quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

‘Todo mundo vai perder com a reforma da Previdência’

A reforma da Previdência é necessária, mas "da maneira como o texto foi apresentado pelo governo, todos devem perder de alguma forma. Pelo menos, é essa a avaliação do professor de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Wagner Balera." Mestre em Direito, Balera demonstrou em entrevista concedida ao The Intercept Brasil, que o problema não é a arrecadação. E esclarece sobre o impacto da reforma da Previdência, na vida da maioria do povo brasileiro.
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Política: Delação da Odebrecht à Lava Jato desmonta denúncia da Zelotes contra Lula

GGN - "A delação bombástica de um ex-executivo da Odebrecht que toma conta do noticiário desde sábado (10) também lança dúvidas sobre a última denúncia que o Ministério Público Federal ofereceu à Justiça de Brasília contra o ex-presidente Lula, por tráfico de influência.

Zelotes-Jucá-Lula
Sem apresentar provas, a força-tarefa da Zelotes diz que Lula tentou influenciar na aprovação da Medida Provisória 627/13 para favorecer montadoras que, em troca, pagariam propina a um lobista. Este, por sua vez, faria acertos com um dos filhos do ex-presidente.

Mas os documentos da Odebrecht mostram que quem participou diretamente da "venda" dessa MP ao empresariado foi Romero Jucá (PMDB), que teria falado em nome de Renan Calheiros (PMDB). Do lado da Câmara, a articulação foi feita com Eduardo Cunha (PMDB).

As informações que põem em xeque a tese da Zelotes contra Lula estão na página 48 da delação de Cláudio Melo Filho [veja em anexo], ex-diretor da Odebrecht em Brasília. Os dados, que foram colhidos pela Lava Jato e aguardam homologação do Supremo Tribunal Federal, mostram que a Odebrecht desembolsou sozinha R$ 5 milhões por causa dessa MP. O cobrador e destinatário dos recursos foi Jucá, mas o delator acredita que ele distribuiu a propina entre aliados.

A delação de Filho - que mais parece um livro encomendado para atingir Temer, todo dividido em capítulos escritos em primeira pessoa - fala em "Pagamentos a parlamentares para a aprovação da Medida Provisória 627/13". Nesse trecho, ele descreve como a Odebrecht fez lobby em Brasília em torno da MP e, depois, recebeu a fatura pelas mãos de Jucá.

"Marcelo Odebrecht, juntamente com um grupo de empresas exportadoras, tratou diretamente com o poder executivo [governo Dilma] mudanças no regime de tributação do lucro auferido no exterior. Tal atuação ocorreu, principalmente, em setembro de 2013", disse o delator, que inseriu e-mails da Odebrecht para comprovar sua contextualização.

Na sequência, Filho explicou à força-tarefa da Lava Jato que não apenas a Odebrecht, mas todo um "setor empresário", estava debatendo a MP com parlamentares e com instituições como a Confederação Nacional da Indústria. "Com a edição da MP 627/13, que determinava que lucros no exterior deveriam ser tributados quando apurados ao final de cada ano, independentemente de sua remessa ao Brasil, os setores empresariais afetados se organizaram e propuseram uma série de sugestões de emendas à CNI. Algumas sugestões foram acolhidas pela CNI e encaminhadas a parlamentares."

"O Ministério da Fazenda reabriu, então, as discussões técnicas para novamente buscar um texto de consenso. Como resultado desse trabalho, o Ministério da Fazenda encaminhou um texto a Eduardo Cunha, relator da comissão, com sua proposta de tratamento dos temas, que foi substancialmente acatada pelo relator e incorporada ao relatório da comissão."

Na denúncia contra Lula, a Zelotes diz que Cunha inseriu uma emenda de número 100 na MP, que "garantiu a prorrogação de incentivos fiscais às montadoras MMC e Caoa até 2020". Os procuradores dizem que, juntas, a MMC e a Caoa pagaram R$ 8,4 milhões à empresa Marcondes e Mautoni, do lobista Mauro Marcodes. A tese é que ele teria atuado usando o nome de Lula para conseguir alguma influência na Câmara. Os procuradores usam a expressão "intenção de vender" a "influência política de Lula" por parte do lobista, mas ainda não houve divulgação de indícios que sustentassem isso.

Em outro trecho da matéria no site da Procuradoria da República no Distrito Federal, a Zelotes insinua que Lula teria conseguido pagamentos pela MP antes mesmo de ela ter sido aprovada pela Câmara.

