Mostrando postagens com marcador Mauro Cid. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Mauro Cid. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Áudios reforçam elo entre 8 de janeiro e a cúpula do governo Bolsonaro no plano de golpe

Redação/GGN: O programa Fantástico, da Rede Globo, exibiu na noite de domingo (23) uma reportagem que mostra trabalho da perícia da Polícia Federal em cima de mais de 1,2 mil dispositivos eletrônicos apreendidos com os investigados no inquérito da tentativa de golpe e do 8 de janeiro.

www.seuguara.com.br/áudios/plano de golpe/Globo/Fantástico/reportagem/

A matéria exibiu áudios inéditos que reforçam o elo entre os acampamentos antidemocráticos, a invasão e depredação aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, e militares em posição de comando que interagiam com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, em busca de ajudar os bolsonaristas nas ruas. 


Vários áudios são protagonizados pelo tenente-coronel Guilherme Marques de Almeida, que estava no comando de operações terrestres do Exército em Brasília no começo de janeiro de 2023, quando houve a troca de presidente da República. Nas conversas, Almeida revela que se infiltrou em grupos de conversação onde civis organizavam as manifestações contra a posse de Lula.

"Se tu tiver alguma possibilidade de influenciar alguém dos movimentos, eu tô tentando plantar isso nas redes onde eles estão. Tô participando de vários grupos civis", disse o militar.


Segundo a narração do Fantástico, "os militares em postos de comando incitavam participação popular e discutiam como usar manifestantes em frente aos quartéis como massa de manobra para pressionar por uma intervenção [militar]."

Em outro trecho capturado pela PF, Almeida dizia que as manifestações deveriam ser feitas e frente ao Congresso para despertar atenção das Forças Armadas. "Para apaziguar, a gente resolve destituir, invalidar a eleição, colocar voto impresso e fazer nova eleição, com ou sem Bolsonaro", disparou o militar. 


O programa também mostrou que Almeida ajudava os acampamento bolsonaristas e, quando não tinha como resolver algum problema, ele apelava para que os pedidos dos manifestantes chegassem a Bolsonaro. Foi o que ele fez quando recebeu pedido de ajuda de caminhoneiros que estavam com medo de serem presos por ordem do Tribunal Superior Eleitoral ou Supremo Tribunal Federal. Almeida pediu para Mauro Cid falar para Bolsonaro mobilizar a Polícia Federal ou o próprio Exército para "segurar" os mandados de prisão e "proteger esses caras".


Para o Fantástico, os áudios deixam claro que a estratégia da cúpula bolsonarista era "manter as manifestações nas ruas e a contestação das urnas".

No final, no entanto, os áudios revelam que Jair Bolsonaro decidiu não assinar o decreto de golpe porque não houve apoio de todos os comandos das Forças Armadas.

***



***

Leia Mais ►

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Com medo, bolsonaristas elaboram teoria sobre vazamento da delação de Mauro Cid

DCM: O vazamento do depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, à Polícia Federal (PF), despertou preocupações entre os aliados do ex-presidente. Temendo as consequências das revelações, esses aliados elaboraram uma teoria para justificar a divulgação de parte do depoimento de Cid, conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo.

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/delação/bolsonaristas/teoria/vazamento/

Segundo três interlocutores de Bolsonaro, o trecho da delação que menciona Eduardo Bolsonaro (PL-SP) poderia dar ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre a trama golpista, um motivo para decretar medidas contra o filho do ex-presidente, como a retenção de seu passaporte.


Eduardo Bolsonaro, que não foi indiciado no inquérito sobre a trama golpista, foi citado por Cid como integrante do grupo mais radical próximo ao ex-presidente logo após a eleição de Lula. De acordo com o militar, esse grupo defendia um golpe de Estado, pressionava Bolsonaro a assinar a minuta do golpe e acreditava que "quando o presidente desse a ordem, ele teria apoio do povo e dos CACs".  

Cid também afirmou que, além de Eduardo, o ex-general e deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o general Mario Fernandes (preso preventivamente) e Michelle Bolsonaro eram favoráveis ao golpe armado para impedir a posse de Lula.

www.seuguara.com.br/Eduardo Bolsonaro (PL-SP)/delação/Mauro Cid/

A teoria bolsonarista sugere que a divulgação do depoimento teria como objetivo enfraquecer Eduardo Bolsonaro em um momento em que ele está em evidência, após participar de eventos da posse de Donald Trump nos Estados Unidos.

"Toda vez que o governo vai mal e a direita vai bem, vaza alguma informação sobre a delação de Cid", declarou um aliado próximo do ex-presidente. 


Por outro lado, fontes ligadas à investigação da PF afirmam que o inquérito já foi concluído e aguarda manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Essas fontes garantem que Eduardo não foi indiciado porque não há provas materiais contra ele e consideram a teoria dos bolsonaristas "sem fundamento".

No entorno de Bolsonaro, o consenso é que o ex-presidente deve ser denunciado pela PGR e se tornar réu no caso da trama golpista. Até que isso aconteça, a expectativa é que novos vazamentos continuem a alimentar teorias da conspiração entre seus aliados.

***


Leia Mais ►

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Justiça Militar envia ao STF caso de coronéis suspeitos de golpe

Poder360: A Justiças Militar encaminhou ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma investigação sobre 4 coronéis do Exército Brasileiro. Os militares são suspeitos de elaborar uma carta que pressionava o comando do Exército a apoiar um golpe de Estado após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022. 

www.seuguara.com.br/STF/Justiça militar/coronéis suspeitos/golpe de Estado/

Conforme noticiado pelo G1, a transferência do caso ao STF ocorre após a Justiça Militar optar por não julgar os supostos crimes militares cometidos pelos oficiais. O portal afirma que os coronéis enviaram uma carta intitulada "Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro", ao general Freire Gomes.

São suspeitos pela elaboração do documento os coronéis da ativa Anderson Lima de Moura e Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, juntamente como os coronéis da reserva Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo. O processo segue sob sigilo.


Operação da PF

A PF (Polícia Federal) realizou em 19 de novembro uma operação que mirou suspeitos de integrarem uma organização criminosa responsável por planejar, segundo as apurações, um golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito nas Eleições de 2022.

