Mostrando postagens com marcador Argentina. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Argentina. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Consulado orienta brasileiros que vão à final da Copa Libertadores na Argentina

Por Raphael Costa, no Metrópoles: Visando a decisão da Libertadores, no dia 30 de novembro, entre Botafogo e Atlético-MG, o Consulado-Geral do Brasil na Argentina elaborou uma cartilha para os torcedores que irão à Buenos Aires acompanhar a partida, que será disputada no estádio Monumental de Nuñez.

www.seugauara.com.br/Copa Libertadores 2024/orientações/espectadores/Argentina/

A cartilha apresenta orientações para que os brasileiros que vão para a cidade assistir à decisão saibam quais documentos precisam levar, cuidados com a segurança, além de questões financeiras e médicas.

Entre as orientações, estão dicas como evitar circular em pontos turísticos com documentos originais e itens de valor. O Consulado alerta que há registro de crimes violentos nesses locais. A Cartilha também aponta para que os brasileiros fiquem atentos nas recepções de hotéis e em restaurantes. 


Outro ponto destacado nas orientações é de que qualquer brasileiro que acabar detido ou preso na Argentina ficará sob as leis locais, sem que o Consulado possa intervir na decisão judicial. 

A entidade também disponibilizou números de contato para emergências e hospitais locais de referência, além de orientações de câmbio.

***


Leia Mais ►

sábado, 16 de novembro de 2024

Argentina manda prender 61 brasileiros do 8 de janeiro que pediram asilo

Reportagem de Deivid Souza, para o Metrópoles: A Justiça da Argentina ordenou, nesta sexta-feira (15/11), a prisão de 61 brasileiros que estão no país vizinho e pediram asilo. Eles são investigados no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. As informações são do jornal argentino Clarín.

www.seuguara.com.br/8 de janeiro/brasileiros presos/Argentina/

A determinação foi assinada pelo juiz federal Daniel Rafecas a pedido da Corte brasileira. Os 61 cidadãos possuem "condenações com sentença definitiva". Eles serão presos assim que identificados e colocados à disposição da justiça local para o processo de extradição para o Brasil. 

Até outubro deste ano, 181 brasileiros já haviam pedido refúgio na Argentina, segundo a Comissão Nacional para os Refugiados (Conare). Em outubro deste ano, o governo de Xavier Milei mudou lei local sobre o estatuto de refugiado. Com a medida, o texto deixou de conceder o benefício a estrangeiros que tenham sido acusados ou condenados nos países de origem.


Os 181 brasileiros que pediram asilo são investigados no âmbito do Inquérito 4921, que é conduzido pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. São apurados os seguintes crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dono qualificado; associação criminosa; incitação ao crime; e destruição e deterioração ou utilização de bem especialmente protegido.


Em junho deste ano, a embaixada do Brasil na Argentina perguntou formalmente se 143 foragidos da Justiça daqui estavam no país vizinho, todos investigados nos atos de 8 de janeiro. O pedido enviado à Argentina foi formalizado por meio do encaminhamento de um ofício do STF.

Embora agora a justiça argentina tenha concedido uma decisão que favorece a punição dos investigados, em junho, a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, informou não saber paradeiro de brasileiros


8 de janeiro 

No dia 8 de janeiro de 2022, logo após a posse do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as sedes dos três poderes foram invadidas e vandalizadas. Os responsáveis foram manifestantes acampados em Brasília insatisfeitos com o resultado das urnas em 2022, que levaram o petista de volta à presidência. Houve destruição no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF. A Corte foi o principal alvo do grupo. A investigação dos fatos coube à Polícia Federa (PF). 

***

[Saiba quem são os brasileiros presos na Argentina pelos atos de 8 de janeiro: "Até o momento, segundo o jornal Clarín, dois brasileiros forma presos na província de Buenos Aires. Um deles é Rodrigo de Freitas Moro Ramalho (à direita na foto em destaque), de 34 anos, condenado no Brasil a mais de 14 anos de prisão por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e danos ao patrimônio publico tombado".

www.seuguara.com.br/brasileiros/presos/Argentina/8 de janeiro/

(...)

***

Leia Mais ►

terça-feira, 2 de julho de 2024

Moisés Mendes: a extrema direita se apoderou dos jovens?

Por Moisés Mendes, no Extra Classe: Essa sequência de informações abaixo é de um apanhado de notícias dos últimos meses. Todas tratam de fenômenos em que os jovens são protagonistas. Quase todas acionam algum sinal de alarme. Leiam o que segue.

www.seuguara.com.br/jovens/extrema-direita/Moisés Mendes/

O ativismo moralista pelo fechamento de áreas de nudismo, que se dissemina por vários países da Europa, é liderado por jovens. A extrema direita francesa avançou nas eleições parlamentares com o suporte de eleitores de até 30 anos. 

Os jovens da Geração Z, nascidos entre 1995 e 2010, não sabem usar o computador, ou o que ainda chamam de desktop, porque a vida digital deles é no celular. E computador é coisa de velho.

Os jovens no mundo todo são mais infelizes do que os idosos, mas no Brasil essa comparação é pior ainda. Segundo pesquisado Gallup, a população do Brasil com 60 anos ou mais figura na 37ª posição do ranking de felicidade mundial. Jovens de até 30 anos ocupam a 60ª colocação. 


Há uns quatro anos, mobilizações mundiais de jovens nas ruas acionaram o alerta da destruição da Amazônia. O Brasil ficou quase indiferente às manifestações. E a Amazônia é nossa. 

Pesquisas recentes mostram que os jovens não confiam nas instituições e muito menos na representação política formal. Em 2022, uma amostra realizada por pesquisadores de várias universidades, para o Observatório da Juventude na Ibero-América (OJI), revelou que 82% deles não confiam nos partidos. 


A extrema direita argentina chegou ao poder com o fascista Javier Milei com o apoio da maioria dos jovens. A base do fascismo argentino é de jovens. E se dizia que a Argentina era o melhor exemplo latino-americano de como um país se livra de extremismos e da ameaça de retorno a uma ditadura.

São jovens de menos de 30 anos os ativistas nazistas, localizados principalmente no sul do Brasil. Reações radicais de xenofobia contra imigrantes na Europa, em especial contra os refugiados africanos, partem de jovens ligados ou não a organizações extremistas. É um fenômeno que cresce em Portugal, inclusive contra brasileiros.


