Mostrando postagens com marcador Moisés Mendes. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Moisés Mendes. Mostrar todas as postagens

sábado, 19 de agosto de 2023

Os recados das Monicas e de Malafaia a Alexandre de Moraes. Por Moisés Mendes

Publicado originalmente por Moisés Mendes, em seu blog: Dois recados a Alexandre de Moraes na Folha e no Estadão, ambos transmitidos por duas Monicas. Este o recado que tem Mônica Bergamo como emissária de alguém do PL ou da ala militar, em sua coluna na Folha: "Alexandre de Moraes não teria coragem de prender Bolsonaro sem julgamento, dizem aliados do ex-presidente".

www.seuguara.com.br/recados/Alexandre de Moraes/Moisés Mendes/

E este é o recado que Monica Gugliano recebeu e passou adiante no Estadão:

"Para militares, operação da PF em Brasília gera insegurança nas Forças Armadas e estaria difícil acalmar oficialato e militares abaixo da linha de comando".

Monica Gugliano credita sua informação a "figuras graduadas do Exército", no melhor estilo do jornalismo amigo dos militares. Figuras graduadas do Exército eram assim citadas no tempo da ditadura.


É o jornalismo das grandes corporações adotando de novo o tom do pré-golpe de 8 de janeiro.

Para tentar assustar Alexandre de Moraes, depois do recuo do advogado de Mauro Cid?


Estão fazendo jogral com Silas Malafaia, que defendeu Bolsonaro e ameaçou Moraes em vídeo divulgado nas redes sociais:

www.seuguara.com.br/Silas Malafaia/ataque/Alexandre de Moraes/

"Ditador Alexandre de Moraes, a sua casa vai cair, ou pela mão de Deus, ou pela Justiça legal que o Senado vai te impor, ou pelo povo, que é o supremo poder, que vai fazer pressão na sociedade. Que vergonha nós estamos assistindo, Deus tenha misericórdia do Brasil". 


Fica ruim para a grande imprensa entrar na gritaria do Malafaia, um dia após a ameaça de Damares Alves ao hacker Walter Delgatti, que segundo ela corre risco de vida.

Mas estão aí os recados das Monicas e do pastor. Não se sabe o que o Cebolinha tem a dizer.

***


Leia Mais ►

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Maierovitch e os inconformistas de Roma. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: A mais frustrante contribuição ao debate sobre os limites do Supremo foi oferecida pelo jurista Walter Maierovitch. Porque, pela qualidade do autor, teve o poder de abalar expectativas. Maierovitch analisa o caso da agressão a Alexandre de Moraes em Roma, em artigo recente no UOL.

www.seuguara.com.br/Wálter Maierovitch/jurista/agressão/Alexandre de Moraes/

Faz um longa defesa da igualdade de tratamento a todos os cidadãos por parte do sistema de Justiça e conclui que o ministro está sendo, como vítima, privilegiado pelo Supremo.


O jurista enumera as deliberações do STF, a partir do momento em que o tribunal "chama para si a competência do caso Moraes". 

E critica a busca e apreensão na casa dos agressores à centralização de toda a investigação na Corte onde o ministro trabalha.

A argumentação é límpida. Maierovitch não tem o dom do gongorismo da maioria dos colegas juristas. Como também é límpido o desfecho do texto, com a seguinte conclusão: 


"Pelo apurado até o momento, os ataques a Moraes e aos seus familiares não foram 'orquestrados', adrede preparados. Os irrogados agressores desconheciam a presença de Moraes na Itália e nem sabiam de embarque no dia fatídico. Surpreendidos, revoltaram-se e atacaram por puro inconformismo". 

www.seuguara.com.br/Alexandre de Moraes/agressão/

Depois de classificar como graves os ataques dos Mantovani a Moraes e à sua família e dizer que houve "incivilidade e ingresso na órbita do direito criminal", Maierovitch resume o que ocorreu a um gesto acionado pelo inconformismo repentino, num momento de surpresa.

Acerta, porque não há como errar, no enquadramento genérico da agressão, mas pode ter errado na definição do gesto dos agressores. O que aconteceu teria sido um ato de inconformistas, mas não planejado.


No que isso ajuda na compreensão da agressão no contexto de todas as agressões não planejadas não só a ministros do Supremo?

Nada. Zero. Há mesmo a atenuante do fortuito nos ódios inconformistas que se manifestam com ou sem surpresas?


Por inconformismo com alguma coisa, um torcedor do Flamengo jogou uma garrafa num grupo de torcedores do Palmeiras e matou Gabriela Anelli, de 23 anos.

Seu inconformismo poderia ter provocado ferimentos, mas não a morte. E seria apenas inconformismo. Virou um assassinato. 

www.seuguara.com.br/Gabriela Anelli/palmeirense/morte/

Por puro inconformismo pelo assassinato de um colega, policiais da PM de Tarcísio de Freitas invadiram o Guarujá e mataram mais de 10 pessoas. Poderiam não ter matado. Poderiam ter detido os suspeitos.

Por inconformismo, o preparador físico do Flamengo deu um soco na cara do jogador Pedro dentro do vestiário.


Foram inconformados e inconformistas da extrema direita que se reuniram, em novembro do ano passado, em torno de um restaurante em Porto Belo (SC) e expulsaram o ministro Luis Roberto Barroso e a família da cidade às 4h da madrugada.

Por puro inconformismo, em maio do ano passado um grupo de empresários de Bento Gonçalves avisou que o ministro Luiz Fux, presidente do STF, não deveria aparecer para uma palestra na cidade. O que aconteceria se o ministro decidisse ir e enfrentá-los?


Inconformistas estão por toda parte, desde tempos bíblicos. Muitos matam as mulheres por inconformismo moral por impulso, de surpresa, numa discussão.

Foram inconformistas abrigados à porta de quartéis que invadiram Brasília no 8 de janeiro e destruíram instalações dos três poderes.


Fui procurar, como leigo e ainda curioso, onde se encontra a palavra inconformismo em algum texto legal que trate de delitos dos inconformados na política.

Achei aqui, na Lei 7.170, no artigo 20 do título segundo, que relaciona esses crimes e as suas penas: 

"Art. 20 - Devastar, saquear, extorquir, roubar, sequestrar, manter em cárcere privado, incendiar, depredar, provocar explosão, praticar atentado pessoal ou atos de terrorismo, por inconformismo político ou para obtenção de fundos destinados à manutenção de organizações políticas clandestinas ou subversivas. Pena: reclusão, de 3 a 10 anos". 


Esse artigo é da Lei de Segurança Nacional, revogada em 2021. A palavra inconformismo, citada na sequência de terrorismo, tinha ali a função do complemento. No texto de Maierovitch, se apresenta quase como um eufemismo contemporizador.

São outras as palavras definidoras das atitudes de inconformados e inconformistas que perseguem ministros do STF em tempos anormais de expansão imparável do fascismo.


Não há hermenêutica numa caixinha capaz de dar conta do significado de tanta agressividade e de tanto ódio, que são ocasionais muito menos fortuitos. Mas juristas são sensatos e cuidadosos.

