quinta-feira, 22 de novembro de 2012
quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
Nazifascismo, trumpismo e cristianismo - isto dá liga?, por Dora Incontri
Por Dora Incontri*, no GGN: É recorrente em meus escritos a análise do contraste entre os ensinos e exemplos de Jesus de Nazaré e as ações e posições de muitos dos que se dizem seu seguidores através da história, sobretudo nos últimos tempos de aliança entre fundamentalismo e extrema direita. Das Cruzadas ao longo período da Inquisição, chegando até o julgamento para o silenciamento de Leonardo Boff, na cadeira em que Giordano Bruno havia sido condenado à morte na fogueira.
Este ato inquisitorial contra Boff foi praticado por Joseph Ratzinger, na época Prefeito da Congregação para Doutrina da Fé (leia-se, remanescente do tribunal da Inquisição). Lembremos que Ratzinger, depois de escolhido como Papa Bento XVI, havia participado da juventude nazista.
Mas o problema é mais profundo. Em 2020, a Conferência dos Bispos Católicos da Alemanha admitiu num documento, que a Igreja Católica teve cumplicidade com o nazismo naquele país. Também a Igreja Luterana alemã foi conivente com o nazismo, chegando no ano 2000 a confessar (e a indenizar as vítimas) que havia sido usado trabalho escravo de judeus. E não se pode esquecer o longo histórico de cristãos perseguindo, expulsando e matando judeus em toda a Europa, de Portugal à Rússia, desde a Idade Média até a tragédia do holocausto, que relembramos por esses dias. E no caso dos luteranos, há fortes passagens antissemitas nos próprios escritos de Lutero.
Poderia preencher páginas e páginas do quanto de violência, perseguição e morte houve no desenrolar da história de cristãos contra judeus, ciganos, homossexuais, mulheres (que eram consideradas bruxas) etc. etc. Usou-se, não com pouca frequência, uma mensagem de amor, compaixão, acolhimento e paz para opressão e destruição.
O que causa angústia é que tudo isso não é coisa do passado, superada pelo avanço civilizatório e pelo pensamento crítico e emancipatório, que vem sendo construído desde o Iluminismo, atravessando os movimentos socialista e anarquista e pelas lutas pelos Direitos Humanos. Estamos de novo mergulhados numa distopia de que temos já visto as cenas mais intensas nesses primeiros dias do governo do inominável dos EUA: gente algemada, crianças sendo expulsas das escolas, manifestações livres de suprematistas brancos e o desmonte de qualquer mínima política pública humanitária, de respeito à diversidade e de justiça social (política que sempre foi mínima nos EUA). E há toda uma narrativa da Teologia de domínio que já estava há décadas preparando o terreno para essa ascensão da extrema direita e agora apoia plenamente a barbárie.
É certo que há resistência, como a corajosa fala da bispa Mariann Edgar Budde, que depois de se dirigir cara a acara ao recém-empossado presidente ainda se negou a pedir desculpas. Como houve cem anos atrás inúmeras resistências entre religiosos. Basta lembrar de Dietrich Bonhoeffer, pastor e teólogo luterano que se opôs ao nazismo e morreu em 1945 num campo de concentração. E para citar um herói do campo católico, o frei franciscano Maximiliano Kolbe, também assassinado num campo de horrores.
Em todos os tempos, houve cristãos que entenderam e seguiram a mensagem de Jesus, que é insofismavelmente de amor, fraternidade, compaixão e justiça.
E hoje, tempos o peculiar fenômeno de ateus, que se opõem ao avanço da extrema direita, amparada pelo fundamentalismo cristão, e que fazem questão de lembrar o tempo todo que as palavras de Jesus não se encaixam numa visão de mundo antipobres, anti-imigrantes, anti-LGBTQIAPN+, anti-humanidade... Só por esses dias, vi dois ateus confessos, por acaso dois Leandros, proclamando tais obviedades: Karnal e Demori.
A questão é que o fundamentalismo cristão (principalmente o evangélico) é um projeto muito bem articulado, que partiu dos EUA e se impregnou na cultura brasileira, cooptando o povo, que não tem educação política, mas carrega muitas necessidades de integração social, de acolhimento psíquico, de convivência comunitária... E, por tradição no Brasil, o nome de Jesus é muito atrativo. E é em nome dele, mas um Jesus-fake, envolto muito mais numa bíblia do Velho Testamento, do que no frescor amoroso dos Evangelhos, que se conquista as massa, para manipulá-las em favor dos "valores cristãos".
