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terça-feira, 14 de julho de 2015

Que crise é essa?

Por Marcus Lanoni (*), no Jornal do Brasil – “Tão importante quanto destacar os fatos e indicadores da crise em curso, é examiná-la em uma perspectiva conceitual. Afinal, que crise é essa pela qual passa o país desde o início do ano? Quais são seus principais determinantes? 

Em uma resposta sintética, trata-se de uma crise, simultaneamente, econômica, de disputa pelas bases sociopolíticas de poder do Estado e político-institucional. A conjunção desses elementos de crise implica em uma crise de legitimidade, que também está em curso e se expressa, principalmente, na reprovação do governo Dilma por 65% do eleitorado, segundo do Datafolha. Uma crise com esses conteúdos não se via desde 1993, o período anterior ao Plano Real. Mas esses elementos múltiplos de crise se manifestaram de modo mais intenso naquela ocasião, quando, além de estar em jogo a definição do projeto alternativo à crise do Estado nacional-desenvolvimentista da era Vargas, havia hiperinflação perseverante, crise de crescimento, ocorrera um impeachment presidencial, ingovernabilidade no âmbito do sistema político etc. O neoliberalismo, então, conquistou politicamente o Estado, superando, por um período, a crise de poder. Na crise atual, o projeto neoliberal, que havia perdido, de modo relativo, bases de sustentação social e institucional durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, tenta se colocar como alternativa, devido aos insucessos do social-desenvolvimentismo em matéria de promoção do crescimento, problema explicitado em Dilma 2.



Entre 1994 e 2002, vigorou o projeto neoliberal, que enfrentou crises externas em 1998 e 1999 e dificuldades internas, como o apagão elétrico em 2000. Por outro lado, no referido período, apesar das reformas monetária e fiscal e de outras mudanças orientadas para o mercado, como as privatizações das empresas estatais, o desempenho da economia em termos de emprego e crescimento foi pífio. Como reação à crise do neoliberalismo no Brasil, foi sendo desenhado, a partir de 2003, um modelo social-desenvolvimentista, que, tendo enfrentado dificuldades em Dilma 1, desarticulou-se em Dilma 2. A crise atual, em uma perspectiva estrutural, é novamente uma crise de poder, de disputa entre as forças sociais sobre que projeto deve orientar a ação do Estado na economia. No momento, o bloco neoliberal retomou a iniciativa, por dentro e, sobretudo, por fora do governo. Mas, diferentemente do que se observou na longa conjuntura de crise que precedeu ao Plano Real, na situação atual não há uma incapacidade das forças sociais se organizarem para reinventar politicamente o país, como aconteceu do fracasso do Plano Cruzado até 1993. Há, sim, a disputa entre dois projetos que já ocuparam a Presidência da República, sendo que um deles ainda a ocupa, embora em condições muito mais contraditórias e difíceis do que as existentes em Lula 1 e 2 e Dilma 1. São os dois principais projetos que, no plano institucional, vem disputando o país desde 1994, tendo, por um lado, PT e seus aliados e, por outro, PSDB e seus aliados.

Apesar das diferenças de perspectiva entre os dois grandes projetos, a implementação prática do social-desenvolvimentismo não logrou superar, a contento, a macroeconomia neoliberal, que valoriza o câmbio, eleva os juros e pressiona contra o investimento público, por demandar arrecadação de superávit primário. Elevar os juros e, ao mesmo tempo, alcançar a higidez fiscal são duas metas contraditórias nesse arcabouço de política macroeconômica, que favorece o rentismo vinculado à financeirização. O modelo lulista, apesar de inegáveis avanços, conciliou a estrutura institucional da política macroeconômica (metas de inflação, câmbio flutuante e arrecadação de superávit primário) com o objetivo de direcioná-la ao desenvolvimento. Mas essa conciliação mostrou-se limitada em termos de efetividade para o crescimento. Alcançou melhores resultados quando a economia internacional estava favorável e enquanto a China, principalmente, importava commodities brasileiras. Devido a esse limite, ao qual Dilma 1 procurou compensar mantendo o pleno emprego através do aumento dos gastos públicos, inclusive recorrendo às “pedaladas fiscais” (hoje questionadas pelo TCU), e aos problemas de corrupção enfrentados pelos governos petistas (mensalão e, desde 2014, a operação Lava Jato, que tem contado com os instrumentos da prisão preventiva e delação premiada), as próprias forças sociopolíticas limitadoras do modelo social-desenvolvimentista, estruturadas em torno do partido da grande mídia, reemergiram politicamente como alternativa social e institucional.

