sábado, 19 de abril de 2025
quarta-feira, 19 de junho de 2024
Vídeo: 'Surra' histórica de Henrique Vieira em Sóstenes Cavalcante, autor do PL do estupro
Por Henrique Rodrigues, na Fórum: o Projeto de Lei 1904, apelidado pela maioria dos brasileiros de 'PL do estupro', pois tenta mandar para a cadeia por 20 anos mulheres estupradas que se submeterem legalmente ao aborto após 22 semanas de gestação, uma pena maior que a dos violadores, ainda rende forte repercussão na sociedade e na imprensa do país. E foi nesse contexto de debate que dois deputados-pastores foram para um 'duelo' no canal a cabo de notícias GloboNews.
Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o fundamentalista evangélico autor do PL do Estupro, como integrantes da religião cristã em questão, partiram, em tese, de uma equivalência de "força, legitimidade e doutrina" para se enfrentarem num debate. No entanto, o que se viu foi uma verdadeira 'surra' do parlamentar progressista contra o 'colega' de Câmara, que ficou a certa altura sem fala.
"O deputado Sóstenes tem o direito de colocar a opinião dele acerca dele, não projetar sobre mim. Eu não disse que sou favorável ao aborto, eu sou contra a criminalização das mulheres que fazem aborto. Aliás nós que somos de igreja, eu pergunto, porque as mulheres evangélicas e católicas também fazem aborto: se elas procurarem o Sóstenes, no gabinete pastoral, para um aconselhamento dizendo que fizeram aborto, qual vai ser a medida pastoral? Eu sei que o mais importante é a legislação, é a Constituição... Mas qual seria a medida pastoral? Eu estou imaginando uma mulher que chega assim, no gabinete pastoral da igreja do Sóstenes, o pastor solenemente vai levá-la à delegacia... É isso!
A consequência da visão de mundo que ele está propondo, até do ponto de vista religioso, é pegar essas irmãs e dizer "olha, independente do seu contexto, independente da sua dor, independente da violência que você sofreu, independente se você corre risco ou não, independente da sua idade, eu preciso te levar a uma delegacia e defendo que você tenha uma pena de 20 anos... Essa é a nossa diferença... Ninguém aqui está romantizando ou idealizando o aborto, eu estou dizendo que as mulheres precisam ser respeitadas, elas têm que ser escutadas, elas têm que ser contextualizadas, que elas não podem ser presas em nenhuma hipótese por isso, e isso eu vou continuar defendendo como cidadão e vou continuar defendendo como cristão. E quando eu disse 'o cristianismo deles' é porque reconheço, Sóstenes, que há diversidade no campo cristão... E não reivindico para mim o poder de falar em nome de todo o cristianismo", disse Henrique Vieira, enquanto Sóstenes parecia claramente constrangido no quadrante ao lado.
Veja o vídeo com o 'massacre':
Rapaz, essa foi uma das maiores humilhações que já assisti.
— Lázaro Rosa 🇧🇷 (@lazarorosa25) June 17, 2024
O Deputado Sostenes Cavalcante recebeu uma aula de humanidade e empatia do Pastor Henrique Vieira após CONFESSAR que seu projeto prevê que meninas estupradas que interromperem uma gestação serão punidas com internação… pic.twitter.com/ilWybpj7LC
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[OAB diz que PL do aborto é flagrantemente inconstitucional e atroz: O Conselho Pleno da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aprovou nesta segunda-feira (17), por aclamação, um parecer que define como inconstitucional, inconvencional e ilegal o projeto de lei (PL) que equipara o aborto após a 22ª semana de gestação ao homicídio. Com 81 membros, o Conselho da OAB é o órgão máxima da instituição que representa a advocacia brasileira.
“Absoluta desproporcionalidade e falta de razoabilidade da proposição legislativa em questão, além de perversas misoginia e racismo. Em suma, sob ótica do direito constitucional e do direito internacional dos direitos humanos o PL 1904/2024 é flagrantemente inconstitucional, inconvencional e ilegal”, afirma o parecer.] (Fonte: Agência Brasil).
(...)
domingo, 7 de janeiro de 2024
Ciro perguntou a Bolsonaro sobre mutreta envolvendo a refinaria do caso das joias
Por Julio Cesar Silva, no DCM: Neste sábado (6), o vice-presidente do PDT, Ciro Gomes, compartilhou em suas redes sociais um trecho do debate presidencial de 2022, em que questionava o ex-presidente Bolsonaro sobre a venda da refinaria Landulpho Alves, na Bahia, para um fundo dos Emirados Árabes.
