No anúncio oficial da aliança entre o PP e o PT para fortalecer a campanha do ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, à prefeitura de São Paulo, uma foto divulgada na mídia em que aparece o ex-presidente Lula cumprimentando o ex-prefeito paulista e agora Deputado Federal (PP-SP), Paulo Maluf, foi um desastre. A militância do Partido dos Trabalhadores parece não ter aprovado a aliança, e não gostou nem um pouco de ver Lula junto com Maluf.
Em entrevista ao programa Globo News Bastidores, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, principal executivo da Rede Globo à época da campanha presidencial de 1989, disse ao jornalista Geneton Moraes Neto, que ajudou Collor contra Lula no segundo debate daquela eleição. A revelação de Boni irritou o ex-presidente e surpreendeu o atual diretor da Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, que rebateram as declarações.
Assim que começaram as publicações sobre a doença do ex-presidente Lula, jornalistas ligados aos grandes meios de comunicação, jornalistas independentes, blogueiros, foram bombardeados por intensa manifestação de seus leitores. Através das redes sociais descambou uma série implacável de comentários desprovidos de um mínimo de respeito, cheios de ódio, e até certo ponto desumanos. O ataque tinha como objetivo comentar ou tripudiar em cima do que foi escrito sobre o estado de saúde de Lula e sua internação. A polêmica chegou a todos os segmentos da mídia. Em campo os anti-Lula e os pró-Lula.
Primeiramente, quero dizer que o monopólio da informação e do conhecimento não deve pertencer exclusivamente a nenhum núcleo jornalistico por mais poderoso que possa parecer. Com o progresso tecnológico da humanidade e a disseminação da Internet, o mundo se torna uma só aldeia. Nada, e ninguém, poderá deter o direito do livre pensamento, nem tão pouco da liberdade de expressão.
Quando a gente se depara com alguém elogiando uma pessoa cuja índole e capacidade vem sendo questionada abertamente por nossos pares e divulgada impetuosamente por seus inimigos, e neste caso por inimigos políticos, nossa perplexidade nos atira ao chão sem qualquer capacidade de reação (até rimou). O que estaria se passando? Estamos diante de um falso elogio que procuraria tirar vantagem de uma situação futura ou o elogiador está completamente alienado quanto a conduta e o caráter do elogiado? Ou então estaria ele acima de todas as opiniões e atos inequívocos praticados pela pessoa a quem elogiou?
P@r%ra! Obama nem reparou que Lula não tinha um dedo na mão esquerda, que nem fala direito sua língua pátria, que toma uns goles e desanda a discursar de improviso cometendo gafes, pronunciando palavras erradas que ferem ouvidos eruditos, mas que chegam ao coração e mentes da grande maioria do povo brasileiro?
O primeiro presidente negro da mais importante nação do planeta, nem sabia que o presidente da "República das bananas" estaria envolvido num escândalo chamado "mensalão", e já vai elogiando assim, assim?... Será que o presidente dos EUA a partir do ano que vem, não mais negociará com Lula?
Afinal uma prática corrupta e corriqueira na politica brasileira, não exclusiva dos governantes atuais mas também dos que hoje exercem a oposição protegidos pelo falso manto da ética e da justiça. Como se escândalos e conchavos partidários jamais tivessem acontecidos neste país, não fossem motivo para um tal Luiz Inácio metido a besta, sem ter curso superior e nem sequer pertencer a elite do país, receba invés de desprezo, um elogio de Obama!
Igualmente a Lula, Obama nunca ouviu falar de Democracia e também quis ser presidente! Que ousadia dos dois heim!?
Saiu na Folha ON-line. O presidente Lula virou personagem de um desenho animado publicado pelo site South Park Studios. No final do video Lula aparece duas vezes. Em uma delas invés do "não sei de nada", ele fala: "sem mudanças", conivente com a mentira no episódio, juntamente com vários líderes mundiais, que também podem ser identificados: Nicolas Sarkozy, a chanceler alemã, Angela Merkel, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, entre outros.
Neste link (http://www.southparkstudios.com/episodes/220763) você pode conferir a íntegra do video. O enredo é ótimo e reflexivo. Vale a pena ver, apesar de de que as personagens só aparecem a partir do minuto 17. Está ainda sem legenda em português, obviamente por ser bem recente, mas dá para ter uma noção exata do que é a história pelas imagens (pra quem, óbvio, não tem o inglês fluente como eu), e também pelo resumo explicado, que aparece na Folha ilustrada de hoje.
Pouco antes da reunião dos lideres mundiais do grupo G20, em Londres, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, faz um elogio ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, ao apresentá-lo ao primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd. - "Esse é o cara! Eu adoro esse cara!" - disse Obama, apontando para Lula. - "Esse é o politico mais popular da terra" - complementa.
Esta não foi a primeira vez que Obama elogiara Lula. Na véspera da reunião, na presença da chanceler alemã Angela Merckel, que participava da conversa, mencionou a mesma frase.
Mas não foi a única vez que Lula é elogiado por um chefe de governo. Quando aqui esteve em 2006, o primeiro-indiano, Manmohan Singh, disse: "Eu o agradeço, senhor presidente, por tudo o que o senhor é".
Lula recebeu bem as palavras de Obama. Disse após a reunião que teria sido apenas um gesto de gentileza por parte do mais importante mandatário daquele grupo.
Aqui no congresso nacional , a repercussão foi bem recebida pelos integrantes do governo mas, com um pé atrás pelos membros da oposição.
Penso que este elogio foi dirigido ao chefe de Estado, e não à pessoa de Lula. Com uma ponta de decepção, falta ao Lula ser o presidente que esperávamos. Isto é, que cumprisse aquilo que prometeu. Pois se elegera sob o manto da ética e do combate a corrupção, que por ironia do destino ou por traição dos seus companheiros partidários (?), escândalos políticos feriram de morte a moral do seu partido (PT), do qual foi fundador. O mesmo pode ser dito com realção à dignidade do seu mandato.
Nem tanto pela usura do dinheiro público. Uma prática comum no universo politico, desde o governo anterior ao anterior. Mas, pela desconfiança do povo para com a classe politica do nosso país, e nas instituições públicas e privadas. Vide operações deflagradas pela polícia federal: Satyagrara, sangue-suga, castelo de areia, etc.
Mas, no entanto, "nunca na história deste país" (sem ironia), um presidente eleito pelo voto democrático, foi tão elogiado por outros grandes mandatários. Seria um simples elogio com pretensas intenções políticas? Ou o reconhecimento de uma força democrática inquestionável?
Então, chegando ao "estágio da dúvida", um turbilhão de perguntas pode vir à mente:
1 - Não acredito que Obama esteja sendo cínico, ou esteja querendo sacanear a gente. Talvez, buscasse uma abertura amistosa para futuros compromissos comerciais?
2 - Ao tentar exaltar Lula, estaria lustrando o seu próprio brilho?
3 - O que estariam pensando, FHC, Borhausem, e "ex-companheiros"?
4 - E os internautas tupiniquis da classe média ultrajada, que divulgam e repassam "pps", muitas vezes preconceituosos?
5 - Isso dá matéria para crônica do Jabor?
6 - A revista Veja, vai publicar matéria exaltando o elogiador e não o elogiado?