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sábado, 17 de fevereiro de 2024

Clubes Militares reagem contra as vivandeiras de quartéis. Por Luís Nassif

Por Luís Nassif, no GGN: Uma nota da Comissão Interclubes Militares - assinada pelos presidentes do Clube Naval, do Clube Militar e do Clube de Aeronáutica - deixa para trás as manifestações golpistas tradicionais, das quais o último eco foi a manifestação do general Hamilton Mourão - que logo depois voltou atrás.

www.seuguara.com.br/nota/clubes militares/quartéis/Forças Armadas/

É uma nota que trata como "crucial" manter o equilíbrio e a separação dos três poderes da República. Faz uma defesa retórica dos militares acusados de atos golpistas, mas conclama "que todos, sem exceção, cumpram seus deveres de acordo com o previsto na Constituição, sem casuísmos, visando restaurar a paz, harmonia e coexistência da diversidade de opiniões em nossa sociedade. Isso é essencial para o progresso do nosso País e para prevenir aventuras desestabilizadoras em todos os espectros políticos e sociais.


Finalmente um aviso às vivandeiras de quartéis: 

"Àqueles que nos demandam posições extremadas, reiteramos que não promoveremos o dissenso no seio das Forças Armadas, objetivo permanente daqueles que não comungam de nossos ideais, valores e amor à Pátria, ignorando o nosso juramento de defendê-la, se necessário, com o sacrifício de nossas próprias vidas."

Nota da Comissão Interclubes Militares

www.seuguara.com.br/clubes militares/nota/assinaturas/

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quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

O aniversário do 8 de janeiro mostra que elementos da tentativa de golpe ainda estão aí

Por Alexandre Aragão, em Aos Fatos: No ato no Congresso que marcou o primeiro aniversário do 8 de janeiro, o tema da desinformação foi citado nos discursos dos chefes dos três Poderes e do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes - que voltou a criticar a falta de regulação das redes, "um dos grandes perigos modernos da democracia", segundo ele.
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segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Vídeo: "Poderes permanecem vigilantes contra 'traidores da pátria'", diz Pacheco em ato do 8 de janeiro

Por Caroline Saiter, no DCM: O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse na tarde desta segunda-feira (8) que os Poderes "permanecem vigilantes contra os 'traidores da Pátria'". A declaração ocorreu durante discurso no evento que marca o primeiro ano dos atos golpistas de 8 de janeiro.

www.seuguara.com.br/Rodrigo Pacheco/Senado/evento/cerimônia/8 de janeiro/

"Estaremos sempre abertos ao debate, ao pluralismo e ao dissenso, mas nunca toleraremos a violência, o golpismo e o desrespeito à vontade do povo brasileiro", afirmou.


Pacheco ainda chamou os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de "inimigos da democracia". "os inimigos da democracia disseminam ódio para enganar e recrutar uma parcela da sociedade", disse o presidente do Congresso.

"Os inimigos da democracia usam um falso discurso politico para ascender ao poder, para nele se manter de maneira ilegítima e para dissimular suas reais intenções", acrescentou.


O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, também discursou no evento. Segundo o ministro, a paz e união não podem ser confundidas com impunidade.

Moraes também falou em "fortalecimento da democracia". "Não permite confundirmos paz e união com impunidade, apaziguamento ou esquecimento", declarou. 


A cerimônia, intitulada "Democracia Inabalada", foi convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A solenidade reuniu mais de 500 autoridades, incluindo governadores, ministros, membros do Judiciário e parlamentares.

A segurança no entorno do Congresso foi reforçada e a Esplanada dos Ministérios ficou parcialmente fechada.