Mas as notícias que envolvem jovens e as tentativas de reflexão em torno deles geralmente são produzidas por quem não é jovem. Assim, como aparece nessa miscelânea (uma palavra velha), misturam-se informações sobre desalentos e infelicidade, incapacidade de lidar com o computador, alheamento político e ativismo reacionário. Porque o centro disso tudo é o jovem.

Mas e o outro lado, a juventude defende o meio ambiente, engaja-se a movimento sociais, ainda admite a relevância da representação política e importa-se com ações coletivas? Esse é o lado que estaria perdendo hoje ou estaria em clara situação de desvantagem.


Mas essa pode ser uma conversa de boomer, ou de idoso da chamada geração baby boom, como é chamado o contingente nascido no pós-guerra e que tem hoje em torno de 70 anos? Pode. São adultos na velhice falando de jovens.

É esse o problema, o de velhos analisando jovens, sem o lugar de fala da juventude, ou sempre foi assim? Não foram sempre os adultos maduros que refletiram sobre o mundo, enquanto os jovens conduziam ações políticas e faziam o mundo evoluir aos trancos e barrancos, como acontece a partir de 68? 


A afronta, a capacidade de mobilização, a transgressão, sempre foi coisa de jovem. Não é mais, como fenômeno de massa? Os jovens perderam a capacidade de revolucionar, porque até essa palavra perdeu o sentido?

Mais uma pergunta incômoda, de uma realidade próxima: é possível que as manifestações de 2019 no Chile tenham sido as últimas grandes expressões de ativismo político da juventude na vizinhança?

É possível que por muito tempo o Chile não tenha algo igual, depois do fracasso do sonho de uma nova Constituição e, no fim, da manutenção das leis do tempo de Pinochet?


Foram os boomers que destruíram os sonhos dos jovens e tiraram deles, pela primeira vez na História, o sentimento de vida eterna e de condução do próprio futuro?

Os boomers que construíram tudo o que veio depois da guerra e depois de 68 e de Woodstock, esses boomers mataram, com os fracassos de capitalismos e socialismo, os sonhos dos seus netos? Os boomers mataram a política e pedem ativismo político? 


Mas será que os boomers teriam mesmo o poder de tirar dos jovens a capacidade de ser rebelar contra o que é velho e oferecido como certo e consagrado?

Se é assim, como Jordan Bardella, com apenas 28 anos, chegou à presidência do Reunião Nacional, o partido da extrema direita de Marine Le Pen, grande vitorioso nas eleições francesas? Se é assim, como ele pode vir a ser, antes dos 30 anos, o novo primeiro-ministro francês?


Se é assim, como Javier Milei reforça sua aposta nos jovens e vaio propor ao Congresso que a idade mínima para votar na Argentina seja reduzida de 16 para 14 anos?

Milei quer crianças votando na extrema direita, por ter certeza de que o fascismo vem prosperando na infância. E agora? O homem que ataca a política "tradicional", as instituições e o que chama de castas tenta formar sua própria casta com a participação até das crianças. Como faziam quando da ascensão do nazismo.


A extrema direita que pisoteia a política e a democracia sabe usar melhor do que as esquerdas os mecanismos da democracia, para destruí-la por dentro como a ajuda dos jovens? Franceses e argentinos podem ter as melhores respostas.

***


Leia Mais ►

sexta-feira, 21 de junho de 2024

Governo da Argentina identifica foragidos do 8 de janeiro no país

Por Andreia Verdélio, repórter da Agência Brasil: O Ministério das Relações Exteriores recebeu do governo da Argentina uma lista com nomes de brasileiros que cumpriam medidas cautelares por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, e estão foragidos no país vizinho. O documento foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), na última terça-feira (18), que foi quem solicitou ao Itamaraty que fizesse a consulta ao governo argentino.

www.seuguara.com.br/Argentina/foragidos/8 de janeiro/

Os trâmites para uma eventual extradição para o Brasil dependem de pedido formal pelo Judiciário e são de responsabilidade do Ministério da Justiça e Segurança Pública. No que diz respeito à cooperação jurídica internacional, o Itamaraty atua de forma auxiliar na tramitação de documentos.


No início deste mês, a Polícia Federal (PF) realizou operação para cumprir mandados de prisão de centenas de investigados por envolvimento na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Os alvos são ou que descumpriram medidas cautelares determinadas pelo STF, inclusive aqueles que romperam tornozeleiras eletrônicas e fugiram para países como a Argentina e Uruguai. Condenados a penas superiores a dez anos de prisão, eles recorrem em liberdade das condenações.


Pelo menos 50 pessoas foram presas até o dia seguinte à operação e a PF segue trabalhando para localização e captura de outros 159 condenados ou investigados considerados foragidos. As diligências fazem parte da Operação Lesa Pátria, que desde o ano passado apura quem são os responsáveis e os executores dos ataques e já teve 28 fases, a última deflagrada nesta quinta-feira (20).


“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido. As investigações continuam em curso, e a Operação Lesa Pátria é permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados cumpridos e pessoas capturadas”, informou a PF.

Edição: Aline Leal

***

Leia Mais ►

sábado, 15 de junho de 2024

Governo Milei é questionado sobre entrada ilegal de mais de 60 bolsonaristas foragidos: 'Santuário de golpistas'

Por Leandro Melito, no Brasil de FatoBrasil de Fato: Parlamentares da Argentina e do Brasil que integram o Parlasul enviaram nesta sexta-feira (14) uma carta à Ministra da Segurança da Argentina, Patrícia Bullrich, pedindo esclarecimentos sobre a entrada ilegal no país de mais de 65 bolsonaristas fugitivos, acusados da tentativa de golpe no Brasil.

www.seuguara.com.br/bolsonaristas/asilo político/Argentina/parlamentares/

Na carta, os parlamentares solicitam "informações confiáveis sobre a situação de um grupo de cidadãos brasileiros acusados da tentativa de golpe de Estado ocorrida em 8 de janeiro de 2023 na República Federativa do Brasil e que entraram ilegalmente na República Argentina". 

Em declaração ao Brasil de Fato, Gabriel Fuks que é o chefe do bloco de deputados do Parlasul pelo partido argentino União Pela Pátria, aponta que informações obtidas com fontes da Polícia Federal brasileira apontam que o número de foragidos que entraram de forma ilegal no país vizinho pode chegar a 100 pessoas.


