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quarta-feira, 14 de junho de 2023

Lava Jato: STF proíbe destruição de provas obtidas por hackers

De acordo com o Metrópoles, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a decisão provisória concedida pelo ministro Luiz Fux, que proíbe a eliminação de evidências adquiridas por meio de invasões de celulares de autoridades públicas envolvidas na Operação Lava Jato. A medida foi iniciada por um processo do PDT em 2019. O objetivo do partido era impedir que o então ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) destruísse as provas obtidas pelos hackers presos na Operação Spoofing, que investiga a invasão de celulares de autoridades.

www.seuguara.com.br/STF/hackers/Operação Spoofing/
Reprodução/Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O partido argumentou que a eventual eliminação das evidências seria uma violação dos princípios constitucionais do devido processo legal, da legalidade e da moralidade, além de representar um risco para a segurança pública. Além disso, sustentou que tal ato configuraria abuso de poder e uma afronta ao princípio da separação dos Poderes.


Os diálogos em questão forma divulgados pelo site Intercept Brasil e, em 23 de julho de 2019, a Polícia Federal deteve quatro suspeitos de invadir os celulares de autoridades. Apenas três dias depois, Moro teria anunciado que iniciaria a eliminação das mensagens apreendidas com os suspeitos detidos.


O STF compreendeu que a destruição de evidências pode prejudicar a eficácia da justiça, em desacordo com princípios constitucionais como o Estado de Direito e a segurança jurídica. Além disso, tal ação comprometeria a capacidade da corte de avaliar a legalidade dos meios utilizados na obtenção desses elementos de prova.


Originalmente publicado por Rhyan de Meira, em O Cafezinho


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sábado, 10 de junho de 2023

As viúvas Porcinas de Moro Santeiro tentam esconder a própria obra. Por Reinaldo Azevedo

Por Reinaldo Azevedo, na Folha de S. Paulo: Cometer crime em nome do combate ao crime é coisa de milícia - Deltan Dallagnol foi cassado; Sergio Moro está na fila do destino; são fortes os indícios de que Tony Garcia, duas vezes delator na "República do Russo", era, a um só tempo, sua vítima e seu infiltrado; vão se adensando as evidências de que o nosso "Período do Terror" esconde mais sortilégios do que supunham até os seus críticos mais duros, a exemplo deste escriba. Abundam elementos a indicar que se montou uma organização criminosa sob o pretexto de combater o crime. Isso tem nome, não é?, quando envolve pessoas sem toga e colarinho: "milícia". Também esta, cabe notar, se estrutura para eleger os seus. Havendo um desastre na ecologia política, pode chegar à Presidência da República.

www.seuguara.com.br/Sergio Moro/Lava Jato/
Reprodução/Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O chororô das viúvas Porcinas de Moro Santeiro e dos santarrões de pau oco que andam a zanzar no colunismo, denunciando o suposto fim do combate à corrupção, poderia até comover, não fosse o mal que essa gente ajudou a perpetrar contra o devido processo legal como manifestação concreta; contra o Estado de Direito como valor abstrato; contra a democracia como pacto civilizatório; contra a economia como geração de riqueza e emprego e, sim!, contra a política como a melhor das piores formas de se equacionarem as diferenças na vida pública.

O país, o direito e os analistas não se dividem entre "lava-jatistas" e "antilava-jatistas". A suposição é uma estupidez porque, nessa perspectiva, os segundos seriam uma função, em sentido matemático propriamente, dos primeiros. Pervertidos jurídicos, morais e éticos que deram suporte intelectual à Lava Jato nas mais variadas áreas buscam, por exemplo, associar as lambanças sempre em curso do centrão ao desmonte da operação, o que implicaria um sinal verde à corrupção.