No vídeo, Ciro mesclou o trecho da pergunta com uma reportagem sobre os recentes escândalos envolvendo a refinaria. Após a Controladoria-Geral da União (CGU) revelar irregularidades no processo de venda da refinaria pela Petrobras, a Policia Federal entrou em cena para examinar o relatório elaborado.
As autoridades investigam se a venda da indústria abai do preço de mercado tem relação com as joias sauditas recebidas pelo ex-presidente. À época, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, tentou vender as joias nos EUA.
A RLAM foi vendida por US$ 1,65 bilhão à Mubadala Capital, subsidiária do fundo soberano Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos, em novembro de 2021. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, encaminhou a auditoria da CGU à Diretoria de Inteligência Policial, que considerará e elementos obtidos nas investigações sobre joias dadas a Bolsonaro pelos governantes dos Emirados.
O documento elaborado pela CGU também aponta que a negociação pode ter gerado um prejuízo de mais de R$ 10 bilhões. Segundo o relatório do órgão de controle, a RLAM, rebatizada posteriormente como Mataripe, foi vendida em um cenário de "tempestade perfeita" para negociações abaixo do preço do mercado, com incerteza econômica e uma cotação internacional do petróleo em baixa.
Confira o vídeo compartilhado por Ciro:
Denunciei várias vezes a corrupção descarada de Bolsonaro. Conforme anunciado nesta sexta-feira pela GloboNews, a Polícia Federal vai investigar se a venda da refinaria Landulpho Alves, na Bahia, tem relação com as joias que Bolsonaro recebeu em viagem aos Emirados Árabes. pic.twitter.com/Ka5mk5GUaN
— Ciro Gomes (@cirogomes) January 6, 2024
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terça-feira, 18 de outubro de 2022
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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
Como discutir política de forma saudável?
sábado, 7 de maio de 2016
Petrobras quebrada? As desinformações de Sardenberg

Não sabemos quais são as fontes de informação do sr. Sardenberg, mas certamente não vem dos balanços publicados e nem dos fatos relatados no site da empresa.
Na verdade, acreditamos que o sr. Sardenberg não precisa de fonte de informação, pois ele cria a informação da maneira que bem entende, para alcançar seus objetivos sorrateiros.
Sabemos muito bem que nossos artigos ficam muito longe de alcançar a audiência dos artigos deste cidadão, mas pelo menos queremos fazer nossa parte na defesa do nome da Petrobras e no esclarecimento da classe petroleira.
Sem a menor vergonha o referido jornalista afirma:
“Quebraram a estatal. Vamos falar francamente: a Petrobras só não está em pedido de recuperação judicial porque é estatal. Todo mundo espera que, em algum momento, o governo imprima dinheiro para capitalizar a empresa.”
Parece que o referido jornalista finge desconhecer o fato de que a Petrobras tem apresentado lucro constante desde 1991, o que só foi interrompido agora em 2014 e 2015 devido a ajustes contábeis (impairments) altamente contestados, mas que na verdade são apenas registros econômicos que não afetam o caixa da empresa.
Que juiz vai conceder recuperação judicial para uma empresa que tem US$ 25 bilhões em caixa? O maior caixa de todas as petroleiras do mundo.
Que juiz vai conceder recuperação judicial para uma empresa que gasta US$ 20 bilhões por ano com investimentos?
Que juiz vai conceder recuperação judicial para uma empresa para a qual o Banco de Desenvolvimento da China abriu linha de crédito de US$ 10 bilhões, recebendo como garantia apenas a promessa de fornecimento futuro de petróleo?
Se tem alguém esperando que o governo faça alguma capitalização para “salvar” a Petrobras, é bom avisar que tenham paciência, pois vão esperar muito. Em entrevista após a publicação do balanço de 2015, o presidente Bendine reconheceu: “O caixa da empresa cobre suas necessidades até o final de 2017”.
Soma-se a isto o fato do fluxo de caixa projetado pela companhia para 2016 indicar que, somente neste exercício, a Petrobras vai gerar operacionalmente mais de US$ 22 bilhões de caixa.
O referido jornalista vai mais longe e sugere:
“O presidente da companhia também deveria ser procurado no mercado. Inclusive no mercado internacional. Qual o problema de se colocar executivo chinês ou norueguês tomando conta da Petrobras?”