"Exigimos que a ministra esclareça essa situação, porque, sem dúvida, é muito difícil que esse volume de pessoas tenha cruzado as fronteiras em a colaboração ou omissão das autoridades argentinas. Nossa preocupação é que a Argentina se transforme em um santuário de golpistas", disse Fucks.

"Um volume tão grande de pessoas que estão sendo processadas não pode cruzar uma fronteira sem que as autoridades de segurança e de migração argentinas saibam, ou suas fontes de inteligência, que são para esse fim e não, como muitas vezes são usadas, para investigar os próprios argentinos".


Na última semana, a Polícia Federa (PF) brasileira realizou uma operação para cumprir mandados de prisão preventiva contra 208 condenados ou investigados pela tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro do ano passado. Os alvos são considerados foragidos ou apresentam risco de fuga.

As investigações apontam para os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

As apurações indicam que o prejuízo decorrente da invasão e depredação aos prédios dos três Poderes, em Brasília, gira em torno de R$ 40 milhões.


Eduardo Bolsonaro pediu asilo para golpistas

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) viajou para a capital argentina Buenos Aires no final de maio para pedir asilo político aos golpistas brasileiros naquele país, durante um evento promovido pela deputada argentina Maria Celeste Ponte, aliada do presidente Javier Milei.

A comitiva liderada pelo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro foi formada pelos deputados federais de extrema direita Júlia Zanatta (PL-SC), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Rodrigo Valadares (União-SE). 


"As autoridades argentinas não estão dando uma resposta. Não estamos debatendo se a Argentina deve ou não da asilo. O direito de asilo pertence a cada indivíduo, não é coletivo. A Conadi (Comissão Nacional pelo Direito à identidade) é um órgão de prestígio nessa questão e veremos o que acontece", conclui Fuks.


Edição: Rodrigo Durão Coelho


Leia Mais ►

terça-feira, 11 de junho de 2024

Mourão pede asilo na Argentina para bolsonaristas golpistas

Redação/GGN: O ex-vice-presidente da República e atual senador Hamilton Mourão escreveu no X, antigo Twiiter, um apelo ao presidente da Argentina, Javier Milei, para acolher os brasileiros golpistas em seu país, concedendo asilo político contra as investigações e condenações que estão sofrendo no Supremo Tribunal Federal.

www.seuguara.com.br/Hamilton Mourão/asilo/Argentina/bolsonaristas/golpistas/

Mourão disse que a ida de condenados à Argentina apenas mostra "tão somente que essas pessoas não confiam na justiça brasileira, que lhes negou direitos básicos do devido processo legal, bem como impôs penas desproporcionais", criticou o senador. 


Na semana passada, a Polícia Federal (PF) afirmou que mais de 65 golpistas teriam fugido para o país vizinho a fim de evitar punições no Brasil.

Segundo a corporação, 208 condenados ou investigados pelos atos "deliberadamente, descumpriram medidas cautelares judiciais ou ainda fugiram para outros países, com o objetivo de se furtarem da aplicação da lei penal"


A ministra de Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, disse neste sábado (8) que desconhece qualquer informação sobre os brasileiros foragidos pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.


Leia a mensagem abaixo:


***


Leia Mais ►

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Acordo de Bolsonaro com Argentina deixará extradição de bolsonaristas nas mãos de Milei

Por Patrícia Faermann, no GGN: Após mais de 60 condenados pelo 8 de janeiro fugirem para Argentina, sob proteção do governo Javier Milei, e a Polícia Federal prender os que participaram dos intentos de fuga, nesta quinta (07), agora a instituição trabalha para extraditar os foragidos. A missão precisará enfrentar uma possível interferência de Milei, com base em um acordo assinado pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro.

www.seuguara.com.br/Javier Milei/Jair Bolsonaro/extradição de bolsonaristas/8 de janeiro/

Entenda as prisões e fugas de bolsonaristas

Nesta semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, incluiu 47 mandados de prisão preventiva contra bolsonaristas que tentaram ou estavam dialogando sobre fugir para a Argentina, assim como já fizeram dezenas de outros condenado do 8 de janeiro.

Por isso, nesta quinta (06), a Polícia Federal levou 49 detidos - de um total de 208 alvos de detenção - que estavam em prisão domiciliar, usando tornozeleira eletrônica, e tentaram escapar ao país vizinho ou apresentaram o risco de fuga. Na operação, outros 159 ainda não foram encontrados e podem ser presos a qualquer momento.


Há dois meses, o noticiário revelou que diversos bolsonaristas condenados do 8 de janeiro quebraram suas tornozeleiras eletrônicas e fugiram do Brasil. A PF identificou que pelo menos 65 deles estão hoje foragidos na Argentina.

A extradição desse grupo, contudo, não será simples. E as autoridades brasileiras buscam, agora, como resolver este problema. 


Conheça o acordo de Bolsonaro: dependerá de Milei

Isso porque há um acordo fechado no governo Jair Bolsonaro com a Argentina que dá brechas para o governo Milei, aliado do bolsonarismo, a manter o "asilo" aos condenados de tentativa de golpe foragidos no país.

Trata-se de um Tratado de Extradição, assinado em janeiro de 2019, entre Bolsonaro e o então presidente argentino Mauricio Macri. Nele, os prazos para a extradição foram diminuídos, mas um artigo trata dos motivos para a Argentina negar a extradição. 

É o artigo 3, que permite conceder "asilo ou refúgio" quando "o pedido de extradição foi formulado com o propósito de perseguir ou punir uma pessoa em razão de raça, sexo, condição social, religião nacionalidade ou opinião política". 


Apesar de se tratar de crimes comprovadamente cometidos, em flagrante, no Brasil, o governo Milei pode querer interpretar as prisões bolsonaristas como "perseguição" de "opinião política".

Por essa razão, o ministro Alexandre de Moraes se adiantou em prevenir que outras centenas de condenados que poderiam tentar escapar aos país do polêmico argentino o fizessem. 