"(...) Mauro manteve com os clientes uma intensa negociação e troca de mensagens acerca da discussão da MP no âmbito do Congresso Nacional. Paralelamente a esses contatos, o lobista encontrava-se pessoalmente com Lula para, segundo os investigadores, acertar os pagamentos pelo tráfico de influência. Um deles ocorreu poucos dias antes da inclusão do artigo 100 no texto da MP por Eduardo Cunha."

Mas, segundo a delação da Odebrecht, os empresários interessados em fazer mudanças na MP procuravam, na verdade, quem tinha poder de decisão dentro do Congresso: a cúpula do PMDB. E ainda que a matéria estivesse em pauta na Câmara, Jucá já era o contato do delator nesta negociação.

"Em 26 de março de 2014, ocorreu a aprovação da MP no plenário da Câmara dos Deputados. No início de abril, a aprovação por parte do Senado ocorreu. (...) Posteriormente à tramitação da medida provisória, possivelmente entre abril e junho de 2014, recebi pedido do senador Jucá de pagamento em contrapartida à conversão em lei da MP 627. Novamente, como já tinha ocorrido em outras oportunidades, Romero Jucá falou em seu nome e em nome de Renan Calheiros. Ou seja, ambos seriam beneficiários dos recebimentos financeiros. Solicitei a aprovação de Marcelo Odebrecht. Não mantive tratativas dessa natureza com mais nenhum parlamentar. A área de operações estruturadas realizou o pagamento de R$ 5.000.000,00."

"Como o senador Romero Jucá exercia papel de interlocutor e arrecadador do PMDB, acredito que parte dos pagamentos realizados pode ter sido direcionada por ele a outros agentes políticos de seu partido."

Confira aqui a delação.

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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

CBF: Palmeiras tem sete eleitos na seleção do Brasileirão 2016

Na cerimônia de premiação promovida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na noite desta segunda-feira (12), o campeão Palmeiras teve o maior número de jogadores eleitos para a seleção do Brasileirão 2016. Cuca levou o troféu de melhor técnico. Gabriel Jesus foi o vencedor do "Bola de Ouro", consagrado como o melhor jogador da temporada.
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Política: Temer, agora com pressa, chorou por Primo e Angorá na carta-traição

Por Fernando Brito, em seu blog - Michel Temer – "não como cidadão, mas com Presidente da República – pediu ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que sejam “o quanto antes finalizadas” as delações da Odebrecht.delaç


Juridicamente, o pedido é evidentemente absurdo, porque não se pode coagir ou sequer sugerir o ritmo em que o Ministério Público deve desenvolver uma ação que é de sua competência exclusiva.

Ainda mais em se tratando de algo complexo, já que se tratam 77 delatores aos quais não bastará falar, mas juntar documentos e outras provas de que as coisas se passaram tal como eles disserem.

Politicamente, é velhaco, porque é uma tentativa de fazer o velho “estanca logo esta sangria”, num processo que não pode deixar de ser investigado em minúcias e, ao que parece, envolverá mais de 200 acusados.

Como já se disse antes, Michel Temer se complica a cada movimento que faz.

E nos movimentos que deixa de fazer, porque até entre seus aliados há quem o cobre do afastamento dos acusados.

Já foi assim no caso de Geddel Vieira Lima, que só foi para a rua quando a Globo, em editorial, exigiu.

Agora, tenta argumentar que o vazamento do conteúdo das delações “atrapalha a economia“, atitude que jamais tomou quando os depoimentos violavam a presunção de inocência daqueles que queria derrubar.

O que atrapalha não é o vazamento, é o conteúdo das delações, que o colocam como chefe de um PMDB aquadrilhado. A ele e a seus indemissíveis auxiliares Eliseu Padilha e Moreira Franco.  Aos dois, inclusive, sempre exigiu posições.

Tanto que retiro esta preciosidade da carta que ele enviou a Dilma, em 2015, e fez vazar na imprensa:

A senhora, no segundo mandato, à última hora, não renovou o Ministério da Aviação Civil onde o Moreira Franco fez  belíssimo trabalho elogiado durante a Copa do Mundo. Sabia que ele era uma indicação minha. Quis, portanto, desvalorizar-me. Cheguei a registrar este fato no dia seguinte, ao telefone.
No episódio Eliseu Padilha, mais recente, ele deixou o Ministério em razão de muitas “desfeitas”, culminando com o que o governo fez a ele, Ministro, retirando sem nenhum aviso prévio, nome com perfil técnico que ele, Ministro da área, indicara para a ANAC.
Alardeou-se a) que fora retaliação a mim; b) que ele saiu porque faz parte de uma suposta “conspiração”.