As conciliações e contradições entre social-desenvolvimentismo e neoliberalismo explicam a nomeação de Joaquim Levy para a pasta da Fazenda. Afinal, a política macroeconômica de Dilma 2 não é desenvolvimentista, pelo contrário, é recessiva (ajuste fiscal, inclusive restringindo direitos trabalhistas e previdenciários, e aperto na política monetária) e os interesses que a defendem foram derrotados nas eleições de 2014. A relação de forças se alterou. O empresariado produtivo apoia o ajuste fiscal, desde que ele não onere a produção. E o quadro político-partidário está confuso, como resultado das disputas nas esferas institucional e sociopolítica, ensejadas pelas limitações econômicas e pelo impacto da Operação Lava Jato. 

O governo resultante da vitória eleitoral executa a política econômica derrotada. Os derrotados partiram para a ofensiva e tentam capitalizar politicamente a dádiva de não arcarem com o ônus de serem os promotores do ajuste fiscal que defenderam nas eleições de 2014, através do programa da candidatura de Aécio Neves. Apostam no quanto pior melhor, entusiasmam-se ao criticar os insucessos econômicos, munem-se da arma destrutiva da bandeira contra a corrupção petista (não a corrupção em geral). Além disso, os derrotados lastreiam-se institucionalmente em bases parlamentares do Congresso mais conservador desde 1964, no interior do qual reina uma grande confusão entre o que é governo e o que é oposição, entre quem é ideologicamente neoliberal (e, de modo oportunista, comporta-se como se não o fosse) e quem é desenvolvimentista (mas sujeita-se a votar favoravelmente às medidas de ajuste fiscal). Registre-se que, na votação do projeto de lei de terceirização na Câmara, esquerda e direita alinharam-se cada qual em seu campo, com nitidez. Mas, em geral, as cartas estão embaralhadas e parte da bancada parlamentar do PMDB, partido grande que participa dos governos de plantão desde 1985, está se agrupando com a oposição, inclusive para tentar aprovar, nessa legislatura, a mudança para o regime parlamentarista. Mas, antes do eventual parlamentarismo, que vigoraria só após 2018, há o problema mais grave da tentativa de golpe branco contra a presidenta Dilma, via processo de impeachment, que depende de elementos jurídicos ainda não existentes. Porém, forças institucionais de oposição, baseadas na Polícia Federal, Ministério Público, STF, TCU e Congresso, estão trabalhando nessa perspectiva. 

A confusão salta aos olhos no principal partido do centro político, o PMDB e formalmente o principal aliado do PT na coalizão de governo. Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, respectivamente Eduardo Cunha e Renan Calheiros, principalmente o primeiro, tem se colocado, em várias votações e pronunciamentos, como oposição ao governo ou como uma força autônoma em relação à presidenta Dilma. Recentemente, o Senado, em geral menos problemático que a Câmara, aprovou a extensão do salário mínimo reajustado a todos os benefícios da previdência social. Como se não bastasse a perda de poder de Dilma e Temer em matéria de indicação de ministros do STF, em função da aprovação da PEC da Bengala, Renan e Cunha lançaram uma primeira versão do projeto de Lei da Responsabilidade das Estatais, para retirar poder do Executivo na nomeação dos presidentes dessas empresas. Enfim, a base governista, formada por uma heterogênea coalizão de dez partidos, está desarticulada e com a consistência programática mais volátil do que nunca. Dilma 1 já havia enfrentado problemas com sua base parlamentar, que aumentaram muito no atual segundo mandato.

