cunha. Vão ter de se ajoelhar.”

Depois do impeachment
Dilma aponta Cunha como o grande responsável pelas dificuldades de seu governo, pela pressão que exerceu com o controle do Legislativo, sobretudo depois que passou a ser alvo da Lava Jato:

Todas as tentativas que fizemos de enviar reformas para o Congresso foram obstaculizadas, tanto pela oposição quanto por uma parte do centro politico, este liderado pelo senhor Eduardo Cunha. Pior: propuseram as “pautas-bomba”, com gastos de R$ 160 bilhões. O que estava por trás disso? A criação de um ambiente de impasse, propício ao impeachment. Cada vez que a Lava Jato chegava perto do senhor Eduardo Cunha, ele tomava uma atitude contra o governo. A tese dele era a de que tínhamos que obstruir a Justiça.

Obstrução que, para ela, está no centro da conspiração que as fitas gravadas pelo ex-diretor da Transpetro, Sérgio Machado, fez conversando com Romero Jucá, Renan Calheiros e José Sarney:

Eu li os três [diálogos]. Eles mostram que a causa real para o meu impeachment era a tentativa de obstrução da Operação Lava Jato por parte de quem achava que, sem mudar o governo, a “sangria” continuaria. A “sangria” é uma citação literal do senador Romero Jucá.Outro dos grampeados diz que eu deixava as coisas [investigações]correrem. As conversas provam o que sistematicamente falamos: jamais interferimos na Lava Jato. E aqueles que quiseram o impeachment tinham esse objetivo. Não sou eu que digo. Eles próprios dizem.

Dilma, segundo a repórter, está bem disposta, aguerrida e confiante. Tanto que fala em chegar a 30 votos na decisão final do Senado. O desnudamento das entranhas do golpe veio mais rápido do que ela poderia imaginar no melhor dos seus sonhos.

Aguardem as reações histéricas à sua entrevista.

Está evidente que os dois lados têm acesso a pesquisas de opinião que, até agora, estão sendo sonegadas ao grande público.

Mas que vão aparecer.

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PS do Blog do Guara: Como pode o cidadão comum, minimamente informado sobre a politica atual brasileira, conceber que o presidente da Câmara dos deputados afastado de suas funções públicas pelo Supremo Tribunal Federal por crimes diversos, dentre eles o de corrupção ativa, continuar a exercê-las impunemente com a maior desenvoltura e desfaçatez? Esta chancela da última instância de justiça do país não vale nada!? Pobre sistema judiciário brasileiro, que seletivamente prevalece com rigor para alguns e para outros não tem valor nenhum...

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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

De Leonel Brizola para Temer: “a política ama a traição e abomina o traidor”

Por Fernando Brito, em seu Blog – “O vice-presidente Michel Temer conseguiu, pela primeira vez, tornar-se um assunto nacional.
Mais, uma unanimidade nacional.
Virou deboche nas redes sociais e está levando “lições de moral” até de Leonardo Picciani, que perto dele é um guri na política.


A ambição, sempre contida em sua expressão fria, o engoliu.

E foi-lhe impiedosa.

Revelou-se, abaixo da máscara “institucional” o reles cúmplice não apenas do golpismo, mas de um golpismo que progride apenas porque pode salvar um marginal como Eduardo Cunha das consequências das suas flagradas falcatruas.

Todo golpe é um crime contra a democracia.

O que está em curso, porém, não é apenas uma ofensa à Constituição.
É, por ter como seu componente e combustível a “salvação” de Eduardo Cunha, um atentado ao Código Penal.

É ao ladrão vulgar Cunha que a fome de poder de Temer o faz comer no prato.
Resta saber se o fez por baixeza própria ou por ordem do moribundo presidente da Câmara, de quem se revela um agente político.

Toda a sua pose, toda a sua empáfia, todo a sua auto-atribuída grandeza estão assim: viraram escárnio público.

Dos pagos celestiais onde se encontre, Leonel Brizola está repetindo a sua frase: “a política ama a traição, mas abomina o traidor”.

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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Política - O covil do impeachment


Por Fernando Brito, no Tijolaço – "Logo depois do voto do homem acusado no STF de embolsar dinheiro do Fisco. Augusto Nardes, a oposição reuniu-se na casa do homem acusado de receber propinas nos negócios da Petrobras e de manter dinheiro ilegal em constas na Suíça, Eduardo Cunha.