***


Leia Mais ►

sábado, 13 de abril de 2024

Milei oferece ajuda a Elon Musk no embate com STF

Bem Paraná: "O presidente da Argentina, Javier Milei, disse nesta sexta, 12, ao empresário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), que daria a ajuda que precisasse na crise entre o empresário e o Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o embaixador argentino nos Estados Unidos, Gerardo Werthein, afirmou ao jornal Clarín, o encontro dos dois foi "amor à primeira vista" e pautado por temas como liberalismo econômico.

www.seuguara.com.br/Javier Milei/Argentina/Elon Musk/ajuda/

"O presidente argentino ofereceu a ele (Musk) colaboração no conflito que a rede social X mantém no Brasil, no âmbito do conflito judicial e político naquele país", afirmou o governo argentino, sem deixar claro como poderia ajudar no caso. A relação com o governo brasileiro é distante.


A reunião entre o líder argentino e o magnata ocorreu em uma fábrica da Tesla, a empresa de carros elétricos de Musk, em Austin, Texas, e gerou rumores sobre a possibilidade de a montadora ser instalada no mercado argentino. "Foi amor à primeira vista, concordaram em realizar grande evento na Argentina para que todo o público possa desfrutar da troca de ideias destes dois gigantes da nossa geração", disse Werthein à imprensa argentina.


A investida de Musk se deu contra decisões do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nesta semana, em resposta, o magistrado incluiu o empresário no inquérito das milícias digitais, após o bilionário ameaçar descumprir decisões que determinaram a retirada de conteúdos do X. Musk afirmou que Moraes promove a "censura" no Brasil.


No Brasil, as cúpulas do Judiciário e do Legislativo reagiram às críticas feitas pelo bilionário à atuação do Supremo. O presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o "inconformismo contra a democracia se manifesta na instrumentalização criminosa das redes sociais". Já o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que a regulamentação das redes é "inevitável".             


'Farsa'

Ontem, em mais um capítulo do embate com a Justiça brasileira, Musk compartilhou uma publicação no X dizendo que "o processo de apelação (à Justiça brasileira) é uma farsa". A manifestação do bilionário afirma que "o Brasil entrou com muitos recursos" no Poder Judiciário e que alguns deles "estão pendentes há mais de um ano". Ainda segundo o empresário, "42 casos" não foram respondidos e outros "três pedidos de esclarecimento" da plataforma ainda aguardam resposta.

A crítica se soma às demais feitas pelo dono do X ao longo desta semana à Corte máxima do País, em especial a Moraes, a quem chamou de "ditador". Desde o último sábado, Musk questiona os pedidos de suspensão de perfis de investigados por disseminação de fake news decretados pelo ministro. Moraes, por sua vez, disse, em sessão do STF, que "liberdade de expressão não é liberdade de agressão". 


Sob alegação de "perseguição política", aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) saíram em defesa de Musk. Na terça-feira, a Câmara dos Deputados aprovou a entrega da homenagem "Moção de Aplauso e Louvor" para o empresário. Parlamentares também têm se mobilizado para acelerar no Congresso a votação de um projeto de lei que prevê redefinir "liberdade de expressão".    


Aproximação

Dono da montadora Tesla, da Space X, da Starlink e da rede social X, Musk está de olho na Argentina, que possui uma das maiores reservas mundiais de lítio (mineral utilizado na fabricação de baterias elétricas) e prometeu visitar o país em breve. O governo Milei mostra entusiasmo com a possibilidade de o bilionário investir no país e, segundo a imprensa argentina, o encontro é considerado pela delegação o ponto alto da visita de Milei aos EUA. 

O acesso ao lítio argentino poderia fortalecer a Tesla em um momento em que a montadora vê a concorrente chinesa BYD liderar o mercado de veículos elétricos. Musk tem buscado o mineral em diversos países latino-americanos com grandes reservas, incluindo no Brasil. O encontro de Milei e Musk, foi uma primeira reunião sem anúncios específicos. "É uma primeira aproximação entre dois líderes que se respeitam e se valorizam", disse o governo argentino.


'Futuro emocionante'

O presidente argentino e o empresário registraram o encontro de ontem no X. "Para um futuro emocionante e inspirador", escreveu Musk na sua conta oficial. "Viva la libertad, carajo", afirmou Milei. Os dois também conversaram e concordaram sobre a necessidade de haver "mercados livres" e "menos burocracia" para o progresso dos países.

A pauta do liberalismo econômico é ponto em comum dentre os dois e os aproximou desde a vitória de Milei na eleição. Horas após o resultado, Musk afirmou que a "Argentina se prepara para a prosperidade". Milei externou admiração pelo empresário em mais de uma ocasião.

Antes do encontro, Milei se reuniu em Miami com um grupo de banqueiros e empresários. O argentino também participou de evento na Universidade da Flórida, onde recebeu uma condecoração da comunidade judaica. 

As informações são do jornal O estado de S. Paulo."

*****


Leia Mais ►

sábado, 30 de dezembro de 2023

O ano em que o Brasil voltou, por Francisco Fernandes Ladeira

Por Francisco Fernandes Ladeira, no GGN: Um ano sem cercadinho. Um ano sem Gabinete do ódio. Um ano sem "cuestão", "talquei" e "no tocante". Um anos sem  ministra que diz ter visto Jesus na goiabeira. Um ano sem chanceler que acredita em "globalismo". Um anos sem ministro de Meio Ambiente que defende "passar a boiada" na Amazônia. Um ano sem MEC atuando contra a Educação. Um ano sem ministro da Economia dublê de Caco Antibes. 

www.seuguara.com.br/Brasil/2023/

Um ano sem ataques a professores vindos do Palácio do Planalto. Um ano sem assessor da Presidência que faz gesto supremacista. Um anos sem motociata (estilo Mussolini na Itália fascista). Enfim, um ano sem o desgoverno Bolsonaro. 


Como diz um famoso canto de torcidas de futebol: "O Brasil voltou!". Temos presidente de novo. Com Lula, voltamos a ser respeitados internacionalmente. Deixamos a "Terra Plana" e  retornamos à "Terra Geoide". Vacinas não mais transformam pessoas em jacarés. Nazismo voltou a ser de extrema direita (e não "de esquerda"). Ciência e universidade voltaram a ter mais credibilidade do que o grupo do zap (com direito a aumento no valor de bolsas de estudo de mestrado e doutorado da Capes e do CNOq). Não por acaso, o assunto mais buscado do ano no Google foi, justamente, a posse do presidente Lula para seu terceiro mandato. Só isso já foi suficiente para 2023 ser um ano (bem) mais tranquilo do que os anteriores.