Farsa. Falácia. Tentativa de fazer por malandragem o que faz o gato por instinto. Na pena porca e interessada desses valentes (sem vênias aqui), a força-tarefa era essencialmente boa, mas acabou se desviando no meio do caminho sabe-se lá por quê. E, claro!, aqueles que a combateram desde sempre o teriam feito por maus motivos, enquanto eles, os monopolistas do bem, a apoiavam por nobreza de caráter.


É mesmo? Desmonto a bobagem: isso a que chamamos "centrão" está no governo desde a Constituinte, quando se estruturou. Mas só chegou, de fato, ao poder e passou a dar as cartas, inclusive no Executivo, na gestão de Jair Bolsonaro, que os aduladores do ilegalismo ajudaram a eleger. Notem os distraídos que faço distinção entre ser governo e ser poder; entre hegemonizar o processo e ser seu caudatário ou beneficiário menor.


Dez anos depois do outono dos porras-loucas e do posterior e inevitável inverno, constata-se o óbvio: paga-se sempre um preço muito alto pelo ataque às instituições. A adesão incondicional de parte considerável da imprensa aos "black blocs" do MPF, sob o comando de um juiz de condenação, alimentou o processo de "demonização da política" como relação de trocas também virtuosas. Recorro às aspas para dar relevo à expressão porque as tais viúvas - e algumas lucraram bastante com o santeiro - deram agora para... demonizá-la! Seria só mais um modo de proteger corruptos.


A pior das corrupções, e para esta não há cadeia, é mesmo a do caráter. O antilava-jatismo não é uma de duas facções numa briga de bandidos. Trata-se de um imperativo da decência diante do lava-jatismo como contrafação comprovada da Justiça. Seguir as regras do jogo, no regime democrático, ou lutar para mudá-las também segundo a disciplina que se tem, é uma virtude. Os crimes que se cometeram em nome do combate ao crime mal começaram a sair dos porões. E as Porcinas? Ainda têm a saída à moda Raul Gil: "O estado de direito perguntou, e você não acertou; pegue o seu banquinho e saia de mansinho". 


PS: Para não dizer que não falei etc. Na coluna passada, referi-me ao pauteiro mais influente do jornalismo econômico: o "se" com índice de indeterminação do sujeito. Anda errando muito. Aí a economia e a receita crescem mais do que "se" avaliava; a Bolsa sobe mais do que "se" esperava; o dólar e a inflação caem mais do que "se" apostava. Tiremos o "se" do armário! Parafraseando Clarice, precisamos nos apropriar do "se" da coisa.


Via: Valerio Sobral

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terça-feira, 23 de maio de 2023

Lava Jato: Gabriela Hardt assume casos após afastamento de Eduardo Appio

Por Danilo Vital, no Conjur: Juíza substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba, Gabriela Hardt assumiu os casos que estavam com Eduardo Appio, juiz titular. Ele foi afastado do cargo por decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, na segunda-feira (22/5). Hardt despachou na manhã desta terça-feira no processo em que Appio mandou notificar a superintendência da Polícia Federal do Paraná pela abertura de um inquérito para investigar a instalação de um grampo ilegal na cela do doleiro Alberto Youssef.

www.seuguara.com.br/Gabriela Hardt/Lava Jato/

No despacho, ela inclui o Ministério Público Federal no feito e pede manifestação sobre a uma petição enviada na noite de segunda-feira. O grampo foi encontrado pelo doleiro na sua cela em 2014, quando ele ainda se recusava a colaborar com as investigações da "lava jato".

Gabriela Hardt recentemente pediu remoção para Santa Catarina. Ela manifestou interesse em quatro varas de Itajaí e nove de Florianópolis, embora o edital do concurso ofereça apenas vagas para a 2ª Vara Federal da capital catarinense.


Appio, por sua vez, foi afastado após representação do desembargador do TRF-$ Marcelo Malucelli, que disse que seu filho teria recebido uma ligação telefônica da qual há suspeita de que o juiz tenha participado. Os fatos podem configurar infrações disciplinares. Appio tem agora 15 dias para apresentar sua defesa prévia ao tribunal.