Está-se a ver porque Dilma tirou os dois pilantras do governo e porque Temer fez disso “cavalo de  batalha”.

Angorá e Primo  eram os homens do MT.


Pois é, não é, Temer: Verba volant, scripta manent."

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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Sorteio da Champions League: definidos os confrontos das oitavas de final

Sorteio realizado na manhã desta segunda-feira (12) na sede da UEFA (Union of European Football Associations), em Nyon, na Suíça, definiu os confrontos das oitavas de final da Champions League, edição 2016-2017. Atual campeão, o Real Madrid terá um duelo interessante contra o Napoli. Seu arqui-rival Barcelona, terá como adversário o Paris Saint-Germain.
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Fim do Brasileirão 2016. Veja o resumo e os melhores momentos dos jogos da última rodada

A última rodada do Campeonato Brasileiro 2016 teve apenas nove partidas, todas realizadas às 17:00 horas deste domingo. O confronto entre Chapecoense e Atlético mineiro foi cancelado de comum acordo entre as equipes e a CBF, devido ao trágico acidente aéreo com a delegação da equipe catarinense. Confira abaixo, os melhores momentos de cada jogo.
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domingo, 11 de dezembro de 2016

Política: Pato plagiado da FIESP levou R$ 6 milhões antes de ir às ruas “contra a corrupção”; “depois de muito choro”, diz Odebrecht

Da Redação do Viomundo, na página Galeria dos hipócritas -  "A empreiteira Odebrecht fazia muitos negócios nos e com os governos e os parlamentares. Na versão apresentada pelo operador do propinoduto da empresa à Lava Jato, era uma troca explícita entre dinheiro e legislação.


Um dos “negócios”, segundo Claudio Melo, envolveu uma doação de R$ 10 milhões dividida assim: R$ 6 milhões para Paulo Skaf, o presidente da Fiesp, associação empresarial que teve papel decisivo no impeachment de Dilma Rousseff.

Skaf é o homem do pato de borracha — plagiado, aliás, de um artista holandês — que misturou a campanha pelo impeachment à campanha contra impostos enquanto embolsava a grana da Odebrecht.
O dinheiro financiou a campanha mal sucedida dele ao governo de São Paulo, em 2014.

Em resumo: ele recebeu propina, perdeu a eleição regional e foi às ruas lutar contra a “corrupção” dos outros.

Eliseu Padilha recebeu outros R$ 4 milhões em dinheiro vivo, que tratou de “rachar” com o homem do impeachment na Câmara, Eduardo Cunha, e o amigaço e conselheiro de Temer, José Yunes.

As informações foram divulgadas pela revista Veja, pelo site BuzzFeed e pelo vazamento de trechos da delação nas redes sociais.

“Depois de muito choro, não tive como não ajudar”, escreveu Marcelo Odebrecht, o presidente da empresa, em e-mail enviado a subordinados. Ele acertou a propina aos peemedebistas pessoalmente, em visita ao Palácio Jaburu.

O delator define o ex-ministro Geddel Vieira Lima como “ávido” por dinheiro e afirma que Eliseu Padilha e Moreira Franco faziam uma tabelinha para pedir dinheiro em troca de favores administrativos e legislativos. [Segundo matéria no Estadão, Geddel ganhou relógio de R$ 85 mil e recebia 'recursos regularmente'da Odebrecht, diz Buzzfeed]

Os dois formam o “coração” do governo usurpador de Michel Temer.

Moreira Franco, por exemplo, teria ‘matado’ a ideia de um terceiro grande aeroporto em São Paulo, para não prejudicar os negócios da Odebrecht  no Galeão, Rio de Janeiro, de onde a empresa é concessionária.

No Senado, Romero Jucá centralizava os recebimentos — teriam sido R$ 22 milhões no total.
Foi assim que a Odebrecht comprou, por exemplo, as MPs 613 e 627, através das quais obteve vantagens tributárias — sempre segundo o delator.

Melo é apenas o primeiro dos executivos da Odebrechet a delatar — serão mais de 70."

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Segundo o Jornal do Brasil, ao todo são 77 delações.

Confira alguns dos apelidos de políticos, revelados na delação do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho.

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