Não que o bolsonarismo tenha desaparecido. Longe isso. Logo em 8 de janeiro, os seguidores do "mito" saíram dos grupos de WhatsApp para tentar um golpe de Estado em Brasília, sob a alegação de "fraude" nas urnas na eleição presidencial do ano passado. Deram com os burros n'água. Outro revés para a extrema direita foi a inelegibilidade de Jair Bolsonaro até 2030, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante um evento com embaixadores em julho de 2022 (no qual as urnas eletrônicas, sem provas de que elas não seriam seguras). 


Como não poderia deixar de ser, indivíduos ligados à extrema direita (anônimos, famosos e "quase " famosos") protagonizaram situações esdrúxulas ao longo do ano. No podcast "O Poder nos Bastidores", o jornalista esportivo Rica Perrone relatou, com orgulho, que ofendeu um entregador de aplicativo. O empresário Alexandre Correa culpou o PT por sua falência financeira e pelas agressões à esposa, a apresentadora Ana Hickmann.


Em depoimento prestado ao Tribunal Regional Eleitoral do paraná, o ex-juiz Sergio Moro cometeu erros crassos de português. Por sua vez, Bruno Monteiro Aiub, mais conhecido com Monark, abandonou o Brasil, alegando ser "perseguido" pelo ministro Alexandre de Moraes (para tristeza de seus amigos do PCO). Já o influencer Renato Cariani foi alvo de Operação da Polícia Federal por tráfico de produtos químicos usados para produzir crack. Típico "cidadão de bem".

Se, por aqui, o saldo político, entre altos e baixos, foi positivo, no cenário internacional a situação foi muito pior, com a intensificação do genocídio do povo palestino por parte do Estado de Israel e do aumento das tensões entre Azerbaijão e Armênia na região de Nagorno-Karabakh.


Na América do Sul, tivemos a eleição de Javier Milei para a presidência da Argentina, a rejeição da população chilena à proposta de uma nova Constituição, a eleição de Daniel Noboa como o presidente mais jovem da história do Equador e o referendo venezuelano sobre a criação de um estado em Essequibo. Na África, a onda de golpes militares de caráter nacionalista e anticolonial trouxe esperança de tempos melhores. Já no continente europeu, os destaques dos noticiários foram a continuidade da guerra Rússia/Ucrânia, a adesão da Croácia à zona do Euro, o falecimento do filósofo italiano Antonio Negri e o ataque a tiros em uma tradicional universidade de Praga, que deixou mortos e feridos.


No universo tecnológico, 2023 foi marcado pelo avanço da Inteligência Artificial (IA), considerado o "termo mais notável do ano" pelo dicionário britânico Collins. Nos esportes, as "pipocadas" da seleção brasileira feminina na Copa do Mundo e do Botafogo no Campeonato Brasileiro foram os assuntos mais comentados. Por outro lado, Bia Haddad apresentou um desempenho positivo em competições internacionais de tênis (algo que não ocorria desde a época de Maria Esther Bueno). 


No cenário cultural, tivemos a bem-sucedida turnê dos Titãs como a formação clássica da banda, o novo disco dos Rolling Stones, o sucesso de público e as polêmicas envolvendo o filme "Barbie" e as perdas de Rita Lee´, Tina Turner e Carlos Lyra.

Conforme dados divulgados pelo Google, neste ano, as personalidades mais pesquisados pelos brasileiros no principal site de buscas na internet foram:

Kayky Brito, Larissa Manoela, Ana Hickmann, Daniel Alves e Sidney Sampaio. Entre os acontecimentos mais procurados virtualmente, estiveram a Copa do Mundo Feminina, o submarino desaparecido da empresa OceanGate Expeditions com cinco milionários a bordo, a Guerra em Israel e Gaza, o Eclipse solar e o terremoto na Turquia ocorrido em fevereiro.


Outros destaques do ano foram a onda de calor no Brasil, o transplante cardíaco do apresentador Fausto Silva, o recorde de casos de ataques em escolas brasileiras, a (merecida) outorga do título "doutor honoris causa" aos Racionais MC's, aprovada pelo Conselho Universitário da Unicamp, a CPI dos Atos Antidemocráticos, as ofensas xenófobas contra paulistas feitas pela chefe da Assessoria Especial do Ministério da Igualdade Racial, Marcelle Decothé, o afundamento da mina da Brasken em Maceió, a aprovação da privatização da Sabesp na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a escolha de Dilma Rousseff como "Mulher Economista de 2023" por "legado e expertise", as indicações de Zanin e Dino para o Supremo Tribunal Federal, a promulgação da Reforma Tributária e o esvaziamento de manifestações bolsonaristas país afora (que fase!). 


E assim finalizamos o primeiro ano do terceiro mandato presidencial de Lula sem igrejas fechadas, sem perseguição a cristãos, sem bêbes recebendo mamadeiras eróticas, sem banheiro unissex, sem Kit-gay, sem doutrinação comunista nas escolas, sem marxismo cultural, sem ideologia de gênero e sem confisco de propriedades privadas. Quem sabe, em 2024, a ditadura comunista do PT, enfim, seja implantada. 


parafraseando a grande pensadora contemporânea Lívian Aragão, mais conhecida pelo aposto "filha do Didi", no próximo ano (bissexto), todos teremos 366 dias para aumentar nossa produtividade. O sol nascerá para todos. Nessa lógica meritocrática, só não vai ter um feliz 2024 quem realmente "não sair do lugar" e "não se esforçar o suficiente".

***


Leia Mais ►

terça-feira, 31 de outubro de 2023

Os tios do zap de Bolsonaro e os jovens do TikTok de Milei. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: O fenômeno Javeir Milei oferece um consolo aos brasileiros, nas tentativas de comparação entre o argentino e Bolsonaro e entre as bases da extrema direita lá e cá. Algumas coisas nos favorecem quanto ao tamanho das ameaças. Numa das simplificações possíveis, para que algumas abordagens sejam aprofundadas, pode ser dito que o bolsonarismo nasce e se mantém sobre um eleitorado já envelhecido. E que o mileinismo tem seu alicerce nos jovens.

www.seuguara.com.br/Jair Bosonaro/Javier Milei/eleitores/Zap/TikTok/

É o que reafirmam pesquisas mais recentes sobre intenção de voto no segundo turno, que acontece dia 19 de novembro. Os jovens mantêm Milei competitivo e é deles que o extremista depende para o curto e o médio prazos.