Pet 5025690-40.2023.4.04.7000

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[Moro revela como ajudou a puxar o tapete de Appio: "Fiquei sabendo, recolhi o material e entregamos ao Tribunal": "O ex-juiz Sergio Moro revelou em entrevista ao programa Estúdio i, da Globo News, que já sabia da ligação de Eduardo Appio para o filho do desembargador Marcelo Malucelli, e ajudou a denunciar a ação ao TRF-4.

"Fiquei sabendo [na época do fato] e fiquei perplexo. Recolhi o material e entregamos ao Tribunal. E depois disso, me distanciei", alegou Moro. 

Segundo Moro relatou na tarde desta terça (23), João Malucelli, filho do desembargador Marcelo Malucelli e sócio do casal Moro, teria mostrado em abril o vídeo que registrou a ligação telefônica de Appio O GGN publicou o vídeo aqui."

A ligação de Appio para João Malucelli ocorreu em 13 de abril de 2023. Appio foi afastado pelo TRF-4 na última segunda, 22 de maio. (...)"]

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[Appio se meteu em confusão desnecessária e pôs em risco a revisão dos desmandos da Lava Jato, diz Cláudio Couto: "Em se comprovando que o juiz federal Eduardo Appio ligou para o filho do desembargador Marcelo Malucelli, do TRF-4, conforme decisão que resultou no seu afastamento da 13ª Vara Federal de Curitiba, isso significa que o trabalho de revisar os abusos praticados pela Lava Jato sob a batuta de Sergio Moro está em risco. É o que avalia o cientista Cláudio Couto."

(...)

"Durante o programa Política na Veia - transmitido toda terça-feira, ao vivo, às 11 horas, na TVGGN - Couto disse que Appio estava tentando "passar a Lava Jato a limpo", mas estaria cometendo o erro de "envenenar" sua própria atuação se realmente acessou dados sigilosos de Malucelli no sistema interno, e depois ligado para o filho do desembargador."

"O TRF-4 tende a tomar decisões a favor da Lava Jato e dos lavajatistas. Se o juiz Appio, que está tentando passar isso a limpo, comete um erro dessa magnitude, acho muito difícil que a situação fique boa para ele. Precisamos esperar [as investigações]", apontou Couto. (...)"]

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Lava Jato: 'Os motivos alegados para o afastamento do juiz Eduardo Appio'

Por Luís Nassif, no GGN: O TRF-4 (Tribunal Regional da 4ª Região) decretou o afastamento cautelar do juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara. Segundo o relatório do TRF-4, a representação partiu do desembargador Marcelo Malucelli, da 8ª Turma do tribunal - onde ficam os processos da Lava Jato - e que, anteriormente, havia se declarado suspeito de analisar os casos, mas só depois da imprensa ter divulgado as relações de seu filho com o casal Sérgio Moro-Rosângela Wolff. Além de sócio do escritório de ambos, o filho de Malucelli namora a filha do casal.

www.seuguara.com.br/desembargador/Marcelo Malucelli/
Desembargador Marcelo Malucelli (Imagem/reprodução)

Logo depois, outro desembargador da mesma turma, Loraci Flores, declarou-se impedido de julgar caso envolvendo o ex-Ministro da Fazenda Antonio Palocci, por ser irmão do delegado Luciano Flores, da Polícia Federal, que atuou na Lava Jato.

O terceiro membro da 8ª Turma, desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, que atuou ostensivamente em favor da Lava Jato, quando presidia o Tribunal. 


Segundo Malucelli, o juiz Eduardo Appio - que assumiu a 13ª Federal - teria telefonado para seu filho, para confirmar a filiação, e o teria ameaçado.

O relatório da corregedoria esclarece que o procedimento nada tem a ver com os atos processuais de Appio, nem quanto às entrevistas que concedeu no período. Mas apenas em relação a um episódio de ligação telefônica para o filho de Malucelli, que teria sofrido ameaças e constrangimento.