Em 21 de novembro, os agentes indiciaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro da Defesa,  general Braga Netto, o ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, e outras 34 pessoas por envolvimento pela suposta tentativa de golpe de Estado.


Segundo a corporação, o indiciamento reflete a existência de elementos suficientes para indicar a participação de Bolsonaro, Braga Netto e Cid em uma trama para impedir a posse do p residente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) naquele ano.

Os agentes miram os chamados "Kids pretos", grupo formado por militares das Forças Especiais, e investigam um plano de execução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB).


Ainda conforme a corporação, a grupo também planejava a prisão e execução do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Os crimes investigados, segundo a PF, configuram, em teses, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa.

Foram espedidos 5 mandados de prisão preventiva e 3 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em Goiás, no Amazonas e no Distrito Federal. Foram determinadas 15 medidas, como a proibição de contato entre os investigados, a entrega de passaportes em 24 horas e a suspensão do exercício de funções públicas.


Um dos alvos da operação Contragolpe, como está sendo chamada, é o general da reserva Mário Fernandes. Ele era secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência no governo de Bolsonaro. Ele também foi assessor no gabinete do deputado e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ).

Também foram alvos dos mandados os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, e o policial federal Wladimir Matos Soares, Todos tiveram determinadas prisão preventiva e proibição de manter contato com outros investigados, bem como proibição de se ausentarem do país, com a consequente entrega dos respectivos passaportes.


Em nota, a PF disse que uma organização criminosa "se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022".

O plano estava sendo chamado de "Punhal Verde e Amarelo" e seria executado em 15 de dezembro de 2022.

"O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um 'Gabinete Institucional de Gestão de Crise', a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações", disse a PF.

***


Leia Mais ►

sábado, 14 de dezembro de 2024

Polícia Federal prende ex-ministro Braga Netto

Por Juliana Dal Piva, colunista do ICL: O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a prisão do general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente, neste sábado (14). O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, afirmou que o general entregou dinheiro vivo para financiar o plano golpista "Punhal Verde e Amarelo" em uma embalagem para guardar vinhos. A prisão de Braga Netto ocorreu no apartamento dele em Copacabana, na zona sul, do Rio de Janeiro.

www.seuguara.com.br/General Braga Netto/prisão/tentativa de golpe/polícia federal/

A coluna apurou ainda que o dinheiro foi destinado por Braga Netto ao grupo conhecido como Kids Pretos, os militares com curso de operações especiais, durante um encontro em uma das residências oficiais da Presidência da República. Os dados foram confirmados para a coluna com duas fontes ligadas à investigação. 


Nos depoimentos recentes, Cid também afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) recebia informes de Braga Netto todos os dias sobre o andamento do plano organizado pelos "Kids Pretos". O plano pretendia evitar a posse do presidente Lula após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022 e ainda tinha o planejamento para assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

No entanto, a coluna apurou que Cid afirma que não tinha conhecimento de que o plano previa os assassinatos. 


O plano dos militares seria consumado no dia 15 de dezembro de 2022. O advogado de Cid, Cezar Bitencourt, afirmou, em entrevista ao programa Estúdio I, da TV Globo, que Bolsonaro tinha conhecimento de tudo. "Sabia, sim, na verdade o presidente de então sabia tudo. Na verdade, comandava essa organização", disse Bitencourt. A coluna adiantou que Cid tinha mencionado que Bolsonaro sabia do plano. No entanto, o advogado depois voltou atrás nas declarações.


Após o depoimento para Moraes, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro conseguiu manter os benefícios do acordo de colaboração premiada com a PF. A Polícia Federal havia pedido a rescisão do acordo de colaboração premiada de Cid após descobrir que ele havia omitido informações sobre a trama para os assassinatos.


Ao depor para a PF, durante a Operação Contragolpe, no dia 19 de novembro, Cid não informou o que sabia sobre o dinheiro que Braga Netto entregou para financiar o golpe. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro só fez menção à informação dois dias depois, no dia 21 de novembro, no STF. Por isso, a PF manteve o pedido de rescisão. 

A PF já havia descoberto que a reunião para dar início ao plano dos assassinatos havia sido realizada na casa de Braga Netto, em novembro de 2022. Cid participou do encontro.


Também estiveram presentes parte dos militares com formação em Operações Especiais, conhecidos como Kids Pretos. Eles foram os responsáveis por colocar em prática o plano. A PF constatou que um grupo de ao menos seis militares chegou a se posicionar em diversos pontos de Brasília para capturar Moraes em 15 de dezembro de 2022. 

Depois da audiência, Alexandre de Moraes decidiu contrariar o pedido da Polícia Federal e manteve os benefícios da colaboração premiada de Mauro Cid. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi preso duas vezes em inquéritos da PF, mas está em liberdade desde maio.  


Leia também:

***

[Braga Netto está detido em quartel onde foi comandante: "(...) A detenção de Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro (PL), foi uma ocorrência inédita. O Exército, que não possui registros de prisões de generais da patente de quatro estrelas, demorou cerca de três horas para decidir o local da custódia do general. 

A prisão de um militar dessa patente e sua detenção em um quartel gerou desconforto dentro das forças armadas, já que as tradições militares preveem que o preso não deve ser superior hierarquicamente ao chefe do quartel onde está detido.

A 1ª Divisão de Exército, que agora abriga Braga Netto, é comandada por um general de divisão, Eduardo Tavares Martins, de três estrelas. A prisão dele foi motivada por suspeitas de obstrução de Justiça. O general é acusado de tentar interferir nas investigações relacionadas à delação preimiada do tenente-coronel Mauro Cid. (...)"

***


***


Leia Mais ►

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Moraes manda soltar Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Por André Richter, repórter da Agência Brasil:O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (3) a soltura do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Cid está preso no Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, desde março deste ano, quando foi preso ao prestar depoimento ao Supremo. Na época, a revista Veja publicou áudios em que o militar criticou a atuação de Moraes e da Polícia Federal.

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/solto/Alexandre de Moraes/

O ex-ajudante de ordens assinou acordo de colaboração premiada após ter sido preso no âmbito do inquérito que apura fraudes em certificados de vacinação contra covid-19.

Além do caso referente às vacinas, Cid cooperou também com o inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado que teria sido elaborada no alto escalão do governo Bolsonaro.


