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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Política: Janot parte pra cima de Sarney, Jucá, Renan e Sérgio Machado

O Procurador-geral da Repúlica, Rodrigo Janot, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito contra a cúpula do PMDB, partido político que articulou e promoveu o impeachment da presidente Dilma Rousseff, e do ex-diretor da Transpetro, subsidiária da Petrobras, Sérgio Machado, que disse em delação premiada ter repassado R$ 70 milhões aos três congressistas.
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quarta-feira, 22 de junho de 2016

Política: Empresário que fez ‘fama’ ironizando petista aparece 18 vezes em delação da família Machado

Por Julia Duailibi, no Piauí – "Protagonista de uma cena de agressão a um político petista, o advogado Danilo Amaral aparece 18 vezes na delação premiada da família Machado. Amaral, que hostilizou Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde de Dilma Rousseff, numa churrascaria em São Paulo, é sócio da Trindade, “butique de investimentos” que recebeu 30 milhões de reais do esquema do petrolão. Segundo delação premiada de Expedito Machado, o Did, filho caçula do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, a Trindade, que aparece 65 vezes na delação, foi usada para lavar dinheiro do petrolão (leia o volume 1 e o volume 2 da delação).

A cena da agressão a Padilha, em maio de 2015, foi gravada por um dos amigos de Amaral, sentado a uma mesa vizinha à do petista, e rapidamente se espalhou pelas redes sociais.


“Temos a ilustre presença do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, que nos brindou com o programa Mais Médicos, da presidente Dilma Rousseff, responsável por gastos de 1 bilhão de reais que nós todos otários pagamos até hoje. Uma salva de palmas para o ministro”, disse Amaral, em pé, segurando um copo no qual batia um talher para chamar a atenção dos presentes. A performance lhe rendeu breve fama nos dias subsequentes, com sua trajetória de empresário contada em sites de notícias.

A Trindade Investimentos começou a ser usada para receber os recursos ilícitos depois que as empreiteiras, donas de contratos com a Transpetro, resolveram não pagar propina no exterior nem em espécie. “Foi uma forma que o depoente encontrou à época para receber valores decorrentes de vantagens ilícitas de fornecedores da Transpetro com os quais seu pai estava tendo dificuldade no recebimento”, diz a delação de Did, responsável por operar o esquema de lavagem do dinheiro do pai.

Segundo Did, a Queiroz Galvão entregou à Trindade 30 milhões de reais via contratos de prestação de serviços entre 2010 e 2013. Os contratos, obviamente, só existiram após a intermediação dos Machado e foram pagos com valores acima dos de mercado (um dos objetos seria um estudo técnico sobre “ativos de ferro-gusa”, o que não parecia ser a especialidade da “butique de investimentos”). O dinheiro aportado na Trindade seria reinvestido em empresas de tecnologia, e o retorno encaminhado a Did, limpo. Segundo o delator, nenhum dos investimentos deu lucro. Ele, portanto, teria perdido o montante enviado à “butique de investimentos”, da qual diz não ser sócio oculto.

“O depoente engendrou, então, esquema pelo qual aparentaria, para uma empresa, funcionar como intermediário financeiro e/ou captador de negócios, mas o que em verdade faria é orientar as empresas devedoras da propina a alocar, com cobertura em contrato legítimo de prestação de algum serviço, os valores correlatos na empresa com que o depoente houvesse entrado em acordo”, diz a delação de Did, na qual ele explica o esquema criado para repassar a propina à Trindade. “O depoente acordava, então, com a empresa que seria contratada pela empreiteira que certa parcela dos valores assim alocados seria investida em participações societárias ou empreendimentos imobiliários, com devolução ao depoente, a termo, do saldo do principal.”

Did também ajudou a Trindade com um contrato de opção de compra de 25% da Pollydutos, empresa fornecedora da Transpetro. Essa opção nunca teria sido exercida, e o contrato foi desfeito. Uma linha de investigação é saber se a família Machado pretendia se tornar (ou se tornou) sócia oculta da Pollydutos, fornecedora da empresa dirigida pelo próprio Sérgio Machado.  Outra ajuda que Did deu para o amigo Amaral foi em 2014, quando auxiliou na venda de um dos ativos de sua empresa para Luiz Maramaldo, acionista da NM Engenharia. O dinheiro investido na Trindade, a pedido de Did, seria um “saldo” que Machado pai teria a receber da NM Engenharia.