Quando vazou a informação sobre as ligações do filho de Malucelli com os Moro, era obrigação do juiz investigar a veracidade ou não dela, consultando dados cadastrais do Imposto de Renda. Appio, de fato, não se identificou na ligação. Quanto às supostas ameaças, soam inverossímeis e nem são comprovadas pela transcrição da ligação.


Com base no relatório, decidiu-se pelo afastamento temporário de Appio, "não se considerando que o afastamento seja configurado como medida punitiva em tal espécie de caso, mas, sim, acautelatória, exigindo-se, de toda sorte, decisão fundamentada". 

O afastamento se dará até o final do julgamento. 


O afastamento implicará: 


(a) do ponto de vista físico, imediata suspensão do acesso às dependências e prédios da Justiça Federal, inclusive não podendo acessar a vara e suas dependências;


(b) do ponto de vista dos sistemas eletrônico, imediata suspensão de acesso aos seguintes sistemas: (1) à rede corporativa interna da Justiça Federal, inclusive com suspensão de acesso à Intranet; (2) aos sistemas corporativos do Conselho Nacional de Justiça, exceto o PJeCor (neste PJeCor ele continua vinculado para que possa exercer seu direito de defesa); (3) ao SEI (assegurado o acesso externo aos expedientes disciplinares necessários à sus defesa); (4) aos demais sistemas corporativos da Justiça Federal, exceto E-mail funcional e SERH.


(c) quanto à arrecadação e ao acautelamento de bens, visando à necessária instrução e por se tratar de bem da União, em relação ao computador de mesa (desktop) do gabinete do magistrado, deverá o Diretor do Foro da Seção Judiciária do Paraná, acompanhado de duas testemunhas, proceder à arrecadação e ao acautelamento do bem em local seguro, em estrutura devidamente lacrada, a ser acautelada na Direção do Foro do Paraná.


Sintomaticamente, enquanto o expediente acontecia, em sigilo, a juíza substituta Gabriela Hardt - notoriamente ligada à Lava Jato - pediu transferência para Santa Catarina. Em um novo juiz substituto deverá ser indicado.

Todos os procedimentos, em relação à Lava Jato, ficam suspensos a partir de agora, mostrando que, por outras vias, a 8ª Turma conseguiu interromper a revisão de Appio.


[Clique aqui para acessar a íntegra da matéria e ler o relatório e voto, e ver o vídeo da ligação recebida pelo filho do desembargador Malucelli]

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terça-feira, 18 de abril de 2023

PGR denuncia Moro por dizer que Gilmar Mendes teria vendido habeas corpus

Redação/Bem Paraná: A Procuradoria-Geral da República (PGR) entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com denúncia contra o senador Sergio Moro (União Brasil) por calúnia em razão de fala do ex-juiz de que o ministro Gilmar Mendes estaria envolvido em um esquema de venda de sentenças judiciais. A acusação toma como base vídeo que viralizou nas redes sociais na semana passada, em que Moro é flagrado falando sobre "comprar um habeas corpus de Gilmar Mendes".

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quinta-feira, 30 de março de 2023

Moro reage e pede 'suspeição' do novo juiz da Lava Jato

Da Redação do Bem Paraná: O senador Sérgio Moro (União Brasil), ex-juiz da Lava Jato, requereu ao juiz Eduardo Appio, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, que não despache mais em processos da extinta operação até a análise do pedido de suspeição formulado contra o magistrado por uma procuradora de Ponta Grossa (Campos Gerais). Moro também pede que Appio reconsidere a decisão de enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) as acusações feitas pelo advogado Rodrigo Tacla Duran - desafeto do ex-juiz e albo da Lava Jato - contra ele e o deputado Deltan Dallagnol (Podemos), ex-chefe da extinta força-tarefa no Ministério Público Federal.

www.seuguara.com.br/Sergio Moro/suspeição/Eduardo Appio/
Sergio Moro (União Brasil), alega imparcialidade de juiz (Waldemir Barreto/Agência Senado) 

Os pedidos foram protocolados no bojo do processo em que Tacla Duran - que trabalhou para a Odebrecht e foi apontado pela força-tarefa da Lava Jato como operador financeiro da construtora em esquemas de corrupção - foi ouvido por Appio na segunda-feira, 27, em audiência virtual.