Evidentemente, evitando sugerir diretamente a privatização da Petrobras, ao que tudo indica o jornalista quer ir por etapas. Afirma, ainda:
“A companhia tem problemas em todos os lados, inclusive de excesso de pessoal e de pessoal mais bem remunerado que no mercado”
O jornalista esquece de dizer que este excesso de pessoal bem remunerado está extraindo petróleo no pré-sal num custo abaixo de US$ 10, o mais baixo entre todas as majors.
Na verdade, como já falamos outras vezes, a Petrobras continua produtiva e lucrativa. Apesar dos problemas de corrupção e políticos, a empresa na essência é a mesma.
No próximo dia 12 será divulgado o resultado do 1º trimestre de 2016. Sabemos que em 2016 ainda estão previstos pagamentos de “garantias judiciais” referentes a problemas pretéritos, que nada têm a ver com a operação da empresa, no montante de US$ 5 bilhões.
Esperamos que tais pagamentos não sejam feitos de uma só vez neste trimestre. Mas, qualquer que seja a decisão, o balanço vai mostrar uma empresa economicamente sustentável com forte geração de caixa, o que incomoda a alguns jornalistas.
( *) Cláudio da Costa Oliveira é Economista aposentado da Petrobras
domingo, 17 de janeiro de 2016
Internet, um território perdido?
sábado, 25 de outubro de 2014
Quem venceu o último debate?

O eleitor comum costuma ser mais complexo do que se imagina. Frequentemente, o que o atrai não é o candidato autoconfiante e inabalável.
Ontem, no debate da Globo, por exemplo, os eleitores “indecisos” convocados tremiam horrivelmente diante das câmeras.
Não estão acostumados à violência da exposição midiática.
Neste sentido, talvez Dilma tenha produzido uma empatia maior. Porque, curiosamente, apesar dela ser a favorita e a líder nas pesquisas, via-se que estava mais nervosa que seu adversário.
Afinal, o tucano é uma raposa que exerce cargos políticos desde o final da adolescência.
Aécio nunca enfrentou nenhuma dificuldade. Com 17 anos, tinha um emprego no Ministério da Justiça. Com 19, era secretário no gabinete do pai. Sempre morando no Rio, apesar da função ser exercida em Brasília. Provavelmente, Aécio nem comparecia ao trabalho.
Ainda com 17, em viagem aos EUA, Aécio dá entrevista dizendo que as mulheres brasileiras não precisam trabalhar, porque tem duas empregadas doméstica cada uma. Numa frase, vários preconceitos, inúmeras demonstrações de ignorância política.
Aos 25 anos, Aécio ganha uma rádio de Sarney.
É assim que ele constrói sua carreira política, sempre recebendo favores da família e de amigos da família.
Dilma, filha de um imigrante búlgaro sem qualquer conexão política, construiu a sua vida pública pela via mais difícil que se possa imaginar: arriscando-se, ainda muito jovem, numa luta desigual contra a ditadura.
Perdeu inúmeras batalhas.
Foi encarcerada e torturada por anos a fio. A presidenta já relatou o que sofreu em sua biografia. Pau de arara, choque, espancamento, além da humilhação constante de ser exposta nua aos trogloditas da ditadura. Passou por interrogatórios excruciantes.
Até hoje, a presidenta tem problemas de dentição em resultado de golpes em seu rosto.
A eleição tem coerência.
Aquele que sempre recebeu as benesses dos opressores, da ditadura, é o candidato dos ricos e da mídia, da mesma mídia que apoiou o regime militar.
Aquela que lutou contra a tirania, e o fez tendo como recompensa apenas a prisão e a tortura, é a candidata do povo e daqueles que, até hoje, lutam por justiça social e aprofundamento da democracia.
Observe ainda a timidez dos colunistas hoje em afirmar quem venceu o debate. Possivelmente estão confusos, como a maioria dos analistas.
Talvez a razão da dificuldade em analisar o debate seja justamente a nossa obsessão pela objetividade.
Há um momento em que é preciso apelar para a sensibilidade e para a intuição.
Uma reportagem publicada hoje, no Estadão, nos dá subsídio para entender uma possível vitória de Dilma, tanto no debate de ontem quanto nas eleições de domingo.
Reproduzo um trecho abaixo.

Via: BlogdoMiro
Imagem: reprodução/cafezinho