***

Via: DCM


Leia Mais ►

quarta-feira, 12 de julho de 2023

O coronel que virou cabo sem jipe. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: O coronel Mauro Cid foi acolhido, protegido e acarinhado pela família Bolsonaro na CPI do Golpe. Flavio pediu que o militar mantivesse a serenidade e Eduardo disse que o Brasil sente orgulho da postura do coronel. Mas Mauro Cid vai cair na conversa dos Bolsonaros? O chefe da família o empurrou pra o inferno que ele enfrenta há 70 dias na cadeia.

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/CPI/8 de janeiro/Moisés Mendes/
O tenente-coronel Mauro Mauro Cid (Imagem/reprodução)

Cid foi usado por Bolsonaro como mandalete de recados do golpe e agora é um coitado. Mas os filhos dizem que estão com ele.

Bolsonaro tirou do coronel a possibilidade de vir a ser general e o transformou num cabo sem jipe. Fez o mesmo com a vida do delegado federal Anderson Torres.

Destruiu a vida de 1.400 manés misturados a terroristas que invadiram Brasília em 8 de janeiro sem saber direito que prédio estavam destruindo.


Mauro Cid é a vítima mais graúda, porque mais próxima de Bolsonaro. Ele é quem acolhia as aflições de um grupo que deveria se dedicar ao golpe, mesmo que como delírio.

As mensagens encontradas no seu celular provam que ele funcionava como telefonista de Bolsonaro. 

Era ele quem tinha a missão de receber mensagens golpistas, encaminhar a Bolsonaro e devolver as respostas, como fazia nas conversas com outros colegas militares.


Mas Flavio e Eduardo disseram na CPI que o ex-ajudante de ordens que apareceu fardado tem a admiração deles.

Em nenhum momento os filhos falaram em nome do pai. Porque aí seria demais, seria um deboche explícito.

Os filhos der Bolsonaro não teriam a coragem de dizer que o pai deles, que empurrou Mauro Cida para uma tarefa suicida, tinha mandado dizer que admirava o ex-mandalate do Planalto.


Mauro Cid disse, no único momento em que falou, lendo um texto prévio, que trabalhou com Bolsonaro por ordem do Exército.

Que a função "é exclusivamente de natureza militar". Que a ajudância de ordens é "a única função de assessoria próxima do presidente que não é objeto da sua própria escolha".

Que é da responsabilidade das Forças Armadas selecionar os militares que desempenharão a função próxima do presidente que não é objeto da sua própria escolha".

Que é da responsabilidade das Forças Armadas selecionar os militares que desempenharão a função na presidência da República.


Deixou claro que trabalhava para Bolsonaro não por ser seu amigo, seu admirador ou por ingerências políticas. Mas porque era militar.

Quis ressaltar que a CPI estava tentando interrogar um alto oficial das Forças Armadas, e não em ajudante qualquer de Bolsonaro.


Mas o que restou do depoimento que não aconteceu foi exatamente essa imagem, assim definida pelo deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), que disse, como se o elogiasse: 

"Que lealdade canina desse coronel".

Tão canina, segundo Magalhães, que ele continuará calado e não vai delatar ninguém.


O deputado Rogério Correa (PT-MG), disse a respeito dos elogios dos Bolsonaro e de outros parlamentares da extrema direita:

"Aqui eles querem te agradar, para que você não dia nada".


E Cid não disse nada mesmo. Cid é o que é. Percebe-se que ele nunca seria, se o fascismo continuasse no poder, o Chalaça de Bolsonaro.

Seria apenas o ajudante dos pagamentos das contas de Michelle com dinheirinhos vivos, das fraudes do cartão da vacina, da tentativa de recuperar as joias roubadas e da disseminação da da ilusão do golpe.

Um ajudante com lealdade canina, mas só um ajudante.

***


Leia Mais ►

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Bolsonaro abandona os irmãos que terão as vidas destruídas. Por Moisés Mendes

Originalmente publicado por Moisés Mendes em seu blog: George Washington de Oliveira Sousa, o homem que arquitetou o atentado ao aeroporto de Brasília em dezembro do ano passado, já foi condenado a nove anos de cadeia. Antônio Cláudio Alves Ferreira, o sujeito que destruiu o relógio do século 17 no Palácio do Planalto, também será condenado na primeira leva de manés que vão a julgamento nos próximos dias.

www.seuguara.com.br/bolsonaristas/Palácio do Planalto/STF/atos terroristas/8 de janeiro/
Bolsonaristas nos atos golpistas de 8 de janeiro (Imagem/reprodução)

Será o mesmo destino de William da Silva Lima, que arrombou uma sala do Supremo e roubou a toga de Alexandre e Moraes, e de Marcelo Fernandes, que pôs embaixo do braço e levou uma réplica da Constituição de 1988, também do STF.

Fátima de Tubarão está na fila da condenação junto com todos os manés flagrados quebrando alguma coisa ou fazendo ameaças aos ministros naquele 8 de janeiro.


Eles irão assumir sozinhos a empreitada do golpe, quando tiverem que se defender das acusações? Quase todos já são réus. E todos são componentes da bucha do golpe.

O próprio George Washington de Oliveira Sousa, que confessou frequentar o acampamento do QG do Exército em Brasília, foi um terrorista incitado ou a mando de alguém.


Mas quem entre eles vai confessar que agiu sob a liderança de gente que estava, na hierarquia do golpe, bem acima deles?

Na CPI do Golpe, o homem bomba no caminhão-tanque, que deveria explodir no aeroporto no noite de 24 de dezembro, não admitiu vínculo com ninguém.

Deputados e senadores da direita e da extrema direita abandonaram o sujeito durante o depoimento. Sousa era um maluco que agiu sozinho.


O próprio terrorista preocupou-se em se distanciar de Bolsonaro e de autoridades da extrema direita que estavam no poder. Nunca viu Bolsonaro e não conhece ninguém do fascismo de perto.

Sabe-se que frequentava o Senado por proximidade com gente do bolsonarismo. Mas hoje é um coitado largado na sarjeta, porque não há como defendê-lo.


Bolsonaro disse em Porto Alegre que tem "irmãos inocentes" presos em Brasília, referindo-se aos manés induzidos ao golpe. Mas o manés serão condenados, alguns irão pegar cadeia, enquanto Bolsonaro nega que tenha empurrado os irmãos para o crime.


Anderson Torres será condenado e pode ser expulso da Polícia Federal. O coronel Mauro Cid não escapará da condenação e pode ser expulso do Exército.

E Bolsonaro não admite que tenha destruído a vida de mais de 1.400 manés e de auxiliares diretos que fizeram o serviço sujo.

Bolsonaro poderá ficar inelegível. Mas os manés e os auxiliares terão uma vida miserável. Todos serão criminosos.


E Bolsonaro será apenas um sujeito sem direito a ser votado e eleito? É possível que, depois do que fez, da matança na pandemia, da formação das gangues dos vampiros da vacina, da incitação ao negacionismo e ao armamentismo, das falas racistas, da confissão de que deseja crianças de 14 anos, da lavagem de dinheiro na compra de imóveis, da compra de apoio do Centrão, do uso abusivo e criminoso do cartão corporativo, da incitação ao golpe, disso tudo Bolsonaro seja apenas um político inelegível?


Os manés estarão presos e Bolsonaro será um político sem direito a participar das eleições até 2030?

Será esse o desfecho de quatro anos de desmandos e delitos em todas as áreas? Só os manés pagarão pelos crimes de Bolsonaro?

***


Leia Mais ►

domingo, 18 de junho de 2023

Azevedo e Silva sabia que Cidão apenas cumpria ordens. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu  blog: Poucos militares, ou talvez nenhum outro, conhecem tanto o poder com e sem farda quanto o general Fernando Azevedo e Silva. Ocupou altos cargos na estrutura militar, foi  ajudante de ordens de Collor, chefe da assessoria parlamentar das Forças Armadas, assessor especial do ministro Dias Toffoli quando esse ocupou a presidência do Supremo, ministro da Defesa de Bolsonaro e quase diretor-geral do TSE.

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/ex-ajudante de ordens de Bolsonaro/
Coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (Imagem/reprodução)

Azevedo Silva seria o escudo fardado, dentro do TSE, para conter a artilharia de Bolsonaro com o blefe do golpe

Desistiu do cargo, sete meses antes da eleição, porque deveria cuidar da saúde, e deixou em suspense uma pergunta perturbadora.


O general não se sentia forte o suficiente para encarar um ambiente em que, ficaríamos sabendo depois, o vice de Bolsonaro seria Braga Netto, o general sucessor de Azevedo na Defesa?

Azevedo desistiu da função executiva no TSE, que era na verdade uma trincheira militar garantidora da eleição e se calou por muito tempo. Todos queriam ouvir Azevedo e Silva.


E o general só voltou a falar no dia 22 de janeiro do ano passado, um domingo, em entrevista à CNN.

Comentou as trocas de comando determinadas por Lula nas Forças Armadas, sem qualquer abordagem que pudesse surpreender.

Governantes trocam comandos, porque têm autonomia para isso, e a vida deveria seguir em frente.


Mas o general tina uma ressalva: questionava a decisão do governo de trancar a nomeação do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, para a chefia do 1º Batalhão de Ações de Comandos em Goiânia.

Cid já era investigado pelo Supremo por suspeita de envolvimento no vazamento de informações sigilosas de um inquérito sobre um suposto ataque hacker à estrutura do sistema eleitoral do TSE. 


O ajudante de ordens de Bolsonaro caiu sobre o então comandante do Exército, general Júlio Cesar Arruda, que havia resistido a suspender a nomeação do coronel ao posto em Goiás.

E agora vamos relembrar o que Azevedo disse de Mauro Cid naquela entrevista:


"O coronel Cid recebia ordens, diretrizes do presidente. Eu o conheço, é um coronel que seguiu todos os cursos da carreira. A gente não pode execrar um coronel da ativa sem ter uma investigação iniciada, apurada e conclusiva. Não pode jogar ele na fogueira porque simplesmente foi assessor do presidente. O Poder Judiciário tem que julgar. É um oficial brilhante, cumpria ordens, exerce um cargo muito delicado que eu já exerci. Então, temos que ir com muita calma nessa hora".


A entrevista é de 22 de janeiro. No dia 3 de maio Mauro Cid estava preso por suspeita de envolvimento na fraude do cartão da vacina de Bolsonaro.

E ainda enfrentava as denúncias sobre a participação na gestão dos dinheirinhos de Bolsonaro e Michelle e no caso das joias das arábias.


O resto todo mundo sabe, até os fatos mais recentes que envolvem Cid em mais uma tramoia golpista, dessa vez em conversas com o coronel Jean Lawand Junior, então subchefe do Estado Maior do Exército, logo depois da eleição.

Sabemos quase tudo o que o oficial brilhante fez de ilegal, na ajudância de ordens do chefe. Mas não sabemos o que Azevedo e Silva sabia ou não sabia disso tudo.


Falta um oficial de ponta que nos conte o que vamos sabendo pelos subalternos.

Azevedo e Silva conviveu com o poder dentro do Supremo. Chefiou a Defesa e sobrevoou atos golpistas em helicóptero camuflado das Forças Armadas ao lado de Bolsonaro.

Foi chamado por Edson Fachin e Alexandre de Moraes para alertar Bolsonaro e os militares de que eles não deveriam mexer com a eleição.

Desistiu do enfrentamento, afastou-se publicamente dos políticos e voltou a falar para defender um militar que começava a se enredar em rolos grandes.


Não há outro militar, desde o golpe de 1964, envolvido em tantas ações provadas contra a democracia quanto o coronel Mauro Cid.

Os generais que afrontaram Geisel e Figueiredo, incluindo o episódio da bomba do Riocentro, conspiravam contra as intenções 'liberalizantes' da própria ditadura, e não necessariamente contra a democracia, que nem existia.


Mas Mauro Cid conspirou, com a ajuda de muita gente, contra a eleição, contra a posse de Lula, contra as instituições e contra a democracia.

Em tempos de normalidade, mesmo que seja uma normalidade precária, não há outro caso semelhante de envolvimento explícito com uma tentativa de golpe.

E Mauro Cid era, como disse Azevedo e Silva, um oficial submetido a um comando, porque "recebia ordens, diretrizes do presidente". 


Azevedo e Silva sabia que era importante dizer: Mauro Cid fazia o que Bolsonaro mandava. E exercia um cargo muito delicado, que ele conhecia bem.

Mas errou no detalhe em que deprecia a ajudância de Cid, ao dizer que o coronel não poderia ser julgado previamente por ter sido "simplesmente" assessor do presidente.


Um ajudante de Bolsonaro não seria nunca simplesmente um ajudante. Nem que estivesse envolvido no simples pagamento das contas de Michelle, na tentativa de recambiar as joias e na fraude do cartão de vacina.

Mauro Cid era a esponja do golpe, talvez a mais importante de todas, a que absorvia todas as conversas, articulações, planos e besteiras ditas sob incitação de Bolsonaro.


E o que sabia o mais bem informado general brasileiro do que ainda não sabemos? O general que mais circulou no poder, mais entendia as manobras da política. Esse general não sabia de nada?

Sabia apenas que Mauro Cid era brilhante e o que mais? Sabia, como sabemos agora, pelo vazamento das mensagens do coronel Lawand, que o apelido do ajudante era Cidão?

Azevedo e Silva, com seu histórico no poder, sabia que os humores do golpe passavam por Cidão?

Como sugere nas conversas o general Lawand, os destinos do Brasil chegaram mesmo a estar nas mãos de Cidão?

***


Leia Mais ►

sexta-feira, 16 de junho de 2023

O que podem achar com Marcos do Val além do distintivo da Swat? Por Moisés Mendes

O que pode ter sido encontrado como prova relevante, na operação de busca e apreensão da Polícia Federal na casa, no gabinete e em escritórios de um sujeito investigado há quatro meses, como é o caso do senador Marcos do Val, do Podemos do Espírito Santo? É provável que achem mais uma minuta do golpe, como encontraram na casa do delegado Anderson Torres?

www.seuguara.com.br/Marcos do Val/senador/busca e apreensão/Polícia Federal/
Senador Marcos do Val (Podemos-ES). (Imagem/reprodução) 

Um sujeito com expertise (a palavra que a direita adora) na área da arapongagem e que se diz instrutor da Swat pode guardar por tanto tempo, por arrogância ou ignorância, provas contra ele em computadores, celulares e arquivos físicos?

A PF teria apreendido dois celulares do senador, que não estava em nenhum dos três endereços das buscas. Celulares dele, mas usados por assessores?


Marcos do Val, que disse em fevereiro ter sido mandado por Bolsonaro para um encontro com Moraes, com a missão de grampear o ministro, teria algo comprometedor guardado até agora?

Nessa quinta-feira, a PF bateu nos endereços do senador bolsonarista que integra a CPI do Golpe como investigador e como investigado, o que só existe no país de Tim Maia.


Parece improvável que, quatro meses depois do início das investigações contra ele, alguma prova relevante possa ser encontrada.

Podem achar conversas e mensagens, que não há como deletar, nos arquivos em nuvem dos celulares?

Nada do que envolve a extrema direita pode ser considerado impossível. Já encontraram coisas inimagináveis com os fascistas, e principalmente em celulares.


O certo é que Marcos do Val está na fila da morte política dos que desafiaram o Supremo e, se a PF achar o que procura, pode ter a alma encomendada.

O ex-deputado Daniel Silveira, que também teria induzido Do Val a grampear Moraes, desafiou o ministro e está preso, condenado a oito anos de cadeia.

Silveira atuava na mesma linha de buscar o confronto direto com Moraes, como se a afronta o fortalecesse junto ao bolsonarismo e assim lhe garantisse alguma imunidade política.


N quarta-feira, um dia antes da busca e apreensão, o senador escreveu no Twitter, sem correção do texto:

"Seguindo o que determina a constituição, cabe aos senadores fiscalizar, afastar e até impeachmar ministrros do STF. É notório em todos os meios jurídicos e entre e entre os magistrados, por todo o Brasil, as ações anticonstitucionais do ministro Alexandre de Moraes". 


Na quinta-feira, pouco antes das buscas, o sujeito disparou vídeos e outros conteúdos via zap para grupos de amigos, dizendo, entre outras coisas, que Moraes seria convocado pela CPI porque soube antes, pela Abin, que o 8 de janeiro iria acontecer.

Se soube, pergunta o golpista, por que não tomou providências?


O que fez Moraes enquanto o home da Swat o atacava? Autorizou a PF a fazer busca e apreensão que já sido solicitada há mais tempo, inclusive com pedido de prisão negado pelo ministro.

Mandou fazer as buscas exatamente no dia do aniversário do homem que diz entender de arapongagem.


Pedalaram as portas dos endereços do sujeito, abriram suas gavetas e levaram seus equipamentos.

Do Val pode ser tão desimportante no blefe do golpe que talvez encontrem apenas um distintivo da Swat, vendido em lojinhas de souvenirs, e nada que possa incriminá-lo.


Publicado originalmente no Blog do Moisés Mendes

***


Leia Mais ►

sexta-feira, 19 de maio de 2023

Os especialistas de plantão para defender o lavajatista cassado. Por Moisés Mendes

Publicado originalmente no "blog do Moisés Mendes": Deltan Dallagnol cassado, Collor a caminho da cadeia, Bolsonaro sentado na agulha da vacina. Estamos numa semana com boa produtividade. E ainda tem o choro dos especialistas e juristas que os jornalões ouvem sempre (e são sempre os mesmos), para lamentar a cassação.

www.seuguara.com.br/Deltan Dallagonol/cassado/especialistas/
Deltan Dallagnol (Imagem/reprodução)

O choro dos especialistas lavajatistas é uma das partes mais divertidas, porque expõe a base hermenêutica cínica do fascismo disfarçada de liberalismo e de legalismo.

Os especialistas ouvidos por Folha, Estadão e Globo só confirmam que a cassação foi correta, porque eles nunca adotarão posição contrária às defendidas por direita e extrema direita.


O especialista do lavajatismo é ouvido pelos jornais para tentar calar a extrema direita.

Porque é preciso ter o contra ponto, como se os contrários à cassação tivessem equivalência numérica com a grande maioria que apoiou a decisão do TSE.


Tem reportagem nos jornais que anuncia assim: especialistas dizem que a cassação foi um exagero.

Aí, vamos ler o texto e são dois especialistas ouvidos. Apenas dois. Um diz isso e aquilo e o segundo concorda com o primeiro.


Se formos pesquisar o que esses especialistas legalistas disseram sobre a prisão de Lula e o golpe contra Dilma, está lá tudo ao contrário.

Às vezes fica a impressão de que são advogados chamando clientes em meio a essa bandidagem cheia do dinheiro.


São especialistas acenando atrás de clientes em desespero. O robô do ChaGPT sabe de cor o que os especialistas dizem para os jornalões.

Tem especialista que o Estadão entrevista desde o golpe da proclamação da República. 

Claro que eles sempre aplaudiram o golpe.

****


Leia Mais ►

sábado, 6 de maio de 2023

As mulheres que votam com os homens contra as mulheres. Por Moisés Mendes

Publicado originalmente no "Blog do Moisés Mendes": Este é o argumento da maioria das 10 deputadas federais que votaram contra o projeto de lei da equiparação salarial entre homens e mulheres: as mulheres serão rejeitadas nas empresas. O projeto, mesmo assim, foi aprovado na Câmara por 325 votos a 36. Mas o raciocínio machista, defendido pelas próprias mulheres de direita e extrema direita, não faz sentido.

www.seuguara.com.br/projeto de lei/salários/mulheres/deputadas federais/

Por que as mulheres seriam discriminadas e mandadas embora? Seriam dispensadas por causa dos salários iguais?

Mas em algum momento homens poderiam ser contratados para os lugares que elas ocupavam? Ganhando a mesma coisa que os outros homens?

Os escravistas do século 19 tinham o mesmo pretexto, diante das propostas de abolição da escravatura. Que os escravos perderiam o 'emprego'.


As mulheres foram contra o projeto que beneficia mulheres porque reproduzem o ponto de vista do macho e do capital, enquanto fazem discursos em sentido contrário. Rosângela Moro, Carla Zambelli e Bia Kicis estavam entre elas.


A gaúcha Any Ortiz, do Cidadania (foto), é da mesma turma. A deputada divulga há muito tempo um vídeo na internet em que defende a educação financeira de crianças nas escolas. Mas não defende a melhoria financeira das mulheres?

No vídeo, ela diz que a educação financeira transforma a vida das pessoas. Só a educação? E os salários não melhoram a vida das mulheres?


Imaginem uma professora lecionando educação financeira aos alunos e tentando convencer, ao mesmo tempo, por que Any Ortiz foi contra a melhoria nos salários das mães das crianças.

Abaixo, a lista de mulheres de direita e extrema direita, algumas que se apresentam apenas como liberais, que decidiram votar contra as próprias mulheres na Câmara:


Rosangela Moro (União Brasil-SP)

Bia Kicis (PL-DF)

Carla Zambelli (PL-SP)

Silvia Waiãpi (PL-AP)

Dani Cunha (União-RJ)

Caroline de Toni (PL-SC)

Julia Zanatta (PL-SC)

Adriana Ventura (Novo-SP)

Any Ortiz (Cidadania-RS)

Chris Tonietto (PL-RJ)


E aqui a lista de homens que votaram contra as mulheres, com a ajuda de 10 mulheres:


Alberto Fraga (PL-DF)

André Fernandes (PL-CE)

Bibo Nunes (PL-RS)

Capitão Alden (PL-BA)

Carlos Jordy (PL-RJ)

Cabo Gilberto Silva (PL-RJ)

Deltan Dallagnol (Podemos-PR)

Dr. Jaziel (PL-CE)

Eduardo Bolsonaro (PL-SP)

Evair de Melo (PP-ES)

Filipe Martins (PL-TO)

General Girão (PL-RN)

Gilson Marques (Novo-SC)

Kim Kataguiri (União-SP)

Luiz Lima (PL-RJ)

Luiz P. O. Bragança (PL-SP)

Marcel Van Hattem (Novo-RS)

Marcio Alvino (PL-SP)

Maurício do Vôlei (PL-MG)

Ricardo Salles (PL-SP)

Rodolfo Nogueira (PL-MS)

Sargento Fahur (PSD-PR)

Sgt. Gonçalves (PL-RN)


Abaixo, o vídeo de Any Ortiz sobre educação financeira:




***
Leia Mais ►

quinta-feira, 4 de maio de 2023

Os celulares dos homens e dos ratos. Por Moisés Mendes

Publicado originalmente no "Blog do Moisés Mendes": Anderson Torres é delegado da Polícia Federal, mas pode ter cometido um descuido de amador, que gente próxima a ele, do esquema de Bolsonaro, não comete. Torres usava um celular que pode ter todas as provas dos seus crimes. Tanto que negou o fornecimento da senha de acesso à Polícia Federal, quando foi preso. E, quando decidiu que daria, passou a senha errada.

www.seuguara.com.br/Jair Bolsonaro/Anderson Torres/celulares/

Torres tentava proteger o que tem armazenado e os dados de conversas e mensagens. Porque aquele era seu celular de uso diário.


Pois Bolsonaro entregou à PF um celular que, segundo ele, nem senha tem. Qualquer um abre o que há no aparelho, é o que ele diz.

Um ex-presidente envolvido com milicianos, manés terroristas, militares, grileiros, garimpeiros e toda espécie de bandido tem um celular aberto.´


Bolsonaro tem apenas um aparelho tipo Chevette velho, que qualquer um dirige? Nem os manés acreditam nessa história.

Bolsonaro deve ter muitos celulares e deve falar coisas mais escabrosas pelo celular de auxiliares, como muitos gangsteres fazem.


Já se sabe há muito tempo que ele troca de celular e de número do telefone com frequência. E vai apagando rastros. O celular entregue à PF pode ser apenas um de muitos. Vale para os laptops e outros equipamentos.

Até o capitão Adriano da Nóbrega, que foi cercado e assassinado na Bahia (por ordem de quem?), tinha vários celulares, que ele ia usando e quebrando.


Empresários golpistas que tiveram celulares apreendidos, no ano passado, por determinação de Alexandre de Moraes, avisaram que não havia nada comprometedor nos aparelhos.

Eles usavam celulares para conspirar, atacar o próprio Moraes, o Supremo, Lula e os inimigos. Mas muitos deles não deveriam estar usando aqueles que foram entregues à PF. 


Só Anderson Torres, talvez por soberba e por ser policial, não agiu como alguém da área, que conhece esses riscos e macetes. Tanto que, por excesso de confiança, chegou a guardar a minuta do golpe em casa.


Em maio de 2020, quando foi considerada a hipótese de o Supremo pedir acesso ao celular do sujeito, depois da famosa reunião ministerial da boiada de Ricardo Salles, ele mandou avisar que só entregaria "se fosse um rato".

Três anos depois, acabou entregando. É provável que não achem nada no celular de Bolsonaro, além de fotos da capivara Filó.


Mas sempre há esperança de que encontrem alguma coisa, não no aparelho, mas nas tais nuvens virtuais do sujeito que não queria ser rato.

***


Leia Mais ►

terça-feira, 25 de abril de 2023

Dino e Pimenta conhecem as tocas dos golpistas escondidos. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: Os ministros Flavio Dino e Paulo Pimenta se dirigem aos golpistas ainda impunes com o mesmo tom e a mesma imagem, para definir o lugar em que os fascistas se encontram. Dino e Pimenta disseram no mesmo dia, na semana passada, que as instituições e a CPMI do Golpe irão iluminar sombras e esconderijos dos que continuam escondidos e escapando. 

www.seuguara.com.br/misnistros/Flavio Dino/Paulo Pimenta/golpistas/
Ministros, Flavio Dino e Paulo Pimenta (Imagem/reprodução) 

Oe esconderijos são conhecidos, os criminosos escondidos são manjados, os crimes cometidos já foram provados.

Falta chagar a civis e militares que ainda não foram alcançados pelo esforço de contenção das ações coordenadas pelo ministro Alexandre de Moraes. 


Ainda falta saber o que o Ministério Público reuniu de provas e indícios, principalmente dos que lideraram e financiaram o bloqueio de estradas, os acampamentos e a invasão de Brasília.

Falta chegar além dos caminhoneiros patriotas de chinelo de dedo e dos acampados em transe que tentavam conversar com marcianos.


Falta enquadrar quem não estava em Brasília, para que os agora transformados em réus não sejam apenas os que tentaram se proteger ao lado do QG do Exército. E os outros? Os outros são a maioria ainda escondida.

Falta iluminar as sombras em que se escondem os que, como diz Flavio Dino, não têm coragem nem mesmo para prestar solidariedade aos presos na Papuda. 


As sombras são frondosas para os que, desde muito antes do 8 de janeiro, desde a articulação do gabinete do ódio, escondem-se da Justiça, mesmo que estejam sendo investigados.

Buscam sombras até perto do governo os que, depois de fazer discurso golpista em churrascarias de beira de estrada, tentam se aproximar do poder e pedir trégua. 


É preciso muito holofote para que os escondidos não continuem sendo apenas cercados. É preciso tirar idealizadores, planejadores e financiadores dos seus esconderijos.

Muitos dele são milionários que Alexandre de Moraes já identificou e determinou que ficasse quietos, antes da eleição. 


É gente com habeas corpus econômico. Extremistas de grife mandam avisos sobre os 'riscos sociais' representados por suas eventuais prisões.

E apostam de novo que no fim todos ficarão impunes. Consideram-se protegidos pelo poder do dinheiro.

Assim como os militares se acham inalcançáveis porque usam fardas, incluindo os de pijama.


Dino enxerga os golpistas escondidos um dia na cadeia, o que hoje parece pouco provável para quem já não espera tanta reparação.

Mas de fato não bastará, para alguns deles, que sejam indiciados, tronados réus e condenados. Terão que ser enjaulados.

"Alguns deles permanecerão muitos anos no cárcere", disse o ministro da Justiça nas redes sociais. Na CPI do Genocídio, diziam o mesmo.


Metade do Brasil foi contagiada pelo otimismo dos senadores Omar Aziz, Rena Calheiros, Randolfe Rodrigues, Humberto Costa, Fabiano Contarato. Ninguém foi preso até hoje, nem ao menos indiciado.

Golpistas com dinheiro, que ocuparam a partir de 2018 e ainda ocupam posições estratégicas em suas cidades, nem sempre são vistos longe das luzes de Brasília.

Mas continuam operando, rearticulando bases regionais para as eleições municipais e aguardando o momento para dar o bote de novo.