Para relembrar, às vésperas da eleição no primeiro turno, em 22 de outubro, uma pesquisa da consultoria Analogia revelou que 40,6% dos eleitores de 16 a 29 anos estariam dispostos a votar em Milei. Com uma maioria de homens, como acontece em relação ao eleitorado total.

O diretor do Grupo de Estudos de Desigualdade e Mobilidade do Instituto Gino Germani, Eduardo Chávez Molina, analisou o perfil desse eleitor de Milei e concluiu que em cada quatro jovens da sua base há apenas uma mulher.


Também na Argentina o lastro da extrema direita é de machos, e há detalhes interessantes. Molina mostra que, se restringir o que chamam de jovens à faixa de 16 a 23 anos, os que declaram vínculos e fidelidade a Milei são apenas 21% do total, contra 32% de peronistas.

Quanto Mais jovem, menos o argentino seria ligado às ideias do extremista. O jovem argentino que simpatiza ou confia em Milei estaria mais perto dos 30 anos do que dos 20. É um jovem maduro, mas é jovem.

www.seuguara.com.br/Javier Milei/Eduardo Bolsonaro/

A mais recente pesquisa de intenção de voto da Analogia para o segundo turno, que acontece em 19 de novembro, foi resumida assim pelo jornal Página 12:

Sergio Massa, segundo os resultados desse levantamento, lidera com 42,4%, com maioria de votantes mulheres entre 45 e 59 anos. Milei obteve 34,3%, com uma maioria de votantes homens dos segmentos jovens entre 16 e 29 anos. 


O jornal destaca as mulheres de Massa e os jovens de Milei. No Brasil, uma pesquisa hoje poderia destacar os homens velhos de Bolsonaro, porque seu contingente de jovens é baixo, quase precário, segundo divisão por estratos feita pela DataFolha em julho de 2022. No grupo de 16 a 24 anos, Bolsonaro contava com apenas 24% do eleitorado. Lula tinha 54%.


A base do eleitorado de Bolsonaro é o macho branco, com curso superior, de classe média, com idade acima de 40 anos. É uma base com forte participação de neopentecostais. O eleitor que dá lastro a Milei é o jovem de até 30 anos, sem influências religiosas relevantes.

Não há jovens entre a militância que foi às ruas no 8 de janeiro e invadiu Brasília. Manés e terroristas presos eram em maioria homens (60% do total, segundo o Ministério Público Federal) e com idades predominantes entre 36 e 55 anos.


A radicalidade da afronta bolsonarista é coisa de quase-idosos, o que não fecha com o perfil médio histórico de participantes de ações políticas agressivas antissistema.

Eles estão, quanto à faixa etária, mais próximos do invasor trumpista do Capitólio em 2021, já indiciado e processado, que tem idade média de 42 anos.


Comparações entre perfis econômicos e de classes sociais são mais complexas e arriscadas, tento em relação aos americanos quanto aos argentinos, no confronto com brasileiros simpatizantes da extrema direita.

Mas na comparação com a Argentina, a idade é um bom indicador, nas tentativas de espelhar Milei e Bolsonaro e suas bases sociais. Ambos são fenômenos acionando machos que se dizem antissistema, desiludidos e/ou com índole fascista, mesmo que com frágil sustentação ideológica.


O resto, principalmente quanto às posições e expectativas que provocam e provocaram na economia e nos costumes, não é tão simples. 

Para o eleitor tiozão de Bolsonaro, o moralismo é uma verdade ou uma farsa fundamental para sua inserção na extrema direita, como ativista ou apenas como eleitor. Ele também é na essência um antilulista.


O eleitor jovem de Milei é alguém compressa para encontrar um novo milagre para suas misérias e desilusões, como foram os 10 anos de dolarização de Carlos Menem, que ele nem viveu, e com preocupações secundárias com temas (aborto, drogas, gays, armas, militares) que mobilizam o ódio, o preconceito e o reacionarismo bolsonaristas.


As diferenças se acentuam na capacidade de ativismo, de militância real. Milei levou jovens pobres às ruas, Bolsonaro levou seus homens carecas ricos e de classe média às motociatas.

www.seuguara.com.br/Javier Milei/Argentina/eleitorado/

Milei tem forte apoio virtual da geração TikTok na internet. Bolsonaro tem os tios do Zap e dos tuítes. Dizer que ambos são bons no manejo das redes sociais é reduzir esse mundo a algo homogêneo. Bolsonaro nem sabe o que é TikTok.


Pesquisadores têm à disposição um bom material para investigar muitas suspeitas, como a de que o eleitorado jovem de Bolsonaro pode ter encolhido entre 2028 e 2022.

Como elemento para traçar perspectivas de futuro, a base jovem oferece ao mileinismo bem mais chances do que a base velha do bolsonarismo. Milei, mesmo que perca a eleição, tem um eleitorado com a vitalidade da juventude e da renovação.

Bolsonaro tem seus tios, que podem cansar diante de novas derrotas e desencantos e da possibilidade real de vê-lo na prisão.


VIA

***


Leia Mais ►

sábado, 7 de outubro de 2023

Eurípides inaugura oficialmente estilo Veja no Estadão, por Luís Nassif

Por Luís Nassif, no GGN: Diretor de jornalismo do Estadão, Eurípides Alcântara é dono do feito de ter tido papel central na destruição de um dos mais relevantes veículos brasileiros, a revista Veja. Ele comandou a entrada da revista no esgoto, com denúncias absurdas, sem nenhum critério jornalístico, e ataques inclementes contra os críticos. Vocês podem conferir em meu livro "O caso Veja", ou na série que publiquei na Internet, "O caso de Veja".

www.seuguara.com.br/Estadão/Veja/Luís Nassif/mídia brasileira/

A revista ingressou em uma espiral de ódio e antijornalismo poucas vezes vista na mídia brasileira. O objetivo era destruir o inimigo, valer-se da chantagem para negócios na área de livros didáticos e cursos apostilados, e participar politicamente do jogo - não o de fazer jornalismo. Criava notícias falsas, soltava capas estrambólicas e não se preocupava com assassinatos de reputação dos críticos.


Aparentemente, esse estímulo chegou ao Estadão. No início da sua gestão, houve um passaralho que tirou do jornal parte dos repórteres mais comprometidos com a notícia.

Agora, a quantidade de asneiras e erros editorais superou qualquer período das histórias do veículo.]