O novo titular da 13ª Vara Federal de Curitiba intimou o advogado a depor depois de revogar uma ordem de prisão preventiva contra ele decretada por Moro em 2016. Durante a oitiva, Tacla Duran alegou ter sofrido tentativas de "extorsão" na lava Jato em troca de facilidades para clientes, implicando Moro e Deltan.


Na terça-feira, Appio pediu à Polícia Federal abertura "urgente" de um inquérito sobre as acusações de Tacla Duran. O advogado foi colocado no programa de proteção a testemunhas. Com "interessado", Moro pediu que Appio pare de proferir decisões nos autos de processos da Lava Jato até analisar o pedido de suspeição protocolado por uma procuradora de Ponta Grossa.

O ex-juiz da Lava Jato alega que seu sucessor deixou de cumprir a lei processual que estabelece a "precedência" da chamada "exceção de suspeição". Para Moro, o pedido deve ser analisado com prioridade, antes de Appio analisar quaisquer autos da Lava Jato.


Segundo o senador, tal prioridade visa "prevenir que atos processuais sejam ordenados por juiz suspeito". Em 2021, Moro foi declarado parcial pelo Supremo Tribunal Federal para julgar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato, o que levou uma série de investigações da da força-tarefa à estaca zero.

Moro cita decisões proferidas por Appio em autos ligados à Lava Jato antes da análise da suspeição, como a decretação de prisões do doleiro Alberto Youssef - um dos delatores mais conhecidos da Lava Jato - e o despacho que revogou o bloqueio de bens e dinheiro do empresário Márcio Pinto de Magalhães, ex-representante da multinacional Trafigura no Brasil. Em tal documento, o juiz da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba colocou em dúvida a imparcialidade da juíza Gabriela Hardt, que foi substituta de Moro no mesmo juízo. 


Com relação aos atos processuais envolvendo Tacla Duran, Moro diz que Appio fez audiência com o advogado com o "único propósito" de "colher notícia crime requentada envolvendo parlamentares federais que atuaram no passado nos feitos da Lava Jato e em relação aso quais Vossa Excelência (o juiz) tem, reiteradamente, criticado".

O senador diz que "não receia qualquer investigação" - "mas a realização do ato revestiu-se de caráter inusitado". Ainda de acordo com o parlamentar, a prática de atos "extravagantes" atribuídos a Appio e a "demora ilegal" em apreciar a suspeição "apenas robustecem as preocupações do Ministério Público Federal que motivaram a exceção".           


Magistrado requer segurança reforçada

Em mais um capítulo da imposição da Lava Jato, o juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, quer segurança especial para si próprio. Em ofício endereçado ao diretor do Fórum Federal, Appio requisitou carro blindado e uma pistola Beretta, além de 'apoio tático' da Polícia Federal (PF) controlando entrada e saída do prédio onde fica seu gabinete. O juiz afirma estar sofrendo uma 'onda de ameaças pessoais'. 


"Sinto-me ameaçado pelas declarações dos envolvidos, os quais têm grande poder político e econômico", alega Appio, sem citar nomes de quem o assombra. Desde que assumiu a cadeira que foi ocupada por longos anos pelo ex-juiz Sergio Moro, hoje senador (União Brasil), Appio vem adotando medidas que incomodam os protagonistas da Lava Jato - operação que desmontou esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e cartel de empreiteiras instalando em diretorias estratégicas da Petrobras, entre 2003 e 2014. Appio e Moro estão em litígio.