É uma realidade incômoda. Um dos piores sentimentos na luta em defesa da democracia é o de que não há avanços.

Há escaramuças, há polvadeira e até algumas baixas entre o inimigo. Há vitória em algumas batalhas.

Mas a sensação destruidora para os que lutam é a mesma que tirava forças dos soldados na Primeira Guerra. É a de estar no mesmo lugar.


Eles transformavam buracos cavados na terra úmida em moradia, porque não conseguiram sair dali e avançar em direção ao inimigo.

Na eleição do ano passado, as trincheiras abertas contra o golpe conseguiram fragilizar o fascismo.

Mas pode ser pouco, se não houver, depois das baixas entre eles, a conquista de terreno.


A CPI do Golpe pode fortalecer o sistema de Justiça, para que todos sigam em frente, como pode afundar na armadilha do lamaçal armado pela extrema direita. 

Os democratas não podem se contentar em morar dentro das trincheiras.

***


Leia Mais ►

terça-feira, 11 de abril de 2023

A estrutura do fascismo está intacta. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: Não há mais o que dizer sobre o balanço dos cem dias do governo Lula. Mas pouco se disse sobre o balança dos cem dias da extrema direita fora do poder e ainda viva e ativa. O fascismo está intacto. A estrutura política e criminosa, assumidamente envolvida na tentativa de golpe, ainda não foi abalada.

www.seuguara.com.br/estrutura do fascismo/Moisés Mendes/
Imagem/reprodução: redes sociais

A base social se reanima e se rearticula. É mobilizada pelo sentimento de que os terroristas presos depois do 8 de janeiro são parte do custo da guerra e apenas perdas pontuais distantes da maioria impune.


É nesse contexto que são percebidas as romarias de pretensos arrependidos em direção a Brasília, virtual ou presencialmente. 

Enquanto se reorganizam, os arrependidos pedem trégua e mandam recados. Não são os pequenos, amadores e subalternos, mas os arrependidos do primeiro time de golpistas e terroristas.


Não são tampouco os arrependidos da direita pragmática do centrão que se vendem por dinheiros fáceis. Esses são os profissionais do arrependimento.

O personagem agora é o arrependido protagonista da criação e manutenção da estrutura do golpe. Que financiou o gabinete do ódio, desfilou ao lado de Bolsonaro como golpista e apresenta-se como convertido aos valores da democracia.


Não precisamos citá-los, para não cometer o erro de esquecer alguém. E os arrependidos são perigosos, vingativos, ameaçadores. Não é bom nominá-los.

Arrependidos poderosos têm imposição econômica e são frequentadores de rodas de amigos de nome não só da extrema direita. 


São passadores de mãos nas costas, enxergam o Judiciário como extensão das suas empresas e têm base parlamentar. Com suas armas e chantagens, vão sugerindo tréguas que alguns consideram possíveis.

Sabemos que circulam em Brasília emissários de arrependidos de grosso calibre que só se arrependeram do que fizeram nos invernos pós-2016 porque a mais recente tentativa de golpe não deu certo.


Não é arrependimento, nem rendição em alto estilo, é um ensaio de cumplicidade com os vencedores, para que as sujeiras sejam negociadas, com possíveis adiamentos de punições e reparações.

O arrependido poderoso não é o cantor sertanejo que pede desculpas por ter apoiado Bolsonaro e procura conter as perdas financeiras da aposta errada.


Não é tampouco o alienado que Alexandre de Moraes visitou na Papuda e disse ter esperado no dia 8 de janeiro em Brasília que um marciano descesse na Praça dos Três Poderes para ajudá-lo a derrubar Lula e acabar com o Congresso e o Supremo.

O arrependido que manda recados a Brasília e agora se considera até admirador de Lula faz um movimento arriscado, mas vive de correr riscos. 


Depois de investir tudo no golpe, andar de braços dados com Bolsonaro, disparar mensagens em massa para sua rede de satélites de tios do zap e de financiar o golpe, esse arrependido arrisca-se agora a fingir que se arrependeu.

É um gesto de esperteza, mais do que de acovardamento. Não é uma trégua. O farsante envia a mensagem e avisa: digo que me entrego, mas cabe a vocês acreditarem na minha rendição.


Só a esquerda que também acredita em marcianos golpistas pode levar a sério arrependimento dos manezões fascistas às vésperas do fim de Bolsonaro.

Os falsos arrependidos, que reorganizam suas bases em cidades que Brasília não enxerga, só podem subestimar todos os que recebem suas mensagens pacificadoras. Subestimem só os mais crédulos.


Não dá para acreditar que o fascistão impune, depois de sustentar as milícias do ódio, disseminar mentiras, fazer ameaças e tentar impor o golpe com muito dinheiro, possa enganar os que ele cercou ao agir como jagunço de Bolsonaro.

Não dá para acreditar porque toda a resistência ao fascismo estaria desmoralizada e perderia sentido.


Não há perdão para o fascista que acena com o pedido de trégua apenas para sobreviver, se rearticular e voltar a atacar.

***


Leia Mais ►

quinta-feira, 2 de março de 2023

As notas oficiais sobre a escravidão em Bento. Por Moisés Mendes

Publicado originalmente por Moisés Mendes, em seu blog: Já temos duas notas oficiais com tons bem diferentes sobre o que aconteceu em Bento Gonçalves com os trabalhadores nordestinos. A primeira nota que compartilho abaixo é a do Centro da Indústria, Comércio e Serviços da cidade (CIC). É um desastre. A segunda é da prefeitura e de várias entidades. Leiam e comparem.
Leia Mais ►

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

O tio do Pix não pode assumir tudo sozinho. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: O vapor e o avião, quando presos, denunciados e julgados por crimes como traficantes de drogas, nunca serão equiparados aos chefes e gerentes da quadrilha. Serão sempre ajudantes que fazem alertas (o vapor), à vezes como figurantes que fecham negócios (o avião), talvez como coadjuvantes, mas não como criminosos protagonistas.

www.seuguara.com.br/golpistas/terrorismo/Brasília/

O tio do PIX, exposto como financiador de ônibus, comida e hotel para os terroristas de 8 de janeiro, pode ser o avião com alguma graduação na hierarquia do fascismo. Mas não deixará de ser o tio do PIX.


Os donos da churrascaria, da fazendola, da transportadora com meia dúzia de caminhões, da farmácia ou da ferragem são os tios do PIX.

Junto com advogados, dentistas, engenheiros e até professores, eles encaminhavam dinheiro aos manés. Polícia Federal e Ministério Público estão chegando aos nomes deles.

Os tios do PIX serão presos. Seus negócios e seus espaços profissionais nas cidades onde vivem serão assumidos por concorrentes. Porque eles não saberão tão cedo quando sairão da cadeia. 


Dois dos sete novos inquéritos abertos pelo ministro Alexandre de Moraes, sobre as ações de 8 de janeiro, vão fazer com que alguns personagens desses grupos se entrecruzem.

Tratam das investigações sobre os financiadores do golpe e os autores intelectuais.

Os personagens vão se encontrar e definir para qual inquérito irão quando o cerco aos financiadores sair dos limites do tio do PIX e se estender aos que pensavam e sustentavam o golpe com dinheiro grosso. 