Esses supostos valores cristãos nada mais são do que uma agenda de repressão sexual, de patriarcado violento, de neoliberalismo submisso ao mercado e predatório do ser humano e da natureza, de discursos anticientíficos e altamente obscurantistas. E tudo isso acompanhado de projetos de instalação de governos totalitários, como os golpistas queriam estabelecer no Brasil e como o trumpismo está se inaugurando como tal nos EUA.
É preciso desmascarar um cristianismo que é anti-Cristo e fazer valer os verdadeiros valores cristãos, que jamais poderiam compactuar com qualquer forma de exploração, opressão e violência contra a humanidade. Acordemos!
*Dora Incontri - Graduada em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Mestre e doutora em História e Filosofia da Educação pela USP (Universidade de São Paulo). Pós-doutora em Filosofia da Educação pela USP. Coordenadora geral da Associação Brasileira de Pedagogia Espírita e do Pampédia Educação. Diretora da Editora Comenius. Coordena a Universidade Livre Pamédia. Mais de trinta livros publicados com o tema educação, espiritualidade, filosofia e espiritismo, pela Editora Comenius, Ática, Scipione, entre outros.
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quinta-feira, 16 de abril de 2009
A possibilidade de ser fraterno.
Inicia assim:
Fraternidade é o amor universal que une todos os membros da espécie humana.
Isso nos faz prever harmonia, união, afeto, cordialidade, comunhão de deveres e de direitos.
Como é de emocionar o significado da palavra fraternidade! Mas, podemos nos perguntar: - Isso existe entre os seres que fazem parte da espécie humana?
Essa definição como tantas outras são um conjunto de palavras feitas e montadas para emocionar.
Olhem o mundo que nos cerca, observem atentos os noticiários, que vamos nos achar lançados em um estado de falsas avaliações, de sérios aparentes e de verdades aparentes, quando as aparências não são verdades.
Tudo em vão, tudo em ruínas, porque os diferentes, com as suas diferenças, falavam e falam que somos todos iguais. Iguais em quê?
Ideologias à parte, o autor adepto da Cultura Racional, questiona o conceito da fraternidade e da Igualdade e nos faz refletir quanto ao comportamento não só das pessoas, mas também das nações. Antes de mais nada, leia o restante do artigo para melhor refletir.
Dentre as críticas à esta ideologia "está o fato de ignorar estudos científicos e filosóficos de milênios, ao trazer respostas prontas para perguntas amplamente discutidas nessas áreas", para as quais ainda não existe um consenso. De qualquer forma, a opinião do autor, Porfírio Jesus Das Neves, levamos a lembrar da importância das campanhas de exortação às pessoas a praticarem tais conceitos. Como faz a Igreja católica todos os anos, escolhendo um tema relevante e que diz respeito ao bem estar de todos.
Praticar fraternidade não apenas na empolgação do momento, mas como uma virtude que leve à conquistas dos bens universais que toda a humanidade necessita, é um dever de todo o ser humano. Isto é, o de nos ajudarmos uns aos outros com amor, a viver uma vida digna, livres da miséria, dos vícios, e da ignorância. E, não sòmente quando somos castigados por alguma calamidade.

E por falar em campanha, e por gostar muito de publicidade, cuja finalidade acho que é conduzir as pessoas ao livre pensar e agir de um certo modo, já tinha conhecimento deste trabalho encomendado por uma instituição bancária, que muito me diz respeito. Veja como não é só publicidade, mas um incentivo a nossa sonhada fraternidade.
Leia também: Valores humanos.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Esquerda e Direita
domingo, 20 de setembro de 2009
Teófilo Otoni, pedras preciosas e valores humanos.
O projeto aqui referido certamente fora inspirado no Programa de educação em valores humanos, criado por Bhagavan Sri Sathya Sai Baba, mestre indiano reitor da Universidade Sri Sahtya Sai da Índia. Divulgado aqui no Brasil pelo Instituto de Educação em Valores Humanos, portal que divulga os conhecimentos do mestre.
Diferença entre as escolas de 1957 e 2009.
Fonte da imagem: Ca Chorra.
terça-feira, 3 de março de 2020
O bolsonarismo é incompatível com a ética maçônica. Por Leandro Minozzo
quinta-feira, 29 de agosto de 2019
Liberdade como fundamento, igualdade como tática, fraternidade como estratégia
segunda-feira, 9 de março de 2009
Valores humanos
Para refletir um pouco sobre um ideal mais elevado.
Este video pode ser tua oração de hoje...uma lembrança salutar para os dias futuros.
Video: VALORES HUMANOS
Via: CeleVidal
Complementando:
Via: fx5588
Postagem relacionada: Da fraternidade entre os humanos.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Da fraternidade entre os humanos.

Um dos melhores videos que já vi.