Amaral foi apresentado a Did por Sérgio Firmeza Machado, filho do meio de Sérgio Machado, ex-executivo do Credit Suisse e considerado o mentor das engrenagens financeiras promovidas pela família. Amaral também é citado na delação de Serginho, outro que investiu recursos na Trindade.

Assim como afirma sobre os terceiros citados em sua delação, Did diz que Amaral não sabia que os recursos tinham origem ilícita. “Gostaria de destacar que Danilo Amaral, fundador da Trindade, sempre agiu de boa-fé; que jamais fez qualquer menção a ele sobre o papel do seu pai nos negócios que originou; que ele via o depoente como uma pessoa com todos os requisitos para originar bons negócios”, diz Did na delação. Ele conta ainda que Amaral teria ficado “extremamente desconfortável” quando Machado pai apareceu na Lava Jato. “Que na ocasião, constrangido e em conversas bastante duras, lhe foi esclarecido que ele tinha presumido errado e que os negócios tinham sido originados com base na influência do pai do depoente.”

Amaral presidiu a BRA, empresa de transporte aéreo, foi entusiasta de grupos defensores do impeachment, como Movimento Brasil Livre, e vestiu uma camiseta de Friedrich Hayek – economista austríaco defensor do liberalismo – para ir às manifestações contra Dilma, durante as quais, é claro, se mostrou indignado com a corrupção."

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domingo, 19 de junho de 2016

‘Perfeito midiota enfrenta dificuldade para entender noticiários’

Jornal GGN - "No artigo à seguir, Luciano Martins Costa avalia os últimos acontecimentos da política divulgados através da lente da grande imprensa e, ainda, como ela trabalha para acomodar as novas notícias ao discurso do impeachment que vem defendendo. "É preciso entender a relação entre linguagem, ideologia, poder e dominação (...). Dizem alguns especialistas em comunicação que, quando a chamada realidade objetiva supostamente retratada pelo jornalismo está muito complicada, o melhor é buscar metáforas em obras de ficção".



Brasileiros

Manual do perfeito midiota – 28 – Está difícil acompanhar o noticiário?

Por Luciano Martins Costa

A empatia, ou seja, quando o que está dito tende a satisfazer o leitor ou acomodar suas inquietações, sem provocar insights ou curiosidade, é porque o discurso do poder funcionou.

Está difícil acompanhar o noticiário?

De repente, você ficou confuso, como a senadora Marta Suplicy, que abandonou a canoa furada do PT e embarcou na caravela do PMDB – apenas para descobrir que a nau está sem rumo e infestada de ratos.

No meio da confusão, o presidente do Senado, Renan Calheiros, ameaça dar voz de prisão à polícia, ou seja, quer pedir aos colegas do Congresso que votem o impeachment do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Ora, como ousa o procurador ameaçar o impoluto senhor Calheiros? Como se atreve a desmoralizar as acusações seletivas até então dirigidas apenas aos apoiadores do governo constitucional de Dilma Rousseff e acreditar que todos os suspeitos devem ser denunciados?

O mesmo se pode dizer da estudada indignação do presidente enterino Michel Temer, também colocado na mira de Rodrigo Janot.

O ponto central desse roteiro é a delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que acusa quase vinte políticos de diversos partidos de haverem recebido dinheiro ilegal em campanhas eleitorais.

As duas dezenas não se completam porque Machado esqueceu de citar algumas figuras cuja influência sobre os principais jornais do País faz estremecer os bravos editores e analistas.

Os conspiradores que interromperam o mandato da presidente Rousseff insistiram, durante meses, que doação eleitoral só pode ser propina. Agora que o procurador-geral passou a acreditar nisso, que sentido passa a ter toda aquela indignação seletiva?

Até mesmo o interino, assaltado por um surto de sinceridade, declarou que “se tivesse cometido delito, não teria condição de presidir o País”. Como diriam os britânicos: “Indeed”. Ou, em bom português: “De fato”.

Na análise sintática ou na matemática, pode-se dizer que ele pretendeu produzir uma condição adversativa do tipo “se… então”, mas elaborou duas possibilidades convergentes: sim, é acusado de cometer delito eleitoral; e sim, não tem condição de dirigir o País.

Para entender o noticiário político e interpretar corretamente o discurso dos donos do poder, é preciso ler o conteúdo da mídia com desconfiança.

A empatia, ou seja, quando o que está dito tende a satisfazer o leitor ou acomodar suas inquietações, sem provocar insights ou curiosidade, é porque o discurso do poder funcionou. Assim nasce um midiota.

