segunda-feira, 16 de janeiro de 2023
sábado, 14 de janeiro de 2023
'Ninho de serpentes está nos quartéis'. Por Breno Altman
Por Breno Altman*: texto publicado em Folha de S. Paulo. A intentona golpista do dia 8 de janeiro não representou um plano de tomada imediata do poder. Tampouco se resumiu a um putsch de bolsonaristas lunáticos. Mais razoável entender esse acontecimento no bojo do processo decorrente da vitória eleitoral do presidente Lula, com a formação de acampamentos nas cercanias das instalações militares. Ali começa um movimento cujo objetivo era provocar caos e desordem, levando a operações de GLO (Garantia da Lei e da Ordem).
quarta-feira, 11 de janeiro de 2023
Em culto, pastor defende golpistas e sugere a fiéis "pegar em armas" [vídeo]
quarta-feira, 28 de dezembro de 2022
Indicado de Lula é nomeado por Bolsonaro para comandar o Exército
sábado, 24 de dezembro de 2022
Golpistas reagem com decepção a mensagem do comandante do Exército
Por Chico Alves, no UOL: A mensagem de fim de ano que o comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, publicou nesta sexta (13) no YouTube não agradou os manifestantes golpistas que contestam o resultado da eleição presidencial e pedem intervenção militar. No vídeo, Freire Gomes exalta feitos dos soldados em 2022, como o policiamento de fronteiras e a ação humanitária nas catástrofes naturais. Nos comentários no Twitter, bolsonaristas se mostram revoltados porque o general em nenhum momento falou sobre a situação política do país.
"Me senti uma idiota com as palavras do general. Estou há 53 dias na porta do quartel e é isto que o senhor tem a dizer?", questionou uma mulher identificada como Érica Moraes.
"Eu entendi que estamos abandonados! Não pelo nosso presidente, mas pelas forças que um dia juraram proteger essa nação!", reclamou Sheyla Lyra, que no perfil do Twitter se identifica como "Patriota, bolsonarista, evangélica".
Alguns poucos golpistas ainda tentam encontrar motivos para acreditar que as Forças Armadas vão apoiar o seu movimento. "Muita gente criticando aqui e falando abobrinha, vocês vão quebrar a cara, e vão se impressionar com as FA", argumenta um rapaz que usa o nome de Leo Nunes.
Até às 19h30, duas horas depois de postada a mensagem nas redes sociais, o Twitter registrava 2.225 comentários. A quase totalidade era de reclamação contra o conteúdo neutro da fala do comandante do Exército.
Aos soldados, o general Freire Gomes diz no vídeo: "O sacrifício anônimo de cada um de vocês, no intenso frio dos Pampas, no interior da brasileira Amazônia, Pantanal, foi convertido, mais uma vez, em melhoria de qualidade de vida, segurança e soberania para todos os brasileiros".
Segue exaltando a "hierarquia, a disciplina e a coesão" da tropa e agradece aos comandados "por viverem para servir ao Exército e ao Brasil". "Parabéns pelos resultados obtidos neste exitoso ano!".
O comandante termina desejando feliz Natal e Ano Novo, sem dar nenhum tom politico à mensagem.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2022
STF tem resposta a Bolsonaro caso tente acionar as Forças Armadas
Paulo Cappelli, no Metrópoles: O STF adotará uma linha de ação caso Bolsonaro tente convocar as Forças Armadas com objetivo de anular as eleições. O presidente passou a cogitar invocar o artigo 142 da Constituição Federal baseado na suposta parcialidade de Alexandre de Moraes à frente do TSE.
Caso Bolsonaro o faça, o STF reagirá rapidamente. A Corte derrubará o decreto com base em duas decisões do próprio tribunal.
Na primeira, de 2020, o ministro Luis Roberto Barroso pontuou que as Forças Armadas não podem atuar como moderadoras em caso de atrito entre Poderes.
A segunda decisão, também de 2020, é do ministro Luiz Fux. Nela, o magistrado afirma que a missão institucional das Forças Armadas tem poder limitado. O ministro ressaltou que "exclui-se qualquer interpretação que permita sua utilização para indevidas intromissões no independente funcionamento dos outros Poderes".
Para além das medidas judiciais que anulariam a invocação do artigo 142, há a expectativa de magistrados de que Bolsonaro poderia responder criminalmente por tentar a ruptura institucional.
Aliados do presidente se mostram divididos sobre uma nova ofensiva para contestar o resultado das eleições. Enquanto alguns o incentivam a partir para o confronto, outros o aconselham a focar nas eleições de 2026.
Presidente do PL, Valdemar da Costa Neto é um dos que têm aconselhado Bolsonaro a mirar na próxima eleição presidencial. O dirigente tem resistido às investidas de Jair Bolsonaro para contestar judicialmente a diplomação de Lula.
No Supremo Tribunal Federal, há a avaliação de que Bolsonaro possa de fato invocar o artigo 142, mas também a percepção de que não há sinal de apoio das Forças Armadas.
Magistrados ponderam que nem mesmo o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, demonstra-se favorável à ruptura institucional.
Imagem: reprodução