Entre os convivas um dos mais ilustres, quem sabe, , o líder do DEM, Agripino Maia, objeto de um (não, de dois!) inquéritos por corrupção no Supremo.

O motivo? Debater como, com o voto de um e com as manobras regimentais de outros, derrubar-se-á do governo uma presidente que não tem, contra si, qualquer acusação de corrupção.

Para isso, contam com os votos garantidos  de boa parte dos deputados (do PP, sobretudo) sob cujo apoio Paulo Roberto Costa montou a sua “base de apoio” na Petrobras na diretoria de Abastecimento, como Cunha a montou na Internacional.

Que, afinal, faz tempo que foram se bandeando para a oposição, porque a “acusada” demitiu Costas e Ceverós.

Esse é o resumo sem retoques do que está se passando hoje.

Então, com o apoio da mídia moralizadora, aqueles homens da moral assumirão o poder e o exercerão segundo os preceitos morais que já demonstraram.

Bom enredo para um romance, uma obra de ficção.

Para um país de verdade, do tamanho do nosso, uma ópera bufa ou, dependendo do seu desfecho, uma tragédia."

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Via: Conversa Afiada

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sábado, 12 de setembro de 2015

Os “revoltados” da sonegação. R$ 150 bilhões em um só ano


Por: Fernando Brito, no TIJOLAÇO – “O Estadão dá, agora à noite, manchete sobre a “polêmica” causada (segundo o jornal) entre os advogados tributários pela tardia decisão da receita Federal de apressar a cobrança de impostos devidos por 400 grandes contribuintes e que somariam R$ 20 bilhões.
Pela média, uma dívida de R$ 50 milhões “por cabeça”, com média de três a cinco anos, com recursos já recusados.


Há dias, este Tijolaço foi um dos poucos lugares onde se noticiou a mudança no critério de fiscalização de impostos, inclusive com meu hilário exemplo pessoal, de ter tomado tempo e dinheiro do Fisco com uma autuação – que levou quatro anos para ser revista, porque errada – que somava  fantásticos seis centavos, ou 11 centavos, com multa e juros de mora.

Alegam que a Receita “atropelou” as defesas dos grandes contribuintes.

Compare o querido amiga e a distinta leitora o tratamento que tem o cidadão comum pelo “Leão” nas famosas “malhas finas”.

Sem contar que o grande contribuinte não tem a menor dificuldade de impugnar judicialmente a cobrança, coisa que para nós, mortais, é inviável, porque mesmo diante de uma cobrança que consideramos injusta, temos de pensar 100 vezes antes de decidir gastar com advogado mais do que está sendo cobrado.

Dá-se, então, um caso como o da autuação do Itaú em “apenas” R$ 18,7 bilhões em agosto de 2013, algo que chega hoje (se é que o valor divulgado refere-se à data da notícia, e não data anterior) a R$ 23,3 bilhões, corrigido pela Selic, que indexa dívidas tributárias.
Reparem a desproporção e o tamanho da sonegação fiscal – e só daquela que é “pega” – no Brasil: só no primeiro semestre deste ano foram apurados R$ 75 bilhões em fuga de impostos, quase R$ 22 bilhões a mais que um ano antes. “Apesar da crise”, é claro, que fez se reduzir, em termos reais, o recolhimento de impostos.

Deste valor, informou também o Estadão, “75% referem-se a grandes contribuintes, com receita bruta superior a R$ 150 milhões”.

Quer dizer, R$ 56 bilhões devidos por gente de alta, altíssima bufunfa no bolso.
Se apenas isso, apenas isso, se repetir no segundo semestre, temos R$ 112 bilhões, suficiente para fazer os “sonhados” 0,7% do PIB de superavit fiscal para 2016 ( R$ 43,8 bilhões) não apenas serem alcançados mas dobrados e quase triplicados.

E, como as fiscalizações estão, na maioria, ainda em curso, em meio a análise, o valor mais do que dobrará.