Na mesma decisão, Moraes decidiu manter a validade do acordo de delação assinado por Mauro Cid. Os termos já haviam sido confirmados pelo militar durante a audiência na qual ele foi preso.

"Consideradas as informações prestadas em audiência nesta Suprema Corte, bem como os elementos de prova obtidos a partir da realização de busca e apreensão, não se verifica a existência de qualquer óbice à manutenção do acordo de colaboração premiada nestes autos", decidiu o ministro.

Edição: Denise Griesinger

***

[Moraes solta Mauro Cid, mas com tornozeleira e sem passaporte: " Nesta sexta-feira, 3, ministro Alexandre de Moraes determinou a liberdade provisória de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Cid está detido desde março de 2024 no Batalhão de Polícia do Exército em Brasília/DF e deve ser liberado ainda hoje.

No entanto, o ministro manteve o acordo de delação premiada previamente firmado com Cid e reiterou a aplicação de medidas cautelares, entre elas o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, a entrega de passaporte, a proibição de uso de redes sociais e de comunicação com outros investigados, exceto contato direto com sua esposa, filha e pai."] 

Fonte: https://www.migalhas.com.br/quentes/406661/moraes-solta-mauro-cid-mas-com-tornozeleira-e-sem-passaporte

Leia Mais ►

sábado, 30 de março de 2024

Exército investigou 46 oficiais por carta que pressionava comandante por golpe

Por Guilherme Arandas Domingos, no DCM: As Forças Armadas deram início a um procedimento disciplinar contra 46 oficiais que assinaram uma carta a favor de um golpe de Estado encabeçado por Jair Bolsonaro, revela o G1. Contudo, os detalhes das punições, incluindo a quantidade de oficiais sancionados, permanecem indefinidos. A investigação revelou que a carta foi utilizada como ferramenta de pressão contra o então Comandante do Exército, General Freire Gomes.

www.seuguara.com.br/Exército brasileiro/investigações/

Em seu depoimento à Polícia Federal, Freire Gomes afirmou que alguns militares foram punidos proporcionalmente à sua participação no episódio. Além disso, enfatizou a ilegitimidade de manifestações políticas por parte de oficiais das Forças Armadas.

www.seuguara.com.br/General Freire Gomes/investigações/oficiais/

O atual Comandante do Exército, General Tomás Paiva, solicitou uma análise minuciosa para determinar se houve punições efetivas aos envolvidos.

O documento em questão foi encontrado no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência. A suspeita recai sobre uma reunião de militares realizada em novembro de 2022 como o possível momento de sua elaboração.


Em seus depoimentos à Polícia Federal, alguns dos investigados negaram envolvimento direto com o documento, como o coronel Bernardo Romão Correa Neto, que afirmou desconhecer sua autoria e discordar de seu conteúdo.


Outro interrogado, o tenente-coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, admitiu ter assinado a carta, mas posteriormente retirou sua assinatura e incentivou outros a fazerem o mesmo. Ele também alegou ter sido informado por Cid de que o presidente Bolsonaro estava ciente da existência da carta. 

*****


Leia Mais ►

domingo, 24 de março de 2024

Cid não revela ao STF com quem conversou sobre PF e Moraes

Por André Richter, repórter da Agência Brasil: O tenente-coronel do Exército Mauro Cid afirmou em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) que "não se lembra" com quem trocou as mensagens de áudio nas quais o militar criticou a atuação do ministro Alexandre de Moraes e da Polícia Federal (PF).

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/depoimento/áudio/

Ontem (22), Cid voltou a ser preso por determinação de Alexandre de Moraes após a divulgação dos diálogos pela Revista Veja. A prisão ocorreu durante audiência na qual o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foi chamado a dar explicações.


A prisão foi determinada por um juiz auxiliar de Moraes. Segundo o STF, ao fazer as declarações, Cid descumpriu medidas cautelares pactuadas no acordo de delação. O militar também vai responder pelo crime de obstrução de Justiça. Ele está preso no batalhão da Polícia do Exército, em Brasília.

Cid assinou acordo de colaboração premiada após ter sido preso no ano passado no âmbito do inquérito que apura fraudes em certificados de vacinação contra covid-19. Além do caso referente às vacinas, Cid cooperou também com o inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado que teria sido elaborada no alto escalão do governo Bolsonaro.


De acordo com a reportagem da Veja, Cid afirmou que foi pressionado pela PF a delatar episódios dos quais não tinha conhecimento ou “o que não aconteceram”. O ex-ajudante também afirmou, segundo a publicação, que a Procuradoria-Geral da República e ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre o militar no STF, têm uma “narrativa pronta” e estariam aguardando somente o momento certo de “prender todo mundo”.


Cid confirmou na audiência que enviou a mensagem de áudio a amigos em tom de “desabafo”. Ao contrário do que disse nas mensagens, o militar reafirmou que decidiu espontaneamente delatar os fatos que presenciou durante o governo Bolsonaro e que não houve pressão da PF ou do Judiciário para fazer as acusações.

"Afirma não ter havido pressão do Judiciário ou da polícia. Conversou previamente com os advogados sobre a colaboração", diz trecho do depoimento.


Cid não revelou para quem mandou o áudio com as críticas a Moraes e a PF. Ele garantiu que não tem contato com outros investigados e que falou em tom de "desabafo".

"Está recluso, praticamente em casa, não tem vida social e não trabalha. Não lembra para quem falou essas frases de desabafo, num momento ruim. Não conseguiu ainda identificar quem foi essa pessoa", diz o depoimento.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro também citou o ex-presidente ao esclarecer uma das falas encontradas nos diálogos publicados pela Veja. Em um dos trechos, Cid afirmou que "pessoas se deram bem e ficaram milionárias" ao se queixar da falta de apoio.


"Estava falando do presidente Jair Bolsonaro, que ganhou Pix, aos generais que estão envolvidos na investigação e estão na reserva. E no caso próprio perdeu todo. A carreira está desabando. Os amigos o tratam como leproso, com medo de se prejudicar. Não é político, quer ter a vida de volta. Está enclausurado. A imprensa sempre fica indo atrás. Está agoniado. Engordou mais de 10 quilos. O áudio é um desabafo. Acredita que as pessoas deveriam o estar apoiando e dando sustentação", completou o depoimento.