O peculiar da situação é que não há paralisia decisória. Pelo contrário, a Câmara dos Deputados, por exemplo, está em ativismo legislativo. O que há é uma disputa entre Executivo e Legislativo sobre quem governa, colocando em questão o tipo de governabilidade. O Congresso, como nunca, disputa o poder institucional no interior do sistema político. A designação de Temer para a negociação política com o Parlamento foi feita visando organizar a base institucional de apoio do Executivo. O PMDB quer mais cargos. A liberação de 5 bilhões para as emendas parlamentares, anunciada por Joaquim Levy, pode, talvez, amenizar um pouco as tensões. Além do desgaste na relação PMDB-PT, o segundo mandato registra um crescimento da oposição institucional.
O governo perdeu, embora não de modo absoluto, capacidade de implementar sua agenda legislativa. Parte de sua base se dispersou e passou a compor com a oposição, inclusive atraindo-a para a aprovação de alguns projetos, conforme ocorreu no caso da redução da maioridade penal. Fatos institucionais importantes acontecem como se lideranças formalmente governistas fossem, na verdade, lideranças oposicionistas. Não se pode esquecer que Eduardo Cunha foi eleito à presidência da Câmara derrotando o candidato de Dilma, Arlindo Chinaglia, e com base na bandeira da autonomia da respectiva casa parlamentar.

Enfim, a natureza da crise contém elementos econômicos (não crescimento, pelo contrário, recessão), sociopolíticos (os fundamentos sociais da estrutura de poder estão em disputa, pondo em cheque a legitimidade do governo) e político-institucionais. Entre os últimos, destacam-se os problemas de padrão de governabilidade – presidencialista ou semipresidencialista? –, a relativa perda de controle da agenda legislativa por parte do Executivo, sobretudo em função da duplicidade do PMDB, que se comporta, ao mesmo tempo, como oposição e situação, e o andamento de investigações que embutem a ameaça de desdobramento em processo de impeachment. Enfim, a disputa política entre os dois principais projetos se espraiou, como nunca antes na história recente, em várias instituições do Estado, na sociedade civil organizada e alcançou as ruas. Trata-se da luta de classes, da disputa em torno do tipo de Estado e sociedade capitalistas em um país que tem a principal economia emergente da América Latina e que está inserido em uma crise internacional do modelo neoliberal.

* Marcus Ianoni é cientista político, professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador das relações entre Política e Economia.

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sábado, 27 de junho de 2015

Atual política econômica agrava a crise


Por Umberto Martins, no site da CTB - Via Blog do Miro: “Indicadores recentes do IBGE revelam que a crise econômica avança impiedosamente, conduzindo o país ao pântano da estagflação (a combinação amarga e inusual entre recessão e inflação), com salários em baixa, desemprego e preços em alta e desindustrialização. A taxa de desocupação (flagelo maior para as famílias que pertencem à classe trabalhadora) subiu a 6,7% em maio, nas seis maiores regiões metropolitanas, enquanto o rendimento médio real dos trabalhadores declinou 1,9% em relação a abril e 5% sobre o mesmo mês do ano passado. A inflação deve fechar o ano em 9%.



O arrocho dos salários e o desemprego agravam o quadro de crise na medida em que deprimem o consumo e forçam o recuo das vendas. Em função disto, o comércio, provavelmente o ramo que mais emprega no país (e que ficou à margem da crise de 2008-2009), foi o que mais cortou vagas ao longo deste ano, tendo eliminado 160 mil postos de trabalho de janeiro a maio. A recessão na indústria, que não é de hoje, deve resultar em pelo menos 150 mil demissões líquidas até dezembro só em São Paulo, a julgar pelas estimativas da Fiesp.
 
Um tiro no pé
 
A força de trabalho ociosa cresceu 4,8% em maio, acrescentando 75 mil pessoas ao exército de desempregados ou exército de reserva do capital. Na comparação com maio do ano passado o percentual sobe a 38,5% e o número absoluto de novos desocupados alcança 445 mil. Já a quantidade de pessoas ocupadas caiu 0,7% (155 mil pessoas).
 