É preciso entender a relação entre linguagem, ideologia, poder e dominação, como alerta a pesquisadora paranaense Rosselane Giordani, citando excelentes pensadores.

Dizem alguns especialistas em comunicação que, quando a chamada realidade objetiva supostamente retratada pelo jornalismo está muito complicada, o melhor é buscar metáforas em obras de ficção.
No noticiário desta semana, que confunde os midiotas, a senadora Marta e os comentaristas da mídia tradicional, provavelmente a melhor ilustração  para entender o contexto seja uma seleção de bons filmes de faroeste.

Em “Matar ou Morrer”, o xerife Janot, ooops, o xerife Will Kane tem que se virar sozinho para enfrentar os bandidos que estão chegando no trem do meio-dia. Os cidadãos que cantavam de galos no dia anterior somem em suas casas e o deixam praticamente sozinho na rua poeirenta – como aqueles bravos indômitos que há um mês ocupavam as ruas com suas camisas auriverdes.

Em “Paixão dos Fortes”, a dupla Wyatt Earp-Doc Hollyday precisa encarar uma família de facínoras no rancho OK, enquanto os pacatos cidadãos se escondem de medo.

Também podemos lembrar outros clássicos, como “Onde começa o inferno”, ou aquele de título bem sugestivo: “Por um punhado de dólares”.

Em quase todos eles, o poderoso de plantão acha que pode tudo, como o presidente do Senado e o ocupante provisório do Palácio do Planalto.

Só que não.

Para ler: O discurso do poder, ou “As relações de poder exercidas através do discurso”, de Rosselane Giordani."

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sexta-feira, 17 de junho de 2016

Política: Xadrez de um interino com a marca da suspeita

Por Luís Nassif, no GGN - [atenção para os links inclusos no texto da matéria] - "1. Ecos da delação de Sérgio Machado.

Eco 1 - Segundo o repórter Jorge Bastos Moreno, em frase atribuída a um Ministro Palaciano:


“O presidente, citado injusta, mentirosa e irresponsavelmente, não deixaria, por coerência, Henriquinho sair só por isso. Seria, paradoxal, com a indignação do governo com essas mentiras. Seria referendar essas mentiras”. (http://migre.me/u7K5J)

Henriquinho é amigo de Jorge, que é amigo de Temer, que é amigo do Ministro que é amigo do Henriquinho, que vem a ser o Ministro do Turismo demissionário. Todos são amiguinhos e atuam em corrente – com exceção de Jorge, que é apenas o Américo Vespúcio das caravelas cabralinas. O índice 3 de adjetivação do amigo do Jorge e do Henriquinho demonstra elevado grau de preocupação.



Eco 2 – do próprio Temer.

Quero fazer uma declaração a respeito da manifestação irresponsável, leviana, mentirosa e criminosa do cidadão Sérgio Machado”.

Assim como o amigo de Henriquinho, a profusão de adjetivos visa refletir a indignação de Temer. O índice 4 de adjetivação denota situação de alta tensão do interino.

E, aí, apelou para uma frase temerária: “Se tivesse cometido o crime de que Machado me acusou em delação premiada, não teria condições de governar o país” (http://migre.me/u7K8G). E alertou que se pronunciava como ser humano, homem e presidente da República. Ah, bom!

Eco 3 – sobre o significado das palavras.

Provavelmente o significado que quis dar à frase era o de que, se está presidindo o país, logo não poderia ter cometido o crime de que Machado o acusou. A lógica é outra: o próprio Temer admite que a imputação que lhe foi feita por Machado configura um crime que, se comprovado, o inabilitaria a continuar presidindo o país.

É simples conferir a veracidade do episódio. Basta levantar:

·      se, no dia do encontro informado por Sérgio Machado, a Base Aérea de Brasília recebeu Temer e Machado no mesmo horário.
·      Se a Queiroz Galvão efetivamente depositou R$ 1,5 milhão para o PMDB nacional.
·      Se, no mesmo período, o PMDB nacional transferiu R$ 1,5 milhão para a campanha de Gabriel Chalita.
·      Conferir o fato com o presidente da Queiroz Galvão, a empresa doadora.
·      A ordem cronológica dos fatos.

Se as cinco condições forem confirmadas, como ficaria a situação do presidente interino? Continuaria valendo sua afirmação de que “não teria condições de governar o país”? Ou teria sido apenas uma frase solta, irresponsável, escapista, retórica, vazia de um interino que se destaca no uso dos adjetivos, como forma de contornar o substantivo?

É uma bela questão para Jorginho, ops, o repórter Jorge Moreno trabalhar.