Defesa

Após a divulgação da matéria de Veja, a defesa de Mauro Cid também alegou que os diálogos foram feitos em tom de desabafo. Os advogados disseram que as falas “não passam de um desabafo em que relata o difícil momento e a angústia pessoal, familiar e profissional pelos quais está passando".


Edição: Valéria Aguiar


Leia Mais ►

sábado, 23 de março de 2024

Mauro Cid volta a falhar como mandalete. Por Moisés mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: Aconteceu o que até o estagiário do gabinete do golpe poderia prever. Mauro Cid caiu na armadilha de advogados e ex-chefes que tentaram usá-lo para confundir o cerco da Polícia Federal e de Alexandre de Moraes.

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/áudios/polícia Federal/Moisés Mendes/

Cid está preso de novo, depois de espalhar gravações com acusações à PF e ataques ao ministro do Supremo. É um sujeito fragilizado e ainda sob o comando dos que o usaram como mandalete no Palácio do Planalto.


O que Mauro Cid poderia ganhar, ao dizer que sua delação havia sido manipulada pela Polícia Federal,, porque os interrogadores o obrigaram a confirmar o que seria uma narrativa?

O que ele ganharia estendendo os ataques a Alexandre de Moraes, apontado como autoritário e fabricante de sentenças prontas?


Faltou alguém que o alertasse de que ele não ganharia nada. Que estava apenas fazendo o trabalho sujo de tentar embaralhar as investigações e colocar as informações das elações sob suspeita.

Mauro Cid se prestou de novo a fazer o que os outros mandam que faça. É o mesmo coronel que se submetia a todas as ordens sujas de Bolsonaro e até ao comando de Michelle como pagador de continhas. Mauro Cid prova mais uma vez que é um bem mandado.


Não há como perceber como um desabafo, num cenário que em nada o favorece, a decisão de atacar a PF e Moraes. Não pode ter sido um impulso a produção de áudios com os ataques.

Mauro Cid procurou jornalistas amigos e cumpriu mais uma vez o que determina sua vocação como subserviente. Foi orientado a atrapalhar, para que PF e Supremo sejam olhados com desconfiança e seus chefes tentem escapar.


É a índole de Mauro Cid a subserviência, como está provado em suas trapalhadas com as muambas das arábias, a fraude dos cartões da vacina e a intermediação de conversas para a articulação do golpe. 

O coronel talvez só não tenha fracassado na tarefa de bom pagador das contas da mulher do seu empregador. No resto, foi sempre um perdedor, que deixou rastros por onde passou. 

Cid é um faz-tudo trapalhão que estava a caminho do generalato, o que conduz a muitas interrogações sobre a qualidade dos nossos altos oficiais.


O coronel volta para a solitária por descumprimento de medidas cautelares e por obstrução à Justiça. Mais uma vez, paga todos os custos por ter sido obediente. 

Cid jogou para a torcida da extrema direita e tentou fazer média com seus superiores, levando a muamba para dentro do inquérito que investiga os golpistas.

Sua situação se complica, enquanto Moraes, o Ministério Público e a Polícia Federal se preparam para outras tentativas de invertidas dos que esperam que as sindicâncias tropecem em novas armadilhas.

*****


Leia Mais ►

"Quis chutar a porta e acabei falando besteira": leia a íntegra do depoimento de Mauro Cid ao STF

Diário do Centro do Mundo: O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tronou pública na noite desta sexta-feira (22) a ata de audiência de Mauro Cid, na qual o militar confirmou integralmente os termos de sus delação premiada.

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/depoimento/Polícia Federal/

"Diante da necessidade de afastar qualquer dúvida sobre a legalidade, espontaneidade e voluntariedade da colaboração de Mauro César Barbosa Cid, que confirmou integralmente os termo anteriores de suas declaração, torno pública a ata de audiência realizada para a oitiva do colaborador, no dia 22/03/2024, às 13h, na sala de audiências do Supremo Tribunal Federal, com a presença da Procuradoria-Geral da República e dos defensores", afirmou o ministro na decisão.

www.seuguara.com.br/trecho/deoimento/Mauro Cid/STF/

No depoimento, o ex-ajudante de ordens tanta enrolar Moraes alegando que "quis chutar a porta e acabou falando besteira". Ele também entrega pessoas com as quais teria conversado no áudio patético que vazou, entre eles o cunhado, a prima e colegas de farda. 


O tenente-coronel afirmou que aderiu à delação premiada de maneira voluntária, negando qualquer influência da Polícia Federal em suas declarações. "Nunca houve induzimento às respostas. Nenhum membro da Polícia Federal o coagiu a falar algo que não teria acontecido", declarou Cid, conforme registrado na ata do depoimento.


Ele mencionou estar atravessando um período "mais sensível", motivado pelo bloqueio de sua promoção no Exército.

"Isso foi apenas um desabafo. Uma maneira de se expressar", afirmou ele na transcrição. "De forma genérica, todos acabam por dizer coisas que não deveriam", acrescentou.


Cid foi detido por não cumprir medidas cautelares e por obstrução à Justiça. A ordem de prisão preventiva foi emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a audiência na qual o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro reiterou o conteúdo da delação premiada estabelecida com a Polícia Federal, cuja validade permanece em análise.


Conheça a íntegra:



*****

Leia Mais ►

sexta-feira, 22 de março de 2024

Moraes marca para hoje novo depoimento de Cid após áudios vazados

Por Felipe Pontes, repórter da Agência Brasil: O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para as 13h desta sexta-feira (22) um novo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, após serem divulgados áudios em que o militar critica a atuação das autoridades responsáveis pelas investigações contra ele.

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/no depoimento/áudios vazados/

O depoimento ocorrerá na sala de audiências do STF e será presidido pelo desembargador Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes. Na sala, devem estar presentes apenas o depoente, sua defesa e um representante da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Moraes tomou a medida após a revista ter publicado, na noite dessa quinta-feira (21), áudios nos quais Cid diz ter sido pressionado, em depoimentos à PF, a delatar acontecimentos dos quais não tinha conhecimento ou “o que não aconteceu”.


Nos áudios, Cid diz ainda que a Procuradoria-Geral da República e o ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre o militar no Supremo Tribunal Federal (STF), têm uma “narrativa pronta” e estariam aguardando somente o momento certo de “prender todo mundo”.