Em certa medida a recessão é determinada pela crise mundial do capitalismo, que neste momento atinge com mais força os países considerados emergentes ou em vias de desenvolvimento, como é o caso do Brasil, Rússia e Argentina, entre outros. Mas seria exagero colocar toda a responsabilidade dos nossos males às turbulências provenientes do exterior.
 
Não restam dúvidas de que a atual política macroeconômica (herança da era FHC à qual os governos do PT não renunciaram) contribui, e muito, para agravar o cenário. O tripé conspira dia e noite contra o crescimento e o desenvolvimento nacional. Temos os juros reais mais altos do mundo, câmbio flutuante e, para gáudio exclusivo dos credores, o ajuste fiscal comandado por Joaquim Levy. É notório que tudo isto joga lenha na fogueira da recessão.
 
Muito já se disse e não é demais reiterar que ajuste fiscal é um contrassenso em conjuntura de crise. Acrescente-se que o que está em curso sacrificou direitos da classe trabalhadora, contradizendo compromissos de campanha, mas não arranhou interesses da alta burguesia, não taxou grandes fortunas, manteve a isenção de impostos para remessas de lucros e dividendos ao exterior (uma das principais causas da nossa baixa Formação Bruta de Capital Fixo ou taxa de investimentos) e, enfim, resguardou os privilégios do andar superior. Não é de estranhar que a popularidade do governo esteja desabando. Foi um tiro no pé.
 
* Umberto Martins é assessor político da presidência da CTB.

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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Governo abre diálogo com caminhoneiros para negociar paralisação

Com o objetivo de tentar resolver os problemas decorrentes das manifestações que bloqueiam as rodovias em vários estados brasileiros, o governo federal se reunirá na tarde desta quarta-feira com representantes dos caminhoneiros e das transportadoras. No entanto, a redução do preço do óleo diesel não estará na pauta das negociações, disse o ministro da Secretaria-geral da presidência, Miguel Rossetto. Segundo o ministro, o governo está atento “acompanhando as manifestações dos caminhoneiros e mantendo diálogo permanente com as lideranças deles e dos empresários”.
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sexta-feira, 7 de março de 2014

Nações em crise: a estratégia do golpismo midiático

Cada crise política internacional que surge, trás com ela a utilização da estratégia do golpismo midiático. Uma tática secular comum, que consiste em simular a incapacidade dos governos em controlar o próprio país. Simular violências para produzir comoção geral. Produzir desinformação.
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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Crise - saiba como enfrentá-la

Certa vez ouvi de um professor de marketing uma das mais sábias frases sobre crise. Referia-se àquela que de quando em quando chega ao nosso país: a crise de combustíveis. Que puxa outras, e sem dúvida afeta direto o orçamento doméstico. “Não há crise de combustíveis, há excesso de automóveis”. De autoria atribuída ao pensador, Júlio Camargo, esta frase nos leva a refletir de maneira altruísta, e assim interpretar melhor o momento de crise nesse aspecto.
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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Dividocracia (Dedtocracy) - documentário sobre a crise na Grécia

Produzido de forma independente pelos jornalistas, Aris Hatzistefanou e Katerina Kitidi, com apoio de Leonidas Vatikiotis, responsável pelas pesquisas na área econômica. Este documentário só foi possível graças a uma campanha de doações realizada através das redes sociais. Retrata de uma maneira original um outro ângulo não mostrado pela mídia em geral, sobre a crise econômica-social que se passa a Grécia há algum tempo.
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quarta-feira, 11 de março de 2009

Opiniões sensatas sobre a crise.


A crise existe. Faz muito tempo que não se escutava e não se falava tanto sobre crise como nos momentos atuais, cujos agravantes todos sabem vem dos nossos irmãos do norte, o que nos faz sentir um pouco mais incrédulos quanto ao tempo que teremos de conviver com as conseqüências dos erros cometidos na terra do Tio Sam por executivos inescrupulosos e por que não dizer gananciosos, gestores de uma operação financeira equivocada no mercado imobiliário daquela que seria a nação mais respeitada com vistas ao seu potencial econômico.