Ano passado, foram R$ 151 bilhões em autuações, registram os dados oficiais da Receita.
R$ 144 bilhões lançados sobre  14.298 pessoas jurídicas. E R$ 7 bilhões lançados sobre  351.534 pessoas físicas. E olhem que destes R$ 7 bilhões, quase um terço (R$ 2,1 bi) foram sobre  proprietários ou dirigentes de empresas, que deixaram de pagar sobre, principalmente, venda ou permuta de ações ou cotas de participação societária.

A sonegação – repito, a que é detectada e objeto de autuação fiscal – atinge estes valores monstruosos, mas não chama a atenção de nossa imprensa, que sai em defesa do “contribuinte”, usando a multidão de pessoas que, por erro ou desencontro numa despesa médica irrisória cai na “malha fina” como colchão para a grossa fuga de impostos que não está, de forma alguma, no pequeno contribuinte.

Um ralo que toma do dinheiro público, em uma semana, mais do que a ladroeira dos Youssefs e Paulo Roberto Costa em anos e anos de safadezas.

Sem Moro, sem “moralistas de plantão”, sem Fábio Júnior, sem Revoltados Online, sem editoriais.”


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sábado, 11 de julho de 2015

Será que Dilma mostrará à direita as contas de sua súbita bondade?

Por Fernando Brito, em seu blog – “Tomara que estejam certos os repórteres Max Leone e Marco Aurélio Reis, de O Dia, que anunciam que Dilma vai propor uma alternativa para viabilizar o aumento de aposentados com os mesmos índices de reajuste dados ao salário mínimo: a taxação de grandes fortunas.

Demorou, como diz a rapaziada aqui no Rio.



Porque é preciso colocar a direita brasileira, que hoje distribui prodigamente os aumentos salariais e benefício que jamais deram ao povo brasileiro com o claro intuito de inviabilizar as contas do Governo, aquelas que enchem a boca para dizer que têm de ser superavitárias.

Dizem os repórteres que  o reajuste dos benefícios estaria condicional à aprovação “do  PLC 130/2012 (que) prevê alíquotas de 0,5% a 1% que incidiriam sobre fortunas acima de US$ 1 milhão (R$ 3,4 milhões)”.

Isso renderia, segundo as contas do jornal, uma arrecadação extra “de R$6 bi a R$10 bilhões”, proveniente de 200 mil contribuintes. Ou 0,1% dos brasileiros, se tomarmos como base a população.

Já estava na hora de fazer voltar sobre eles a festança parlamentar o discurso que gostam de citar sempre, de que “não há almoço grátis”.

Se é preciso melhorar aposentadorias e  vencimentos de carreiras do funcionalismo – dos salários eles não acham isso, porque o empresário tem de pagar – é preciso melhorar a arrecadação sobre quem tem para dar.

A carga tributária sobre as empresas tem a desvantagem de ir parar sempre sobre quem consome os produtos e serviços que elas fabricam ou prestam. Portanto, sobre o consumidor, não importa se rico, de classe média ou pobre.

Será que alguém vai desistir de ter R$ 5 milhões em títulos que rendem 1,07% num mês porque terá de pagar 0,5% ao ano de imposto?

E olhe lá, porque  provável  é que um Imposto sobre Grandes Fortunas, na difícil  – mas possível – hipótese de ser aprovado vai ter inúmeras deduções e uma espécia de “parcela a deduzir”, calculando-se apenas sobre o excedente a ela…

Além do mais, sem grandes danos à arrecadação, pode-se reduzir o impacto  permitindo que se abata do limite o valor parte de um único imóvel de residência até uma quantia estabelecida, se este não for gerador de renda.

Quem sabe, junto, venha alguma decisão de  fazer os donos de jatinhos e iates pagarem algum imposto sobre seus brinquedos, assim como eu pago sobre a miniatura chinesa  de quatro rodinhas que me carrega?

E um ajustamento para os impostos existentes sobre herança, a maioria hoje em 4%, que são pesados para os pequenos mas, comparados com o restante do mundo, muito pequenos para os grandes herdeiros. Quem quiser entender como é diferente em outros países, veja aqui como é diferenciado (e muito mais pesado) para os maiores herdeiros nos Estados Unidos, o céu do dinheiro.

Vamos ver como suas excelências se comportam na hora de ter de votar sobre como pagar a conta das bondades.