Veja o vídeo:



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sábado, 6 de janeiro de 2024

Presidentes dos três Poderes se reúnem nesta segunda-feira para celebrar a democracia

O Congresso Nacional será o palco do ato Democracia Inabalada, nesta segunda-feira (8), com a participação dos presidentes dos três Poderes. O evento marca um ano dos atos de vandalismo e depredação dos palácios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Planalto por extremistas que contestavam o resultado das eleições de 2022.

www.seuguara.com.br/Democracia/celebração/Três Poderes/

O acompanhamento da solenidade pode ser feito ao vivo por meio dos veículos de comunicação dos três Poderes. A cerimônia começará às 15 horas, no Salão Negro do Congresso Nacional. Estarão presentes:

- o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira;
- o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco;
- o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva;
- o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin;
- o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso;
- a ex-presidente do STF Rosa Weber;
- o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes;
- o procurador-geral da República, Paulo Gonet.


Ainda participarão do ato governadores de estado, ministros de estado, secretários-executivos dos ministérios, presidentes de estatais e representantes de organizações da sociedade civil.

O palco ainda contará com a presença da ativista Aline Sousa, integrante do Movimento Catadores DF, que, como represente da sociedade civil, entregou a faixa presidencial a Lula na cerimônia da posse, no ano passado.


Hino, tapeçaria e Constituição

A cerimônia começará com a execução do Hino Nacional pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, acompanhada de grupo musical. Em seguida, os presidentes dos três Poderes vão discursar.

Além de reafirmar a importância e a força da democracia brasileira, o evento celebra a restituição ao patrimônio público de alguns itens depredados durante a invasão. Haverá o descerramento de placa alusiva à restauração da tapeçaria de Burle Marx, que faz parte do acervo do Senado Federal, e a entrega simbólica da Constituição Federal que foi levada do STF durante os atos antidemocráticos e recuperada posteriormente.


50 anos

A tapeçaria de Burle Marx é de 1973 – ou seja, tinha quase 50 anos no momento do ataque. Os vândalos não apenas rasgaram, como também urinaram na peça. O trabalho de restauro teve de ser feito em um ateliê especializado em São Paulo, pois havia o risco de manchar o tecido de algodão se fosse lavado. A restauração envolveu o trabalho de oito profissionais e custou R$ 236,2 mil.


Já a réplica da Constituição Federal que ficava exposta no Salão Branco do Supremo Tribunal Federal não sofreu nenhum dano. O exemplar foi entregue à Polícia Federal de Varginha, em Minas Gerais, pelo designer Marcelo Fernandes Lima, de 50 anos, de São Lourenço (MG). Ele participou dos atos e disse que tomou o livro das mãos de outras pessoas para evitar que fosse destruído.


Fonte: Agência Câmara de Notícias


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quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Além de Bolsonaro, relatório da CPMI do 8 de janeiro responsabiliza big techs por atos golpistas

Por Laura Scofield, no Agência Pública: O relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro responsabiliza as big techs pelos atos golpistas que resultaram na invasão e depredação de prédios públicos no início de 2023. O documento elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da comissão, também cita o ex-presidente Jair Bolsonaro e auxiliares dele, a exemplo de Mauro Cid, como responsáveis pelo episódio da invasão dos palácios dos Três Poderes em Brasília.

www.seuguara.com.br/relatório/CPMI/8 de janeiro/Agência Pública/

O texto afirma que a estrutura digital das redes sociais foi “capaz de assegurar a coordenação desses grupos [golpistas] e de radicalizá-los ao conta-gotas de cada clique”. Sem tal estrutura, “dificilmente tais ameaças à democracia fariam sombra à fortaleza das instituições”. Também critica a moderação das redes sociais ao apontar que as notícias falsas circularam “quase livremente” nas plataformas digitais durante e após as últimas eleições. 


“Naturalmente, é preciso também se ocupar de entender e mitigar os danos dos indivíduos que nutrem desprezo pelos valores republicanos. Contudo, não é crível ser ingênuo a ponto de pensar que estes, individualmente, teriam potencial para influenciar mais que um círculo muito estreito e difuso de relações pessoais”, acrescenta. O relatório ressalta ainda que o Brasil é o terceiro país que mais usa redes sociais no mundo, com 131,50 milhões de contas ativas.


Algoritmo "antidemocrático"


O texto também diz que os algoritmos das plataformas digitais estariam manipulando os usuários e amplificando conteúdos apelativos, incluindo de discurso de ódio. “A atual dinâmica da circulação de ideias propicia novos modos de manipulação da opinião pública, e aqueles mais aptos na realização dessas manipulações têm substancial vantagem em pleitos eleitorais”, diz Gama. Ela considera o “funcionamento do ecossistema digital brasileiro” como “um risco ao nosso Estado Democrático de Direito”.


Porém, mesmo que responsabilize as big techs, o relatório final da CPMI não pede mais investigações ou o indiciamento dos responsáveis pelas empresas. Para solucionar o problema, defende a “necessidade de aprimoramentos na regulação do ecossistema digital” e cita projetos de lei que seriam importantes para tal. Entre eles está o PL 2630/2020, conhecido como PL das Fake News, que pede a responsabilização das plataformas pelos conteúdos que nelas circulam; e o PL 2370/2019, que aborda a remuneração de conteúdos jornalísticos pelas redes.

“Sugerimos e clamamos para que a Câmara dos Deputados, e o Parlamento brasileiro como um todo, enderece com a devida urgência necessária a discussão e a deliberação do PL no 2630/20, o apelidado ‘PL das Fake News’”, pede a relatora. 


No início do ano, as plataformas de redes sociais e os parlamentares bolsonaristas organizaram um movimento contrário ao PL 2630. O Google chegou a exibir uma mensagem em que afirmava que o projeto poderia “aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira” em sua página de buscas, o que lhe rendeu uma notificação do Ministério Público Federal (MPF). A Agência Pública revelou que a big tech gastou mais de meio milhão de reais em anúncios contrários ao PL apenas na Meta, proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp. 


Outro projeto citado por Eliziane Gama como importante para a melhoria do ambiente digital é o que visa regulamentar a inteligência artificial, que ela define como “uma modalidade tecnológica que vem para mudar o estágio civilizatório que conhecemos”. O texto cita a Comissão Temporária Interna sobre Inteligência Artificial (CTIA), criada neste ano para debater o assunto no Senado.


A Pública acompanhou a primeira reunião do grupo e mostrou a influência das big techs no debate. “É o momento de patrocinarmos o dever de estabelecimento de padrões de governança algorítmica ética, assegurando, na calibragem dos algoritmos de recomendação, a exposição a uma esfera pública digital com valores pluralistas, mitigando as externalidades da formação de câmaras de eco (media echo chambers). Esse, ao lado da questão ambiental, é o debate da nossa geração. Se nada fizermos sobre isso, outros tantos 8 de janeiro existirão. E, diante das possibilidades estatísticas, algum pode vir a ser bem-sucedido, situação em que não mais estaremos aqui, no Parlamento livre e plural”, argumentou a senadora. 


Indiciamentos


Além de abordar o papel das big techs no 8 de janeiro, considerado pela senadora “uma verdadeira tentativa de ruptura democrática”, o relatório da senadora também pede o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por quatro crimes: associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, e golpe de Estado. O texto aponta Bolsonaro como “o grande autor intelectual dos eventos do 08 de Janeiro”. Outros indiciados são o ex-ministro da Defesa Braga Netto e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. 


A avaliação do documento pelos integrantes da CPMI começou hoje (17) e termina na sessão de amanhã. A expectativa é que o relatório de mais de 1.300 páginas seja aprovado, já que a maioria dos parlamentares é ligada ao governo. Com a aprovação, o texto é encaminhado à Procuradoria Geral da República (PGR), que pode ou não seguir com as denúncias. 


Em contraposição, a oposição bolsonarista apresentou um relatório paralelo em que pede o indiciamento do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o do atual ministro da Justiça, Flávio Dino, insistindo na tese de que o atual governo, vítima dos ataques, não teria agido para impedir a invasão dos golpistas.


Edição: Ed Wanderley

https://apublica.org/



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terça-feira, 11 de julho de 2023

Comissão de Defesa da Democracia debate equilíbrio entre os Poderes

Da Agência Senado:  A recém-criada Comissão de Defesa da Democracia (CDD) debate nesta quarta-feira (12), a partir das 10h, o equilíbrio entre os Poderes da República e a democracia no Brasil. O requerimento (REQ 1/2023 — CDD) da primeira reunião deliberativa pretende também auxiliar os membros sobre as tarefas parlamentares reservadas ao novo colegiado.
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sábado, 25 de fevereiro de 2023

Mourão tenta livrar terroristas e diz que vai pedir ao STF para "separar joio do trigo"

Publicado por Beatriz Castro, no DCM: O senador Hamilton Mourão (Republicanos) disse que terá uma reunião com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, para pedir que sejam acelerados os processos contra os presos por participação nos atos de vandalismo do dia 8 de janeiro, que resultaram na depredação dos prédios dos Três Poderes. As declarações foram feitas ao UOL Entrevista, nesta sexta-feira (24).

www.seuguara.com.br/Hamilton Mourão/STF/

Mourão afirmou estar "preocupado" e disse que é preciso "separar o joio do trigo", porque, de acordo com ele, muitos dos que estão detidos não teriam depredado o patrimônio público.

"Consideramos que tem muita gente que está ali que cometeu, vamos dizer assim, não é nem crime, cometeu ilegalidade, por exemplo, participou da marcha, entrou no Palácio [do Planalto], mas não quebrou nada", declarou.

"Vamos pedir para agilizar os processos dessas pessoas, separar o joio do trigo, e essas pessoas que paguem multa, cestas básicas, paguem serviços comunitários, para pessoas que invadiram o patrimônio público, mas não quebraram", acrescentou.


O senador afirmou ainda que a participação em um ato inconstitucional não "se configura crime", e comparou a situação como a de uma pessoa que pula o muro de um clube porque não tem carteirinha. "O fato de está presente não configura crime, mas uma ilegalidade, igual pular o clube sem carteirinha", disse. 

Morão também destacou que, caso o Exército tivesse permitido a entrada da Polícia Militar no acampamento golpista na noite de 8 de janeiro, teria ocorrido um "banho de sangue".


Após os atos terroristas praticados por bolsonaristas em Brasília, a Polícia Militar do Distrito Federal tentou dar fim ao acampamento golpista em frente ao Quartel-General do Exército na capital, mas os soldados do Exército fizeram uma barreira para impedir a ação dos policiais. Os golpistas foram retirados na segunda (9/1).


"Em relação a impedir a entrada naquela noite, em 8 de janeiro, seria um banho de sangue, por uma razão muito simples: As forças da segurança pública estavam com os olhos injetados. Por quê? Porque durante a arruaça que aconteceu, houveram (sic) agressões a policiais militares, então a turma queria revidar", afirmou Mourão. 


Na entrevista, o ex-vice-presidente ainda revelou que não mantém mais contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e que a última vez que se comunicaram foi no final de 2022, por mensagens no WhatsApp.

"Não falamos mais. Último contato foi quando ele estava indo para o aeroporto, me mandou uma mensagem por WhatsApp, me pedindo para assinar uns decretos. Depois fui execrado, mas assinei dentro da lealdade que caracteriza o cargo", declarou. 


Para o senador, é possível que Bolsonaro seja preso por possíveis crimes que tenha cometido durante o seu governo, mas ressaltou que isso seja "pouco provável" de acontecer.


Veja a entrevista:



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sexta-feira, 22 de abril de 2022

Advogados apontam possibilidade de crime de responsabilidade de Bolsonaro

Do Conjur: Antes mesmo do julgamento que condenou o deputado federal Daniel Silveira no Plenário do Supremo Tribunal Federal, na quarta-feira (20/4), o presidente Jair Bolsonaro já havia anunciado que não aceitaria um resultado desfavorável ao parlamentar - e, de fato, não aceitou. Na tarde desta quinta (21), ele anunciou a publicação de um decreto que concede indulto e graça constitucional ao parlamentar. No entanto, o processo contra Silveira não transitou em julgado, ou seja, ainda cabe recurso.
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sábado, 28 de agosto de 2021

Governo Bolsonaro: 'Presidente não pode comandar FFAAs se for parte do problema, diz Ives Gandra'

Jornal GGN - As Forças Armadas são responsáveis por garantir a lei e a ordem quando forem convocadas por um dos três poderes, mas se houver conflito entre o Poder Executivo e algum dos outros poderes, o presidente da República, se for parte do problema, não poderia comandar as Forças Armadas para resolver a questão enquanto poder solicitante.
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terça-feira, 24 de agosto de 2021

Política: governadores pedem reunião com Bolsonaro para tentar conter a crise

Após reunião do Fórum Nacional de Governadores nesta segunda-feira, 23, em Brasília, os chefes dos 24 estados e do Distrito Federal decidiram pedir uma reunião com Jair Bolsonaro (sem partido), a fim de amenizar a crise entre os poderes. Os governadores também preparam pedidos para reunião com cada Chefe de Poder, como da Câmara do Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal.
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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

A lenga-lenga da construção de harmonia entre os Poderes é farsa. Por Janio de Freitas

Por Janio de Freitas, na Folha - eles sabem ou não sabem o que dizem - "O descompromisso com a franqueza das atitudes é próprio do político profissional, e uma das suas diferenças essenciais para o militante de ideias que está na na política. Mas a aplicação de vícios do profissional a circunstâncias de alta gravidade, como é o atual ataque à ação legítima do Judiciário, alia-se ao intuito antidemocrático e até o estimula. É o que estão mostrando os presidentes do Senado e da Câmara, com o presidente do Supremo como coadjuvante.
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segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Jair avança antes da hora? Por Fernando Brito

Publicado originalmente por Fernando Brito, em seu blog: À primeira onda de ameaças às eleições, Jair Bolsonaro insinuou recuar, marcando o tal "encontro entre os 3 Poderes" que acabou não se realizando pela suposta crise intestinal que o levou, às pressas, a uma internação de emergência e aquela tenebrosa apelação da foto "moribunda", substituída, poucos dias depois, pela imagem máscula do desfile de motos pesadas.

www.seuguara.com.br/fraude/urnas eletrônicas/Bolsonaro/

Agora, porém, com a live de quinta-feira à noite e a nova saraivada de bravatas disparadas hoje, com as mensagens para suas manifestações "meia-boca", tudo indica que Jair Bolsonaro não contará com reações tão lenientes quanto as que teve da outra vez.


Até o insosso Luiz Fux, antecipa Luís Nassifi, no GGN, ensaia uma reação forte. 

Não é para menos, porque Bolsonaro chegou ao limite da explicitude golpista:

"Vocês estão aí, além de clamar pela garantia da nossa liberdade, buscando uma maneira que tenhamos uma eleições limpas e democráticas no ano que vem. Sem eleições limpas e democráticas, não haverá eleição (...) Nós mais que exigimos, podem ter certeza, juntos porque vocês são de fato meu Exército - o nosso Exército - que a vontade popular seja expressada na contagem pública dos votos".


É verdade que reforçou seu cacife como "Rei da Direita", posição que retém, incontestável. Os atos que promoveu nem de longe poderiam ser realizados pelos que lhe disputam o lugar com o apelido de "Terceira Via" ansiando por recolher os despojos de um bolsonarismo agonizante.


Ao mesmo tempo, porém, empurra-os para que, diante da própria incapacidade de alavancarem suas candidaturas no campo conservador ainda controlado por Bolsonaro, comecem a perder sustentação política pela perda de suas bases eleitorais para ele e, também, para o polo nítido que se forma em torno de Lula.


Este, talvez, seja o grande erro - além, claro, do crime de golpismo - que Jair Bolsonaro esteja cometendo.

Ao fazer da mudança do sistema eleitoral uma exigência para haver eleições, sob o "argumento" de que, ao contrário, Lula vencerá, ele tente a transformar toda a rejeição que acumula em, cada vez mais, votos para Lula.


É como se dissesse: quem é contra Lula é Bolsonaro, o que, na reciprocidade, empurra ao ex-presidente o voto de quem não é Bolsonaro, de resto um personagem que não se adequa ao "tanto faz".

O ex-capitão pôs suas tropas em marcha, com rumo definido, e não há paradas no caminho quando se inicia uma ofensiva.


A alardeada capacidade de composição política de Ciro Nogueira, na Casa Civil, foi reduzida a zero mesmo antes de sua posse, porque só lhe resta o papel de emissário do senhor das armas para propor rendição incondicional.


Nem mesmo teve tempo de costurar acordos, fazer composições, agregar aliados ou construir neutralidades.

O ex-capitão subiu no jipe e partiu para a guerra aberta.


Bolsonaro crê que poderá fazer sus segunda campanha com os mesmos grupos de fanáticos que o cercaram na primeira, mas revela pouca compreensão de que, daquela vez, rolaram a seu lado os barulhentos tanques da mídia e os silenciosos blindados do Judiciário, com o s quais não pode mais contar. Ao menos, não na sua cavalgada solitária e alucinada, carregando a bandeira do "que fique tudo como está". 


Imagem: reprodução


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segunda-feira, 25 de março de 2019

Política: 'A Praça (de guerra) dos Três Poderes'

Por Laurez Cerqueira*, no Congresso em Foco - Entrincheirados na Praça de Guerra dos Três Poderes, O Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional e o governo disparam uns contra os outros. Alvejados pela Lava Jato, com a prisão de Temer e Moreira Franco, o STF, o Congresso Nacional, particularmente a Câmara dos Deputados, preparam contra-ataques.
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Vão mudar o nome da Praça do Três Poderes - charge do Luscar

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sábado, 9 de abril de 2016

Eleições Antecipadas: o Bode na Sala?, por Romulus

Romulus, em seu blog - Indivíduos, tanto no governo como nas oposições, tem acenado com a possibilidade da antecipação de eleições gerais como meio de se sair do impasse político que vivemos. Isto é, caso não prospere o impeachment ou a recomposição da base parlamentar da Presidente Dilma, claro.

No entanto, não consigo acreditar que nenhum dos lados que vêm com essa proposta o faça pra valer. Pra mim tem cara do famoso "bode na sala". Fora a polarização exacerbada do momento, o mal estar econômico e o desgaste total da imagem dos partidos - todos, alguns outros fatores me levam a essa percepção:

- Eleição geral? Dentro de apenas 6 meses junto com prefeitos? Difícil de acreditar. Depois? Quando?

- Sem doações empresariais? Sem (ou com pouco) caixa 2, dada a situação das empreiteiras? Com marqueteiros suando frio por aí?

- Sem amplo consenso em torno de eleições antecipadas (PGR, STF, Congresso e Executivo), qualquer um poderia judicializar a questão, apontando a Emenda como inconstitucional. Pode-se facilmente alegar a interferência de um ou mais Poderes nos outros ou atentado à ordem democrática

- ambos contrários a cláusulas pétreas da Constituição. Queremos mais batata quente no STF?

- Com total imprevisibilidade sobre resultados e mesmo sobre quem iria para o segundo turno com Lula? Quem tem mais chance hoje de encarnar o anti-PT? PSDB, Marina ou Bolsonaros/Paschoais/Moros?

Pobre Brasil...

De qualquer forma esse discurso de eleições gerais tem um grande mérito. Explicita definitivamente o caráter anti-democrático do movimento pelo impeachment. Para mim a síntese não é o vira-vira de Aécio, biruta de aeroporto, mas o novo Presidente do PMDB, Romero Jucá. Ao sair da histórica foto do "desembarque" (cof... cof...) do PMDB do governo (Ah, Min. Barroso... todos nos exasperamos com a foto também...), dá ele entrevista quebra-queixo dizendo que o PMDB e o Congresso tinham que "ouvir as ruas". Hoje afirma categoricamente que "(proposta de) eleições gerais é golpe".

Ora, qual a melhor forma de "ouvir as ruas"? Pelas medições de público de passeata do Datafolha e da PM-SP ou pelas urnas? O rei está nu. Avisem a ele, por favor.

A carapuça costurada por Jucá também vestiu Michel Temer muito bem. Declarou o vice nesta semana que não há amparo na Constituição para eleições antecipadas. Muito bem. Em condiçōes normais de pressão e temperatura estou de acordo. Mas e impeachment sem crime de responsabilidade? Encontra amparo na Constituição? Um doce para quem conseguir arrancar uma resposta do "Professor de Direito Constitucional" Michel Temer a essa pergunta direta.

Alternativa a essas tais eleições antecipadas seria a "repactuação" política, com recomposição da base de apoio parlamentar da Presidente Dilma. Isso se daria mediante concessões de Dilma de nacos de poder aos novos-velhos aliados  (ou velhos-novos?), algo que a inflexível e micro-gestora (do inglês "micromanagement") sempre rejeitou. De todas as saídas em vista, é de longe a menos traumática. Sem disposição para dialogar e para cada um perder um pouco não há pacificação possível em vista.

Isso inclui as principais forças políticas mas também empresários e movimentos sociais.

Não podemos esquecer, contudo, dos demais atores institucionais. Após longo sono, parece que o STF retoma aos poucos seu papel de garantidor-mor da Constituição. A Constituição nada mais é do que a Carta Política, a certidão de (re-)nascimento da República Federativa do Brasil. Em última análise o STF é o último guardião não apenas da Ordem Jurídica mas do Estado e do país! Parece que Ministros saíram dos tecnicismos e das análises do micro (cada petição analisada como demanda individual desconexa do todo da realidade) para uma análise macro e de mais longo prazo.

Antes tarde do que nunca.

Mas, não esqueçamos da PGR e de Janot. É possível pensar em repactuação se ele continuar a agir não como Procurador Geral da REPÚBLICA mas Procurador Geral dos PROCURADORES Concursados? A agenda política do MPF será enterrada se perderem a batalha do impeachment ou passarão a novas batalhas, agora com mais amargor?

O campo é farto: TSE, representações mil de Caiado contra Dilma, denúncias no STF - cronometradas - contra forças políticas que ousem negociar com o governo... está aí o PP que não nos deixa mentir.

O deserto de verdadeiros homens públicos e estadistas ataca os Três Poderes e todas as suas instituições. Abundam, ao contrário, falsas lideranças, como Skaff, Cunha e Gilmar. Certamente estou cometendo grande injustiça ao mencionar apenas esses três. Perdão!

Diante de tamanha secura, às vezes avistamos um oásis.

A entrevista de Eugênio Aragão a Luis Nassif no Brasilianas desta semana teve esse condão. Avistei ali a figura do "honest broker", o mediador imparcial (1) com empatia pelos demais e (2) capaz de se despir do chapéu de turno para pensar no sistema como um todo e não em aumentar o pasto do seu gado à custa do dos demais. "Turf wars" é a expressão consagrada em inglês para descrever esse tipo de conflito.

Quem dera houvesse mais Aragões não só nos Três Poderes, mas nos meios empresariais, nos movimentos sociais e, evidentemente, na imprensa.

"Hindshight bias" (a falha cognitiva mal traduzida como "retrospectiva enviesada" pelo conhecimento prévio do resultado) e o lamentar-se por não terem corrido as coisas de maneira diferente não costumam ser construtivos. Pelo contrário. Mas, depois dos últimos dias, não tenho como não imaginar o quão diferente poderia estar o país hoje caso Cardozo estivesse brilhando na AGU há mais tempo (que defesa na Câmara!), Aragão dignificando a cadeira de Ministro da Justiça ou de PGR desde o início da partida e um Teori e um Barroso tivessem (merecidamente) chegado ao STF antes.

O excessivo peso de atributos individuais dos ocupantes das cabeças de nossas instituições (Presidência, Congresso, Judiciário e MP) é prova cabal da imaturidade de nossa jovem institucionalidade democrática. A sorte (ou o azar) fizeram com que o caos não tivesse chegado antes à Ordem inaugurada em 1988. Que tiremos lições desses momentos dificílimos para pensar em como aperfeiçoar o sistema quando voltarmos a condições normais de pressão e temperatura. Não podemos depender totalmente do acaso de estarem homens (e mulheres!) certos nos lugares certos na hora certa.
 
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