Apesar de grandes alardes perpetrados através da mídia, superdimensionado os efeitos desta bomba mercadológica, e contando os excessos teóricos dos economistas, haveremos de nos posicionar com o devido equilíbrio e seriedade diante do pessimismo que pode tomar conta da nação e do indivíduo. Conquanto, há um grande contingente envolvido nesse processo, “peleando” e ajustando seu próprio potencial para superação de novas metas que se apresentam.
Estivemos “garganteando” por aqui com algumas proposições, ilustrações e opiniões tentando entender melhor a engrenagem ou o efeito dominó provocado na economia de diversos países. Inclusive o ilustre sobrinho, Adriano Cordeiro (co-editor) ignorando a onda, fugiu para paradisíacas areias de Guarapari (coisa que deveríamos fazer pra melhor refletir e recarregar as baterias para novos combates), deixou AQUI uma bela postagem sobre este assunto, ou melhor, sobre este fato real, que tem tirado o sono e o apetite de muita gente.
Ontem, conversando com um “importante funcionário-executivo” de uma multinacional com sede aqui no Brasil onde muitas empresas somaram grandes perdas devido ao reflexo nos mercados em geral. Chegamos a conclusão de que, não obstante os sacrifícios e o esforço adicional de cada cidadão, a crise traz a satisfação do cumprimento do nosso dever enquanto responsáveis que somos pela superação e a “solucionática” dos problemas.
Sem querer filosofar, (coisa que gostamos e fazer de quando em quando) me lembro de um ditado popular que gostávamos de mencionar nos velhos tempos em que enfrentamos situações semelhantes e igualmente sacrificantes: "quando a água bate no traseiro, pra não dizer (b@nd%) outra coisa, neguinho aprende a pular miudinho". Isto é, na adversidade é que temos a chance de obter sucesso quebrando a rotina, o conformismo, e a mesmice em relação às nossas funções ou empreendimentos, pois são estes a razão da atividade lucrativa ou do nosso meio de sobreviver, e com os quais estaremos sempre envolvidos de qualquer maneira. É através dos golpes inesperados das famigeradas crises é que poderemos saborear com dignidade, a glória e o prazer dos louros da vitória quer na vida pessoal, quer na vida profissional.
Joelmir Betting, renomado comentarista econômico, jornalista e ancora da TV, mencionou que, o Brasil será o primeiro país a sair da crise, enumerou algumas “máximas” do nosso ministro da Fazenda, Guido Mantega. Entre elas uma pronunciada em 26/02/2009 e repetida no dia seguinte: “Na queda dos grandes Bancos se demonstra o erro de fundo: a avareza humana e a idolatria”. Reserve-se quanto ao peculiar estilo irônico do nobre jornalista, e click aqui para conhecer outras. Em seguida reflita com o texto abaixo, que li no Diplomatizzando e devidamente guardado no GARIMPAGUARA.

A crise segundo Einstein

"Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado".

Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções.

A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis.

Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la"

Albert Einstein .


Assim como um belo gesto, igualmente as imagens valem por mil palavras. No entanto, se pronunciadas com conhecimento de causa e de forma sensata e honesta produzem efeito equivalente. Por isso separei este vídeo do Godri (um dos meus fantásticos gurus), para finalizar.



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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Crise e Mercado: uma opinião no outro lado da moeda

A Mídia não fala em outra coisa que não a crise financeira ocorrida nos EUA, com respingos na economia de vários países. Descontando a opinião exagerada do presidente Lula, que a chamou de "Marolinha", e o terrorismo da mídia corporativa que às vezes mais confunde que informa, resta-nos como ignorantes mortais nos precaver.
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Mudar com criatividade em tempos de crise

Das experiências vivenciadas nos tempos dos estudos acadêmicos, ocorreram fatos e existiram mestres, que por seus métodos e estilo de transmitir conhecimentos, ficaram eternamente gravados em meu subconsciente. Um deles, o prof. José Maria, tinha na “BRAINSTORM”. Isto é, a famosa tempestade de ideias. Que para os aprendizes molambentos do interior, ávidos de sabedoria, se transformara no inesquecível “toró de parpite”. Um instrumental eficaz na resolução de casos apresentados à equipe.