"O Alexandre de Moraes já tem a sentença dele pronta, acho que essa é que é a grande verdade. Ele já tem a sentença dele pronta. Só tá esperando passar um tempo. O momento que ele achar conveniente, denuncia todo mundo, o PGR [procurador-geral da República] acata, aceita e ele prende todo mundo”, diz trecho dos áudios divulgados.


Defesa 

Em comunicado, a defesa de Mauro Cid não negou a autenticidade dos áudios e disse que as falas "não passam de um desabafo em que relata o difícil momento e a angústia pessoal, familiar e profissional pelos quais está passando, advindos da investigação e dos efeitos que ela produz perante a sociedade, familiares e colegas de farda".

A defesa ainda nega que o militar tenha criticado a atuação de autoridades nas investigações sobre ele, ou que as falas possam ter algum impacto sobre o acordo de delação premiada fechada entre o tenente-coronel e a Polícia Federal.


“Mauro César Barbosa Cid em nenhum momento coloca em xeque a independência, funcionalidade e honestidade da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República ou do Supremo Tribunal Federal na condução dos inquéritos em que é investigado e colaborador, aliás, seus defensores não subscrevem o conteúdo de seus áudios”, diz a nota da defesa.


Ex-ajudante de ordens da Presidência da República no governo de Jair Bolsonaro, Mauro Cid fechou acordo de colaboração premiada após ter sido preso no âmbito do inquérito que apura fraudes em certificados de vacinação contra covid-19. De acordo com a Veja, os áudios do militar foram mensagens enviadas a um colega da farda.


Nas gravações, Cid diz ainda ter sido induzido a confirmar informações específicas e a todo momento acusado de contar mentiras e ameaçado de perder os benefícios da delação.

Além do caso referente às vacinas, Cid cooperou também com o inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado que teria sido elaborada no alto escalão do governo Bolsonaro.


No comunicado, a defesa diz também que os áudios "de forma alguma, comprometem a lisura, seriedade e correção dos termos de sua colaboração premiada firmada perante a autoridade policial, na presença de seus defensores constituídos e devidamente homologada pelo Supremo Tribunal Federal nos estritos termos da legalidade".

Edição: Aécio Amado


Leia Mais ►

Mauro Cid critica Alexandre de Moraes e diz ter sido pressionado pela PF a delatar. Ouça o áudio

Por Jessica Alexandrino, no DCM: O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, em áudio divulgado pela revista Veja, expressou suas preocupações sobre a condução das investigações pela Polícia Federal em relação ao ex-presidente. Ela alega ter sido pressionado nos depoimentos e criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, responsável por homologar sua delação premiada.

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/áudio/revista Veja/

Durante o áudio, Cid relata que os policiais insistiam para que ele desse informações que ele não possuía ou que não condiziam com a realidade. Ele enfatiza que enfrentou resistência ao tentar apresentar sua versão dos eventos, afirmando que os policiais contestavam sua veracidade e insinuavam consequências negativas para sua delação premiada, caso não corroborasse com a narrativa deles.


"Você pode falar o que quiser. Eles não aceitavam e discutiam. E discutiam que a minha versão não era a verdadeira, que não podia ter sido assim, que eu estava mentindo", alegou o militar. "O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser. Com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação", continuou.


Cid seguiu: "O Alexandre de Moraes já tem a sentença dele pronta, acho que essa é que é a grande verdade. Ele já tem a sentença dele pronta. Só tá esperando passar um tempo. O momento que ele achar conveniente, denuncia todo mundo, o PGR [procurador-geral da República] acata, aceita e ele prende todo mundo".

www.seuguara.com.br/Alexandre de Moraes/Mauro Cid/áudio/revista Veja/

Além disso, Cid lamenta as consequências pessoais de sua associação com Bolsonaro, afirmando que diferentemente de outros militares próximos ao ex-presidente, ele perdeu oportunidades profissionais e financeiras significativas.

"Ninguém perdeu carreira, ninguém perdeu vida financeira como eu perdi. Todo mundo já era quatro estrelas, já tinha atingido o topo, né? O presidente teve Pix de milhões, ficou milionário, né?, reclamou. 


Recentemente, a Polícia Federal indiciou Mauro Cid, Jair Bolsonaro, o deputado federal Gutemberg Reis e outras 14 pessoas em um caso envolvendo a falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19. Cid foi preso em 2023 e passou quatro meses detido até firmar um acordo de colaboração em setembro do mesmo ano.

Diante das investigações em curso, Alexandre de Moraes impôs medidas cautelares a Cid, incluindo a proibição de assumir cargos no Exército e o uso de tornozeleira eletrônica. Mesmo afastado do Exército e detido, Cid recebeu uma avaliação positiva de seu chefe, mas sua promoção já foi destacada pela corporação.


*****


Leia Mais ►

quinta-feira, 21 de março de 2024

Política: Braga Netto mandou Mauro Cid pedir dinheiro ao PL para financiar Kids pretos

Por Ana Gabriela Sales, no GGN: O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, afirmou à Polícia Federa (PF) que ele recorreu a Braga Netto, então ministro da Casa Civil, para conseguir um montante que teria financiado a ida dos Kids pretos às manifestações bolsonaristas, em Brasília, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Poderes, em 8 de janeiro de 2023.

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/depoimento/Polícia Federal/

Segundo informações de Malu Gaspar, no Globo, Cid esclareceu aos investigados - em seu último depoimento - o contexto de um diálogo, encontrado em seu celular, em que ele oferece ao major Rafael Martins de Oliveira o auxílio de R$ 100 mil para ajudar a bancar a ida de um "pessoal" a Brasília. 


As próprias mensagens indicam que o tal "pessoal" era um grupo de Kids pretos, como são chamados os integrantes da tropa de elite do Exército. A PF acredita que esses oficiais, formados nas forças especiais, orientaram a ação dos invasores.

Cid disse à PF que ele recorre a Braga Netto para conseguir os R$ 100 mil e o general mandou quwe procurassem o PL, o partido de Bolsonaro, para pedir recursos.


Ainda, segundo a reportagem, fontes ligadas à apuração disseram que imagens das câmeras de segurança da Esplanada dos Ministérios e depoimentos dos vândalos presos pela invasão indicam que havia Kids pretos em em vários pontos estratégicos da Praça dos Três Poderes.


