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sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

O saque dos bárbaros, o Centrão do Congresso e o cartel do mercado, por Luís Nassif

Por Luís Nassif, no GGN: O economista da consultoria conhecida dá entrevista a O Globo dizendo que nem aumento de Selic derrubará o dólar. Que o problema é o déficit fiscal. Décadas atrás, essa mesma consultoria foi incumbida de questionar um estudo do IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas). O reestudo mostrava que, com o aumento do salário mínimo, 55% dos lares que possuíam aposentados e pensionistas, passaram a ser arrimo de família. O que significa isso?

www.seuguara.com.br/Bárbaros/Centrão/Congresso/Mercado/

Crianças entrando mais tarde no mercado de trabalho. Ou seja, passando mais tempo na escola, com ganhos para educação.

Redução da fome e, por consequência, das doenças, com ganhos para a saúde.

Redução das crianças cooptadas pelo crime.

Em suma, uma série de vantagens terríveis, pois significa legitimar o aumento do salário mínimo sob a ótica do gasto público: mais salário mínimo, menos gastos em saúde e segurança e maior eficiência na educação. 


Houve um pânico geral no mercado, que contratou a mesma consultoria para tentar provar que o aumento do salário mínimo aumentava a propensão dos jovens à vagabundagem. O autor dessa tentativa foi o economista João Batista Camargo. 

Para dar algum verniz de seriedade a essa tese vagabunda, Camargo convidou o técnico do IPEA para co-autor. O trabalho entregue ao mercado, no entanto, confirmava todas as hipóteses do primeiro trabalho e deixava, como consolo, a possibilidade teórica - e não comprovada no trabalho - que poderia aumentar a propensão à vagabundagem. 


Na época, foi o maior exemplo - dentre inúmeras - que o trabalho dessas consultorias, voltadas para o mercado financeiro, é apenas o de tentar dar legitimidade acadêmica a teses antissociais - geralmente falsas.

É o que acontece com essa inacreditável teoria das metas inflacionárias.

Sua única função é preservar o capital do rentista e tratar, cada vez mais, de se apossar do orçamento - tal qual fazem seus irmãos-gêmeos do Centrão. 


Temos que fazer tudo para equilibrar o orçamento, pois ele produz inflação que prejudica especialmente os pobres. 

Para tanto, nada de tributação sobre lucros e dividendos, nem alíquotas maiores par as camadas superiores de renda. Vamos reduzir o Bolsa Família, os Benefícios de Prestação Continuada, a geração de empregos (pois aumento provoca inflação), os investimentos em educação. Tudo em nome da proteção aos mais pobres.

Mais que isso, faz parte dessa lógica a total desregulamentação do mercado de câmbio e de seus derivativos. Permite-se a formação de cartéis - dos quais essas consultorias são os braços explícitos de montagem de movimentos de overshooting. E pretendem reescrever a Constituição a golpes de manipulação. 


Não se pode aceitar uma taxa básica de juros de 6, 7, 8% acima da inflação. Não é natural. É humilhante para todo o país, diploma de subdesenvolvimento. São os grandes investidores do mundo todo que aparecem por aqui, literalmente tirando leite das crianças, educação dos jovens, saúde dos adultos. 

A imensa dívida pública não foi criada com gastos em infraestrutura, em saúde, educação. É fruto exclusivamente dessa dependência colonial ao capital gafanhoto externo. Volta-se aos tempos do Encilhamento, da República Velha. 


Não se exige atos heroicos de um governo acuado pelo Centrão do Congresso e pelo cartel do mercado. Mas tem que mostrar, ao menos, que está estudando alternativas para defender o país do saque dos bárbaros.


Leia também:


www.seuguara.com.br/Última cartada de Campos Neto/Luís Nassif/
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www.seuguara.com.br/manipulação/câmbio/Luís Nassif/
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terça-feira, 10 de dezembro de 2024

A receita do homem da FGV: parem de consumir ou o homem do saco pega vocês. Por Moisés Mendes

Publicado por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo: Acredite, mas essa era, na tarde de segunda-feira, uma chamada de destaque na capa do Estadão, na versão online do jornal: "Isenção de Imposto de Renda até R$ 5 mil é exagerada e equivocada no 'timing' econômico, diz Manoel Pires". E o Estadão acrescentava logo adiante: 

www.seuguara.com.br/Manoel Pires/economista/Ibre/FGV/isenção do imposto de renda/

"Economista do Ibre/FGV entende que a isenção é importante do ponto de vista distributivo, mas que valor é alto em qualquer comparação internacional. Momento era de reduzir estímulos à demanda para ajudar o BC no combate à inflação".


O recado da crueldade defendida pelo economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas: não concedam isenção, porque isenção representa mais consumo para essa gente consumista.