O novo juiz da Lava Jato já criticou publicamente os métodos da operação, antes aclamada, ora sob fogo cerrado. Para acirrar ainda mais a cizânia, Appio ouviu na última segunda-feira, um antigo desafeto de Moro, o advogado Rodrigo Tacla Duran, ex-operador de propinas da Odebrecht no esquema Petrobras. Tacla Duran diz ter munição pesada contra seus algozes. Ele alega ter recebido pedido de propina na Lava Jato em troca de facilidades para clientes. O advogado pediu uma audiência a Eduardo Appio para prestar esclarecimentos e fazer requerimentos.


As acusações de Tacla Duran foram encaminhadas por Appio ao Supremo Tribunal Federal (STF), com a menção expressa a possível crime de extorsão e ao foro privilegiado de Moro e do deputado Deltan Dallagnol, ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. O juiz colocou o ex-operador financeiro da Odebrecht no Programa de Proteção à Testemunhas e pediu à Polícia Federal a abertura 'urgente' de um inquérito sobre o caso.

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["Mais detalhes das denúncias de Tacla Duran contra Moro e Deltan" 👇] 



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quarta-feira, 29 de março de 2023

Tacla Duran implica Moro e Dallagnol em suposta extorsão; caso vai ao STF

Conjur: O advogado Rodrigo Tacla Duran afirmou nesta segunda-feira (27) que foi alvo de um tentativa de extorsão para que não fosse preso durante a finada "lava jato" e implicou o ex-juiz Sergio Moro, hoje senador, e o ex-procurador Deltan Dallagnol, hoje deputado federal, no suposto crime. Ele entregou fotos e vídeos que comprometeriam os parlamentares.


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segunda-feira, 27 de março de 2023

Restrições a presos foram implementadas 2 anos antes de Moro assumir Justiça

Por Sérgio Rodas, no Conjur: O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro reivindica para si a iniciativa de vetar visitas a presos de alta periculosidade, exceto delatores. Dois anos antes, contudo, em 2017, um antecessor dele, Torquato Jardim, baixou portaria com a mesma finalidade. A dedução de que essa portaria foi pivô do pretenso plano de vingança dos traficantes, aparentemente, é só da juíza. Nos elementos apresentados como "provas" (diálogos não periciados atribuídos aos criminosos) a motivação do plano não é mencionada.
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Ex-juíz jogou reputação fora quando apoiou Bolsonaro. Por Celso Rocha de Barros

Publicado originalmente por Celso Rocha de Barros, na Folha de S. Paulo*: Lula, se eu fosse você, esqueceria o Moro. Você já ganhou dele. Moro jogou fora o que lhe havia sobrado de dignidade, reputação, respeitabilidade profissional e direito de não ser tratado como militante de extrema-direita quando apoiou Jair Bolsonaro no segundo turno. O apoio foi uma confissão de que seu julgamento em 2018 foi mutretado.
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domingo, 26 de março de 2023

Flavio Dino diz que ilação sobe PT e PCC é canalhice e avisa: "Não há imunidade para isso"

Publicado por Caroline Stefani, no DCM: O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou neste sábado (25) que as acusações de ligação entre PT e PCC (Primeiro Comando da Capital) "não passam de canalhice". A declaração ocorre após o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) fazer um associação entre a facção criminosa e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Moro mentiu muito para faturar com as ameaças do PCC. Por João Filho

Por João Filho, no Intercept/Brasil: Em janeiro deste ano, o ministro da Justiça Flávio Dino coordenou a transferência de Marcola do presídio federal de Rondônia para o presídio federal de Brasília. O motivo foi a descoberta de um plano do PCC para resgatar Marcola, o seu principal líder. A Polícia Federal foi acionada pelo Ministério Público de São Paulo, que descobriu os planos da facção após monitorar suas ações durante anos. Com a transferência de Marcola para Brasília, o plano foi por água abaixo. A facção, então, se preparou para o plano B: sequestrar e matar autoridades públicas para forçar a libertação ou pelo menos a transferência do líder para São Paulo. Entre os alvos estavam o senador Sergio Moro e o promotor Lincoln Gakiya, o homem que lidera as investigações do Ministério Público contra o PCC.

