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sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

A extrema-direita tem um "Gabinete de Inteligência Semiótica". E o Governo?, por Wilson Ferreira

Por Wilson Roberto Vieira Ferreira, no Cinegnose: "A humilhante derrota do Governo no episódio da normativa do Pix da Receita Federal (voltando atrás, passando recibo e pulverizando a credibilidade não só de um órgão público, mas também dos próprios jornalistas do campo progressista que lutavam contra a desinformação) revelou a extrema vulnerabilidade diante das operações de um "gabinete de inteligência semiótica" na extrema-direita: a sinergia entre o jornalismo corporativo e extrema-direita, fornecendo insights e munição para a desinformação.  

www.seuhgauara.com.br/Extrema-direita/Gabinete de Inteliência Semiótica/Wilson Ferreira/

Desde o episódio dos móveis perdidos do Palácio da Alvorada e reencontrados pela Comissão de Inventário (e depois bombado nas manchetes de primeira página) no início de 2024, encontramos um trabalho de prospecção rotineira de crises em potencial, para servir como munição às redes extremistas. O caso da normativa do Pix foi outro exemplo. Grande mídia desvia o foco para o "Gabinete do Ódio", deixando oculta a verdadeira cena: o "Gabinete de Inteligência Semiótica", da comunicação alt-right. Quando cairá a ficha do Governo que propaganda NÃO é comunicação? Comunicação É o campo dos acontecimentos, gerido e operado por um gabinete de Inteligência Semiótica (GIS)."


"O Governo perdeu para Nikolas Ferreira. Vai empatar com quem? (Fábio Pannunzio, ICL Notícias) 


Muito se falou do "Gabinete do Ódio" - expressão criada para designar a milícia digital criada pelo clã Bolsonaro formado na campanha presidencial de 2018 e que continuou atuante no governo Bolsonaro. Criando domínio de perfis falsos em redes sociais e divulgação de fake news direcionados a atacar adversários. 

Tornou-se o grande vilão para a esquerda e o campo progressista. Mais do que isso: virou um verdadeiro desafio: entender qual era a mágica, o abracadabra tecnológico que esteve por trás da vitória do Brexit, da eleição de Trump em 2016 e que agora estava a serviço de Bolsonaro.  


Com o Gabinete do Ódio parecia que a política estava virando de cabeça para baixo e que a nova arena política pós-moderna era o ciberespaço - fabricar memes, viralizar fake news, criar pós-verdades etc.

Aquele meme risível, artificial e, por assim dizer, a tosquice malfeita do Banco Central para fazer frente à fake news do Pix ("Nós vai descer pro BC com cobrança do Pix?) é um desses exemplos das tentativas desesperadas para tentar emular o suposto expertise da extrema-direita nas redes.


O problema de entender as estratégias de comunicação alt-right é que nada é o que parece ser. Sempre temos que partir do princípio é que há um ardil e que sempre a verdade está em outra cena.

Toda a atenção da grande mídia e da esquerda foi concentrada no Gabinete do Ódio - parecia que a única militância política teria passado a ser a virtual na conquista de corações e mentes.

Mas há na extrema direita um outro tipo de "gabinete", oculto. Porque todos os holofotes foram apontados para o Gabinete do Ódio dos "meu malvados favoritos" Carluxo e companhia. A outra cena: uma espécie de inteligência semiótica que prospecta crises potenciais o tempo inteiro, para criar acontecimentos comunicacionais. Para, só depois, o "Gabinete do Ódio" fazer o serviço braçal.

www.seuguara.combr/Gabinete do Ódio/

Esse gabinete está tanto na extrema-direita, quanto na grande mídia - mais precisamente, em "colonistas" que funcionam como correias de transmissão. 

Por exemplo, a exploração da bomba semiótica dos móveis perdidos no Palácio das Alvorada no ano passado. Tidos como perdidos e pivô de acusações nas redes sociais de Janja com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o Jornal Folha de São Paulo deu em manchete de primeira página o encontro dos móveis pela Comissão de Inventário do Palácio. 

Uma bomba semiótica cavada: utilizando-se da Lei de Acesso à Informação, uma dupla de repórteres encontrou o informe da Comissão dando conta do encontro, no final de 2023, dos 261 bens patrimoniais desaparecidos. Dando farta munição para as redes bolsonaristas e a promessa de "medidas judiciais" feita pela ex-primeira-dama Michelle.


Como prospectar crises

Na época, esse humilde blogueiro observou que conseguia até imaginar as brainstorming diárias nas redações dos jornais prospectando crises potenciais. Para oferecer como munição para as redes de extrema-direita.

www.seuguara.com.br/móveis do Alvorada/perdidos/achados/

O caso atual da faked news do Pix que tomou dimensões gigantescas com uma onda de informações falsas, dúvidas e medo (fazendo até cair o número de operações pix em janeiro), forçando a Receita Federal a revogar a normativa que aumentava a fiscalização sobre o Pix, é outro exemplo. 

Publicado em 18 de setembro do ano passado e em vigor a partir de primeiro de janeiro desse ano, a "instrução normativa rfb nº 2219, de 17 de setembro de 2024", foi então divulgada em sites e publicações especializadas em legislação tributária e contabilidade. 