O momento, segundo ele, deve ser de redução de 'estímulos à demanda para ajudar o BC no combate à inflação'. O povo e, nesse caso do IR, a classe média bem média, que ganha até R$ 5 mil, devem gastar menos. Porque o timing exige.

www.seuguara.com.br/Banco Central/

Num país sem a contaminação dos liberais por ideias muito próximas do que pensa a extrema direita, eles defenderiam que a melhora no PIB tivesse como efeito a consequente melhoria de renda e de vida.

Que o país compartilhasse seus ganhos, com os custos que isso representa. Crescer e produzir mais e obter mais renda tem seu preço, mas e daí? O inverso é estagnar e não ganhar nada com isso. É perder.


Mas no Brasil hoje tudo é mais complicado. Que história é essa, Manoel? Produção, emprego e renda são uma ameaça para o liberalismo da academia, que raciocina como se fosse oposição permanente a mando do mercado financeiro?^

O mais estranho é que Manoel Pires não é da turma do vale-tudo e, pelo que li, seria até Keynesiano, mesmo que não se saiba direito o que isso possa significar hoje em dia. Por que então essa conversa? O que está acontecendo? 


Por que estão dizendo, não só na Faria Lima, que a classe média - com essa mania de gastar desesperadamente - é culpada pela inflação? Parem de comprar ou Roberto Campos Neto, o homem do saco, pega vocês com juros ainda mais altos.

O que Manoel talvez não queira, mas Joaquim pode querer, é que aconteça aqui o que acontece na Argentina. Estagnação, desemprego, queda de renda, pobreza e miséria.

Mas com queda de inflação de 25% ao mês, no ano passado, para os atuais 3%. Um sacrifício que não podes ser em vão, como disse a Folha em editorial.   


Com um país com a economia parada, que mata idosos e crianças de fome, é o modelo para os jornalões e para o desamparado liberalismo brasileiro. Se o povo não come e não consome nada, claro que a inflação cai.

Pela receita hegemônica no Brasil, a solução seria essa: manter tudo como está, para que a melhoria de renda não se transforme num problema e não acione juros mais altos. 


Compartilho abaixo o link de texto do jornal El Destape, que mostra o que está acontecendo na Argentina da demanda e da inflação reprimidas pela fome.

Ao final do primeiro ano de Milei, as famílias ainda não conseguem sobrevier: compram menores, trocam de marca e correm atrás de promoções

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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Os desafios de Galípolo no Banco Central, por Luís Nassif

Por Luís Nassif, no GGN: Não se espere atos heroicos de Gabriel Galípolo, na presidência do Banco Central. Sua diferença de Roberto Campos Neto ´que ele irá explorar todas as possibilidades de redução dos juros, sem afrontar as regras do mercado. Campos Neto boicotava. Deus declarações, em Nova York, que reverteu o movimento de expectativa de queda na Selic. Atropelou todas as normas de atuação do banco, por uma questão política. 

www.seuguara.com.br/Gabriel Galípolo/Banco central/desafios/

Por outro lado, os governos Lula sempre padeceram de desconfiança do mercado, levando a um grau de radicalização maior do que nos períodos anteriores, de orientação liberal. Dia desses publiquei artigo meu, de 2006, mostrando o espanto de Armínio Fraga com uma meta inflacionária extremamente rígida da parte de Lula. 

O mesmo se repetiu agora, com a meta fixada em 3%. Qualquer suspiro acima de 3% já dispara as pressões por aumento da Selic. Aliás, a quantidade de besteirol sobre a suposta gastança - especialmente nos editoriais dos jornalões - lança dúvidas sobre a inteligência da mídia corporativa.


Ontem, o editorialista da Folha celebrava o bom desempenho da balança comercial. Mas dizia que tudo poderia ser comprometido pela gastança de Lula, que poderia estimular o aumento das importações. As importações aumentam quando a economia está aquecida. Quando se tem reservas cambiais da ordem de US$ 350 bilhões, o aumento das importações deveria ser celebrado, especialmente de insumos para a indústria.

Para tentar supor a lógica de Galipolo, é importante entender quais os principais vícios do mercado atualmente: 

1. O relatório Focus

O relatório abarca as expectativas exclusivas do sistema financeiro em relação à inflação. Muitas vezes ocorrem jogadas visando aumentar as expectativas. Provavelmente Galípolo vai criar novas medidas de expectativas, captando o sentimento de outros setores da economia.


2. O método de estimar a inflação

A tal planilha do Ilan Goldfajn consiste em um conjunto de fórmulas que serve como corrida de galgo. Se aponta em uma determinada direção, imediatamente todo o mercado se articula todo na mesma direção. Ou seja, a planilha serve para homogeneizar a atuação dos agentes financeiros, ampliando as possibilidades de cartelização.

Provavelmente, Falípolo introduzirá novos métodos de estimar a inflação. 


3. O mercado de títulos públicos

Hoje em dia, a Faria Lima domina amplamente o mercado de Letras do Tesouro Nacional - que serve de parâmetro para as taxas de juros longas. É onde se dá a especulação brava, através de operações de arbitragem. 

A ideia é melhorar o grau de avaliação do país, pelas agências de risco, e convencer fundo soberanos a adquirirem pacotes de LTNs, mas para levar até o vencimento. Isso reduziria o poder de fogo do mercado para especular com o papel.

O grande desafio de Galípolo será, pouco a pouco, cumprir a missão didática de convencer parte do mercado que taxas de juros elevadas não serão a única maneira de reduzir inflação. 


Mas, antes, terá que administrar a armadilha deixada por Campos Neto, quando radicalizou as projeções sobre a Selic, amarrando seu sucessor a esse modelo, para não se enfraquecer perante o mercado.


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sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Ideologia de mercado e domínio da especulação. Por J. Carlos de Assis

Publicado por J. Carlos de Assis, no DCM: O verniz aparentemente científico com que os porta-vozes do mercado financeiro programam através da grande mídia sua ideologia privatista não passa de defesa de interesses próprios. São todas figuras riquíssimas que se tornaram prósperas na base da especulação. Não há ciência verdadeira em suas afirmações, mas simples ideologia. Quando alegam que "o governo não pode gastar mais do que arrecada", simplesmente negam ao povo o direito de apoio estrutural do Estado para reivindicarem seu próprio "direito" a privilégios.
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terça-feira, 1 de março de 2022

Economia: Guerra entre Rússia e Ucrânia pode impactar inflação e PIB no Brasil

A invasão da Ucrânia por tropas russas pode produzir impactos econômicos a mais de 10 mil quilômetros de distância. O Brasil pode sentir os efeitos do conflito por meio de pelo menos três canais: combustíveis, alimentos e câmbio. A instabilidade no Leste europeu pode não apenas impactar a inflação como pode resultar em aumentos adicionais nos juros, comprometendo o crescimento econômico para este ano ao reduzir o espaço para a melhoria dos preços e do consumo.
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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Economia: Valor do Petróleo deve aumentar no Brasil com invasão da Ucrânia

A invasão da Ucrânia por tropas russas deve prejudicar a oferta de petróleo e deixar o produto mais caro, de acordo com analistas. Em consequência, o preço dos combustíveis no Brasil deve aumentar. A Rússia é o segundo maior exportador e terceiro maior produtor de petróleo global, respondendo por cerca de 12% da oferta global. As entrevistas desta matéria foram concedidas ao portal Uol.
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quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Em comunicado oficial, presidente do Banco Central aponta três fatores para a inflação de 10%

Reportagem de Guilherme Mendes, para o Congresso em Foco: O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicou nesta terça-feira (11) que elevação de preços de commodities e da energia elétrica, aliado a gargalos logísticos mundiais causaram um aumento da inflação fora da meta planejada pela área econômica.
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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

A história da média - charge do Amarildo Lima

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sábado, 5 de abril de 2014

Governo contesta correção do FGTS pela inflação

A presidente Dilma Rousseff encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um documento elaborado pela Controladoria Geral da União (CGU), que rechaça a ação do Partido Solidariedade para que os saldos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) sejam corrigidos pela inflação.
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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

FGTS - Caixa Econômica é alvo de enxurrada de ações

Pela Lei, a Caixa Econômica Federal é obrigada a corrigir os saldos das contas do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) pela TR (Taxa Referencial), mais 3 % ao ano. Mas, desde 1999 a TR caiu muito em relação aos índices de inflação. Em vista disso, desde o ano passado foram apresentadas milhares de ações contra a Caixa pedindo correção por um índice oficial, como o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
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domingo, 21 de abril de 2013

Inflação terá forte queda entre maio e agosto, mostra estudo

Por Cristiano Romero* -  

"A inflação, medida pelo IPCA, deve continuar alta neste mês, mas cairá fortemente entre maio e agosto. É alta a probabilidade de o índice, em algum desses meses, registrar deflação. A previsão é do economista-chefe do banco Credit Suisse, Nilson Teixeira, um dos analistas que acertam projeções econômicas no país.
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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

IBGE faz adaptações no cálculo do índice de inflação para 2012

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revisou a metodologia de cálculo da inflação para este ano. Mudanças no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para adequar aos hábitos de consumo dos brasileiros, determinaram a revisão e adaptação do rol de produtos considerados para o cálculo da inflação. A divulgação mensal do IPCA é de responsabilidade do IBGE, e serve como referência para que o Governo fixe as metas de inflação.
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