Leia também:

(clique na imagem) 

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/depoimento/urnas eletrônicas/

https://jornalggn.com.br/justica/bolsonaro-e-indiciado-por-falsificar-cartao-vacina-de-covid-19/

*****

Leia Mais ►

quarta-feira, 13 de março de 2024

À PF, Cide confirma que Moraes foi espionado após derrota de Bolsonaro nas eleições

Por Yurick Luz, no DCM: Ao prestar depoimento pela quarta vez à Polícia Federal (PF), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), confirmou o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com o Globo.

www.seuguara.com.br/Alexandre de Moraes/Mauro Cid/depoimento/Polícia Federal/

A informação veio à tona durante as investigações sobre uma suposta trama em que membros do governo Bolsonaro teriam acompanhado o itinerário do magistrado, com o intuito de detê-lo após a assinatura de um decreto de golpe de Estado.


Durante o depoimento à PF, o ex-ajudante de ordens esclareceu as circunstâncias em que o monitoramento ocorreu. Cerca de um mês atrás, uma operação foi deflagrada contra o ex-presidente, ex-ministros e ex-assessores, todos investigados por conspirar para dar um golpe de Estado e invalidar as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva.


"A autoridade policial aponta que Augusto Heleno Ribeiro Pereira, Marcelo Costa Câmara e Mauro César Barbosa Cid integraram o núcleo de inteligência paralela, responsável pela coleta de dados e informações que pudessem auxiliar a tomada de decisões do ex-Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, na consumação do golpe de Estado. Os membros teriam monitorado o itinerário, o deslocamento e a localização do Ministro do Supremo Tribunal Federal e então chefe do Poder Judiciário Eleitoral, Alexandre de Moraes, e de possíveis outras autoridades da República, com o objetivo de captura e detenção, nas primeiras horas que se seguissem à assinatura do decreto de golpe de Estado", afirma a decisão de Moraes, na ocasião. 

www.seuguara.com.br/Alexandre de Moraes/golpe de Estado/governo Bolsonaro/

Segundo as investigações da PF, havia um núcleo de inteligência composto pelo general Augusto Heleno, por Mauro Cid e por Marcelo Câmara, responsável por monitorar a agenda e o deslocamento do ministro Alexandre de Moraes, visando garantir sua captura e detenção nas primeira horas do início do plano golpista.


De acordo com a decisão, Cid e Câmara utilizavam o codinome "professora" para se referir ao ministro Alexandre de Moraes. Os deslocamentos do ministro entre Brasília e São Paulo coincidem com as informações fornecidas pelos ex-assessores de Bolsonaro e também com as reuniões realizadas no Palácio da Alvorada sobre a elaboração de um decreto golpista.


"Considerando que a minuta do decreto que declarava o Golpe de Estado previa a prisão do ministro Alexandre de Moraes, o acompanhamento e monitoramento da autoridade - inclusive durante o Natal (24/12/2022) - demonstra que o grupo criminoso tinha intenções reais de consumar a subversão do regime democrático, procedendo a eventual captura e detenção do Chefe do Poder Judiciário Eleitoral", afirma a decisão.


*****



****

Leia Mais ►

sábado, 17 de fevereiro de 2024

Ex-comandante do Exército revela por que não denunciou o plano de golpe de Bolsonaro

Foi publicada nesta sexta (16), na coluna do jornalista Tales Farias, a versão que o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, ventilou nos bastidores para explicar o fato de não ter denunciado às autoridades competentes a tentativa de golpe que o alto escalão do governo de Jair Bolsonaro preparou ao longo de 2022.

www.seuguara.com.br/Bolsonaro/general Freire Gomes/plano de golpe/

"A amigos, Freire Gomes tem dito que se denunciasse ao STF as intenções do então chefe do Executivo simplesmente criaria uma crise institucional no país, com chances de acabar propiciando uma ruptura, que era exatamente o que Bolsonaro pretendia. (...) É esse argumento que o ex-comandante do Exército deverá apresentar à Polícia Federal em seu depoimento: ele não foi omisso, nem prevaricou. Usou seu cargo para atuar objetivamente contra o golpe junto aos colegas do generalato", resumiu Tales Faria.


Freire Gomes foi tratado por membros do gabinete do golpe como um oficial "cagão" - nas palavras do ex-ministro Braga Netto - por não ter embarcado na aventura golpista. Trechos de relatório da Polícia Federa que constam em despacho do ministro Alexandre de Moraes, a que o GGN teve acesso, mostram que Freire Gomes sofreu pressão de colegas militares para aderir ao golpe, mas não envergou.


www.seuguara.com.br/General Braga Netto/conversa/Polícia Federal/
"Meu amigo, infelizmente tenho que dizer que a culpa pelo que está acontecendo e acontecerá e do Gen FREIRE GOMES. Omissão e indecisão não cabem a um combatente", escreveu Braga Netto em uma mensagem capturada pela PF. 


Entre outras formas de pressão, Freire Gomes teria recebido uma carta do militar Bernardo Romão Correa Neto, que operou como "braço direito" de Mauro Cid no planejamento do golpe. no relato da PF, a carta foi usada "como instrumento de pressão direcionado ao então Comandante do Exército." 

Correa Neto teve prisão preventiva solicitada pela Polícia Federal na Operação Tempus Veritatis, que apurou que o militar estava em solo americano pois fora designado para exercer missão em Washington até julho de 2025, com "total ônus para o Comando do Exército". A saída do País foi interpretada como ação para "se furtar ao alcance de investigações e consequentemente da aplicação da lei penal". Ele retornou ao Brasil para cumprir a prisão.

    

As implicações para Freire Gomes

Apesar de não ter embarcado na aventura golpista, Freire Gomes terá de explicar à Polícia Federal por que participou de reuniões para planejamento do atentado à democracia, inclusive na presença de Jair Bolsonaro, sem nunca ter denunciado a tentativa de ruptura institucional.


No relatório da PF, consta que Freire Gomes esteve presente na reunião onde Bolsonaro apresentou aos comandantes das Forças Armadas a chamada minuta do golpe, um decreto que previa interferência em outros poderes e prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal.