Nada demais. Tudo rotineiro: apenas o cotidiano repasse das informações sobre movimentações das instituições financeiras à Receita Federal. O que ocorre desde 2003. O que a nova norma atualizava era estender essa obrigação também a instituições financeiras tais como as fintechs e outras soluções de pagamento e transferência, como as carteiras digitais e moedas eletrônicas.

Com  a medida, o órgão pretendia evitar inconsistências que poderiam fazer contribuintes caírem na malha fina injustamente e melhorar a identificação de movimentações que poderiam estar ligadas a crimes financeiros.

Até então nada demais: apenas informações técnicas de uma rotina de monitoramentos das operações financeiras encontrada em qualquer país civilizado - ou, pelo menos, para aqueles que pretendem ser.


Mas tudo começa a ganhar outro significado quando o "Estadão Investidor" publicou, na semana passada, u vídeo no Instagram, para lá de ambíguo e sugestivo. Começava dizendo que "as regras do Pix mudaram e como i9sso AFETARÁ a sua vida". Com imagens como, por exemplo, um olhar ameaçadoramente escrutinador atrás de uma lupa - clique aqui

E a coisa começa a ficar cada vez mais duvidosa, feita para colocar uma pulga atrás da orelha de qualquer um: "o objetivo dessa mudança é EVITAR SONEGAÇÃO DE IMNPOSTOS"... para só no final "tranquilizar": na prática isso  NÃO DEVE afetar sua vida". O advérbio de negação ao lado do verbo cria uma ambiguidade nada tranquilizadora.


E nos comentários da postagem, o início de tudo: "vem taxa por aí"... "faz o L otários".

E o resto da história conhecemos. Até a Receita Federal ser obrigada a voltar atrás e revogar a normativa, numa derrota humilhante do governo na guerra semiótica. Ironicamente no momento em que o marqueteiro Sidônio Palmeira assumia a Secom.

 

www3.seuguara.com.br/Pix/vídeo/Estadão Investidor/

Apito de cachorro do Estadão?  

Estadão entoou um "apito de cachorro"? Ou a extrema-direita tem um outro tipo de gabinete, para além do midiaticamente conhecido como "Gabinete do Ódio"? Acredito que os dois: mais uma vez a grande mídia ofereceu insights e matéria-prima para a inteligência semiótica da extrema-direita. 


Uma bomba semiótica exemplar

A perfeita bomba semiótica, porque cada veículo do jornalismo corporativo rapidamente puxou a brasa para sua sardinha: para "o Globo", a fake news do Pix é mais uma notícia que corrobora com sua agenda de eliminar o artigo 19 do Marco Civil da Internet e com a garantia da existência do jornalismo alternativo e liberdade de expressão no ambiente digital; enquanto o Estadão, exorta que "mesmo com uma mentira" foi comprovada "uma verdade": o "excesso de impostos no Brasil"; e para a Folha, a crise seria "sintoma de baixa credibilidade das autoridades".


Grande mídia até concorda que o Governo foi vítima das fake news. Mas...

Esse é um caso exemplar por três motivos: 

(a) Revela o jogo perde-perde no qual o Governo Lula está metido: de um lado, cede ao terrorismo fiscal e ao garrote do arcabouço fiscal. Levando à busca desesperada por receitas para garantir os programas e instrumentos sociais (SUS, BPC etc.) e manter o contato que resta com a base social; e do outro, nessa busca por novas fontes de receitas, deve apertar o cerco contra a sonegação e operações de lavagem criminosa de dinheiro - o que faz a grande mídia bater o bumbo contra um governo "que só pensa em arrecadar porque é gastador".


(b) Revela também uma operação que vai além do "Gabinete do Ódio": uma inteligência semiótica colaborativa entre setores do jornalismo corporativo e o ativismo digital da extrema-direita.

E, como sempre, o Governo é reativo e anda a reboque de uma agenda criada e controlada pelos seus opositores. Sob pressão de todos os lados, acaba tomando a pior decisão possível: PASSA RECIBO e suspende a normativa da Receita Federal, arrasando com a credibilidade do órgão e dos próprios jornalistas do campo progressista que tentavam combater a desinformação.


(c) A inacreditável vulnerabilidade do Governo a qualquer tipo de operação desestabilizadora (e ainda temiam que, caso mantivessem a resolução, poderia surgir nas ruas uma nova edição das Jornadas de Junho de 2013...) comprova a urgência da criação de um GIS - Gabinete de Inteligência Semiótica.

Um GIS operaria além de um Secom - que insiste em confundir propaganda com comunicação

UM GIS operaria não no campo da propaganda institucional, mas no campo da comunicação com duas estratégias:    


(a) Pré-ciência: não precisa ser um pré-cog, como aqueles do sci-fi Minority Report, para prever a guerra semiótica que viria quando mídia e extrema-direita tivessem suas atenções concentradas em uma resolutiva rotineira do dia a dia da Receita Federal. Cada decisão, resolução, promulgação etc. deve passar pelo crivo do GIS para avaliar e, principalmente, antecipar as possíveis prospecções da inteligência semiótica adversária.

Espionagem, nos moldes da espionagem industrial, não estaria fora do horizonte dessas operações: conseguir fontes ou infiltrar agentes nos "gabinetes" adversários para antecipar bombas semióticas potenciais.


(b) Gestão de Acontecimentos Comunicacionais: o GIS também deve se preocupar em reverter, criar medidas anticíclicas da agenda dominante na opinião pública. Seguindo o modelo da alopragem política da comunicação alt-right (sobre esse conceito, clique aqui), o GIS deve criar acontecimentos - fazer verdadeiros exercícios de brainstorming para sugerir, inventar, criar acontecimentos desde frívolos até de conteúdo político e econômico.

Usando uma expressão da moda, impor suas próprias narrativas. Criar acontecimentos tão explosivos e inusitados que acabem atraindo a atenção da grande mídia, que se vê obrigada a publicar - afinal, são empresas de notícias 24h, ávidas por conteúdo para se manterem atrativas aos anunciantes.


A extrema-direita faz isso o tempo todo. Achamos tudo muito bizarro (do caso do cão de Javier Milei que teria sido a reencarnação de um gladiador do antigo Coliseu, ao inacreditável e-mail que comprovaria o convite a Bolsonaro para a posse de Trump - o que garante a sua presença constante nas manchetes, mesmo não tendo cargo e ser inelegível), mas é o modus operandi que garante a manutenção de uma agenda hegemônica que sempre mantém nas cordas Governo e campo progressista. 




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quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

O fact-checking não é censura: é uma ferramenta que empodera os cidadãos

Aos Fatos: Comunicado das organizações que integram a rede LatamChequea sobre as mudanças anunciadas pela Meta em sua política de moderação de conteúdos. "A Meta anunciou nesta terça-feira o fim do programa de verificação independente de fatos (Third Party Fact Checking, ou 3PFC) nos Estados Unidos, que será substituído por um sistema de notas da comunidade semelhante ao utilizado pela plataforma X (antigo Twitter).

www.seuguara.com.br/Meta/agências checadoras/desinformação/fake news/fact-checking/

Mark Zuckerberg, CEO da empresa dona do Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp, afirmou, ao justificar a decisão - e sem apresentar evidências -, que o sistema de checagem tinha "muitos erros" e promovia "muita censura", acusando os checadores de viés político.


Nos preocupa que, ao justificar sua decisão, o fundador da Meta associe o jornalismo de verificação à censura, quando, em nenhum caso, os checadores decidem o que acontece com os conteúdos. Nosso trabalho termina ao apontar se as postagens são verdadeiras, falsas ou enganosas, após um rigoroso processo de verificação que segue um método público.

Os checadores sempre defendem a liberdade de expressão e buscam fornecer evidências, informações verificadas e contexto sobre o que circula para empoderar os usuários em sua tomada de decisões - e não eliminar ou censurar conteúdos.


Impacto positivo no combate à desinformação


O jornalismo de verificação não começou com o Programa da Meta, e há organizações na região dedicadas a essa trabalho desde 2010. O trabalho dos checadores foi avaliado muitas vezes, demostrando que contribuiu para corrigir percepções equivocadas sobre um tema em diferentes contextos e que ajuda a limitar a disseminação da desinformação, entre outras coisas. Mesmo no caso das etiquetas em redes sociais, como as utilizadas pela Meta, elas mostraram ter um efeito positivo ao reduzir crenças em desinformação.


O programa de verificadores independentes de fatos é um sistema implementado pela Meta desde 2016 para ajudar a combater a desinformação em suas redes sociais, do qual participam vários membros da LatamChequea. Nele, os jornalistas checadores, certificados pele Rede Internacional de Checagem de Fatos (IFCN, na sigla em inglês), analisam postagens potencialmente desinformativas e, caso as evidências mostrem que são verdadeiras, falsas ou enganosas, as rotulam. Depois, é a empresa - não os verificadores - que decidem o que fazer com essas informações.

Conforme explicado várias vezes pela Meta, a política da plataforma é reduzir a visibilidade do conteúdo, adicionar contexto às postagens e alertar aqueles que compartilham o conteúdo de que há novas informações disponíveis. O conteúdo falso não é excluído nem deixa de estar acessível.


Desde que os checadores começaram a trabalhar com a Meta, não houve acusações de viés por parte da empresa, e um dos requisitos do programa é possuir a certificação da IFCN, o que inclui uma análise do conteúdo publicado para comprovar a ausência de viés político - um dos princípios básicos do jornalismo de verificação. De acordo com as próprias regras do programa, não são checadas postagens de políticos.

A Meta também não apresentou evidências de erros no trabalho dos checadores. Segundo dados apresentados pela empresa à União Europeia, do conteúdo que teve a visibilidade reduzida por erro, apenas 3,15% foi devido ao trabalho de verificação, o menor percentual entre todas as categorias, como destacou a Rede Europeia de Padrões de Verificação de Fatos (EFCSN, na sigla em inglês). 


Decisões como a anunciada pela Meta tendem a aumentar a opacidade e a retirar a visibilidade de uma comunidade que navega nas sombras da desinformação. A eliminação desse tipo de programa, que busca neutralizar os efeitos da desinformação, beneficia atores interessados em influenciar a opinião pública ou lucrar com inverdades. Em tempos em que diferenciar o verdadeiro do falso se torna um desafio, essa decisão traz consigo uma certeza: é verdadeiro que os produtores de desinformação comemoram essa decisão e se preparam para aproveitar essa janela de oportunidade.


O jornalismo de verificação, mais necessário do que nunca


A desinformação pode minar a confiança nos sistemas democráticos, confundir os cidadãos e até levá-los a tomar decisões perigosas sobre sua saúde, entre outras consequências. Os checadores têm um papel fundamental, como destaca a Organização dos Estados Americanos (OEA): 

"As agências verificadores, que nos últimos anos cresceram exponencialmente em nossa região, desempenham um papel importante no combate à desinformação. Por meio da verificação do discurso público, oferecem um serviço que pode ajudar os cidadãos a navegar em um debate público complexo e - muitas vezes - contaminado por informações falsas." 

O jornalismo de verificação foi vital em momentos como a pandemia, as eleições e os protestos sociais, sendo uma da muitas estratégias necessárias para combater a desinformação. Medidas e acusações sem evidências prejudicam o ecossistema informativo.


É essencial que governos, organizações internacionais e plataformas como a Meta trabalhem em conjunto para garantir a transparência nas política de moderação de conteúdo e para reforçar a regulamentação do ambiente digital. Somente assim será possível proteger os direitos humanos e assegurar o equilíbrio entre a liberdade de expressão e a integridade informativa.

A rede de checadores latino-americanos LatamChequea reafirma seu compromisso com a evidência, os dados e o acesso à informação para os cidadãos. Continuaremos trabalhando com altos padrões jornalísticos para combater a desinformação, promover o debate público informado e fortalecer aliança internacionais que defendam a transparência no ambiente digital.

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A LatamChequea é a rede latino-americana de checadores, reunindo 47 organizações de 21 países.

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terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Meta elimina checagem de fatos externa e adota modelo do X

Para evitar o que chamou de "vieses", dona do Facebook e Instagram terá notas da comunidade como as do X, em vez de checagem de fatos terceirizada. Justificativa de Zuckerberg coincide com discurso de Trump e Musk.
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sábado, 16 de março de 2024

À espera do grande furo e da rapadura especial. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: Foi uma sexta-feira daquelas, com novas revelações sobre o golpe, a partir de delações dos generais que afrontaram Bolsonaro e agora o denunciam como chefe do esquema. Mas a conclusão, ao final do dia, é essa: quase todos os jornais têm as mesmas informações, como se todos vendessem as mesmas rapaduras.

www.seugara.com.br/depoimentos/generais/quebra de sigilo/Moisés Mendes/

Claro que hoje melhorou muito a qualidade das rapaduras. Mas são as rapaduras que todos têm. Mudam, mas em casos raros, só o tamanho, a doçura e a crocância.

Por que tudo parece igual num dia de denúncias fortes? Porque Alexandre de Moraes levantou o sigilo de 27 depoimentos de personagens do golpe. 


O esforço do jornalismo foi de tentar, na correria, dar hierarquia ao que cada um disse de relevante.

A guerra pelo furo, pela informação que só um tem ou acha que tem, vai melhorar muito o jornalismo nos próximos dias, a partir dessas revelações. Aí o bicho vai pegar.


Pena que as rapaduras de hoje tenham chegado às vésperas de um fim de semana, o que pode indicar que só teremos novas rapaduras a partir de segunda-feira, ou não, como diria Caetano Veloso.

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quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Estadão pede foro privilegiado para o jornalismo que bajula a extrema direita. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: É bem bobinha a tentativa de transformar em controvérsia ética a divulgação de críticas ao Estadão com fotos da jornalista Andreza Matais. Andreza é editora do jornal e lidera a equipe encarregada de dar vida, fazer andar e transformar em ameaça à humanidade a agora famosa dama do tráfico.

www.seuguara.com.br/Andreza Matais/Estadão/

É boba, é colegial, é infantil, porque é mais uma controvérsia rasa e falsa. Tudo o que os jornais mais fazem é expor pessoas anônimas ou famosas em fotos e em textos. Muitas vezes de forma sumária e implacável.


As TVs também vivem de expor a cara de alguém em situações diversas, meramente informativas, edificantes, bajulatórias ou constrangedoras. O jornalismo expões, critica, ataca e julga Jesus Cristo, artistas, jogadores de futebol, políticos, engenheiros, empresários, o Papa e pessoas comuns.

É do que sempre viveu a imprensa das corporações, enquanto descansa de golpes e conspirações. O risco aumentou porque os grandes grupos cada vez mais misturam jornalismo e entretenimento para enfrentar a competição da internet.


Andreza não pode ser questionada pelo que faz? Não podem publicar suas fotos (como essa acima) junto com as críticas? O que é condenável no farto de publicarem fotos de Andreza, se o Estadão e todos os veículos de mídia vivem da exposição de imagens da vida alheia?

Ah, mas ela é jornalista.  E nessa condição, que alguns presumem ser superior, a jornalista deve ter alguma imunidade ou foro privilegiado? Por que Teria? Andreza pertence a alguma casta?


Publicar a foto de uma jornalista é um delito? Criticá-la é um crime? Questionar a veracidade das suas histórias sobre damas bandidas é perseguição?

Podem dizer também que Andreza não é uma figura pública. A maioria dos expostos pelo jornalismo das corporações é de pessoas sem vida pública. E poucas atividades são mais públicas do que o jornalismo.


Notícias que criminalizam pobres e negros têm fotos de pobres e negros. Já melhorou bastante, com a evolução dos códigos de ética, mas pobres e negros continuam expostos. 

A grande imprensa já expôs conversa privada de uma presidente do Brasil com um ex-presidente. Nunca pediu desculpas pelo crime. E nenhum deles estava cometendo delitos.

Nenhum deles homenageou damas de milicianos, não teve milicianos como vizinhos, não empregou parentes de milicianos, não recebeu cheques de milicianos para damas presidenciais. E os dois foram expostos.


I Estadão que se queixa de perseguição nas redes, e acusa até o governo de jogá-lo contra o que seria a turba das esquerdas, nunca escreveu uma linha, uma só, sobre a perseguição sistemática a jornalistas que atuam fora das corporações. 

São profissionais sem a proteção dos grandes grupos, ameaçados e caçados pelo assédio judicial de poderosos, porque dizem a verdade. Caçados e condenados em paróquias dominadas pelos endinheirados caçadores de cabeças.


O Estadão nunca defendeu os perseguidos pelo poder econômico porque é parte desse poder. É cúmplice de desmandos políticos desde a ditadura, com a qual acabou se desentendendo por interesses contrariados.

A imprensa que o Estadão representa não pode se considerar imune a críticas e nem a ataques mais duros por parte também de jornalistas. É do jogo.

É assim que joga parte dos seus quadros, alguns com posições declaradamente fascistas. Muitos dissimuladamente bolsonaristas. Do que o jornalão se queixa, se lincha publicamente quem considera inimigo?


O que o Estadão não admite é que a história da dama do tráfico é exagerada e foi construída como farsa para tentar conectar o governo à criminalidade. Poderia ser uma informação sobre um descuido.

Mas é um tentativa de insinuar que Flavio Dino e Lula convivem com mulheres de traficantes. A história da dama do tráfico é uma das mais escabrosas invenções recentes do jornalismo.

Inventada para inviabilizar Flavio Dino como alternativa de poder, para manter Lula acossado e para jogar para a extrema direita que sustenta e se lambuza com esse tipo de jornalismo.


Os mais antigos se lembram de uma entrevista de Otávio Frias Filho, quando o diretor da Folha recomendou, dando conselhos ao concorrente, que o Estadão se mantivesse conservador e austero, para preservar a faixa de público em que atuava. 

Otávio achava que só a Folha poderia se remoçar e ser atrevida e que o Estadão deveria continuar usando fraque e galochas e falando para o conservadorismo, no tempo em que os reacionários ainda não haviam sido absorvidos pelo fascismo. 

Otávio morreu em 2018. O conservador austero Estadão desprezou seus conselhos e hoje se dedica a inventar criaturas para atacar Lula. Otávio não poderia desconfiar que a extrema direita bolsonarista acabaria sendo o público preferencial do Estadão. 

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[Após atacar assessor da Secom, editora do Estadão sai do Twitter: "Andreza Matais, editora-executiva do Estadão, que divulgou nas redes sociais o salário do jornalista George Marques, assessor da Secretaria de Comunicação do geverno federal (Secom), depois que ele desmascarou uma mentira disseminada pelo jornal, desativou sua conta no X, antigo Twitter.

Andreza postou o valor do salário delem de 11;306,90, numa espécie de ameaça velada do tipo "de onde veio isso tem mais". Ou para mostrar que o dela é mais alto. Marques é servidor público e seu salário também. Mas a maldade irresponsável é visível. 

Ela havia publicado uma nota em suas redes desmentindo o Estadão sobre um empréstimo de US$ 1 bilhão do Banco de Desenvolvimento da América Latina, CAF, à Argentina por suposta ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A reportagem diz que Lula teria atuado para facilitar esse empréstimo da CAF à Argentina, auxiliando assim o país em sua renegociação de dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Tal ação teria como objetivo favorecer o candidato peronista Sergio Massa nas próximas eleições argentinas, marcadas para o dia 22, contra o fascista Javier Milei."] 

[Clique aqui, para ler a matéria completa, publicada por Iurick Luz no DCM, em 05/10/2023]

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sábado, 7 de outubro de 2023

Eurípides inaugura oficialmente estilo Veja no Estadão, por Luís Nassif

Por Luís Nassif, no GGN: Diretor de jornalismo do Estadão, Eurípides Alcântara é dono do feito de ter tido papel central na destruição de um dos mais relevantes veículos brasileiros, a revista Veja. Ele comandou a entrada da revista no esgoto, com denúncias absurdas, sem nenhum critério jornalístico, e ataques inclementes contra os críticos. Vocês podem conferir em meu livro "O caso Veja", ou na série que publiquei na Internet, "O caso de Veja".

www.seuguara.com.br/Estadão/Veja/Luís Nassif/mídia brasileira/

A revista ingressou em uma espiral de ódio e antijornalismo poucas vezes vista na mídia brasileira. O objetivo era destruir o inimigo, valer-se da chantagem para negócios na área de livros didáticos e cursos apostilados, e participar politicamente do jogo - não o de fazer jornalismo. Criava notícias falsas, soltava capas estrambólicas e não se preocupava com assassinatos de reputação dos críticos.


Aparentemente, esse estímulo chegou ao Estadão. No início da sua gestão, houve um passaralho que tirou do jornal parte dos repórteres mais comprometidos com a notícia.

Agora, a quantidade de asneiras e erros editorais superou qualquer período das histórias do veículo.]

Vamos entender o padrão Veja a partir da notícia de que Lula pediu à Ministra Simone Tebet para interferir no CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe) para liberar US$ 1 bilhão para a Argentina, visando inviabilizar a candidatura de ultradireita de Milei.

www.seuguara.com.br/Estadão/CAF/Lula/Argentina/empréstimo/


Peça 1 - como juntar fatos reais, e irrelevantes, para compor uma narrativa conspiratória


A matéria diz que o CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe) - que existe - liberou US$ 1 bilhão para a Argentina - o que ocorreu -, visando resolver pendências cambiais, permitindo liberar um crédito do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O CAF existe justamente para isso. Na grande crise cambial de 2022, sua atuação foi essencial para que o Brasil superasse o momento.


A Argentina pleiteava um empréstimo-ponte de US$ 1 bilhão. Como o nome já diz, o empréstimo visava apenas permitir ao país criar condições para um empréstimo maior - do FMI. 

O caso foi levado ao pleno do CAF. Como sempre ocorre nessas ocasiões, a representante do Brasil -Ministra Simone Tebet - pediu informações ao Itamarati sobre a posição dos demais países-membros.


A composição acionária do CAF é a seguinte:

  • 17 países da América Latina e do Caribe:   
          Argentina (10,5%)
          Brasil (8,6%)
          Chile (6,4%)
          Colômbia (17,7%)
          Costa Rica (2,7%)
          Equador (3,9%)
          Guatemala (1,6%)
          México (3,8%)
          Panamá (1,7%)
          Paraguai (1,3%)
          Peru (18,2%)
          República Dominicana (2,2%)
          Suriname (0,5%)
          Uruguai (3,1%)
          Venezuela (11,5%)
  • Espanha (10,7%)
  • Portugal (2,2%)
Cada país tem direito a votos proporcional à sua participação. Logo o poder de voto do Brasil é de apenas 8,6% dos votos da instituição, muito inferior ao da Colômbia, Peru, Venezuela e Espanha.


A Argentina recebeu o empréstimo, acertou com o FMI, recebeu o crédito maior do banco e quitou a dívida com o CAF. Tudo isso antes das primárias que definiram os candidatos a presidente.

A versão da Veja-Estado: Lula ligou para Simone Tebet, por intermédio do diplomata Celso Amorim, e ordenou-lhe que obrigasse o CAF a emprestar para a Argentina para barrar o avanço da candidatura de Milei.


O fakenews foi divulgado no próprio perfil do Twitter de Andreza Matais, diretora de redação também e, obviamente, imediatamente serviu para que a ultradireita espalhasse por todas as redes sociais do Brasil e da Argentina. Foi um belo apoio a um candidato ultradireitista - bem de acordo com as concepções políticas de Eurípides e seu guru, José Roberto Guzzo.


Peça 2 - retaliação aos críticos

A resposta do governo veio de forma educada. Simone Tebet deu entrevista retificando os erros (ainda não eram tratados como mentira). E a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República) soltou uma nota educada, repondo os fatos, e assinada pelo jornalista George Marques.

A retaliação veio em seguida.

Primeiro, uma reportagem levantando outros desmentidos de Tebet. Depois, uma resposta da própria Matais a Marques, divulgando seu salário na Secom.

www.seuguara.com.br/George Marques/Andreza Matais/Twitter/CAF/

Obviamente, o Twitter transformou Andreza - e o Estadão - em agressora, provocando enorme reação não apenas de petistas mas de comentaristas habituais escandalizados com a demonstração de truculência.

O jornal persistiu na fakenews, não admitindo o erro e trazendo informações públicas, óbvias, e relacionando novamente à disputa política na Argentina.

www.seuguara.com.br/Estadão/matéria/empréstimo/Brasil/Argentina/

Depois, uma matéria tentando desqualificar as explicações de Tebet.


"Mas uma rápida pesquisa no Portal da Transparência do Governo Federal (https://portaldatransparencia.gov.br/busca/pessoa-jurídica/RB1705115-corporacao-andina-de-fomento-caf-mp-) mostra que o CAF já recebeu R$ 2,81 bilhões do Brasil.

Foram vinte aportes - o menor de R$ 1,4 milhão, o maior de R$ 465 milhões - de março de 2014 a dezembro de 2022. No linguajar dos orçamenteiros, o dinheiro é classificado como "inversão financeira", equivalente a "investimentos" federais. 


Para o argumento de Tebet, pouco importa a natureza da despesa. É dinheiro de impostos dos cidadãos que poderia ter sido usado para outra coisa. O custo de oportunidade, usando economês, nesse caso, parece ter sido ok. O CAF recebeu de volta o dinheiro. Caso não o tivesse, um risco não desprezível considerando que o devedor é a Argentina, o Brasil teria arcado com R$ 200 milhões de prejuízo".

Ou seja, se minha avó fosse roda, eu seria bicicleta.


Trabalhei no Jornal da Tarde no período em que os dois jornais eram dirigidos pela segunda geração Mesquita. Com exceção de Julinho Mesquita (da terceira geração) a família tinha suas idiossincrasias, mas jamais permitiria o antijornalismo nas suas páginas, porque sabia que a credibilidade do jornal depende do tratamento que dá aos fatos.


Peça 3 - a vitimização do agressor

Para rebater o enorme dano provocado pela fakenews, o jornal recorreu a outro expediente bastante utilizado pelo jornalismo de esgoto no seu auge: divulgar supostas agressões recebidas de adversários políticos.


No pior período da campanha do impeachment, onde qualquer fato, por menor que fosse, permitia explorações políticas, Miriam Leitão protagonizou dois que se tornaram clássicos.

O primeiro, foi acusar as "milícias do PT" de conspurcarem sua biografia na Wikipedia. Um jovem funcionário, em um computador do Palácio, de fato, incluiu um item - com links para as matérias - mostrando erros de previsão de Miriam em algum momento. Seu alarido bastou para que Dilma Rousseff caísse na conversa e demitisse o jovem. 


O segundo foi acusar uma comitiva da CUT de tê-la agredido em um voo para Brasília. A comitiva, de fato, ecoou slogans contra a Globo, mas em nenhum momento se deu conta ou incomodou Miriam no avião. O relato de Miriam foi desmentido por dezenas de vídeos do voo, nenhum apontando para militantes batendo em sua cadeira para intimidá-la. Aliás, seria impensável que um militante agisse dessa maneira sem provocar reação de outros passageiros, ou do próprio comandante do avião. O relato indignado de Miriam foi feito uma semana depois do suposto episódio.


O que o Estadão fez, no dia seguinte, foi divulgar a história de que milícias petistas tinham hackeado o perfil de Matais e pediam dinheiro para não divulgar seu Imposto de Renda.

Bastou para que criasse uma solidariedade surda de colegas surdos que passaram a tratar o caso como verdadeiro - sem exigir comprovação - atribuindo-o à misoginia contra jornalista e mulher. 
E os ataques a Tebet, seriam o quê? E o ataque injustificado contra um jornalista que trabalhava na área pública?


Repete-se, novamente, a disseminação de fakenews, a não correção de informações falsas, e a criação de narrativas tão fantasiosas quanto aquelas praticadas pelo bolsonarismo. Ou melhor, pela própria Veja, no auge do jornalismo de esgoto.
Pergunto: é assim que se pretende diferenciar o jornalismo profissional dos aventureiros de redes sociais? 


Nesse exato momento, dois veículos nacionais - Jornal Nacional e O Globo - trabalham arduamente para se livrar da herança maldita dos anos 2010. Buscam ampliar o escopo de leitura e reduzir as resistências, através de colunistas de pensamento um pouco diversos entre si, e objetividade nos fatos. Ao contrário dos dois jornais paulistas, Folha - que parece definitivamente ter deixado o jornalismo para o UOL - e o Estadão. 


O dia terminou com o Estadão reiterando as notícias falsas, Matais deletando seu perfil no Twitter e a sensação horrorosa da volta do monstro da Lagoa Negra, a incorporação da Veja em um jornal que já foi respeitável.

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sexta-feira, 19 de maio de 2023

Lava Jato, o mais degradante episódio da história da mídia nacional, por Luís Nassif

Por Luís Nassif, no GGN: No dia 20 de dezembro de 2019, uma reportagem, de Ricardo Balthazar, na Folha, deu o melhor raio-x da mais abjeta cobertura da história do jornalismo brasileiro, um episódio que manchou indelevelmente a imagem de veículos, jornalistas, Ministros do Supremo, procuradores, delegados da Polícia Federal mas, especialmente, da mídia.
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terça-feira, 25 de outubro de 2022

Fake news não é notícia; desinformação não é jornalismo

Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé: Em uma sociedade democrática, é papel do jornalismo produzir e disseminar informações de interesse público. A busca da verdade, pela correção e pela objetividade é o que caracteriza e dá sentido à atividade jornalística.
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sábado, 27 de agosto de 2022

A facção mira em Alexandre de Moraes. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, no DCM: Depois da aula de Lula no Jornal Nacional, o esforço do jornalismo de direita é a desqualificação de Alexandre de Moraes. Lula não é o alvo preferencial, porque sua performance no JN complicou tudo para a estrema direita e seus assessores de imprensa.
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sábado, 18 de junho de 2022

