segunda-feira, 24 de março de 2025
sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Desesperada, Zambelli faz apelo aos colegas na Câmara após ter mandato cassado
DCM: A deputada federal Carla Zambelli (PL) fez um apelo a colegas parlamentares nesta quinta-feira (30), após o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) cassar seu mandato por 5 votos a 2, sob a acusação de abuso de poder ao divulgar fake news. A ação foi protocolada pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP).
Em busca de apoio, Zambelli enviou mensagens pelo WhatsApp a aliados, pedindo que saíssem em sua defesa nas redes sociais para demonstrar que conta com respaldo político, conforme informações do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
"Infelizmente a votação terminou com somente 2 votos divergentes, com um resultado de 5 x 2 pela cassação do meu mandato e e 8 anos de inegibilidade. Peço que os colegas postem em seu X pra que os jornalistas vejam o apoio dos amigos. Foi um julgamento político e não jurídico no TRE-SP com o inclusão de fatos alheios ao processo", escreveu a deputada em um grupo de WhatsApp com outros parlamentares.
A bolsonarista anunciou que vai recorrer da decisão do TRE-SP, mas alertou sobre as consequências de uma eventual derrota judicial, destacando que, caso perca o mandato, sua vaga será ocupada por um parlamentar do PSOL. "Em caso de perda final, minha vaga vai para o PSOL e ainda perdemos mais 2 a 3 deputados de SP, afirmou.
— Carla Zambelli (@Zambelli2210) January 30, 2025
Zambelli enfrenta acusações e polêmicas nos últimos anos, mas se mantém protegida pelo foro privilegiado. Entre os episódios mais graves está a perseguição armada a Luan Araújo, colunista do DCM, em uma área nobre de São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições de 2022.
Nas redes sociais, a bolsonarista mentiu ao alegar que foi agredida. Na realidade, caiu sozinha enquanto discutia com Luan, que lhe disse: "Te amo, espanhola".
Nos vídeos que viralizaram, o jornalista corre em direção a um bar enquanto Zambelli e alguns homens aparecem em seu encalço. Pouco antes, um dos indivíduos que acompanhavam a parlamentar disparou um tiro em sua direção. "A intenção era me matar", disse ele ao UOL na época.
terça-feira, 11 de julho de 2023
Delgatti delata Zambelli e diz que deputada pediu que invadisse urna ou conta de Moraes
Preso pela Polícia Federal (PF) em junho, o hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti Neto, disse em depoimento que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) lhe pediu para invadir as urnas eletrônicas ou a conta de e-mail e o telefone do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
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Walter Delgatti, Carla Zambelli e Alexandre de Moraes (reprodução/Twitter|LR Moreira/Secom/TSE) |
De acordo com informações da jornalista Andréia Sadi, colunista do G1, Delgatti contou que foi abordado por Zambelli em setembro de 2022, num encontro entre os dois na Rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo, quando as pesquisas mostravam Lula (PT) à frente de Jair Bolsonaro (PL) na corrida eleitoral.
"Delgatti admitiu que não conseguiu acessar o sistema da urna eletrônica nem o celular de Moraes, e que não encontrou nada comprometedor na conta de e-mail do magistrado, à qual teve acesso em 2019, quando invadiu aplicativos de outras autoridades", destaca a reportagem.
Delgatti ainda afirmou no depoimento, que foi ideia dele criar uma ordem de prisão falsa contra Moraes para 'compensar' a ausência de 'informações comprometedoras' contra o magistrado, já que Zambelli, segundo ele, queria alguma coisa que pudesse demonstrar a fragilidade da Justiça brasileira.
Preso naquele ano por conta desses acessos e posto em liberdade logo em seguida, Delgatti voltou a ser detido em junho, por descumprimento de medidas judiciais - ele estava proibido de acessar a internet -, mas afirmou em entrevista que estava cuidando do site e das redes sociais de Zambelli.
sexta-feira, 19 de maio de 2023
Desinformação: 'TSE multa Carla Zambelli e Flávio Bolsonaro por associarem Lula à morte de Celso Daniel'
Por Manoela Alcântara, no Metrópoles: O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou em R$ 10 mil a deputada Carla Zambelli (PL-SP), os senadores Flávio Bolsonaro (LP-RJ) e Mara Gabrilli (PSD-SP), a rádio Jovem Pan e outros por postagem indevida feita contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022.