Vamos entender o padrão Veja a partir da notícia de que Lula pediu à Ministra Simone Tebet para interferir no CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe) para liberar US$ 1 bilhão para a Argentina, visando inviabilizar a candidatura de ultradireita de Milei.

www.seuguara.com.br/Estadão/CAF/Lula/Argentina/empréstimo/


Peça 1 - como juntar fatos reais, e irrelevantes, para compor uma narrativa conspiratória


A matéria diz que o CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe) - que existe - liberou US$ 1 bilhão para a Argentina - o que ocorreu -, visando resolver pendências cambiais, permitindo liberar um crédito do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O CAF existe justamente para isso. Na grande crise cambial de 2022, sua atuação foi essencial para que o Brasil superasse o momento.


A Argentina pleiteava um empréstimo-ponte de US$ 1 bilhão. Como o nome já diz, o empréstimo visava apenas permitir ao país criar condições para um empréstimo maior - do FMI. 

O caso foi levado ao pleno do CAF. Como sempre ocorre nessas ocasiões, a representante do Brasil -Ministra Simone Tebet - pediu informações ao Itamarati sobre a posição dos demais países-membros.


A composição acionária do CAF é a seguinte:

  • 17 países da América Latina e do Caribe:   
          Argentina (10,5%)
          Brasil (8,6%)
          Chile (6,4%)
          Colômbia (17,7%)
          Costa Rica (2,7%)
          Equador (3,9%)
          Guatemala (1,6%)
          México (3,8%)
          Panamá (1,7%)
          Paraguai (1,3%)
          Peru (18,2%)
          República Dominicana (2,2%)
          Suriname (0,5%)
          Uruguai (3,1%)
          Venezuela (11,5%)
  • Espanha (10,7%)
  • Portugal (2,2%)
Cada país tem direito a votos proporcional à sua participação. Logo o poder de voto do Brasil é de apenas 8,6% dos votos da instituição, muito inferior ao da Colômbia, Peru, Venezuela e Espanha.


A Argentina recebeu o empréstimo, acertou com o FMI, recebeu o crédito maior do banco e quitou a dívida com o CAF. Tudo isso antes das primárias que definiram os candidatos a presidente.

A versão da Veja-Estado: Lula ligou para Simone Tebet, por intermédio do diplomata Celso Amorim, e ordenou-lhe que obrigasse o CAF a emprestar para a Argentina para barrar o avanço da candidatura de Milei.


O fakenews foi divulgado no próprio perfil do Twitter de Andreza Matais, diretora de redação também e, obviamente, imediatamente serviu para que a ultradireita espalhasse por todas as redes sociais do Brasil e da Argentina. Foi um belo apoio a um candidato ultradireitista - bem de acordo com as concepções políticas de Eurípides e seu guru, José Roberto Guzzo.


Peça 2 - retaliação aos críticos

A resposta do governo veio de forma educada. Simone Tebet deu entrevista retificando os erros (ainda não eram tratados como mentira). E a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República) soltou uma nota educada, repondo os fatos, e assinada pelo jornalista George Marques.

A retaliação veio em seguida.

Primeiro, uma reportagem levantando outros desmentidos de Tebet. Depois, uma resposta da própria Matais a Marques, divulgando seu salário na Secom.

www.seuguara.com.br/George Marques/Andreza Matais/Twitter/CAF/

Obviamente, o Twitter transformou Andreza - e o Estadão - em agressora, provocando enorme reação não apenas de petistas mas de comentaristas habituais escandalizados com a demonstração de truculência.

O jornal persistiu na fakenews, não admitindo o erro e trazendo informações públicas, óbvias, e relacionando novamente à disputa política na Argentina.

www.seuguara.com.br/Estadão/matéria/empréstimo/Brasil/Argentina/

Depois, uma matéria tentando desqualificar as explicações de Tebet.


"Mas uma rápida pesquisa no Portal da Transparência do Governo Federal (https://portaldatransparencia.gov.br/busca/pessoa-jurídica/RB1705115-corporacao-andina-de-fomento-caf-mp-) mostra que o CAF já recebeu R$ 2,81 bilhões do Brasil.

Foram vinte aportes - o menor de R$ 1,4 milhão, o maior de R$ 465 milhões - de março de 2014 a dezembro de 2022. No linguajar dos orçamenteiros, o dinheiro é classificado como "inversão financeira", equivalente a "investimentos" federais. 


Para o argumento de Tebet, pouco importa a natureza da despesa. É dinheiro de impostos dos cidadãos que poderia ter sido usado para outra coisa. O custo de oportunidade, usando economês, nesse caso, parece ter sido ok. O CAF recebeu de volta o dinheiro. Caso não o tivesse, um risco não desprezível considerando que o devedor é a Argentina, o Brasil teria arcado com R$ 200 milhões de prejuízo".

Ou seja, se minha avó fosse roda, eu seria bicicleta.


Trabalhei no Jornal da Tarde no período em que os dois jornais eram dirigidos pela segunda geração Mesquita. Com exceção de Julinho Mesquita (da terceira geração) a família tinha suas idiossincrasias, mas jamais permitiria o antijornalismo nas suas páginas, porque sabia que a credibilidade do jornal depende do tratamento que dá aos fatos.


Peça 3 - a vitimização do agressor

Para rebater o enorme dano provocado pela fakenews, o jornal recorreu a outro expediente bastante utilizado pelo jornalismo de esgoto no seu auge: divulgar supostas agressões recebidas de adversários políticos.


No pior período da campanha do impeachment, onde qualquer fato, por menor que fosse, permitia explorações políticas, Miriam Leitão protagonizou dois que se tornaram clássicos.

O primeiro, foi acusar as "milícias do PT" de conspurcarem sua biografia na Wikipedia. Um jovem funcionário, em um computador do Palácio, de fato, incluiu um item - com links para as matérias - mostrando erros de previsão de Miriam em algum momento. Seu alarido bastou para que Dilma Rousseff caísse na conversa e demitisse o jovem. 


O segundo foi acusar uma comitiva da CUT de tê-la agredido em um voo para Brasília. A comitiva, de fato, ecoou slogans contra a Globo, mas em nenhum momento se deu conta ou incomodou Miriam no avião. O relato de Miriam foi desmentido por dezenas de vídeos do voo, nenhum apontando para militantes batendo em sua cadeira para intimidá-la. Aliás, seria impensável que um militante agisse dessa maneira sem provocar reação de outros passageiros, ou do próprio comandante do avião. O relato indignado de Miriam foi feito uma semana depois do suposto episódio.