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sábado, 25 de março de 2023

Justiça Federal do Paraná é incompetente para investigar plano contra Sergio Moro

Por Sérgio Rodas, no Conjur: A Justiça Federal do Paraná não é competente para conduzir a investigação sobre o suposto plano para sequestrar o senador Sergi Moro (União Brasil-PR). Como os delitos em averiguação não seriam praticados devido ao fato de ele se parlamentar, nem em detrimento de bens, serviços ou interesse da União, o processo cabe à Justiça estadual.

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sexta-feira, 24 de março de 2023

Lula cometeu um "pecadilho", mas a PF cumpriu seu papel. Por Luis Felipe Miguel

Por Luis Felipe Miguel, no DCM: A Fala de Lula à TV 247 e a ação policial contra o PCC alimentam a gritaria da extrema-direita. O ex-juiz se vitimiza. Mas o caso é sobre abuso de poder judicial, de um lado, e a responsabilidade dos governantes, do outro.

Relembrando o período que passou na cadeia, vítima da perseguição judicial de que Sergio Moro foi artífice, o presidente Lula falou que, na época, expressava que só estaria bem quando "fodesse" o então astro da Lava Jato.

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Sergio Moro e Luiz Inácio Lula da Silva (Imagem/reprodução)

Um desabafo compreensível, dadas as circunstâncias. Mas que, nesses últimos dias, tem sido utilizado em muitas narrativas da extrema-direita, que criticam não apenas o linguajar do presidente, mas também o suposto "desejo de vingança" que marcaria sua volta ao poder.


É óbvio quer a indignação de alguém preso injustamente se expressa com veemência - e que não se trata de vingança, mas de justiça. Como escreveu o jornalista Bruno Boghossian, da Folha, "Lula tem o direito de criticar os abusos da Lava Jato, mas deve saber que não é o único no ringue e que alguns golpes são dados abaixo da linha da cintura".

Ao falar tão candidamente sobre seus sentimentos quando estava preso, Lula foi humano - mas (citando novamente Boghossian) deu um "presente ao campo rival".


A situação só piorou graças a uma coincidência: a prisão de integrantes do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital, que tinham um plano de ataque a autoridades, entre elas o ex-juiz Sergio Moro. De forma desonesta, como de costume, a extrema-direita tem ligado as duas coisas. Um deputado bolsonarista inventou simplesmente que a fala de Lula era uma espécie de "senha" para o PCC entrar em ação.

E Moro, também de forma previsível, faz uso mesquinho do caso - em vez de ter a atitude digna de agradecer à Polícia Federal ao ao governo pela ação eficaz.


Porque também se trata disso: o poder público agiu de maneira rápida e eficiente, na defesa da integridade física das possíveis vítimas - não importa que uma delas fosse o ex-juiz patife e desafeto do presidente ou que se esperasse que a operação fosse, como de fato está sendo, explorada pela oposição.


Isso é o que se espera de um governo republicano, na acepção correta do termo. Lula bobeou na entrevista, um pecadilho que, em circunstâncias normais não teria maiores consequências. A PF cumpriu seu papel e mostrou uma boa faceta do governo. O resto é marola e fake news.

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quinta-feira, 23 de março de 2023

Moro se tornou alvo do PCC por proibir visita íntima, diz promotor caçado pela facção

Por Beatriz Castro, no DCM: O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) se tronou alvo do PCC após proibir visitas íntimas aos presos no sistema penitenciário federal, segundo o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco), também alvo da facção.

www.seuguara.com.br/promotor Lincoln Gakiya/Gaeco/

"Moro é alvo destes criminosos por conta da portaria que ele baixou proibindo as visitas íntimas no sistema penitenciário federal. Isso realmente desagradou esses criminosos, não só do PCC, mas de todas as facções", afirmou.