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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Por que Mariel é “um golaço” na Cuba sem embargo comercial?


 - A jornalista Patrícia Campos Melo, especialista em assuntos internacionais, escreve na Folha um artigo sobre o “golaço” marcado pelo Brasil ao financiar a construção do Porto de Mariel em Cuba, sobretudo agora que os Estados Unidos reataram relações diplomáticas com a ilha e, ao que tudo indica, o embargo comercial de 52 anos está por cair.



Foi o que bastou para uma legião de comentaristas “coxinhas” começarem a xingar e ofender a colunista.

De fato, parecem ser tão pouco inteligentes que não conseguem enxergar o óbvio.

Então, com a paciência que devemos ter com este pessoal, vamos explicar.

A primeira vantagem – além de termos gerado encomendas ao Brasil maiores que o valor financiado –  é que, com o provável fim do embargo, fica mais sólida a estrutura de financiamento, organizada na base do “project finance”, onde a receita do empreendimento é que paga o dinheiro nele investido. Isso dá mais liquidez aos recebimentos e torna, na prática, o financiador um “sócio” das receitas operacionais.
Mas este é o “de menos”.

Mariel é uma zona econômica especial em Cuba, onde se permite até 100% de capital estrangeiro nas empresas. Com a normalização das relações comerciais, será uma “plataforma de exportação” de manufaturados e de semi-manufaturados para os EUA.

Mariel fica a menos de 200 km da costa da Flórida.

É preciso falar das vantagens que terá sobre outras zonas de processamento de exportação hoje usadas pelos EUA, como a de Colón, no Panamá, que fica a 1.800 quilômetros de Miami? Outra plataforma logística, a Península de Yucatán, no México, fica a 900 quilômetros…E Barranquilla, zona especial da Colômbia, com as curvas necessárias para contornar a própria Cuba, a uns 2.500 km.

Dá para entender também que o Brasil tem seu porto mais próximo da costa oeste em Itaqui?  Bagatela de 5 mil quilômetros…

É possível entender que Mariel tem tudo para funcionar tanto  como um hub para conexões com portos do Golfo do México e da costa oeste americana, tanto para grãos e minérios quanto para peças e partes para montagem local?

Não é, claro, a vantagem de carregar/descarregar/carregar ou montar por lá. É reduzir custo e aumentar vendas, por ganhos de competitividade.

Será que agora eles vão entender que o diretor internacional da Fiesp, Thomaz Zanotto, no video que posto abaixo,  não defende o financiamento brasileiro ao porto por ser comunista ou “bolivariano”.
Mas talvez seja demais para os “lobetes”.



Fonte: Tijolaço

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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Maior que Libra, cessão onerosa é só da Petrobras. É o horror para o mercado

Fernando Brito, no Tijolaço

- Em plena Copa, uma notícia passa sem o impacto que deveria ter na mídia. Talvez porque seja uma das melhores notícias que se pudesse dar. Como este blog havia informado
em novembro do ano passado, o Governo entregou à Petrobrás, como estava autorizado pelas leis que aprovaram o regime de partilha, aprovadas no final do Governo Lula, quatro das seis áreas de cessão onerosa utilizadas como garantia no processo de capitalização da empresa.



Concentradas no campo de Franco, agora chamado de Búzios, tem entre 10 e 14 bilhões de barris de petróleo recuperáveis, quase o mesmo que as reservas provadas do nosso país.

Algo como 25% mais do que Libra, o maior campo de petróleo descoberto no mundo neste milênio.

Além de Búzios, foram entregues as áreas do entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi, que provavelmente serão  unitizados (reunidos, em linguagem do setor) em uma só área de exploração.

Fora as receitas de impostos, só de lucro líquido para o país – que fica com três quartos do lucro, cabendo um quarto à Petrobras – o campo renderá à educação é a saúde brasileiras algo como 700 bilhões de reais, a preços de hoje.

É uma área capaz de, ao longo de 30 anos de produção, permitir uma extração média de 1,3 milhão de barris diários, ou metade do que tudo o que é produzido hoje no país.

E, curiosamente, a reação do mercado, na negociação das ações da Petrobras, derrubou o valor dos papéis da empresa.

É que isso irá, nos próximos anos, fazer a Petrobras ter de investir – e quase tudo dentro do Brasil – cerca de R$ 500 bilhões.

Ou, para os que gostam de comparações, 20 vezes tudo o que se chama de “gastos” com a Copa. Ou 120 vezes o valor dos empréstimos do BNDES para a construção de estádios.

São pelo menos 20 navios-plataforma, dezenas de sondas, centenas de barcos de apoio e instalações em terra.

Uma imensa máquina de distribuir receita, impostos, indústrias e serviços da cadeia de suprimento necessária.

Aos que estranharam a posição deste blog quando se tratou de leiloar o campo de Libra, à procura de parceiros capazes de injetar capital na exploração do campo de Libra, aí está a resposta do porque.

Era preciso “guardar” a capacidade da Petrobras de explorar estes campos ainda maiores.
E fazê-lo de forma a proteger o patrimônio nacional das tentativas, que não terminam, de entregar essa riqueza ao capital estrangeiro.

No final de 2016, início de 2017, Búzios produzirá seu primeiro óleo comercial e, nos dois anos seguintes, sua produção vai começar a pagar parte deste volume de investimentos.

Em um período de sete ou oito anos depois disso, a extração alcançará o limite de 5 bilhões de barris contratados, em condições mais favoráveis à Petrobras, pois passam a vigir as regras mais pesadas acertadas hoje com o Governo.

Até lá, este dinheiro vai remunerar o crescimento da participação governamental no aumento de capital da empresa, o que tornou possível recuperar parte do pedaço da Petrobras entregue por Fernando Henrique Cardoso, ao vender suas ações na bolsa de Nova York.

Hoje, este assunto se resumirá em pequenas e ácidas matérias nas páginas de economia dos jornais.

Em 20 anos, talvez, meus netos aprendam nos livros de escola sobre esta segunda independência – a econômica – do Brasil.
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Leia também, do mesmo autor: Entreguistas gaguejam com megacampo da Petrobras. A ressureição da era “FHC” morreu de véspera.

VIA

(mais informação sobre o assunto: Fatos e Dados)


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terça-feira, 10 de junho de 2014

Não imagine na Copa, porque ela é uma realidade

Por Fernando Brito, no Tijolaço

Tomei um avião, hoje de manhã, do Rio para Brasilia.
Duas cidades-sede da Copa.
Tranquilidade completa.
O avião era da Azul, destes que tem TV a bordo.
Assisti, portanto, o esforço da Globo em tentar mostrar algum problema na estrutura de recepção aos estrangeiros.

Torcedora holandesa diante de sua barraca no "acampotel" em São Paulo
Nada, a não ser a greve do metrô de São Paulo, que espantou uma turista canadense.

Mas que rapidamente ficou satisfeitíssima com uma senhora, brasileira, que lhe ofereceu carona.

Durante anos você ouviu o “imagina na Copa” para figurar o desastre que seria o desempenho do Brasil como anfitrião.

Conversa fiada.

Charge do Duke - Publicada originalmente no jornal O Tempo 
Claro que pode ocorrer um problema aqui, outro ali, um assalto, coisas que se passam em qualquer parte do mundo.

Nosso país sofreu, por parte de uma mídia e uma elitezinha subdesenvolvida mentalmente, uma campanha indescritível de desmoralização.

A história dos gastos públicos é igual.

Recomendo a leitura do post de Rodrigo Vianna, onde um colunista esportivo dizia que não se justificava combater a ideia de uma Copa no Brasil com “o velho argumento de que é melhor construir escolas e hospitais é falso”.

Dizia isso, claro, nos anos 80.

A melhor história  do dia, para mim, é a da “desorganização padrão Fifa” da Seleção Inglesa, que esqueceu um jogador no hotel.

E a melhor imagem é a da torcedora holandesa, feliz da vida diante de sua barraca do “acampotel” montado para torcedores de seu país num clube de funcionários da Eletropaulo, perto da Represa de Guarapiranga, uma tradição da torcida laranja.

Barracas de plástico e camas de pinho!

Imagina na Copa!

Depois reclamam do Lula ter falado em babaquice…


Imagem: reprodução/Tijolaço
VIA

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