O que o Estadão fez, no dia seguinte, foi divulgar a história de que milícias petistas tinham hackeado o perfil de Matais e pediam dinheiro para não divulgar seu Imposto de Renda.

Bastou para que criasse uma solidariedade surda de colegas surdos que passaram a tratar o caso como verdadeiro - sem exigir comprovação - atribuindo-o à misoginia contra jornalista e mulher. 
E os ataques a Tebet, seriam o quê? E o ataque injustificado contra um jornalista que trabalhava na área pública?


Repete-se, novamente, a disseminação de fakenews, a não correção de informações falsas, e a criação de narrativas tão fantasiosas quanto aquelas praticadas pelo bolsonarismo. Ou melhor, pela própria Veja, no auge do jornalismo de esgoto.
Pergunto: é assim que se pretende diferenciar o jornalismo profissional dos aventureiros de redes sociais? 


Nesse exato momento, dois veículos nacionais - Jornal Nacional e O Globo - trabalham arduamente para se livrar da herança maldita dos anos 2010. Buscam ampliar o escopo de leitura e reduzir as resistências, através de colunistas de pensamento um pouco diversos entre si, e objetividade nos fatos. Ao contrário dos dois jornais paulistas, Folha - que parece definitivamente ter deixado o jornalismo para o UOL - e o Estadão. 


O dia terminou com o Estadão reiterando as notícias falsas, Matais deletando seu perfil no Twitter e a sensação horrorosa da volta do monstro da Lagoa Negra, a incorporação da Veja em um jornal que já foi respeitável.

***

www.seuguara.com.br/Mídia/Ovo de serpente/GGN/
Clique na imagem para acessar a matéria

***

Leia Mais ►

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Política: Se não tivesse o Centrão, o Brasil seria uma Argentina, diz Lira

Por Wendal Carmo*: O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), voltou a defender a incorporação de PP e Republicanos à base de apoio ao governo Lula (PT) e afirmou que sem o Centrão, “o Brasil seria uma Argentina”. As declarações foram concedidas nesta segunda-feira 7 durante entrevista à Rádio Mix FM, em Maceió.
Leia Mais ►

domingo, 18 de dezembro de 2022

Nos pênaltis! Argentina bate a França e conquista a Copa do Mundo 2022

Após empate em 2 a 2 no tempo normal de jogo e 3 a 3 na prorrogação, a Argentina bateu a França nos pênaltis, por 4 a 2, e conquistou a Copa do Mundo 2022, neste domingo (18), no Estádio Lusail, em Doha, no Catar. Esta é a terceira vez que os Hermanos conquistam o título de campeões mundiais. Um show de bola, que teve como destaque de um lado, o brilho do craque argentino Messi, e de outro a performance inigualável do francês Mbappé. Confira os melhores momentos da decisão e as cobranças dos pênaltis.

Leia Mais ►

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Argentina vence a Croácia e vai à final da Copa do Mundo

A Argentina venceu a Croácia por 3 a 0 nesta terça-feira (13), no Estádio Lusail Stadium , e está na final da Copa do Mundo do Catar. Os "hermanos" contaram com grande atuação do craque Messi que abriu o placar cobrando pênalti, aos 34 minutos do primeiro tempo. Julián Álvarez, marcou os outros dois gols da grande vitória dos argentinos. Veja os melhores momentos do confronto.
Leia Mais ►

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Reações dos bolsonaristas ao atentado contra kirchner são sintomáticos

Por Cesar Calejon, para o 247: Após o atentado desta quinta-feira (1º), quando o terrorista brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel tentou balear Cristina Kirchner, as redes sociais e os grupos de WhatsApp bolsonaristas forma imediatamente tomadas por comentários que representam claramente, de forma sintomática, o ódio irrestrito que forma o núcleo duro da proposta sociopolítica por trás do bolsonarismo.
Leia Mais ►

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Com Bolsonaro em Moscou, Rússia faz acordo militar com Maduro

Reportagem de Victor Schneider, no Poder360: Enquanto o presidente Jair Bolsonaro prestava visita de Estado à Rússia na quarta-feira (16), o vice primeiro-ministro russo Yuri Borisov anunciou um acordo de cooperação militar com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro em Caracas.

Leia Mais ►

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Bolsonaro ficou furioso com entrevista de presidente da Anvisa à Globo

Publicado por Naian Lopes, no DCM: A confusão envolvendo a partida entre Brasil e Argentina terá sequelas. Além da esfera esportiva, a politica também trará consequências para o Governo Federal. Isso porque Bolsonaro não gostou nada de ver que o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, deu entrevista ao vivo para a Globo.
Leia Mais ►

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Seleção brasileira vence a Argentina e garante vaga nas Olimpíadas de Tóquio

Não foi no sufoco, como se esperava. A seleção brasileira, atual campeã olímpica de futebol masculino, bateu a Argentina por 3 a 0, na noite deste domingo (09), em Bucaramanga, na Colômbia, com certa facilidade, e garantiu a classificação para as Olimpíadas de Tóquio.
Leia Mais ►

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Brasil vence a Argentina e se classifica para a final da Copa América 2019

A seleção brasileira venceu a Argentina nesta terça-feira (02), por 2 a 0, no Mineirão, e garantiu a  vaga na final da Copa América 2019. Como sempre, o maior clássico do futebol Sul-americano foi muito disputado. Com a presença de Messi, o melhor do mundo, os argentinos jogaram talvez sua melhor partida na competição. Mas, com a atuação impecável de Daniel Alves e Gabriel Jesus, os brasileiros conquistaram a grande vitória.
Leia Mais ►

sábado, 30 de junho de 2018

Copa do Mundo 2018: França elimina a Argentina e vai às quartas de final

A França é a primeira seleção classificada para as quartas de final da Copa do Mundo 2018, eliminando a Argentina com vitória por 4 a 3, em Kazan (Rússia). Destaque para o jovem atacante kylian Mbappé, 19 anos, autor de dois gols no grande confronto que confirmou o time francês como um dos candidatos ao título. Confira os melhores momentos.
Leia Mais ►

Arquivos

Site Meter

  ©Blog do Guara | Licença Creative Commons 3.0 | Template exclusivo Dicas Blogger