terça-feira, 8 de agosto de 2023
quinta-feira, 4 de maio de 2023
Os celulares dos homens e dos ratos. Por Moisés Mendes
Publicado originalmente no "Blog do Moisés Mendes": Anderson Torres é delegado da Polícia Federal, mas pode ter cometido um descuido de amador, que gente próxima a ele, do esquema de Bolsonaro, não comete. Torres usava um celular que pode ter todas as provas dos seus crimes. Tanto que negou o fornecimento da senha de acesso à Polícia Federal, quando foi preso. E, quando decidiu que daria, passou a senha errada.
Torres tentava proteger o que tem armazenado e os dados de conversas e mensagens. Porque aquele era seu celular de uso diário.
Pois Bolsonaro entregou à PF um celular que, segundo ele, nem senha tem. Qualquer um abre o que há no aparelho, é o que ele diz.
Um ex-presidente envolvido com milicianos, manés terroristas, militares, grileiros, garimpeiros e toda espécie de bandido tem um celular aberto.´
Bolsonaro tem apenas um aparelho tipo Chevette velho, que qualquer um dirige? Nem os manés acreditam nessa história.
Bolsonaro deve ter muitos celulares e deve falar coisas mais escabrosas pelo celular de auxiliares, como muitos gangsteres fazem.
Já se sabe há muito tempo que ele troca de celular e de número do telefone com frequência. E vai apagando rastros. O celular entregue à PF pode ser apenas um de muitos. Vale para os laptops e outros equipamentos.
Até o capitão Adriano da Nóbrega, que foi cercado e assassinado na Bahia (por ordem de quem?), tinha vários celulares, que ele ia usando e quebrando.
Empresários golpistas que tiveram celulares apreendidos, no ano passado, por determinação de Alexandre de Moraes, avisaram que não havia nada comprometedor nos aparelhos.
Eles usavam celulares para conspirar, atacar o próprio Moraes, o Supremo, Lula e os inimigos. Mas muitos deles não deveriam estar usando aqueles que foram entregues à PF.
Só Anderson Torres, talvez por soberba e por ser policial, não agiu como alguém da área, que conhece esses riscos e macetes. Tanto que, por excesso de confiança, chegou a guardar a minuta do golpe em casa.
Em maio de 2020, quando foi considerada a hipótese de o Supremo pedir acesso ao celular do sujeito, depois da famosa reunião ministerial da boiada de Ricardo Salles, ele mandou avisar que só entregaria "se fosse um rato".
Três anos depois, acabou entregando. É provável que não achem nada no celular de Bolsonaro, além de fotos da capivara Filó.
Mas sempre há esperança de que encontrem alguma coisa, não no aparelho, mas nas tais nuvens virtuais do sujeito que não queria ser rato.
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terça-feira, 4 de abril de 2023
Política: Anderson Torres pediu apoio à PRF para 'fiscalizar' fluxo de eleitores no Nordeste
terça-feira, 24 de janeiro de 2023
Anderson Torres afirma que foi surpreendido por atos golpistas
domingo, 15 de janeiro de 2023
Fala, Torres! Será um favor ao Brasil. Por Edna Lima
sábado, 14 de janeiro de 2023
Anderson Torres é preso pela Polícia Federal no Aeroporto de Brasília
Por Ana Gabriela Sales, no GGN: O ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, foi preso na manhã deste sábado (14) pela Polícia Federal (PF). A prisão ocorreu por volta das 7h30, após Torres desembarcar em Brasília, em um voo vindo dos Estados Unidos.
Segundo a PF, Torres recebeu voz de prisão logo após desembarcar, no hangar. Em seguida, foi levado do aeroporto em um comboio de policiais.
Torres foi exonerado da secretaria de Segurança Pública do DF, cargo que assumiu após deixar de ser ministro de Bolsonaro, após a invasão bolsonarista aos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro.
Na terça-feira (10), Torres teve ordem de prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Logo depois, a decisão foi confirmada pelo plenário da Suprema Corte.
A suspeita é que como então secretário de Segurança Pública do DF, Torres teria esvaziado a secretaria para facilitar as ações criminosas dos bolsonaristas. Além disso, na quinta-feira (12), a PF apreendeu na casa do ex-ministro a minuta de um decreto golpista para instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O ex-ministro foi nomeado pelo governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), que também foi afastado do cargo pela Justiça em consequência dos atos terroristas.
Logo após a decisão de Moraes, Torres disse que se entregaria.
"Tomei a decisão de interromper minhas férias e retornar ao Brasil. Irei me apresentar à Justiça e cuidar da minha defesa. Sempre pautei minhas ações pela ética e pela legalidade. Acredito na Justiça brasileira e no força das instituições. Estou certo de que a verdade prevalecerá", escreveu nas redes sociais.
Omissão na compra de passagem
O ex-ministro foi para os Estados Unidos dias depois da posse de Lula, para passar férias em Orlando, mesma cidade para onde Bolsonaro viajou para não passar a faixa presidencial para Lula.
Para retornar ao Brasil, Torres comprou sua passagem de Miami usando apenas os dois primeiros nomes: Anderson Gustavo, segundo informação do blog de Natuza Nery, no G1.
Ele teria omitido o sobrenome "Torres"" no momento da compra do bilhete aéreo para que sua chegada ao Brasil "ocorresse sem alarde e sem imagens do momento da prisão".
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sexta-feira, 13 de janeiro de 2023
Minuta golpista na casa de ex-ministro de Bolsonaro - e agora?
terça-feira, 10 de janeiro de 2023
Moraes determina prisão de Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a prisão de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro. Agentes da Polícia Federal (PF) realizam uma operação na casa do ex-ministro, localizada no condomínio Ville de Montagne, no bairro Jardim Botânico, em Brasília. A decisão foi dada em resposta ao pedido da Advocacia-Geral da União (AGU).
Torres é ex-ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e um dos seus principais aliados. Ele ainda está viajando para Orlando, nos Estados Unidos, de férias com a família, e tem retorno previsto para o fim de janeiro. A ordem de prisão deve ser cumprida na chegada do ex-ministro ao Brasil.
O ex-ministro do governo havia sido nomeado para o cargo pelo governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), no dia 2 de janeiro. No entanto, ele foi exonerado do comando da Secretaria de Segurança do Distrito Federal no último domingo, 8, em razão de suposta "omissão" na invasão de bolsonaristas à Corte, ao Congresso Nacional e ao Palácio do Planalto neste domingo.
Antes da demissão, em uma postagem no Twitter, Anderson classificou as ações dos extremistas em Brasília como "cenas lamentáveis".
Imagem: reprodução/Foto: Alan Santos/PR