Nestes "casos", era constatado um problema a ser solucionado, ou uma decisão a ser tomada. Ou ainda uma mudança a ser efetivada. Quer no âmbito corporativo, quer no pessoal. E normalmente a idéia aceita era aquela mais criativa. Aquela que comprovadamente trazia algo de novo, inédito. Que questionava as regras sagradas da administração. E não àquela baseada em conceitos ultrapassados que certamente não atingiria o resultado esperado.
Notadamente, essa idéia era mesclada com outras apresentadas, que traziam conteúdo de conhecimento dos fatos, pela experiência e pela cultura dos membros envolvidos, em uma combinação quase perfeita.
Mas, nem tudo era efetivado da maneira como fora concebido. Uma vez que, para o novo projeto fosse definitivamente colocado em ação, dependeria da boa vontade, da disposição, da flexibilidade de cada elemento envolvido.

Talvez, seguindo esta receita bem humorada:


A plena aceitação de que algo deve ser mudado, leva-nos a ter que lidar construtivamente com a flagrante necessidade de adaptação à idéia da mudança. No trabalho, ou até mesmo em nossa família. É livrarmo-nos dos bloqueios individuais, “trabalhar” nossas concepções arraigadas que nos enfiaram goela abaixo, no passado, e que agora não servem mais para nada.

Lembro que participei de vários projetos de transformação dentro da Empresa que trabalhei. No âmbito de estratégias de atuação frente à concorrência, de mudança de mentalidade, de política de pessoal, avaliação de desempenho, de reestruturação de cargos e salários, etc. Projetos inovadores, desenvolvidos para extinguir ações arcaicas e obsoletas, que não correspondiam mais à missão e objetivos da organização.

Era a idéia do novo, do revolucionário no modo de agir profissionalmente, novos conhecimentos, adaptações ao ritmo frenético das descobertas tecnológicas, que ditavam o ritmo e o rumo das coisas. Parafraseando Adriano Cordeiro, era “Pé na porta e soco na cara”, sobre a necessidade de determinação e coragem para mudar o que era necessário para continuar a progredir.

Hoje em dia, mais do que nunca, percebemos que um novo tipo de crise exige novas estratégias criativas. A união, tanto de países como de pessoas, torna-se vital para vencer os obstáculos prejudiciais a todos.

Como diz Mário Persona: “o trabalho em equipe representa a soma dos talentos individuais e não a sua diluição, e o líder carpinteiro que não pode ver uma cabeça saliente já vai martelando até que fiquem todas iguais, é figura em extinção”. Válido para nações, povos, e cada um de nós.

Como dizia o sábio: “Em nossa existência apenas uma é coisa definitiva: a própria mudança”. Não fiquemos, pois relutantes diante dela. Mudar é inovar. Que por sua vez está intimamente relacionado a criatividade.

Você está pronto para inovar? 


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sábado, 8 de novembro de 2008

NÃO PERCA O BOM HUMOR DIANTE DA CRISE.


Ops! O Obama nem bem chegou e já vem falando em "buraco"!? Esperemos que ninguém jogue terra em cima! Diante da real possibilidade de sucumbirmos a mais um "monstro" produzido pelo Império do Capitalismo (oi pessoal! não sou comunista não heim!), resta-nos a possibilidade do enfrentamento com as armas que possuímos. Não que o bom humor seja infalível contra quaisquer inimigos da nossa felicidade, mas sem dúvida representa um instrumento dos mais eficazes aqui do "lado de baixo do Equador", isso sim. Não entendemos muito (ainda!) dessa coisa de primeiro mundo... Prosseguimos, no entanto. Quer identificar um brasileiro em outro país? Veja se ele está sorrindo. Talvez não seja de felicidade, mas com certeza o bom humor está ali retratado.
Eis que surge novamente o Rei Arthur, um dos nossos milhares de heróis "anônimos" deste maravilhoso país tupiniquim. Veja a verdade simples e bem humorada da realidade que ora se apresenta.