Assim como Moro, Gakiya também estava na mira do plano dos criminosos para atacar agentes públicos e autoridades. Os criminosos planejavam sequestrar e matar o senador e o promotor de Justiça.


Em entrevista ao UOL, Gakiya criticou o luso político da operação policial por causa da repercussão da fala de Lula contra Moro enquanto esteve preso em Curitiba.

"Embora o plano em si tenha sido descoberto em janeiro deste ano, os documentos e informações das investigações dão conta que o plano está em andamento desde agosto de 2022, portanto no governo anterior. Não há motivo para dizer que foi algo engendrado pelo governo atual ou algo parecido. Infelizmente, estão fazendo uso político de uma operação de sucesso", disse o promotor.


De acordo com Gakiya, o plano do PCC de sequestrar e matar autoridades era um 'plano B'. A primeira opção era resgatar Marcola, chefe da facção criminosa.

"O plano não era só contra Sergio Moro e a mim. Em 2019, o PCC havia determinado que a prioridade era tentar o resgate de Marcola. Eles determinaram isso como "Plano A' e o denominaram com 'STF'. O 'plano B' era o 'STJ'. Se o resgate do Marcola não tivesse sucesso, era para desencadear o 'plano B', que eram ataques a agentes públicos e sequestro de autoridades para forçar o governo a devolver Marcola para o sistema penitenciário paulista", afirmou.

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O caso Moro navegou sozinho nas redes, sem resposta oficial, por Luis Nassif

Por Luis Nassif, no GGN: Como uma grande empresa trabalha a comunicação na era das redes sociais, especialmente se tiver muitos departamentos e sucursais? O primeiro passo é montar uma rede de assessores de comunicação em cada área sensível. No caso de governos, seria nos Ministérios e agência mais relevantes.
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quarta-feira, 22 de março de 2023

Justiça: Flavio Dino nega vínculo entre operação da PF e entrevista do presidente Lula

Agência Brasil: O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse hoje (22), em São Paulo, que a Operação Sequaz, da Polícia Federal (PF) não tem qualquer ligação com a entrevista dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao portal Brasil 247, nessa terça-feira (21).

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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Moro às avessas: novo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba é crítico da 'lava jato' e da prisão de Lula

Do Conjur: O juiz Eduardo Fernando Appio, novo titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, é crítico dos métodos e da politização da antiga "lava jato", se define como um garantista e considera que não havia justificativa jurídica para a prisão, em 2018, do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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sábado, 28 de janeiro de 2023

A autópsia do ovo da serpente (crotalus terrificus) da lava jato, por Lenio Streck

Por Lenio Luiz Streck, no Conjur: Antes de tudo, sim, eu sei que crotalus terrificus é o nome científico de uma serpente específica, a cascavel. O título é para mostrar o problema que poucos viram lá atrás: o ovo desse crotalus. Escrevo para dizer que é muito bom quando a epistemologia vem para mostrar que uma tese é correta. Uma boa pesquisa ilumina caminhos por vezes traçados intuitivamente.
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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Moro espalha fake news sobre governo Lula, é desmentido e passa vergonha nas redes

Por Marcelo Hailer, no Fórum: O ex-juiz e senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR), que foi considerado parcial e incompetente pelo STF, e que tem trabalhado para ser o "rosto" da oposição à gestão federal, publicou nesta segunda-feira (23), em suas redes sociais, uma fake news sobre o governo Lula.

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Sergio Moro é acusado de caixa 2 para se eleger ao Senado

Publicado por Patrícia Faermann, no GGN: Em processo na Justiça eleitoral, o PL de Jair Bolsonaro acusou o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro de praticar caixa 2 para se eleger ao Senado, nas eleições do ano passado. Moro não só foi ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro, como também atuou na campanha do ex-mandatário à reeleição em 2022, ao seu lado, ativamente.
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