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TSE (Imagem/reprodução) |
O entendimento dos ministros é de que os parlamentares propagaram desinformação e alegações infundadas na internet quando associaram o Partido do Trabalhadores (PT) e Lula ao assassinato do prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel, ocorrido em 2002.
O plenário analisou representação da coligação Brasil da Esperança e de Lula contra os multados. O relator do caso, ministro Carlos Horbach, votou por aplicação de multa de R$ 5 mil apenas para alguns dos acusados, excluindo da multa Flávio Bolsonaro. No entanto, a ministra Maria Cláudia Buccianeri abriu divergência e pediu majoração da multa a todos os acusados, aumentando o valor para R$ 10 mil.
Por 4 votos a 3, prevaleceu a multa de R$ 10 mil a ser aplicada a todos. A ação baseou-se em fala da senadora Mara Gabrilli, durante uma entrevista à Rádio Jovem Pan, em 2022. Ela relacionou a morte do ex-prefeito de Santo André a Lula. Os outros envolvidos compartilharam o vídeo. Ainda no ano passado, o TSE havia dado direito de resposta Lula por concluir que houve desinformação.
Em seu voto, o presidente da Corte, Alexandre de Moraes, afirmou que a entrevista à jovem Pan "não teve nada de entrevista". Para Moraes, a conversa de Gabrilli na rádio foi "uma propaganda política". "A Jovem Pan chamou uma candidata para produzir um conteúdo falso. Em 10 minutos, toda a rede das milícias já propagava esse conteúdo", disse ao votar com a divergência.
Decisão de 2022
Em julho de 2022, Alexandre de Moraes havia proibido bolsonaristas de associarem o assassinato a Lula. Ele afirmou que é de "conhecimento público e notório, o assassinato do ex-prefeito Celso Daniel se trata de caso encerrado perante o Poder Judiciário, com os responsáveis devidamente processados e julgados, estando cumprindo pena. Também é fato conhecido e amplamente divulgado que o Ministério Público de São Paulo encerrou definitivamente as apurações, não havendo notícia do envolvimento do Partido dos Trabalhadores ou de seus membros".
Caso Celso Daniel
Celso Daniel foi torturado e morto com oito tiros. Ela havia acabado de assumir o segundo mandato como prefeito e estava na coordenação da campanha vitoriosa de Lula à Presidência da República. Após série de versões conflitantes, a Justiça entrou em um consenso, encerrou o caso e os responsáveis indicados nas investigações estão cumprindo pena.
À época da morte de Celso Daniel, em fevereiro 2002, ano em que Lula se elegeu presidente, o pai de Mara Gabrilli, vice na chapa de Simone Tebet (MDB), em 2022, tinha uma empresa de ônibus em Santo André. Em entrevistas, Gabrilli culpou petistas pela morte do ex-prefeito.
Apesar da narrativa, a Polícia Civil de São Paulo concluiu que Celso Daniel foi vítima de "crime comum". O Ministério Público paulista, no entanto, defendeu que a versão não se sustenta. Lula nunca foi investigado pelo caso.
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sexta-feira, 12 de maio de 2023
TSE condena Nikolas, Zambelli, Eduardo e Flávio Bolsonaro por fake news contra Lula
Por Ana Gabriela Sales, no GGN: O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou, nesta quinta-feira (11), os deputados Nikolas Ferreira (PL), Carla Zambelli (PL), Eduardo Bolsonaro (PL) e o senador Flávio Bolsonaro (PL) pela divulgação de um vídeo, nas eleições de 2022, com informações falsas sobre o presidente Lula (PT).
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Deputado Nikolas Ferreira (PL)/Imagem: reprodução |
Segundo a decisão da maioria, além da multa que deve ser paga pelos parlamentares - cujo valor ainda não foi definido - o conteúdo deve ser removido das redes sociais.
No tal vídeo, o deputado Nikolas Ferreira acusa Lula de incentivar o uso de drogas por crianças e adolescentes, além de associar a frase "faz o L" à criminalidade e censura nas redes.
Zambelli e os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Eduardo e Flávio, compartilharam o conteúdo nos seus respectivos perfis em redes sociais.