A PF também aponta que Freire Gomes assinou uma nota em defesa dos acampamentos golpistas, "reputada como importante por MAURO CID, para fins de manutenção e intensificação das manifestações antidemocráticas, em vista do suposto respaldo das Forças Armadas ao movimento".


As investigações mostram ainda que Freire Gomes possivelmente sabia que empresários do agronegócio financiavam as manifestações golpistas. "Em 16 de novembro de 2022, MAURO CID enviou um áudio, possivelmente para o General FRIERE GOMES, pelo aplicativo UNA, em que cita o financiamento das manifestações em Brasília, por empresários do 'Agro'." 

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/conversa/Polícia Federal/

Além disso, Freire Gomes soube também através de Mauro Cid que Bolsonaro havia editado pessoalmente o decreto do golpe.

"Mensagens encaminhadas por MAURO CID para o General FREIRE GOMES sinalizam que o então Presidente JAIR MESSIAS BOLSONARO estava redigindo e ajustando o Decreto e já buscando o respaldo do General ESTEVAM THEOPHILO GASPAR DE OLIVEIRA (há registro de que este último esteve no Palácio do Planalto em 9/12/2022, fls. 169), tudo a demonstrar que atos executórios para um golpe de Estado estavam em andamento", aponta a PF.


A adesão do General Gaspar de oliveira era importante porque seu destacamento era o que continha o maior contingente de militares do Exército. De acordo com a PF, Gaspar de Oliveira "teria concordado em executar as medidas que culminariam na consumação do golpe de Estado, desde que o então Presidente JAIR MESSIAS BOLSONARO assinasse o decreto que vinha sendo debatido e ajustado, embora não se contasse com a adesão do General FREIRE GOMES."

(...)


Redação: GGN


Leia Mais ►

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Delação de Cid revela participação de Hang e de fundador da Tecnisa no golpe

Por Fernando Miller, no DCM: Em uma delação homologada pela Polícia Federal, Mauro Cid revelou a participação de empresários em um plano não realizado para impedir a posse de Lula após o segundo turno. O ex-auxiliar de Bolsonaro afirmou que Luciano Hang, proprietário da Havan, e Meyer Nigri, fundador da Tecnisa, pressionaram o então presidente Bolsonaro a solicitar ao Ministério da Defesa a elaboração de um relatório mais incisivo sobre o processo eleitoral, visando "virar o jogo".

www.seuguara.com.br/Luciano Hang/Havan/Jair Bolsonaro/golpe/

Segundo o relato de Cid à PF, essa conversa teria ocorrido em novembro. A PF também obteve um áudio que revela a participação de ambos no encontro. Na conversa, Cid também lista o dono da rede Centauro, que a PF atribui como sendo "possivelmente Sebastião Bonfim".

www.seuguara.com.br/Jair Bolsonaro/Meyer Nigri/Tecnisa/

Na mensagem enviada por Cid ao comandante do Exército, o ex-ajudante de ordens afirma que os empresários tentaram pressionar para que o Ministério da Defesa fizesse um relatório duro, contundente, com o objetivo de 'virar o jogo', possivelmente ao resultado das eleições presidenciais".


"Na conversa que ele (Bolsonaro) teve depois como os empresários, ele estava, tava o Hang, estava aquele cara da Centauro, estava o Meyer Nigri. É, estava o cara do Coco Bambu também, ele também. Tipo, quem falou, ó... o governo Lula vai cair de podre, né? pessoal ficou um pouco de moral abaixo porque os empresários estavam querendo pressionar o presidente a pressionar o MD [Ministério da Defesa] a fazer um relatório, né, contundente, duro né? Pra virar jogo, aquele negócios", diz Cid no áudio, enviado no dia 8 de novembro, segundo o relatório da PF. 


A delação do tenente-coronel também complica a situação do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), alegando que este teria sido um dos parlamentares que se manifestou a favor de um golpe de Estado. 


Em 11 de janeiro de 2023, após a posse de Lula, Luciano Hang publicou uma mensagem desejando sorte ao presidente eleito e repudiando os atos de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes.

Em janeiro, o proprietário da Havan foi condenado a pagar mais de R$ 85 milhões por coagir os funcionários a votarem em Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018, conforma ação civil movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

*****


Leia Mais ►

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Militares fazem 'vaquinha' para ajudar Mauro Cid, delator de Bolsonaro, a pagar R$ 600 mil em dívidas

Militares da reserva se mobilizaram em uma campanha de arrecadação de fundos para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). A iniciativa da "vaquinha", segundo a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, foi organizada pela União Nacional dos Militares da Reserva e Reformados das Forças Armadas e Auxiliares do Brasil e visa auxiliar Cid a quitar dívidas que somariam cerca de R$ 600 mil.

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/vaquinha/militares da reserva/

Segundo a reportagem, um trecho da mensagem que circula nas redes sociais destaca que "o coronel Cid está precisando de nossa ajuda humanitária, já vendeu quase tudo que possuía" e perde a "misericórdia" dos "irmãos de farda". O texto também afirma que a dívida de R$ 600 mil de Cid inclui despesas com advogados e medicamentos e cita o "martírio" do militar que "sempre honrou a farda".


O tenente-coronel Mauro Cid foi detido de maio a setembro do ano passado, sob suspeita de manipular dados sobre vacinas contra a Covid-19. Sua prisão foi revogada após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) homologar a delação premiada do militar. Atualmente, Cid cumpre prisão domiciliar, usando tornozeleira eletrônica e permanece afastado de suas funções no Exército, embora mantenha seu salário de R$ 27 mil mensais.


A Polícia Federal está investigando os supostos crimes relatados na delação de Cid, que implicam Jair Bolsonaro em um plano de golpe de estado com o apoio de integrantes da Cúpula das Forças Armadas, além de fraudes em cartões de vacinação contra a Covid-19.

O militar também implicou Bolsonaro e auxiliares próximos no chamado "gabinete do ódio", utilizado pelo governo do ex-mandatário para atacar e disseminar contra adversários e críticos do ex-mandatário.


Via: 247


Leia Mais ►

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Delação premiada: Mauro Cid detalha à PF funcionamento de 'gabinete do ódio' de Bolsonaro

Por Yurick Luz, no DCM: No acordo de delação premiada, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, revelou detalhes sobre o "gabinete do ódio" do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo os envolvidos nas tratativas, a Polícia Federal (PF) insistiu que Cid expusesse o funcionamento das milícias digitais e do gabinete do ódio para que o acordo fosse homologado em setembro pela Justiça. A informação foi divulgada pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo.