2.    Desdobramentos da ação do interino


O abate de Henriquinho em pleno voo é apenas o primeiro dos desdobramentos de um nova leva de denúncias sobre a tribo que se aboletou no poder.

Ontem, no seu discurso, Temer apresentou os pontos positivos do seu governo, como que uma carta-testamento extemporânea, assinalando o que o país perderia com sua saída. Informou o país que em qualquer lugar onde aparece é saudado como um salvador. Por modéstia, evitou confessar que, dificuldades de audição, fazem com que entenda o grito nacional do momento como #simboraTemer, um estímulo ao homem que não teme o ridículo.

O arremate da ópera foi o deputado Pauderley Tomas Avelino apresentando as excelsas virtudes do governo Temer: a qualquer suspeita, ele responde com a demissão imediata do suspeito, mostrando determinação. Nesse tropel, com o nível do seu Ministério, o interino ainda terá muitas oportunidades para continuar mostrando determinação.

No Jornal Nacional, a explicação do deputado Pauderley, provavelmente filho de Paula e Vanderley (com Y), veio logo após a reportagem em que se revelava que a situação de Henriquinho já era conhecida há tempos, o próprio Temer foi aconselhado a não nomeá-lo, mas a lealdade do cappo falou mais alto.

O interino mostra, assim, ao lado das qualidades da prontidão, a de lealdade.

3.    E volta-se à questão da hipocrisia


Ontem, no JN, o interino Temer estava tão deslocado no papel de presidente indignado, quanto seu chanceler José Serra vivendo o papel de diplomata. Nos últimos tempos Serra tem aparecido em entrevistas de corredor falando em tom mecânico, voz baixa, escandindo cada sílaba como manda o figurino do Itamarati. É admirável sua capacidade de assimilação de novos papéis.

Mas, voltando a Temer, qual o nível de credibilidade de sua aparição ao vivo? No papel, o nível 4 de adjetivação pode passar ao leitor algum sentimento de indignação. Ao vivo, em cores, na boca e nas expressões do interino, passa uma emoção similar à do cardeal Ratzinger cantando ópera.

Independentemente de linhas políticas, nenhum cidadão minimamente informado conseguiria crer na inocência do interino, meramente analisando suas expressões faciais procurando demonstrar indignação.

Menos o amigo Jorge, que defendeu o interino, valendo-se da lógica pauderleyana.

Segundo Jorge, o presidente fez o que “a Nação sempre esperou: respostas de seus governantes”. “Foi contundente”, sentenciou Jorge.

O dicionário define contundente como “aquilo que não se pode contestar”, ou seja, o inquestionável, ou seja, o argumento que convence a multidão. Dá para sustentar que convenceu? Para o amigo Jorge “se convenceu ou não, é outro problema”.

Pode ser também que Jorge, com enorme sutileza, tenha querido insinuar o outro significado de contundência: aquilo que causa contusão.

Como fica, aos olhos da nação, pessoas com a ficha de Gedel, Eliseu Padilha, Moreira Franco e o próprio Temer, comandando uma organização que, a cada dia que passa, tem seu viés criminoso exposto à Nação e, ao mesmo tempo, abrindo uma brecha de R$ 170 bilhões no orçamento e negando o reajuste de 9% nos valores irrisórios do Bolsa Família, que consumiria apenas 0,6% dessa sobra? Ou reduzido em 90 mil matrículas o FIES deste ano?

Hoje, os beneficiários do Bolsa Familia irão receber seu pagamento. Já estava previsto o reajuste pela inflação, provisionados os recursos. Mas o grupo dos 4 tratou de tirar o pão da boca dos famintos para entregar à gula dos políticos. De forma contundente, é claro.

Apenas a cegueira dos muito apaixonados permitirá fechar os olhos a essa tragédia brasileira, de um país da dimensão do país, que logrou reconquistar as liberdades democráticas, que consolidou uma das mais avançadas constituições do mundo, cair nas mãos do que de pior a política produziu nas últimas décadas. E, como a maioria da opinião pública não tem a sensibilidade do amigo Jorge, esse jogo não vai longe.

Ontem previ o crescimento da campanha por novas eleições.

Retifico: a campanha a ser deflagrada será por uma nova Constituição. A de 1988 foi avacalhada pela ousadia do baixo mundo e pela tibieza do alto clero. Tornou-se refém do baixo clero que invadiu a Esplanada comandado pelo condomínio dos homens probos.

Sempre é hora para o recomeço."

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