O ministro Alexandre de Moraes tem experiência com esse tipo de gente. Participou no TSE do julgamento das ações contra a chapa Bolsonaro-Mourão e vem coordenando no STF os inquéritos sobre fake news e milícias digitais desde março de 2019.

Nas ações eleitorais, a chapa foi acusada de se beneficiar dos disparos de mensagens em massa contra os adversários, em 2018, caracterizadas como ações ilegais e sob o patrocínio de empresários. 


É o que está configurado como o primeiro ilícito eleitoral na área das fake news, com difamações e ataques de toda ordem com o uso da internet.

Bolsonaro e Mourão foram poupados, em outubro 2021, quando as ações pedindo investigações judiciais foram julgadas improcedentes.

O TSE entendeu que os delitos não chegaram a influir no resultado da eleição. Mas o relator da ação dos disparos, ministro Luís Felipe Salomão, deixou claro: os ilícitos aconteceram.


O ministro Alexandre de Moraes disse, quando do arquivamento das ações: 

"A Justiça é cega, mas não é tola. Não podemos aqui criar o precedente avestruz. Todo mundo sabe que ocorreu. Todo mundo sabe o mecanismo utilizado nas eleições e depois das eleições".

E repetiu, como se desenhasse:

"Uma coisa é se há a prova específica da imputação. Outra é dizer que não ocorreu nada. É fato mais do que notório que ocorreu".


Os crimes ocorreram. A eleição teve disparos ilegais produzidos por uma estrutura mafiosa financiada por empresários, que sustentavam o Gabinete do Ódio, assim definido pela delegada Denise Ribeiro em relatório enviado ao STF.

O relatório da delegada com as investigações preliminares completa um ano agora, em fevereiro. O inquérito da fake news, com relatoria de Moraes, completa quatro anos em março.


Os financiadores dos disparos em massa de 2018, que viabilizaram o que foi enquadrado como ilegalidade, nunca tiveram os nomes divulgados oficialmente.

Alexandre de Moraes sabe que alguns deles vieram de lá até aqui, como financiadores e idealizadores de todo tipo de ação fascista.


Sempre impunes, acintosos, debochados, agredindo o Supremo, o próprio Moraes, a Constituição e a eleição.

E livres e soltos porque o TSE decidiu que não havia como conter Bolsonaro por crime eleitoral naquele momento. Pouparam Bolsonaro e acabaram poupando os financiadores.


Moraes sabe bem, assim como os procuradores eleitorais e os demais juízes do TSE e do Supremo também sabem, que essas figuras são os tios do PIX, que atuaram no varejo. 

Eles são do atacado e são bem mais importantes do que donos de biroscas de Corumbá ou de Sorocaba que empurraram os manezinhos para as ações em Brasília.


A pergunta incômoda que se repete é esta: podem estar fora do alcance de Moraes, de novo, os manezões do esquema bolsonarista, do entorno de Bolsonaro, que andavam ao lado do sujeito e que passaram quatro anos impunes? 


Sem os chefes do tráfico, não há vapor nem avião. Sem os manezões, não há manezinhos.

Os manezões não usam PIX. Mas os tios do PIX podem finalmente levar aos manezões e às suas inconsistências contábeis.

***


Leia Mais ►

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Um pedido aos acampados: larguem esse vício. Por Moisés Mendes

Originalmente publicado por Moisés Mendes, em seu blog: Já está acontecendo a contagem regressiva para que manés e patriotas levantem acampamento, não só em Brasília, mas em todo o Brasil. Faltam três dias. Os que ficarem devem ser submetidos ao rodo do Ministério Público. O MP precisa retomar o que é sua obrigação, sem medo de fascistas.

www.seuguara.com.br/charge/Laerte/acampados/golpistas/bolsonaristas/

Está na hora de polícia, prefeitos, governadores, MP e Judiciário confiarem na decisão do povo. O povo quis o fim da extrema direita.

As instituições terão de respeitar essa decisão, sob pena de prorrogarem a sensação de que não têm coragem para enfrentar manés.


Acampamentos que continuarem, mesmo que precariamente, até a posse de Lula, estarão desafiando o sistema de Justiça.

É certo que muitos manés, sem outra motivação para a vida, devem estar torcendo para que sejam presos.


Esperam que uma ação repressiva resulte em cenas que eles poderão mostrar aos netos como se fossem atos de heroísmo.

Manés ciciados em golpismo, que não conseguem voltar para suas casas, planejam ir direto para a prisão.

Manés agora sem líder sonham com o dia em que poderão exibir os vídeos do momento em que forem presos, porque já não resta mais nada.


Bolsonaro vai fugir. Os filhos de Bolsonaro sumiram antes. Os políticos nunca apareceram nos acampamentos. E os empresários que financiaram a bagunça estão tratando dos seus negócios.

Os patriotas foram abandonados, e os que ficarem nos acampamentos receberão medalhas como manés do ano, pela ingenuidade, pela incompreensão do momento político e por terem acreditado nos fascistas que os largaram na sarjeta.


Ninguém pode ter a ambição de ser manés pela vida toda. Não deu certo. O golpe sempre foi um blefe. Agora é hora de procurar um motivo para continuar sendo de direita, mas não necessariamente um fascista.


Não há como ser acampado permanente e defender um sujeito que vai fugir. Ser mané não é uma profissão.

Como  desenhou Laerte em charge na Folha que ilustra esse texto: voltem a ser reacionários. Larguem esse vício.


Imagem: reprodução/Charge: Laerte


Leia Mais ►

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Bolsonaro testa a gratidão dos que têm dívidas impagáveis. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: Grandes empresários que prometeram a Bolsonaro uma luta heroica e incessante pelo golpe já abandonaram o líder. Poucos continuam promovendo nas redes sociais os acampamentos na frente dos quartéis. São os que ainda têm coragem para expressar gratidão e fidelidade incondicional a Bolsonaro. O resto todo se evaporou, se dispersou e começou a silenciar em dezembro.

www.seuguara.com.br/Bolsonaro/bolsonaristas/

Os homens do dinheiro poderiam inspirar os patriotas até o limite, mas mandaram dizer a alguns jornalistas que estariam cansados de guerra, até mesmo no zap. 

Uma guerra em que eles não aparecem presencialmente, mas financiam e empurram manés em transe para a linha de frente.


O cansaço pode ser muito mais o temor com as consequências do que não deu certo e dificilmente dará.

Um golpe fracassado não sairá de graça para quem vive de preservar interesses. O silêncio é a exaustão misturada a covardia.

Há refluxo num movimento que nunca se revelou forte o suficiente para conseguir o que a extrema direita queria.

Os bloqueios nas estrada desapareceram, e tem mais gente voltando do que indo em direção aos acampados.


Bolsonaro fica no meio do caminho, mas atrapalhado do que orientando condutas, e os últimos a levarem o blefe a sério não sabem com quem contar.

É possível que a clausura de Bolsonaro tenha sido motivada pela dúvida. Em algum momento ele percebeu que não poderia contar com empresários que tiveram proteção do governo e políticos que construíram seus planos comendo na sua mão.


Mas o derrotado irá cobrar essa conta. Cobrará dos que se beneficiaram das suas ações ou omissões, em muitas frentes, e dos que chegam a governos, aos Congresso e a Assembleias com mandatos que só existirão porque ele existe.