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/delação premiada/gabinete do ódio/Jair Bolsonaro/

Na delação, o militar descreveu as funções de cada ex-assessor do Palácio do Planalto de Bolsonaro envolvido na estratégia de comunicação digital. Isso inclui a disseminação de fake news e ataques a desafetos, como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Uma parte essencial dessa estratégia foi a divulgação de conteúdo, como vídeos editados e frases, por meio das redes sociais.


Cid também compartilhou informações sobre as conexões entre membros desse grupo e os integrantes do clã Bolsonaro. Além disso, ele mencionou o envolvimento de apoiadores do ex-mandatário que se organizavam como milícias digitais nas redes sociais.

Um dos focos dos investigadores com a delação do tenente-coronel é angariar provas para o inquérito que apura como funcionam essas milícias.

  

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro também identificou os membros do governo que promoviam o uso do gabinete do ódio para difamar reputações e aqueles que tentavam acalmar as tensões entre o ex-capitão e o Judiciário.


Mauro Cid foi preso em maio deste ano por causa de fraudes em cartões de vacinação de Bolsonaro. Em setembro, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, aprovou o acordo para que o militar pudesse fazer a delação.

***

[Mauro Cid confirma operação do gabinete do ódio no governo Bolsonaro: "(...) Até agora, Cid já revelou que: Bolsonaro queria esconder investigados pela PF no Alvorada; o gabinete do ódio era financiado por empresários e apoiadores de Bolsonaro; Bolsonaro sabia dos planos de atos golpistas em 7 e 8 de janeiro de 2023, tendo articulado encontro com apoiadores e financiadores; Bolsonaro era um líder autoritário e tinha um plano para tomar o poder de forma ilegal; o ex-presidente ordenou falsificação dos certificados de vacina contra Covid-19. (...)"]

***


Leia Mais ►

sábado, 14 de outubro de 2023

Saiba quem é o principal suspeito de entregar a 'minuta do golpe' a Bolsonaro

Por Jessica Alexandrino, no DDM: E-mails obtidos pela CPMI do 8 de janeiro e informações derivadas da Lei de Acesso à Informação lançam luz a presença do ex-assessor da Presidência, Filipe Martins, no Palácio da Alvorada durante quatro ocasiões em dezembro do ano passado, após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais.

www.seuguara.com.br/Jair Bolsonaro/Filipe Martins/minuta do golpe/

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, fez uma revelação notável durante sua delação, implicando Martins como o responsável por levar o documento que ficou conhecido como "minuta do golpe" ao então presidente. As reuniões entre Martins e Bolsonaro aconteceram sem registro na agenda oficial, aumentando ainda mais as preocupações quanto à natureza e propósito. 


Segundo as informações obtidas, existe a crença de que em um desses encontros, Martins entregou o documento ao ex-presidente, que, de acordo com a delação do ex-ajudante de ordens, solicitou alterações no conteúdo. Esse rascunho descrevia supostas interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo e terminava com a sugestão de realizar novas eleições e prender autoridades, de acordo com três fontes que tiveram acesso ao depoimento de Cid.


Bolsonaro, conforme o depoimento, solicitou alterações em partes específicas do texto, mas manteve a recomendação de realizar novas eleições e a prisão do ministro Alexandre de Moraes, que é o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e um membro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os registros demonstram que Filipe Martins esteve no Palácio da Alvorada nos dias 16, 18, 20 e 21 de dezembro de 2022. Em dois desses dias, o general da reserva Braga Netto, que concorreu como candidato a vice na chapa de Bolsonaro, e o então ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, também estava presentes.


Esses detalhes foram revelados nas agendas registradas pelos ajudantes de ordens de Bolsonaro, sob posse da CPI, e um um pedido de Lei de Acesso à Informação solicitado pela agência "Fiquem Sabendo". Adicionalmente, o ex-assessor da Presidência participou de uma reunião no Ministério da Defesa em 27 de dezembro de 2022, conforme documentado em um pedido de Lei de Acesso. 

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/delação premiada/

Segundo o depoimento de Cid à Polícia Federal, Martins forneceu versões impressas e digitais do rascunho para que as mudanças exigidas por Bolsonaro pudessem ser feitas. Isso pode explicar suas múltiplas visitas ao Alvorada, considerando que Bolsonaro estava tratando de uma infecção na pele durante esse período.

Procurado pelo Globo, Filipe Martins não respondeu a Solicitações de comentários. Sua defesa alega que não pode se manifestar porque não teve acesso à colaboração de Cid.


Pessoas próximas a Martins relatam que ele se encontra recluso e não reside mais em Brasília. Além disso, suas atividades nas redes sociais, incluindo Twitter e Instagram, cessaram desde o final das eleições. 

É importante mencionar que a última publicação de Martins nas redes sociais, datada de 30 de outubro de 2022, dia do segundo turno, abordava questões relacionadas à integridade das eleições e a prevenção da compra de votos no país.

A defesa de Bolsonaro e a defesa de Mauro Cid não emitiram declarações, alegando que não tiveram acesso ao material em questão.

***


Leia Mais ►

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Exército cumpriu a lei e "garantiu" a posse de Lula, diz comandante

Poder360: O atual comandante do Exército brasileiro, general Tomás Paiva, afirmou que o "Exército cumpriu a lei", quando "garantiu a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 1º de janeiro de 2023. Paiva assumiu o cargo em substituição ao general Júlio César de Arruda, demitido por Lula em 21 de janeiro deste ano.
Leia Mais ►

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Exército afasta Mauro Cid de suas funções após pedido de Alexandre de Moraes

Redação Brasil de Fato: O Exército brasileiro afastou neste domingo (10) o tenente-coronel Mauro Barbosa Cid de suas funções nas Forças Armadas. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) ficará no Departamento-Geral de Pessoa (DGP) sem ocupar cargo e recebendo remuneração de oficial superior.

Leia Mais ►

Arquivos

Site Meter

  ©Blog do Guara | Licença Creative Commons 3.0 | Template exclusivo Dicas Blogger