Para culpar Lula, Folha tortura o direito e o jornalismo. Por Mario Vitor Santos

Por Mario Vitor Santos*: A Folha, mais antipetista dos veículos "imparciais" brasileiros, coloca agora também na rua o estribilho a ser tocado pelo bolsonarismo e seus aliados nestas eleições. O movimento envolve a criação de uma nova classe de cidadãos plasmada na medida para servir ao caso do ex-presidente Lula. Trata-se do sujeito "inocente, mas não inocentado".
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segunda-feira, 7 de março de 2022

Sardenberg, as unanimidades e a síndrome do dedo-duro, por Luis Nassif

Por Luís Nassif, no GGN: A guerra Rússia x Ucrânia está sendo didática para expor como se dá o processo de formação de consensos na mídia nacional e global, impedindo o livre fluxo de opiniões. Nem se fale de um irresponsável sem noção, como o presidente da Ucrânia, exibindo-se em entrevista coletiva, falando do seu heroísmo: "se não fosse o presidente da República, estaria na linha de frente com meus soldados".
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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Jornalismo militante de direita e suas múltiplas faces. Por Simão Zygband

Por Simão Zygband, em Construir Resistência: "O que mais me entristece e envergonha neste momento não é a postura dos donos do poder econômico, já esperada, nem a de uma classe média frustrada e enraivecida, nem mesmo a do povo pobre, açulado pelo discurso fácil do linchamento. O que me acabrunha é a postura dos que deviam saber melhor, entre os quais, obviamente, nós, os jornalistas".
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sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Política: 'Vera Magalhães bomba nas redes ao sair em defesa de Ciro após ataques a Dilma, Lula e ao PT'

Não se pode negar que Vera Magalhães tem um mérito: junto com colegas como Miriam Leitão, Eliane Cantanhêde, Augusto Nunes, Merval Pereira, entre muitos e muitos outros, forma o time que desnudou a falsa imparcialidade por tanto tempo defendida como sinônimo de bom jornalismo pela imprensa corporativa.

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terça-feira, 4 de maio de 2021

Liberdade de imprensa vira refém do jornalismo populista

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Por Márcio Chaer* - Está em cartaz a maior campanha contra a liberdade de expressão já vista no país. Ela foi articulada por pretensos justiceiros que adotam a mentira como técnica jornalística. O velho truque de fazer o mal em nome do bem - papel de embrulho para açular as arquibancadas.
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segunda-feira, 29 de março de 2021

Jair Bolsonaro é condenado a indenizar jornalista Patrícia Campos Mello

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Por Kalleo Coura, no Jota.info: O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) foi condenado a indenizar a jornalista Patrícia Campos Mello por atacá-la de forma machista ao dizer que "ela queria, ela queria um furo. Ela queria dar o furo [risada geral] a qualquer preço contra mim". A decisão de primeiro grau foi proferida nesta sexta-feira (26/3) pela juíza Inah de Lemos e Silva Machado, da 19ª Vara do Foro Central Cível de São Paulo. Embora Campos Mello pedisse uma indenização de R$ 50 mil por danos morais, o valor foi arbitrado em R$ 20 mil.
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sábado, 13 de fevereiro de 2021

Jornalistas tiveram participação decisiva na 'lava jato'

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Do Conjur - Em texto sobre a participação de jornalistas na chamada "força-tarefa da lava jato", este site publicou, incorretamente, que quem insuflava o procurador Deltan Dallagnol a perseguir personalidades era o repórter Thiago Bronzatto. Na verdade, o interlocutor de Dallagnol no diálogo específico foi Thiago Prado, quando trabalhava na revista Veja. O texto foi suprimido no mesmo dia.
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quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Jornalismo-camelô é o que vende notícia falsa. Por Fernando Brito

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Por Fernando Brito, no Tijolaço - É inacreditável como um jornal que se pretende sério, como a Folha de S. Paulo, não tem vergonha de publicar uma "reportagem" dizendo que "Camelôs vendem vacina falsa contra Covid-19 por R$ 50 no Rio".
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terça-feira, 11 de agosto de 2020

Menos editorais e mais jornalismo. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog - "Há uma certa excitação entre jornalistas com o editorial em que a Folha condena "a sofreguidão com que Moro se prontificou a participar do governo Bolsonaro". Os Frias descobriram só agora que a cumplicidade do ex-juiz com a extrema direita "abalou sua credibilidade e, por extensão, a da Lava-Jato".
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sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Política: criação de novo partido por Bolsonaro é retrocesso e ameaça à democracia, diz Kennedy Alencar

"Será que agora dá para a imprensa deixar de passar pano, parar de chamar absurdos de polêmicas e enxergar que o Aliança para o Brasil é um partido com ideário fascista, projeto nacionalista autoritário e pretensão de manipular os piores sentimentos morais e religiosos do povo brasileiro?
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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Se fizer jornalismo, a Globo conseguirá ressuscitar a denúncia, por Luis Nassif

Por Luis Nassif, no GGN - No impeachment de Fernando Collor, a peça chave foi o motorista Eriberto. Ele apareceu em uma reportagem da IstoÉ. Em seguida foi escondido por um jornalista em seu sítio, porque sabia-se que era personagem chave. Foi central no impeachment.
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