VIA:TRENDKILLSP.
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segunda-feira, 3 de novembro de 2008

OUTRA MANEIRA SIMPLES DE ENTENDER A CRISE.


De tando ouvir falar da crise no mercado financeiro dos Estados Unidos a gente fica mesmo meio confuso. É verdade é que os acontecimentos gerados pela Bolsa de valores americana atinge todas as outras pelo mundo afora, pois a sociedade em geral se aventurava nesse tipo de aplicação. Nem sequer imaginavam que um dia a bolha iria explodir e que mesmo com a intervenção do Estado, não é possível prever a duração, a profundidade, nem as conseqüências da crise. Estaríamos diante de um novo ciclo para o Capitalismo? O Arthur, produziu um video que ganhou popularidade vertiginosa no YouTube. Gostei muito da explicação inteligente, feita de maneira simples com conclusão sábia. Postamos aqui para você conferir.

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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

DINHEIRO E CRISE: QUEM É QUEM?

Wall Street, tal qual um fantasma que insiste em nos assombrar, estaria vivendo seus últimos dias de decantado fascínio aos aventureiros do deus mercado? Esse boom de crédito fácil e bônus exageradamente altos em aplicações de risco na Bolsa de valores, certamente haveria de ter fim drástico, provocando o chamado efeito dominó, atingindo até aqueles que supostamente estariam imunes ao efeito devastador da Ganância. Secar como qualquer fonte, e usufruir sem ao menos saber qual sua verdadeira origem, ignorando os reais cuidados para que ela jorrasse de modo contínuo, seria normal prever sua derrocada, que muitos insistiram em não enxergar. Interessante notar que dois dos mais importantes homens do mundo do capitalismo, um sendo o mais rico do mundo, e o segundo figurando entre os primeiros, também seriam os maiores filantropos do planeta: Warren Buffet e Bill Gates, que tem também a designação de maiores doadores de grandes fortunas às instituições de caridade. Mais curioso ainda, é o seu modo de vida, seu “modus operandi”, diante das crises, e mais, a postura diante da grande fortuna que possuem, notadamente o primeiro deles. Fácil observar que o ganho fácil e a ganância não são os principais instrumentos ou procedimentos para se gerir grandes quantias de dinheiro e posses. Ostentação passa longe... Algumas frases desses dois grandes amigos (não do dinheiro!!):
WARREN BUFFET:
“Invista em um negócio que até um idiota saiba tocar, porque algum dia um idiota vai tocá-lo”.
“Wall Street é o único lugar para onde se vai de Rolls-Royce, pedir conselho a quem anda de metrô.”
“Com a quantidade de informações privilegiadas e 1 milhão de dólares pode-se ir à falência em um ano”.
"Não acho justo alguém nascer dono de milhões de dólares apenas pelo fato de ter saído da barriga certa.”
"O Brasil estava fora do meu radar. Mas o mundo muda e o Brasil mudou."
BILL GATES:
"O computador terá o tamanho que você quiser. Poderá ser do tamanho da sua carteira ou da sua parede."
"Seja legal com os nerds. São grandes as chances de você acabar trabalhando para um deles."
"Com uma fortuna vem a responsabilidade de retribuir à sociedade da melhor forma possível, em favor de quem necessita."
"Sempre me perguntam se a revolução tecnológica terá um fim. A resposta é que não existem limites."
"Eu não acho que seja construtivo crescer tendo bilhões de dólares."
“Em 2008, o "oráculo de Omaha" e o fundador da Microsoft se revezaram no topo da lista dos homens mais ricos dos Estados Unidos. Warren Buffett, o megainvestidor da Berkshire Hathaway, ultrapassou Gates em março. O gênio da informática ostentava o título havia mais de uma década. Em setembro, Gates reassumiu o primeiro lugar no ranking da revista Forbes. Veio a crise financeira global e Buffett voltou à dianteira.”
Fonte: http://veja.abril.com.br/quem/buffett-gates.shtml.
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