Saberemos, quando tapetes imundos forem erguidos pelo governo Lula, o que parte desse contingente de apoio a Bolsonaro ganhou para ser tão radical e 'ideologicamente' fiel ao tenente que mandava em generais.


Que favores Bolsonaro dispensou a alguns apoiadores que vieram até aqui gritando o jogral do golpe e que só agora decidiram parar.

Que concessões criminosas foram feitas a grileiros, garimpeiros, contrabandistas de madeira e bandidos da floresta nos quatro anos de bolsonarismo? E não são apenas bandidos de chinelo de dedo.


Que 'ideologia' mobilizou empresários de peso na direção da aventura do golpe, quando uma ruptura sempre foi considerada improvável? O que fez esse gesto temerário valer a pena?

Um dia descobriremos que motivações mais específicas levaram patriotas de grife a se transformar em alvos de Alexandre de Moraes, que terá de enquadrar alguns deles, para que não pegue só a manezada.


Enquanto isso, Bolsonaro vai cobrando a conta, que pode ser paga de várias formas. Os devedores sabem bem como funciona esse PIX de transferência de suporte político e afetivo. 

Bolsonaro vai precisar de trincheiras e de carinho. Sem mandato, sem orçamento secreto, sem centrão, sem militares e sem bajuladores oportunistas, o sujeito passa a ser uma incógnita à espera de um futuro.


E o que ele será depende dos que tiveram a sua proteção, alguns dos quais envolvidos em investigações e até hoje impunes. Bolsonaro vai precisar de quem precisou dele para negócios diversos.

Empresários poderosos, com fama nacional, não poderão abandoná-lo quando estiver ao relento da proteção do PL, num condomínio de luxo de Brasília onde grupos de moradores já anunciaram que irão rejeitá-lo.


O entra-e-sai no condomínio Ville de Montagne, no Jardim Botânico, vai dizer se o suporte a Bolsonaro será presencial, efetivo e concreto, ou apenas gasoso e remoto.

Ainda nesse verão, o enclausurado saberá com quem pode contar para não virar um Eduardo Cunha.


Imagem: reprodução


Leia Mais ►

sábado, 17 de dezembro de 2022

Não se contentem com a prisão de Sarneyzinho. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: A Polícia Federal prendeu Sarneyzinho do Maranhão (foto), que nem no Maranhão sabem direito quem é. Sarneyzinho se chama Antonio José Santos Saraiva e era ligado ao PSDB, do qual foi expulso. Mas o preso não é nada. É do quinto time de fascistas do Estado, da mesma turma que ameaça ministros do Supremo, prometem impedir a posse de Lula e, se possível, até matá-lo.

www.seuguara.com.br/Sarneyzinho/bolsonarista/prisão/Moisés Mendes/

Sarneyzinho é um chinelão entre tantos patriotas que merecem ser presos. Depois dele, muitos outros irão parar na cadeia.

É o que deve ser feito, mas não é tudo. A prisão da chinelagem do bolsonarismo é o que pode ser feito hoje. É o possível e necessário, como medida de contenção.


Mas não basta. Em algum momento, será preciso pegar gente do primeiro time do fascismo. É o que terá de acontecer mais adiante, sob pena de só os manés serem presos.

Pegar os grandões só será possível quando Ministério Público e Judiciário se derem conta de que é possível seguir em frente, e que a tarefa é de todos, e não só de Alexandre de Moraes. 


Pegar os grandões significa testar a capacidade de reação de um sistema de Justiça que se encolheu diante dos justiceiros do lavajatismo e depois se apequenou ainda mais diante da chegada do fascismo ao poder. 

Já estão pegando manés, pegaram Sarneyzinho, pegaram bandidos com fuzis em Santa Catarina, mas ainda não pegaram os grandões. Ainda não dá pra pegar.


Os fascistões, os articuladores e ativistas que estão muito acima dos simples financiadores de acampamentos, do pagamento de banheiros químicos e do churrasco e da cerveja nas aglomerações na frente dos quartéis, esses continuam impunes.

Os fascistões serão pegos nas últimas etapas do cerco aos articuladores do golpe. 

Deverão ser presos, e não só processados.


Deverão ser encarcerados, como foram para o cárcere os fascistas alemães que também tramavam golpes.

Não há como tergiversar e apenas investigar e abrir processos contra os grandes fascistas. Alguns deles, tão ameaçadores quanto Sarneyzinho, terão de ser enjaulados.


Porque assim funciona a Justiça em situações urgentes e extremas. Conter os fascistas é muito mais do que criar a expectativa de quem um dia venham a ser condenados.

É preciso contê-los. O Brasil espera a prisão dos fascistões como obrigação do sistema de Justiça.

O país somente terá a sensação e a certeza de que caminha para a normalidade quando os que ameaçaram o golpe estiverem na cadeia.


Não há como tentar acalmar o país sem a prisão dos líderes das tentativas de golpe. Não se contentem com os Sarneyzinhos. Não tentem convencer o Brasil de que tudo estará resolvido com a prisão de patriotas sem grife.

Peguem o fascistão, o sujeito com poder econômico. Peguem um, dois ou mais fascistões. E eles não são apenas os que estiveram no entorno de Bolsonaro em Brasília.


Os fascistões que incitaram caminhoneiros e manés para o golpe são também grandes empresários que agiram descaradamente contra a eleição, contra o Supremo, contra a Constituição e contra a posse de Lula.

Peguem os fascistões, quando for possível pegá-los, mas peguem.


Imagem: reprodução


Leia Mais ►

sábado, 3 de dezembro de 2022

Por que os golpistas temem o novo governo e as instituições. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: O manifesto pró-golpe publicado hoje será esquecido logo pela repercussão do próximo gesto golpista. Porque agora alguém em algum momento produz algo semelhante por dia. Tem sido assim desde a eleição, mas nos últimos dias a coisa se intensificou.
Leia Mais ►

sábado, 19 de novembro de 2022

Vai sobrar até para quem não é mané. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: O mais medíocre dos adivinhadores pode adivinhar o que irá acontecer com os donos de empresas acusadas de participar da incitação ao golpe, apoiando e/ou financiando as arruaças em ruas e estradas. Ele vão dizer que o Banco Rodobens já disse.
Leia Mais ►

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Os crimes de Bolsonaro e os planos dos tios milionários do Zap. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: A Folha ouviu um brasileiro especialista em direito penal, que mora na Alemanha, para concluir que Bolsonaro comete crimes ao dizer que não aceitará os resultados das eleições, se essas não forem "limpas". A ameaça é clara: se perder as eleições, haverá uma confusão generalizada ou um golpe. A história da eleição limpa é conversa repetitiva de fascista.
Leia Mais ►

sábado, 10 de setembro de 2022

Precisamos do simbolismo da cena de Steve Bannon algemado. Por Moisés Mendes

Publicado originalmente por Moisés mendes, em seu blog: Há uma mistura de inveja e esperança no sentimento provocado pelas imagens em que Steve Bannon apareceu, essa semana, algemado com as mãos às costas. Inveja porque o sistema de Justiça americano finalmente começa a devolver as afrontas do mafioso da externa direita que inspira os Bolsonaros.
Leia Mais ►

Arquivos

Site Meter

  ©Blog do Guara | Licença Creative Commons 3.0 | Template exclusivo Dicas Blogger