A condenação do TSE é uma resposta a uma representação da Coligação Brasil da Esperança, que questionou a propaganda eleitoral irregular na internet com práticas "ilícitas e imorais".
O TSE foi acionado em dezembro, à época a coligação conseguiu retirar o vídeo do ar em decisão liminar, depois referendada pelo plenário.
No entanto, o relator do caso, ministro Raúl Araújo, encerrou a ação sem julgar o mérito. O decano argumentou que havia passado o período eleitoral. A coligação recorreu da decisão e o recurso foi analisado nesta quinta.
Segundo os ministros Sérgio Banhos, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Benedito Gonçalves e Carlos Horbach, o vídeo de fato extrapola os limites legais.
Em contrapartida, o Raul Araújo votou para negar o recurso e foi acompanhado pelo ministro Nunes Marques.
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sábado, 6 de maio de 2023
As mulheres que votam com os homens contra as mulheres. Por Moisés Mendes
Publicado originalmente no "Blog do Moisés Mendes": Este é o argumento da maioria das 10 deputadas federais que votaram contra o projeto de lei da equiparação salarial entre homens e mulheres: as mulheres serão rejeitadas nas empresas. O projeto, mesmo assim, foi aprovado na Câmara por 325 votos a 36. Mas o raciocínio machista, defendido pelas próprias mulheres de direita e extrema direita, não faz sentido.
Por que as mulheres seriam discriminadas e mandadas embora? Seriam dispensadas por causa dos salários iguais?
Mas em algum momento homens poderiam ser contratados para os lugares que elas ocupavam? Ganhando a mesma coisa que os outros homens?
Os escravistas do século 19 tinham o mesmo pretexto, diante das propostas de abolição da escravatura. Que os escravos perderiam o 'emprego'.
As mulheres foram contra o projeto que beneficia mulheres porque reproduzem o ponto de vista do macho e do capital, enquanto fazem discursos em sentido contrário. Rosângela Moro, Carla Zambelli e Bia Kicis estavam entre elas.
A gaúcha Any Ortiz, do Cidadania (foto), é da mesma turma. A deputada divulga há muito tempo um vídeo na internet em que defende a educação financeira de crianças nas escolas. Mas não defende a melhoria financeira das mulheres?
No vídeo, ela diz que a educação financeira transforma a vida das pessoas. Só a educação? E os salários não melhoram a vida das mulheres?
Imaginem uma professora lecionando educação financeira aos alunos e tentando convencer, ao mesmo tempo, por que Any Ortiz foi contra a melhoria nos salários das mães das crianças.
Abaixo, a lista de mulheres de direita e extrema direita, algumas que se apresentam apenas como liberais, que decidiram votar contra as próprias mulheres na Câmara:
Rosangela Moro (União Brasil-SP)
Bia Kicis (PL-DF)
Carla Zambelli (PL-SP)
Silvia Waiãpi (PL-AP)
Dani Cunha (União-RJ)
Caroline de Toni (PL-SC)
Julia Zanatta (PL-SC)
Adriana Ventura (Novo-SP)
Any Ortiz (Cidadania-RS)
Chris Tonietto (PL-RJ)
E aqui a lista de homens que votaram contra as mulheres, com a ajuda de 10 mulheres:
Alberto Fraga (PL-DF)
André Fernandes (PL-CE)
Bibo Nunes (PL-RS)
Capitão Alden (PL-BA)
Carlos Jordy (PL-RJ)
Cabo Gilberto Silva (PL-RJ)
Deltan Dallagnol (Podemos-PR)
Dr. Jaziel (PL-CE)
Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
Evair de Melo (PP-ES)
Filipe Martins (PL-TO)
General Girão (PL-RN)
Gilson Marques (Novo-SC)
Kim Kataguiri (União-SP)
Luiz Lima (PL-RJ)
Luiz P. O. Bragança (PL-SP)
Marcel Van Hattem (Novo-RS)
Marcio Alvino (PL-SP)
Maurício do Vôlei (PL-MG)
Ricardo Salles (PL-SP)
Rodolfo Nogueira (PL-MS)
Sargento Fahur (PSD-PR)
Sgt. Gonçalves (PL-RN)
Abaixo, o vídeo de Any Ortiz sobre educação financeira: