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terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Milei culpa investidores por fraude das criptomoedas que ele promoveu: 'Roleta russa'

O presidente Javier Milei falou pela primeira vez em uma entrevista, após o escândalo de criptomoedas que o presidente causou após promover o token $LIBRA, que teve uma ascensão meteórica e posterior queda, deixando milhões em perdas para os investidores. Ele se referiu aos investidores que compraram a criptomoeda disseminada pelo presidente: "É como de alguém jogasse roleta russa e a bala disparasse", disse ele. 

www.seuguara.com.br/Javier Milei/entrevista/criptomoedas/

Em conversa veiculada no canal TN, o presidente foi bem duro com quem adquiriu o token $LIBRA e perdeu muito dinheiro na queda frenética da cripto: "Se você vai ao cassino, que respostas você quer se você foi ao cassino. Quem entrou nesse mercado é um tipo hipersofisticado." El acrescentou: "Ou você acha que qualquer um pode negociar aqui?".


Uma versão não editada da entrevista vazou e circula nas redes sociais, dando a entender que as perguntas foram completamente dirigidas e escolhidas pelos assessores de imprensa de Milei. O canal TN é do Grupo Clarín. que apoia o presidente.

Depois de tentar amenizar o caso e afirmar que não foram 44.000 contas que perderam com criptomoedas, mas sim "cerca de 5.000 pessoas, porque a maioria delas eram bots", ele comparou o mundo das criptomoedas ao acaso e disse sobre os investidores: "Eles são traders de volatilidade, eles sabiam o risco que estavam correndo."


Em um dos 100 processos sobre casos protocolados no judiciário argentino, porém, o presidente é o principal alvo de reclamação.

"Denunciamos que Milei faz parte de uma associação ilícita que organizou uma fraude com a criptomoeda $LIBRA, que afetou simultaneamente mais de 40 mil pessoas com perdas de mais de US$ 4 bilhões", afirmou em um comunicado o Observatório de Direito da Cidade, cujos advogados lideram uma das ações.


A denúncia inclui, entre outros, Julián Peh, CEO e cofundador da Kip Network e KIP Protocol - empresas que participaram da criação do $LIBRA -, e o presidente da Câmara dos Deputados, Martín Menem, que repostou a mensagem de Milei na sexta-feira no X.

Segundo o documento judicial, o fato de que "o presidente Milei e outros líderes de seu partido La Libertad Avanza promoveram o Token, conferiu legitimidade ao projeto para que milharers de investidores confiassem".

www.seuguara.com.br/Javier Milei/escândalo/criptomoedas/


Solicitada busca e apreensão na residência de Milei


A ação solicitou à Justiça a busca e apreensão na residência presidencial de Olivos e a apreensão de computadores, tablets e telefones celulares.

Na entrevista, Milei alegou que a maioria dos compradores de $LIBRA veio principalmente dos Estados Unidos e da China, e no máximo "cinco" contas da Argentina adquiriram a criptomoeda que o presidente promoveu e que levou ao maior escândalo de sua administração. 


Em entrevista à A24, o ministro da Economia, Luiz Caputo, foi uma das primeiras vozes oficiais a se referir ao criptogate e absolveu o chefe de Estado de toda responsabilidade. "Não foi um ato de governo, é algo que o presidente fez de sua conta pessoal. Não há fundos públicos." Ele acrescentou: "Não houve fraude, nem crime, nem corrupção". 

Na mesma linha, o responsável sublinhou que "não houve crime, houve erro do Presidente e ele agiu em conformidade. O assunto está encerrado. "Ele continuou sua defesa. "Ele espalhou um projeto que ele achava que era pró-Argentina, como ele frequentemente faz. Benefício pessoal está além de discussão. A honestidade do presidente não está em dúvida.


Entrevista direcionada pelo assessor do presidente


Vazou nas redes um vídeo não editado doo programa no qual o principal assessor de Milei, Santiago Caputo, interrompe o diálogo para evitar que o presidente continue falando diante do risco de se comprometer judicialmente.

Depois de ironizar as acusações de que o governo manipula entrevistas e combina previamente as perguntas, o jornalista Jonatan Viale questiona Milei: 

"Volto ao caso LIBRA para encerrar. A juíza que vai investigar é María Servini. O Estado vai fazer uma apresentação espontânea? Você vai se apresentar? O advogado do estado vais se apresentar?"

Diante da resposta de Milei, o jornalista insiste:

"É um tema no qual você participou como cidadão, além de como presidente, por isso estou perguntando", esclarece Viale, questinando mais uma vez sobre a participação de Milei no caso.

"É bom que você destaque que eu tuitei isso como cidadão, porque fiz isso a partir da minha conta pessoal", responde Milei.

Viale rebate.

"Tudo bem, mas você é o presidente".


A conversa continua com outra explicação de Milei.

"Minha conta é pessoal. Veja o que está escrito nela, pede Milei a Viale. Nesse momento, o jornalista deixa claro que sabe que a conta o descreve como "economista" e não como "presidente", mas insiste:

"Você é o presidente".


Diante da completa falta de argumento de Milei, o poderoso Santiago Caputo intervém e manda o jornalista refazer o questionamento. "Comece com a pergunta de novo", pode-se ouvir o assessor pedindo nos bastidores.

"Entendo. Percebo. Isso pode trazer problemas judiciais. Ok, onde estávamos?", diz Vale.

Milei então responde:

"Não sei. Pergunte de novo sobre o caso LIBRA".


Vídeo com trechos não editados vaza nas redes


Depois da entrevista com Jonatan Viale, o presidente argentino conversou com o entrevistador do grupo "Clarín" sobre os acertos firmados entre a assessoria de imprensa da Presidência e a empresa jornalística. Uma versão bruta dessa conversa que caiu na rede X, mostra o jogo combinado entre Milei e o jornalista.



Fonte: ICL/Notícias


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Milei, o vigarista azarado: uma juíza antifascista o espera. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, no DCM: A juíza federal argentina María Servino de Cubría cuidou, nos últimos anos, de processos sobre a investigação de mais de 40 desaparecidos políticos na ditadura argentina. Foi ela quem determinou a prisão domiciliar do ex-ministro da Marinha Emílio Massera e de outros militares acusados de terem roubado bebês filhos de desaparecidos que os generais assassinaram.

www.seuguara;com.br/María Servini/juíza federal/Argentina/Javier Milei/

Os jornais argentinos destacam dois detalhes: María Servini, que se dedica há muito tempo a enquadrar criminosos da ditadura, tem 88 anos. É uma magistrada declaradamente antifascista e foi peronista.

Pois ela é quem vai cuidar agora das ações contra a quadrilha do golpe da criptomoeda de Javier Milei, para azar do farsante que virou gângster. Todas as ações na área federal passarão por María Servini, escolhida por sorteio.

www.seuguara.com.br/Javier Milei/Argentina/criptomoeda/

O caso poderia ter caído na mão de um juiz da direita, na aparelhada Justiça argentina, e ser cuidado por um desses magistrados que participam de visitas e banquetes com gente poderosa, como acontece na Argentina e no Brasil.

Durante o governo de Mauricio Macri, pelo menos dois juízes foram flagrados frequentando a residência de Olivos. Ambos lidavam com processos contra o sujeito que se atirou da direita para os braços da extrema direita.


María Servini pode ajudar a enterrar Milei, mesmo que oi caso  leve anos na Justiça. Ela é quem vai dizer se ele cometeu os crimes pelos quais vem sendo acusado: associação criminosa, fraude e violação dos deveres de servidor público.

(Não consegui, em nenhuma reportagem dos jornais argentinos, nada que explique como uma magistrada de 88 anos continua em atividade e se o país tem limite de idade para juízes.)

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terça-feira, 14 de março de 2023

Messianismo e cambalacho: os casos de Bigode e Sheik explicam o que é o bolsonarismo. Por Luan Araújo

Por Luan Araújo, no DCM: A gente sabe que o bolsonarismo é uma seita que usa muitos termos e atitudes dogmáticos para angariar seguidores E estes seguidores, para tristeza de toda a sociedade e azar de alguns ingênuos, como aparentemente esclarecido meia Gustavo Scarpa, ex-jogador do Palmeiras e hoje no Nottingham Forest (ING) e o lateral Mayke, ainda palmeirense, que caíram em um golpe de uma empresa de pirâmide induzido pelo ex-colega de ambos Willian Bigode, hoje no Fluminense.

www.seuguara.com.br/Willian Bigode/Bolsonaro/cambalacho/bolsonarismo/

Willian, jogador de vida discreta, mas muito religioso, postou na véspera do dia do segundo turno das eleições uma foro com toda sua família vestida de verde e amarelo e pedindo votos para Jair Bolsonaro. Típico. Bolsonarista como ele, era o seu amigo e empresário Gabriel de Souza Nascimento, dono da Xland Holding Ltda, cuja orientação da WLJC, empresa de Willian, fez Scarpa e Mayke aplicarem 6 a 4 milhões de reais, respectivamente, em uma verdadeira furada.


A forma como os dois jogadores caíram no suposto esquema de criptomoedas é bem surreal e mostra como é fácil as pessoas caírem em promessas fáceis. E é bem típico do bolsonarismo, que apresentou em 2018 uma solução fácil para a política brasileira. 57 milhões de brasileiros caíram igual patos.


Quando percebeu que tinha caído numa cilada, Scarpa questionou Willian, que respondeu em um aplicativo de mensagens "Scarpinha, agora é orar, fazer o que eu sei". E é isso que o bolsonarismo fez com o Brasil nestes quatro anos. Vendeu uma ilusão para incautos para não entregar absolutamente nada em alguns casos e a barbárie na maioria dos outros. Resultou em explosão de feminicídios, estupros, mortes por arma de fogo e por Covid-19.


Marcel Siqueira, sócio de Willian na empresa se vende como "mentor financeiro" de atletas, coach e pastor. Você olha essa descrição e automaticamente já ficaria desconfiado? Meus parabéns, você não cairia em algum esquema desses. Se salvaria. Scarpa e Mayke não podem falar o mesmo. 


Mas não só de cambalachos messiânicos vivem os jogadores e ex-jogadores bolsonaristas. Na última sexta-feira (10), Emerson Sheik, com quem Willian Bigode coincidentemente formou dupla de ataque no Corinthians entre 2011 e 2012, foi denunciado pela Justiça do Rio de Janeiro por ter ajudado o bicheiro Bernardo Bello a lavar dinheiro.

Sheik ocultou os valores da venda de uma cobertura sua na Barra da Tijuca para ajudar seu amigo a lavar dinheiro oriundo de jogo do bicho e de máquinas caça-níqueis.


E o bolsonarismo, apoiado pela maioria dos jogadores de futebol de elite no Brasil, é mais ou menos isso mesmo. A venda de terreno na lua de uma maneira messiânica ou o cambalacho puro e simples. Mas sempre pensando só no interesse próprio.

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